- Dominique! – uma voz me chamou me acordando, olhei para o dono da voz, Jéssica que exibe um sorriso matinal. – você tá acordada ou dormindo?

- nenhum dos dois. – falei seca me levantando da mesa. – vou voltar pro dormitório. – falei me levantando da mesa.

- mas está quase começando a próxima aula! – Jéssica falou e eu ignorei continuando a andar. – não se deve matar aulas! Dominique volte aqui! – ela gritou com raiva e eu continuei a ignora-la complemente.

Eu não consegui dormir a noite, não estava com sono estava muito animada – nervosa – para conseguir dormir a noite, sempre que eu fecho os meus olhos vem a imagem da minha família feliz n’A Toca e aí eu lembro que estou presa aqui e não poderei reencontra-los até os cinco messes passar. Por mais que eu tente entender essa situação eu não consigo aceitar, meu pai sempre me aconselhou a não ter curiosidade eu nunca liguei e olha agora a curiosidade para onde me levou, Hogwarts 1945.

- Ai! – falei quando o meu corpo se colidiu com outro, dessa vez eu consegui me segurar e não cair como uma banana no chão.

- desculpe! – o garoto falou, levantei os meus olhos e de imediato um sorriso se formou em meus lábios, era ele.

- eu é que peço! – falei e ele continuou com sua frieza pessoal que apenas o torna mais bonito e diferente de todos os garotos que eu já conheci. – segunda vez que nós barramos em menos de dois dias. – falei e ele abriu um pequeno sorriso.

- não é algo tão surpreendente assim, você anda como se estivesse sozinha, distraída.

- é apenas o meu jeito! – fiz uma careta enquando mexia nas pontas do meu cabelo. – ah, sim! Antes que eu me esqueça. Qual é o seu nome?

- Tom! – ele falou e suspirou. – Tom Riddle! – quando ele disse isso me pareceu que eu ouvi esse nome em algum lugar apenas não sei onde.

- algum problema com o seu nome? – perguntei já que ele me pareceu odiar esse nome com todas a força, a razão eu não sei.

Eu sempre gostei do nome Tom acho um nome fofo e carinhoso por outro lado eu nunca gostei do nome do meu tio Harry, sempre achei estranho e infantil me irrita o som de seu nome mesmo que eu o ame muito!

- Riddle é um nome... Trouxa. – ele falou e mesmo que eu não ligue muito pra isso consigo entender perfeitamente o nojo que ele deve sentir.

- não ligo para isso! – falei com um sorriso que de uma forma tímida ele retribuiu.

- está na hora da aula. – ele falou seco de uma forma que nem parecia que abriu um sorriso a alguns segundos atrás.

- vai indo tenho uma coisa para fazer. – falei e ele saiu andando na direção oposta a minha.

Segui para o dormitório, estou quase dormindo em pé tudo bem que a conversa com Tom me animou um pouco mais mesmo assim eu preciso dormir para conseguir seguir a minha vida que começou a ficar interessante e ao mesmo tempo triste.

Me joguei na cama com força total e por pouco não bati a minha cabeça na parede, peguei o travesseiro e o apertei com toda a minha força se o travesseiro soubesse falar já estaria me xingando de tudo que é jeito, fechei os meus olhos com força e uma lágrima rolou dos meus olhos por causa da forte dor que eu tenho em meu peito.

XxX

- Hey, preguiçosa acorde! – uma voz me chamou e eu abri os olhos lentamente me surpreendi quando eu vi que o dono da voz é Abraxas Malfoy. – não grite! – falou tapando os meus lábios delicadamente. – antes que pergunte estou aqui por ordem de Jéssica!

- então porque ela não veio aqui me acordar? E porque mandou você vir aqui me chamar? E desde quando meninos podem entrar no dormitório feminino? – ele não respondeu nenhuma de minhas perguntas apenas me encarou com um sorriso retardado no rosto.

- pode deixar Weasley eu nunca encostaria em você! – ele falou e eu assenti incrivelmente ainda estou com um pouco de sono.

- okay! Então por favor pode se retirar do meu quarto ou eu tenho que te bater primeiro?

- me bater? – falou sarcasticamente e eu olhei pra ele de uma forma ameaçadora. – tudo bem estou saindo mais não demore muito!

