Digimon Beta - E o Hexágono do Mal escrita por Murilo Pitombo


Capítulo 50
Destrua os Ditadores




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Verônica via a flecha se aproximando do seu peito e não conseguia emitir nenhum tipo de reação. Angewomon havia disparado sua técnica unida às técnicas dos demais digimons contra Skullsatamon, que havia feito sua domadora de refém para se livrar da destruição. Um rápido flash passa na mente da garota com momentos importantes da sua vida e João fazia parte deles, apesar do pouco tempo de convívio e namoro entre os dois. Lágrimas invadem seus olhos que se apertam numa tentativa de amenizar a dor que a flecha cravada em seu peito causaria. Os gritos de João, Carlos, Davi e Lúcia seguiam angustiando-a cada vez mais. Seu coração dispara de maneira surpreendente.

O grito de dor e desespero do ditador esvoaça o cabelo da Verônica. Um cheiro de enxofre torna-se ainda mais intenso e a garota sente seu corpo cair. Ao abrir os olhos percebe que não estava ferida e que caía de encontro as enormes mãos, garras e patas que saíram das profundezas da terra.

Um enorme braço feminino de pele branca, e unhas cor de rosa, segura a domadora pela cintura, impedindo-a de tocar o chão.

– Me perdoe por te fazer sofrer, Verônica.

– Angewomon? Eu não morri?

A digimon sorri enquanto voava para próximo do grupo de digimons.

– Não! As flechas dos arcanjos são mortais apenas para digimons do tipo vírus. Ela nunca iria te ferir.

Ao se aproximar do grupo de digimons e domadores que levitavam e voavam, Verônica percebe que Skullsatamon seguia se dissolvendo do mesmo modo que Devimon: a partir de um ponto em seu peito.

– Desgraçados! Não pensem que vencerão a guerra! Blackwargreymon, Piedmon e Beelzebumon irão acabar com cada um de vocês!

Skullsatamon se dissolve por completo e seus dados seguem pela atmosfera.

O céu volta a ficar ensolarado, diferindo do aspecto negro e tempestuoso causado pela presença de um ditador.

Uma onda de luz segue se expandido por todo o Mundo Digital do exato local onde o ditador havia sido destruído.

Os digimons finalmente pousam no chão e regridem para o nível Novato.

– VERÔNICA!

Ao olhar na direção do grito, a garota de baixa estatura e olhar encantador, vê que o garoto de barba cerrada corria na sua direção e chorava desesperadamente.

João a abraça com forte impacto.

– Calma, meu amor! Eu estou bem!

Os demais domadores e digimons se aproximam.

João larga Verônica e olha para Plotmon, que estava no chão.

– Eu nunca vou te perdoar por esse susto – diz o garoto com o dedo em riste.

– Eu precisava ter certeza de que Skullsatamon não estava blefando. Se ele soubesse que aquela flecha não faria mal algum a Verônica, estaríamos encrencados!

João torna a olhar para Verônica antes de beijá-la.

Rafael observa a felicidade do casal sem esboçar nenhuma reação.

Lúcia percebe e se aproxima.

– Tudo bem, quase-irmão?

– Tudo! – responde o garoto de olhos azuis após se assustar.

A garota negra retribui o sorriso e o abraça.

– Que bom saber que está bem! Estava muito preocupada contigo e com tudo o que aconteceu.

– Obrigado pela preocupação, Lúcia!

– Sinceramente, – diz o garoto de óculos acompanhado do Davi e do Levi, interrompendo João e Verônica, Lúcia e Rafael – nós estamos mais fortes! Esses dias que passamos separados uns dos outros serviram para nos tornar pessoas mais fortes e melhores.

– A batalha ficará mais difícil, a partir de agora – pontua João - Temos três ditadores no nível Extremo para destruir e Culumon para libertar.

– Culumon? Quem é Culumon? – questiona Rafael.

– Rafael venha até aqui! – chama Levi se afastando dos demais e acompanhado da sua digimon - Tenho que lhe falar tudo o que você precisa saber.

Levi, Rafael e seus digimons seguem caminhando e sentam em uma pedra logo à frente.

– Rafael está muito diferente – pontua Verônica abismada - Não o reconheço mais.

– Ainda bem, né amiga? Por que ninguém merece um cara insistente que não se conforma com um fora.

João se afasta da Verônica, que engatara um animado papo com Lúcia, e é seguido pelo Carlos e pelo Davi.

