What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 12
Capítulo 11 Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado a gabyhh! :)
Floor muuitoo feliz com a recomendação! Nossa fikei muito emocionada qd li... vlw msm!!! Sem palavras...
Esse cap é grandão e eu vou torce pra q v6 gstem do Damon.



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Depois de se esquivar do que falou e se despedir Edward saiu correndo evitando ser visto por alguém. Ridiculamente intrigada fui para a aula de Educação física. Tentava entender o que ele quis dizer, mas nada vinha a minha cabeça. Edward era um trapaceiro e tanto. Saíra fazendo o maior mistério. Notei com descontentamento que Alice não estava ali.  As meninas formaram o time feminino. E eu restei no time de uma garota de cabelos ruivos. Ela fazia careta. 

O treinador Clapp relutantemente armou-me com a maldita bola de Vôlei porque era minha vez de sacar. Eu sabia que de alguma forma aquilo ia dar errado. Todos se afastaram fazendo expressões de pesar, menos alguns meninos do time (que não deviam estar ali.) e que achavam engraçado o meu fracasso. Balancei a cabeça fechando os olhos e batendo com a força que eu podia na bola. Eu senti dor. Ficaria com um hematoma com certeza. Quando abri os olhos um dos alunos que tentara salvar a suposta jogada teve que se defender com os braços no rosto fazendo com que a bola fosse como um foguete numa garota que agora era atingida com tudo na face. Houve silencio. Então ouvimos o grito de dor, logo depois uma gargalhada. Com os olhos arregalados e uma careta de horror olhei a menina caída no chão.

-A Nerd é Louca de mais! Escutei a exclamação de um rapaz que logo depois ria com seu amigo. Droga! Murmurei. A desmaiada era levada para a enfermaria. Senti falta da Alice. Nessas horas ela era meu apoio social. Por que ela havia faltado afinal? E os outros? O professor Clapp me deixou ficar apenas assistindo o jogo. Era obvio que ele não acreditou na historia de que eu estava com dor de cabeça. Mas devia ser melhor que mais um aluno na enfermaria. Quando a aula de educação física ou sendo mais específica, a seção de piadas, olhares e comentários maldosos finalmente terminou fui correndo para o meu carro.

Os outros dias foram exatamente igual nada de Cullen. Nenhuma ligação, visita ou qualquer coisa. Eles não frequentavam as aulas. Comecei a ficar sinceramente preocupada. Pensei em ir até a casa da Alice e ver o que estava acontecendo, mas pensei que ainda era cedo para ver o Edward, e decidi ir para minha casa.

Sentia-me mais aliviada por estar tudo bem entre nós de novo. No entanto eu não conseguia tirar as pontadas de ressentimentos que ainda estavam ali. Não importava. O alivio superava isso. Antes de tê-lo mesmo que como amigo de volta eu não percebia o quanto isso me machucava. Eu sabia que ele havia escondido muitos detalhes de mim. E também se esquivara quando eu perguntei o motivo de ter terminado com Tânia. Eu precisava entender exatamente o que estava acontecendo com o Edward. Mas ele não conseguia se abrir.

Era sexta. As aulas estavam como sempre, Jasper esteve ali, mas quando eu perguntei, ele afirmara não saber de nada e parecia horrorizado de preocupação com a Alice. Estacionei o carro no acostamento da casa e então ouvi o som de mensagem no meu celular. Era Alice. Fiquei ansiosa.

Bells vc já saiu da aula? Precisamos de vc aqui. Bj  Suspirei. Eu já havia saído da aula. Estava em casa. O Timing da Ally costumava ser mais perfeito. Resignada liguei o carro em direção a mansão dos Cullen. Hoje não estava chovendo somente a garoa leve. A tempestade já havia passado. Ou pelo menos era o que eu pensava.