Levantei da cama e fui até o espelho, meus cabelos ruivos estão bagunçados e minha pele está mais branca que o normal, meus olhos verdes estão cansados se minha mãe me vesse desse jeito ia jurar que eu estava doente ou algo desse tipo, pelo menos eu sei que estou bem de saúde.

Me arrumei rápido e logo a minha cara meio amassada desapareceu, estou mais bonita agora tenho certeza aos poucos minha cor normal voltava dando fim a palidez, sai do meu quarto e vi Abraxas encostado na parede com as mãos nos bolsos e um sorriso de retardado na cara.

- vamos?! – falei sorrindo e ele desgrudou da parede mas continuou com suas mãos dentro dos bolsos da calça preta que combina muito com ele.

- sábia que você é até bonitinha! – ele falou e minha consciência falou que isso é um elogio, um elogio muito mau por sinal.

- obrigada! – falei entre dentes. – você também não é um dos mais feios! – falei sarcasticamente e ele fechou a cara.

- não precisa me xingar apenas estava tentando ser gentil! – ele falou inconformado indo na minha frente e eu o seguindo!

- não me parecia uma gentileza! – falei e ele deu de ombros e eu dei uma risadinha.

- você agradeceu por isso era uma gentileza! – ele falou e agora eu dei de ombros o empurrando de leve.

- dá um tempo Abrax! – falei e ele fez uma careta por conta do novo apelido que eu adotei para ele.

- não gosto de Abrax! – ele falou e eu bati em seu ombro com força o fazendo reclamar. – Ai! Garota você é forte!

- dá um tempo Abrax. – falei um pouco sarcástica. – e mesmo não gostando eu continuarei te chamando assim, Abrax, Abrax, Abrax... – falei rindo vendo a sua irritação aumentar e o deixar ainda mais engraçado.

- tá, tá. Pessoa irritante e muito chata! – aquilo saiu muito engraçado para ser uma ofensa pra valer então eu comecei a rir.

Antes que conseguíssemos trocar mais alguns insultos chegamos na porta da biblioteca, Jéssica está sentada com um livro aberto, não estava lendo estava conversando com algumas meninas que estavam do seu lado, a garota do lado esquerdo tem olhos cor de esmeralda e cabelos claros presos em um rabo de cavalo está vestida com o uniforma da Sonserina. A outra garota tem olhos azuis e cabelos negros que dá um ótimo contraste com a pele branca como porcelana.

- Porque a demora? Espero que Abraxas não tenha feito nada com você. – Jéssica falou sem sarcasmo olhando diretamente para Abraxas.

- não, ele não fez nada! – falei e ela suspirou aliviada. – mas porque mandou ele ir lá me chamar?

- por que não tinha mais opções, era ele ou eu. – ela falou fechando o livro com força. – estava com preguiça de ir lá, as masmorras é muito longe!

- não é não! – falei e ela deu de ombros. – o que queria falar comigo?

- vem comigo! – ela falou me puxando para um canto bem afastado da biblioteca.

Quando já estávamos bem afastadas das pessoas, ela me soltou e me encarou com um sorrisinho fofo no rosto.

- e então o que foi? – perguntei e o seu sorriso aumentou mais ainda.

- estou apaixonada! – ela falou muito feliz como se estivesse nas nuvens fofas do céu.

- que bom! – falei com um sorriso tímido. – por quem?

- Tom Riddle! – na mesma hora o meu sorriso desapareceu completamente e ela percebeu isso.

- o que foi aconteceu alguma coisa? Não me diga que você...

- não, claro que não! Eu e Riddle nada haver! – menti, mesmo que eu não o conheço direito sinto uma coisa por ele que nunca senti nenhuma vez na minha vida.

Sinto por Tom uma coisa mágica que diferencia de tudo que eu já senti antes nos meus quinze anos de idade, quase dezesseis, minha mãe sempre me falou que se um dia eu encontrasse um cara que conseguisse me levar ao céu esse séria o cara ideal para chamar de “mon amour” e eu sinto que esse cara ideal é Tom mesmo que isso seja um pouco irônico.

- fico tão feliz com isso, geralmente todas as garotas de Hogwarts ficam de olho nele e em Abraxas também mas ele não conta muito!

- por que Abraxas não conta muito? - perguntei colocando a mão nos meus bolsos e olhando para baixo e rapidamente voltei a olhar para o seu rosto.

- ele é um idiota! – ela falou e nos duas rimos muito é bom ter uma amizade, pelo menos não preciso andar sozinha por aí e conversar com coisas que não falam.