– E ai primo, pensando no que fazer?

– To me sentindo responsável por todos, agora.

– Não precisa ficar assim – diz Carlos limpando os óculos - Cada um sabe se virar sozinho. Não atribua a você responsabilidades que não são suas.

João sorri e torna a olhar Verônica e Lúcia conversando tranquilamente. Ao voltar seus olhos para o Rafael, percebe que ele e seu digimon estavam impressionados com cada palavra dita pelo Levi e confirmada pela Renamon.

Davi e Carlos sacodem João para chamar sua atenção.

– O que foi?

– Ta pensando na morte da bezerra? – diz Carlos arrancando gargalhadas do Davi.

– Não, não! Só estava distraído mesmo.

O garoto olha para frente e percebe que Betamon, Terriermon, Palmon, Gotsumon e Plotmon seguiam brincando e conversando também.

“Momentos de descontração, como esse, serão cada vez mais raros!” – pensa João – “Tenho medo pela vida de todos. Não sei até onde tudo isso pode ser perigoso para nós. Espero que voltemos logo para casa”.

– Olha aquilo, João!

O garoto de barba cerrada olha na direção indicada pelo Carlos e nota que algo se movimentava na direção deles. Não lembrava um digimon voador. Não tinha asas e era gigantesco. Maior até que os maiores digimons que eles já haviam enfrentado. À medida que se aproximava, os garotos notavam que se tratava de um pedaço de terra, uma ilha, sobre a qual havia um grande castelo.

João começa a gritar chamando todos os demais que estavam afastados.

Lúcia, Verônica, Levi, Rafael e os digimons se aproximam e logo notam a ilha flutuante.

– Aquele ali, pessoal, é o castelo do Hexágono do Mal – diz o garoto negro e magro - E é no porão daquele castelo que está aprisionado Culumon, o deus-digimon.

– Então aquele é o tão famoso castelo flutuante? – questiona Rafael observando a suntuosa construção.

– É ele sim! Na verdade esse castelo é do Culumon. O Hexágono do Mal se apropriou dele.

A pouco mais de um quilômetro de distância, a ilha para de se locomover e os sete domadores e digimons percebem que três seres saltam em direção ao chão.

– Agora vem os três de uma vez só? – questiona Lúcia assustada.

– Se um Perfeito já deu trabalho... – balbucia Carlos com Terriermon sobre seu ombro.

– Três Extremos é impossível! – pontua o domador de sardas no rosto.

– É pessoal... Essa batalha será emocionante – diz Rafael esbanjando a confiança de sempre.

– João... – a garota o abraça.

– Calma Verônica. Eu to tranquilo, sabe por quê? Por que os Domadores Betas estão reunidos e eles sabem do nosso poder. Como acabou de dizer Rafael: “A batalha será emocionante”.

– Pessoal vamos fugir desse lugar! – diz Levi com uma seriedade que até então não tinha sido vista pelos demais.

– Levi está certo! – concorda a domadora negra - Não dá pra enfrentarmos os três ao mesmo tempo.

– Tenho certeza que nossos parceiros serão capazes de evoluir durante a batalha.

– Não dá para contar com algo que não depende de nós, João! – ponta o domador da Renamon.

– Acho melhor aceitarmos o conselho de Levi – interfere Verônica - Nossos digimons estão esgotados. Não foi fácil destruir Skullsatamon.

– Gabumon e Renamon têm energias suficientes para lutar – diz o domador loiro otimista.

– Eu não vou arriscar minha vida e a vida da Renamon nessa batalha. – esbraveja Levi ao lado da sua digimon - Não vê que eles precisam de um tempo para recuperar as forças.

– Que tipo de domador é você que tem medo de enfrentar os ditadores? Muito me admira Culumon ter te escolhido.

– João, pega leve! – interfere Davi.

– Que nada, primo. Ele ta com medo de lutar!

– Você devia usar a cabeça de vez em quando. – prossegue Levi irritado - Ela não foi feita só para usar boné, não.

– Vamos parar com essa discussão! – diz Carlos assumindo ao lado do Davi o papel de apaziguador - Também acho que devemos fugir, só que eles estão muito próximo. Não vai adiantar muita coisa!

Os três ditadores do nível Extremo, um completamente negro e com grandes garras sobre as mãos e enormes patas; outro com roupas de couro, garras de metal e três olhos na face; e o último com botas amarelas, calça verde, blazer vermelho e capacete preto e branco, surgem na frente dos sete domadores.