Ao chegar a casa estranhei o silêncio. Prendi o meu cabelo com um elástico. Por algum motivo me sentia nervosa. Subi as escadas sentindo a intensidade do momento. Abri a posta de vidro com uma cautela sem explicação. E então ofeguei. Ao passar pelo hall e entrar na sala vi com horror a Alice, ela estava no sofá e chorava. Rosalie a consolava. Todos na sala tinham um aspecto preocupado. Principalmente Carlisle. Eu mal podia olhar por muito tempo. Emmentt estava sentado ao lado dele com a mão escorada numa mesa de café. O rosto tão serio  que nem parecia ser ele. Nunca vira Emmentt abalado por nada. Nem Esme nem Edward estavam ali. Mas havia outra pessoa.

Sentado a frente de Carlisle um homem baixo e roliço, com o semblante calmo e profissional conversava com ele. Parecia explicar algo. Ele tinha cabelos castanhos com fios brancos, pele morena clara e usava óculos. Parecia ser um homem inteligente, sagaz, com um senso de percepção excepcional. Usava terno e apresentava intelectualidade. Entrei na sala para ser vista. Emmentt me recebeu com um aceno de cabeça e o homem olhou-me com um ar especulativo e de novo o profissionalismo dominava sua expressão. Franzi a testa.

-O que esta acontecendo? Perguntei confusa. Ninguém respondeu. Alice ainda estava desolada no sofá.

-Suba Alice. Carlisle falou. Um ar de autoridade pingava na sua voz. Ela não respondeu, ainda sendo consolada pela Rosalie.

-Leve-a Rose. Emmentt mandou. Rose a chamou e Alice foi ainda soluçando, mas controlada. Carlisle me olhou com o rosto afligido.

-Precisamos da sua ajuda Bella. Apesar da inacreditável seriedade, Emmentt ainda era o mais controlado. Com exceção do homem. 

-Digam. O homem ainda me avaliava como um detetive. Senti-me constrangida. Qual é o problema? Falei. Minha voz dando sinais de nervosismo.

-Olá. O baixinho cumprimentou-me com amabilidade. Sua era voz grave e afinada. É um prazer conhecê-la Srta Swan. Eu sou Matthew Fletcher. Detetive designado para cuidar do caso. Gostaria de entrevistá-la. Desde que não se incomode em fazer isso sem um mandato formal é claro. Eu estava literalmente boiando. Um detetive? E de que caso ele estava falando?

-Ela não sabe de nada ainda Sr Fletcher. Emmentt explicou. O detetive fez seu rosto parecer que cometia uma gafe terrível.

-Ainda não sabe de nada?-Exclamou chocado. - Oh! Desculpe-me. Você deve estar confusa.

-Sim.

-Lembra-se do dia em que brigou com seu amigo? Não me surpreendeu que ele já estivesse a par de tudo. Ele falava como se pudesse ler por trás do que eu dissesse.

-Sim. Respondi calma.

-Ele saiu e desde então não voltou para casa. 

-O que? Exclamei atônita. Então ele estava desaparecido? No sentindo figurado, é claro, porque pelo menos para mim ele não estava desaparecido... Resfoleguei. Confie em mim.  Lembrei-me imediatamente das palavras que ele usara antes de desaparecer. . 

-Foram seis dias e não tivemos nenhuma noticia dele, Bells. Emmentt choramingou. seis dias? Ele não dera nenhuma noticia a família durante seis dias? Ele devia ser louco. Era muita irresponsabilidade. Lembrei-me do rosto machucado, e dele ter dito que não queria ver Carlisle.

-O pior é que acreditamos que possa ter acontecido alguma coisa com ele. Mesmo com raiva essa não é a atitude comum do Edward. Carlisle declarou com a voz tremida. Um acidente, talvez um seqüestro. O que você acha dessa opção Detetive Fletcher?  Estaríamos dispostos a pagar o que eles pedissem. O desespero agora dava sinais mais vivos na voz de Carlisle.

-Descartei essa opção. Seqüestradores já teriam dado as ordens. Ele atestou.

-Talvez inimigos dos Cullen? Emmentt perguntou. É conveniente de mais que esperem o momento certo antes de agir contra qualquer um de nós.

-Não há pessoas com ódio e capacidade o suficiente para tentar algo desse tipo contra nossa família.

-Pai? Já parou para pensar nas pessoas que você teve que deixar, rebaixar para chegar aqui? Sim você foi o vencedor.  Mas houve os derrotados. Pessoas que teriam a intenção de prejudicar os Cullen. No ramo de pesquisas cientificas pode haver muita competição. Talvez pessoas querendo suas idéias. Emmentt cogitava as hipóteses com perspicácia. Estranho. Ele costumava ser assim. Já o homem apenas ouvia e observava. Ali no silencio da observação haveria muito mais verdades. Eu não deveria estar preocupada. Foram seis dias. No terceiro ele falara comigo. Então ele estava bem, provavelmente. Mesmo sem nenhuma noticia. Ele queria estar escondido. Perguntei-me onde ele estava.

-Descarto todas as hipóteses de que possa ter acontecido alguma coisa com ele. O detetive falou e me olhou. Se ele sabia da proximidade que havia entre eu o Edward provavelmente notara, e estranhara a calma no meu rosto.

-Por quê? Carlisle perguntou ansioso.

-Bom, a forma como os fatos se seguem me levam a crer que Edward saiu da casa por espontânea vontade. O que precisamos agora é descobrir o porquê, encontrá-lo, e tentar convencê-lo a voltar para casa.

-Baseado em que você diz isso? Carlisle tentou esconder a pontada de acusação na voz. Ele não acreditava que o filho seria capaz de sair de casa e deixá-lo. Não acreditava na capacidade do Edward de pensar sozinho. Porque ele era o orgulho de Carlisle. Porque Carlisle não quis conhecer o filho.

-Baseado no que vocês me disseram. O garoto em questão, não estava indignado somente com a namorada. Se fosse isso o impacto teria sido muito menor. Ele culpava essa garota. Apontou para mim. Por alguma coisa acredito. Pelo que Alice descrevera da briga entre vocês, ele tinha tido um momento de desabafo antes de sair de casa. A única coisa que pode ter acontecido com o menino é um acidente de carro. Mas, já teríamos noticias nesse caso estou certo? Ele estava com os documentos, celular. E mesmo que estivesse de mãos vazias não é muito difícil reconhecer Edward Cullen. Você é conhecido no país inteiro Dr. Carlisle.

-Esta dizendo que meu filho saiu de casa por conta própria? Edward não faria isso. Ele é muito responsável.

-Edward é só um adolescente de 17 anos. Não pode esperar que o menino sempre tome as decisões certas. Um dos pontos mais importantes é conhecer o perfil psicológico do individuo.

-É difícil de acreditar nisso. Carlisle então aceitou cheio de pesar. Só pensou nisso agora?

-Na verdade a chegada da Srta Swan clareou um pouco as coisas. 

-E como pensam que eu posso ajudar afinal? Perguntei perdendo a paciência.

-Bem, minha primeira opção fora entrevistá-la para entender um pouco mais do garoto. Mas a verdade é que você entendeu tudo antes de mim. Eu entendi? Então acredito que agora você vá poder nos ajudar nas buscas. E principalmente gostaria de saber com mais detalhes da ultima vez em que se encontrou com Edward. Acho que isso poderá nos ajudar. Importa-se?

-Não. Esta tudo bem. Fiz um relato não tão detalhado assim da briga. Ele ficou genuinamente interessado quando eu revelei que havia me encontrado com o Edward. Não falei sobre brigas de bar ou o que falamos. Citei somente que havíamos nos desculpado. Carlisle pareceu muito decepcionado. Balancei a cabeça. Talvez o erro do pai perfeito fosse esse. Esperar um filho perfeito. Uma vez que a perfeição não existe isso somente traria envenenamento tanto para pai quanto para filho.