– João toma a frente dos seus colegas e, com o digivice em punho, rastreia as informações dos digimons a sua frente.

Blackwargreymon, um digimon no nível Extremo. Esse digimon, mistura de humano e tiranossauro, é extremamente forte e impiedoso. Dilacera suas vítimas com as afiadas garras da armadura sobre os seus braços. Sua técnica “Força das Trevas” reúne todo o poder do mal em uma grande bola de energia.

Beelzebumon, um digimon no nível Extremo. Esse digimon Lorde Demônio é o líder do Hexágono do Mal. Sanguinário e astuto, consegue utilizar sua calda durante das batalhas. Sua principal técnica é o “Impacto Duplo”.

Piedmon, um digimon no nível Extremo. Esse digimon bobo da corte ataca seus inimigos com técnicas circenses e possui um humor negro assustador. Sua principal técnica é o “Trunfo de Espadas”, onde ele encarna um atirador de facas.

– Sinceramente, não pensei que fossem capazes de chegar tão longe – diz Beelzebumon.

– Todos prontos? – grita João empunhando seu digivices e sendo seguido pelos demais.

– João! – interrompe Betamon - Eu não consigo. Me desculpa.

– Carlos, eu também não.

– Nem eu, Lúcia! Só evoluímos por causa da Angewomon.

– Então nós iremos cuidar deles – diz o garoto ruivo tomando a frente - Pronta Palmon?

– Você parece que não me conhece. – retruca a digimon - Já nasci pronta, meu bem.

Os digivices de cores verde, amarelo, vermelho e prata brilham e envolvem os respectivos digimons em casulos de luz.

Palmon, Plotmon, Gabumon e Renamon atingem o nível Adulto de evolução.

– O quê? – brada indignado o líder dos ditadores - Me recuso a lutar com vocês nesse nível de evolução. Blackwargreymon, se você quiser, acabe com eles.

– Blackwargreymon – interfere o digimon bobo da corte - deixe ao menos um dos domadores para mim. Não é justo que fique com toda a diversão só para você!

– Entendido, caro colega!

O ditador negro de grandes armaduras com garras sobre ambos os braços, avança nos digimons que haviam evoluído.

– Beelzebumon, - diz Piedmon ao digimon de três olhos – Creio que, agora, minha presença não seja necessária aqui. Retornarei ao castelo. Preciso fazer algo.

O digimon que carrega nas costas quatro espadas dentro de bainhas que formam um xis, levita a poucos centímetros do chão e se desloca rapidamente na direção do castelo.

– Desgraçados! – diz João - Estão fazendo gozação com a nossa cara!

– Nos devíamos ter seguido o conselho de Levi. – pontua Lúcia - Precisamos montar uma estratégia de fuga.

Blackwargreymon mostra através da sua força o porquê é um dos ditadores do Mundo Digital. Os quatro digimons avançam ao mesmo tempo no digimon negro, que os lançam de costas no chão com um simples movimento de braço.

– TAILMON!

– Eu não vou resistir por muito tempo – diz a digimon felina de olhos azuis - Minhas técnicas não adiantam de nada!

– TOGEMON!

– Ele é muito poderoso, Davi.

A digimon cactos que usa luvas de boxe se levanta.

A digimon raposa quadrúpede de pelagem amarela e que carrega ao redor do pescoço uma estrutura metálica, também se levanta.

O digimon lobo que tem o mesmo porte da Kyubimon e tamanho semelhante a um cavalo, também se põe de pé.

Beelzebumon e Blackwargreymon gargalham ao ver a cena.

– Vocês são uma grande piada! – pontua o lorde demônio que carrega uma espingarda de cano duplo preso a bota da perna esquerda.

– Cale a boca miserável! – berra o domador de barba cerrada.

– Vou lhe dar um motivo a mais para sorrir – diz o domador loiro transbordando confiança - GARURUMON!

O digivices vermelho brilha mais intensamente, permitindo a evolução do digimon.

– Kyubimon dê o seu melhor nessa batalha!

O digivices prata também brilha e possibilita a digimon raposa a evoluir para o nível Perfeito.

Piedmon desce as escadarias em direção ao porão do castelo e se aproxima da pequena jaula onde está preso o digimon branco que tem um triângulo vermelho na testa.

– Culumon desista de uma vez de nos enfrentar. Seus domadores não conseguiram nos derrotar. Somos Extremos, esqueceu?

– Os Domadores Betas podem atingir o nível Extremo, culú.

– Não vê que esses digimons estão esgotados depois da batalha contra Skullsatamon. Garanto que Blackwargreymon não fará cerimônia para destruí-los.

– Vocês cometeram muitas atrocidades, culú. Destruíram digimons inocentes. Destruíram Piccolomon e os arcanjos guardiões. Será que não vê o mal que estão fazendo?

– Você quer convencer a todos de que é um digimon politicamente correto, quer que todos te obedeçam. Você é o único ser do Mundo Digital que não tem moral nenhuma para falar das nossas atitudes.

– Eu tenho certeza que meus domadores serão capazes de destruir vocês, culú. Todas as minhas energias estão neles. Eles são a nossa salvação!

Piedmon não se controla e começa a gargalhar diante do discurso do Culumon.

– Eu tenho nojo de você, Culumon, e de suas palavras de salvação, condenação e todo esse mi mi mi. Você é um ser patético. Mas para melhorar minha imagem, te darei um prêmio.

O ditador bobo da corte pega a pequena jaula em que o deus-digimon está preso e a leva até o andar superior, colocando-a em frente à grande janela.

– O que você pretende com isso? – questiona Culumon.

– Você verá a destruição de seus tão estimados domadores! – gargalha Piedmon.

A janela mágica que permitia aos ditadores visualizarem tudo o que acontecia no Mundo Digital, exibia o exato momento em que Weregarurumon e Taomon disparam suas técnicas contra Blackwargreymon e o mesmo as repelem sem muito esforço.

João observava a batalha carregando em seus ombros toda a responsabilidade de ser o líder do grupo. Seu digimon não conseguia evoluir por conta da batalha contra o último ditador Perfeito que restava vivo, assim como Gotsumon e Terriermon. Aos poucos uma sensação de culpa passa a invadir seus pensamentos. Em sua primeira atitude como líder, ocasionou um grande desgaste em três dos digimons capazes de atingir o nível Extremo e foi contra a fuga proposta pelo Levi assim que perceberam a aproximação do trio de ditadores Extremos.

O garoto de barba cerrada, que tem estatura e porte físico mediano e estava com Betamon nos braços, se aproxima rapidamente dos domadores que batalhavam e fala com Levi.

– Preciso que você e Rafael nos deem cobertura para fugirmos.

– Mudou de ideia? – questiona Rafael sem entender.

– Sim! Fui um perfeito idiota em não ouvir o conselho do Levi!

– Ok, João! – responde o garoto negro – Vamos pensar em algo.

O digimon lobo lutador seguia atacando o ditador negro com socos e chutes, e o mesmo seguia se desviando as investidas.

– Isso é o máximo que pode fazer?

Weregarurumon consegue passar uma rasteira no rival e salta para o lado, deixando o caminho livre para a digimon do Levi lançar suas “Cartas Mortais” no ditador, explodindo-o.

Todos os domadores começam a comemorar o feito, com exceção do Levi.

– Isso não foi o bastante! – pontua o domador.

Blackwargreymon se levanta como se nada tivesse acontecido e caminha na direção do Weregarurumon e da Taomon. Togemon e Tailmon avançam no ditador.

– Soco Supersônico.

– Soco de Gato.

– O digimon dragão se esquiva com facilidade dos golpes das digimons do nível Adulto e as atinge com chutes, levando-as a regredir.

Plotmon e Palmon caem aos pés dos seus domadores, que as pegam no colo.

Carlos e Lúcia se aproximam do grupo com seus digimons.

Weregarurumon corre até o ditador e lhe aplica um chute no peito com ambas as patas, lançando-o de encontro ao Beelzebumon, que apenas dá dois passos para o lado para poder se desviar e não faz alarde.

Blackwargreymon se levanta instantaneamente e caminha até o digimon lobo bípede.

– Agora chegou a minha vez de te atacar. Força das Trevas!

O ditador ergue as mãos para o alto e cria uma imensa esfera de energia alaranjada e a joga contra Weregarurumon.

A digimon raposa humanoide com poderes místicos voa até o grupo de domadores e digimons e cria um escudo de energia, protegendo-os do grande efeito da técnica do ditador.

Weregarurumon espalma suas mãos e segura a imensa esfera de energia. Suas patas traseiras seguiam rasgando o chão até que o digimon de Rafael não consegue resistir e é englobado pela técnica do ditador, explodindo.