 -Bom, esta mais que obvio que o garoto esta se escondendo. Tenho duas opções Dr. Carlisle. E cabe a você decidir. Podemos esperar até que o Edward sinta-se confiante para aparecer ou podemos encontrá-lo. O detetive falou com convicção.

-Encontrem-no. Carlisle falou com a voz grave e saiu da sala. O detetive olhou-me.

-Vocês devem ter conversado. Ele falou algo que nos de alguma pista?

-Não.

-Incomodaria-se de descrever a conversa de vocês? Pulando algumas partes descrevi a conversa. Ocultando a briga dele. Somente que ele falou sobre ter ido a um bar. Desculpei a falta de detalhes dizendo que não me lembrava de muita coisa. Fora uma conversa banal de mais para ser merecida atenção.

-Acha que ele esta em Forks? Perguntou.

-Não. Vi ele pegar a rodovia numa direção diferente. E também o lugar parecia ser... Animado. Acho. Ele cerrou os olhos.

-Baseada em que você diz isso?

-Não sei. Apenas penso isso. Como disse não lembro de muita coisa.

-Tudo bem. Existe a hipótese de ele ter ido para este... Bar no domingo e então voltar?

-Sim. Isso é bem provável.

-Por que pensa assim?

-Porque segundo ele, estava saindo com um amigo. E então na terça feira nos encontramos na escola.

-Conhece esse amigo? Suspirei. Não sabia se devia dizer.

-Não. Acho que é da nossa escola.

-Pesquisamos em algumas delegacias das cidades da Península Olympic e foi registrado que no domingo passado Edward esteve preso por uma noite por perturbar a ordem, agressão física, e agressão a um oficial da justiça em uma delegacia de Port Angellis. Ele teve a fiança paga e os pais não foram contatados. Ele me olhava sem esconder dessa vez o quanto era inteligente. Mas dessa vez ele estava errado. Porque do modo como ele falava parecia desconfiar que eu soubesse onde Edward estava. Eu não sabia. A única coisa que eu sabia era que ia descobrir e não contaria para esse homem. Ele te falou sobre isso?

-Sim. O amigo pagou a fiança.

-Porque escondeu esse fato?

-Pensei que fosse uma entrevista informal. Minha voz saiu com um toque a mais de amargura.

-Ah sim Claro. Desculpe-me. Acho que fui grosseiro. Responda apenas o que desejar.

-Não achei que fosse algo importante.

-Sim.

-Então você acha que ele não voltou a Forks, mas não esta em Port Angellis.

-Não sei o que pensar. Acredito que ele não esteja em Port Angellis. Como eu disse, eles foram até lá somente para uma saída entre amigos.

-Emmentt estava falando sobre uma cabana que vocês ,quando eram pequenos, costumavam freqüentar.

-Pequenos? Até os 14 eles fugiam e ficavam sozinhos lá. O que estavam fazendo sempre foi um mistério. Emmentt voltou a ser Emmentt e se intrometeu para tagarelar.

-Ficamos conversando. Ele gargalhou.

-Ta bom.

-Ele poderia ir para lá? É um local que vocês iam quando estavam perturbados com algo? As pessoas gostam de relembrar essa época... Você já esteve lá sem ele ?

-Sim muitas vezes. Acho que é bem possível. Realmente fugíamos para lá na intenção de esquecer os... Problemas. E ainda cuidamos de lá.

-O local tem estrutura para se passar algum tempo por lá?-Lembrei-me do pequeno chalé. Fora construído no meio da floresta virgem muito antes de meu pai nascer. O local era abandonado. Mas não descuidado. Pelo menos depois que Edward decidiu que o chalé nos pertencia. A entrada era coberta por um painel contornado com madeira escura e preenchido por madeira branca e uma faixa de pedras de 1 metro de altura nos pés da casa. Decorada por muitas trepadeiras, lodo e uma vegetação casta.  Não era alta e realmente pequena. Mobiliada com moveis clássicos. O interior da cabana era o que se esperava quando se via o exterior. Piso de madeira velha, dividida em dois cômodos por uma meia parede. Na parte da frente havia armários, um tipo de lareira-fogão que nunca usávamos uma pequena mesa branca velha de um material que a fazia parecer de jardim. Só possuía uma janela. No outro cômodo havia uma rede que parecia de índios, (Essa nós tiramos e trocamos por uma cama pequena) estantes com livros, objetos muito velhos e alguns danificados pelo tempo. O mais legal era a porta na parede sul daquele tipo de quarto, ela dava para as cadeiras de balanço que ficavam numa varanda de fundo onde ventava muito. Eu e Edward sempre ficávamos conversando naquela varanda com cobertores e biscoitos, balançando nas cadeiras.     

-Acho que sim. Talvez precise de alguns mantimentos. Mas sim.

-Edward teria ido para lá?

-Não sei. É obvio demais. Esse seria o primeiro lugar que eu iria procurá-lo. Mas é possível. Edward é previsível.

-Procuraremos por ele. Mas não sabemos onde fica. Poderia nos dar alguma idéia. Fechei a cara. Eu já havia falado de mais, e ainda teria que mostrar onde ficava cabana.

-Não. Sempre foi o Edward quem me levava lá.

-E quando você ia sozinha?

-Eu nunca ia sozinha. Eu ficava sozinha. Ele parou de ficar comigo e apenas me guiava quando eu pedia. Então eu não sei como chegar. Ele levava um mapa. Sempre seguia ao norte. Isso era metade verdade. Porque realmente ele parara de ficar comigo apenas me levando até lá. Mas eu sabia como chegar sozinha, mas não sabia como dar informações do local. Então eu teria que ir com eles e tornara-se muito doloroso ir naquela cabana sozinha. E eu sabia que era assim que a cabana estaria. Solitária. Eu sabia que Edward não estava ali.

-Tudo bem então. Acho que teremos que procurar. Ele riu Muito obrigada por colaborar com as buscas Srta Swan... Foi muito gentil da sua parte.  

-Não há o que agradecer Detetive Fletcher. Ele é meu melhor amigo. Sorri genuinamente.

-Sim. Nós o encontraremos. E a manteremos informada. Dei todas a informações que eu podia sobre a localização do chalé.

-Obrigada.

Ele pegou o celular dando algumas ordens, e logo depois saiu da sala. Fiquei conversando com o Emmentt por um tempo e depois subi atrás da Alice e da Rosalie. Tentei consolar a Ally. Foi fácil porque eu tinha informações. Passamos nós quatro o resto da tarde juntos. Não vi a Esme em lugar algum. E depois voltei para minha casa dando as boas novas. Eles ficaram horrorizados com o sumiço repentino e sem explicação do Edward. Estranharam a minha falta de preocupação. Eu realmente não estava preocupada. Ele estava bem. Eu sentia isso. Agora precisava apenas encontrá-lo. E na verdade eu já tinha uma boa idéia de onde ele estava. Sorri deitada em minha cama.

O dia começou cinzento. Não chovia, mas o céu era tempestuoso.  Suspirei desanimada. Eu realmente odiava Forks. Tarde levantei-me sem preguiça e me arrumei rápido. O doente do Edward iria ouvir hoje. Pensava. Charlie quis que eu os acompanhasse no café me atrapalhando toda. Coloquei os óculos e peguei um guarda chuva caso fosse necessário.

-Aonde pensa que vai Bella?- Charlie afavelmente, se esforçando para me irritar, perguntou.

-Eu vou ... Hmmm Eu devia falar a verdade? Vou até o centro comprar umas coisas. Talvez eu passe em Port Angellis. Já falei que odeio a livraria que temos aqui?

-Você sempre diz que odeia alguma coisa que temos aqui. Queria que almoçássemos juntos hoje. Não tem pescaria.

-Vou tentar chegar cedo Charlie.