– WEREGARURUMON! – grita Rafael desesperado.

Após se dissipar a grande nuvem de poeira da explosão, os domadores veem o pequeno digimon que possui um único chifre sobre a cabeça desacordado e cheio de feridas pelo corpo.

Taomon dissolve o escudo e vai para frente de batalha.

– Agora somos só você e eu, Taomon. – diz o ditador de grandes garras negras - Irei te destruir primeiro e depois cuidarei dos demais.

O ditador bobo da corte retorna ao campo de batalha montado em um monociclo.

– Acabei de fazer o que tinha de ser feito!

O ditador joga o monociclo de lado.

– E o que você foi fazer? – questiona o ditador que veste jaqueta e calça de couro.

– Coloquei Culumon para ver a destruição dos seus tão estimados Domadores Betas!

O ditador motoqueiro gargalha levando os demais ditadores a gargalharem contigo.

– Esse é o momento, pessoal! – grita João assustando os seus colegas – Precisamos fugir!

Todos os domadores tentam correr na direção contrária a que se encontravam os ditadores, somente Levi e Taomon ficam parados.

Davi o segura pelo braço.

– Vamos fugir!

Davi começa a puxá-lo e o domador da Taomon se livra do amigo.

– O que aconteceu contigo? – questiona o garoto ruivo sem entender o porquê da atitude brusca - Nunca te vi dessa maneira.

– Fujam enquanto é tempo! – responde o garoto.

Os ditadores percebem a grande movimentação dos humanos e seus digimons, param de gargalhar e passam a observá-los.

– Fujam? Como assim? Você vem com a gente!

Davi torna a puxá-lo pelo braço e Levi se livra enfurecido.

– FUJAM LOGO DROGA! Só vocês podem destruir esses ditadores! Se ficarem aqui do jeito que estão, serão destruídos.

– Você vem com a gente! – diz João se aproximando e ajudando o seu primo a pegar o domador contra a sua vontade.

– TAOMON!

O grito de Levi faz com que sua digimon utilizasse de sua magia para afastar João e Davi do seu domador. A digimon envolve-os junto com os demais domadores e digimons em uma esfera de energia que levitava a trinta centímetros do chão.

Davi se desespera e começa a socar o escudo, tentando rompê-lo.

– Pare com isso! Deixe a gente sair daqui.

João também faz o mesmo e passa a socar e chutar a barreira de energia.

– Isso é perigoso demais! Você precisa vir com a gente.

Verônica e Lúcia começam a chorar.

– Levi, isso é suicídio! – grita Carlos nervoso.

– Não os enfrente sozinho, cara! – pontua Rafael.

Os três ditadores sorriem com o desespero dos Domadores Betas.

O domador negro se vira na direção da esfera de energia, que estava mais atrás dele e da sua digimon. Com lágrimas rolando pela face e voz embargada diz:

– A vida é feita de escolhas! A minha foi fazer com que vocês consigam mais experiência e possam evoluir seus digimons ao nível Extremo. Minha função como domador está sendo cumprida agora. Espero que vocês consigam cumprir a função que lhes foi designada. Destruam os ditadores e salvem os dois mundos.

– Não vou deixar que fujam! – brada Beelzebumon sacando suas espingardas e apontando-as na direção dos domadores - Todos vocês terão o mesmo fim!

Os três ditadores avançam a direção dos domadores.

– AGORA TAOMON! – grita Levi expondo uma determinação irracional que poderia lhe custar a vida.

Taomon faz um movimento com as patas, como se empurrasse algo, e lança a esfera de energia com os Domadores Betas a uma grande velocidade para longe do local.

– LEVI! – grita o líder dos domadores num misto de desespero e culpa.

– Força das Trevas.

– Feitiço Final – Piedmon une as mãos com os indicadores esticados, como se segurasse uma arma, e dispara uma rajada de energia incolor.

– Impacto Duplo – Beelzebumon dispara um tiro de cada uma das suas armas.

Taomon se põe em posição de defesa.

Culumon presenciava as técnicas dos três ditadores avançarem na direção da Taomon e do Levi, que não teriam como contra-atacar de forma eficaz ou se defender.

– Eu não posso ver isso, culú! – o pequeno digimon branco tapa os olhos.

Uma grande explosão acontece, sendo vista e sentida até pelos Domadores Betas, que já estavam a quilômetros do local da batalha.

Continua...


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