-Chegará cedo Bella. Bufei sem energia para discutir.

No caminho eu dirigi atentamente. Eu não ia muito a Port Angellis. Significava que eu não conhecia muito bem a cidade. No entanto eu sabia onde queria chegar. Acelerei o Sentra. Andando pelas ruelas do subúrbio. Passei por uma área industrial e sinistra depois dirigi ainda mais rápido em direção ao prédio. O prédio não era muito alto. Pintando de bege envelhecido. Tinha uma porta de madeira. E não havia porteiro. Nem elevador... Pensei com tristeza. Degrau por degrau subi a escada parando no 5º andar. Eu estava ofegante, e meus músculos fatigados. Com o corpo quente andei até o apartamento n° 620. Bati na porta. Não houve resposta. Fugitivo filha de uma puta! Pensei mal humorada. Bati de novo, e de novo com mais força. Quem passasse pensaria que eu era louca com certeza.

Então ele abriu a porta. Fazia uma careta engraçada. Seu cabelo liso e escuro estava um caos. Ele tinha os olhos verdes azulados bem claros, meio hipnóticos. Uma carinha mal humorada e os traços do rosto perfeitos. Usava apenas calça de moletom e isso me incomodou. Isso era hora de estar na cama?. Seu rosto não trazia a dose certa de surpresa por me ver ali. Isso era uma das provas de que eu estava certa.

-Oi Bella. Cumprimentou-me com tanta alegria, tão acolhedor... Seu corpo impedia a entrada.

-Manda aquele covarde aparecer agora Damon. - Falei diretamente. Ele ergueu as sobrancelhas.

-Nossa! Você passa mais de seis meses sem me ver e é tão educada... Falou com sarcasmo. Suspirei.

-Onde ele esta?

-De quem você esta falando? Perguntou. Era muito cínico mesmo.

-Do desgraçado do Edward! Mande-o aparecer agora! Se não ele estará com problemas! Damon deu um sorriso torto. A ironia inundando seu rosto.

-Bella... Querida mesmo que o desgraçado do Edward estivesse aqui... Quem causaria problemas a ele? Você? Com esses bracinhos finos? Tentei entrar a força e ele passou os braços ao redor da minha cintura. Neste segundo eu tive uma idéia. Havia um homem cavalheiro naquela casa. Comecei a gritar.

-Damon me solta você esta loucooo!? Me soooltaaa! Aaaaaah! Pare, por favor Damon! Para, para eu vou embora! Para! para! Gritava com uma voz agoniada. Damon olhou-me assustado como se eu estivesse louca e no mesmo segundo o idiota do Edward também estava ali.

-O que esta acontecendo? Solte-a cara você esta... Então ele notou-me. Olhei com um ar superior e ele como uma pessoa que caiu em um jogo muito óbvio. Ficamos assim por alguns minutos. No entanto eu sabia que precisava parar de olhar porque em pouco tempo o meu ar superior transformaria-se em baba escorrendo pelo canto dos lábios se ele não se vestisse adequadamente.    

-Ridículo... Damon atestou. Edward agora me encarava acusador.

-Isso foi baixo heim? Sorri.

-Foi mesmo. Mas não esta em condições de reclamar não acha?

-Não sei do que esta falando.

-Não mesmo Sr quero deixar a família inteira preocupada? Edward você não pode fazer isso. É irresponsabilidade!

-Veio até aqui só para falar algo que eu já sei?

-Não. Vim até aqui para te levar de volta.

-Eu não vou voltar para casa Bella. Nem você, espertinha, vai mudar isso. Franzi a testa entrando no apartamento. Estava uma bagunça. Cervejas e roupas sujas espalhadas por todo o lado. Havia alguns pacotes de camisinha, batatas fritas e coca. O sofá não existia mais. Era uma pilha de comidas velhas, roupas e cuecas O notebook do Edward estava em cima de uma mesa de café que estava escorada na parede. Havia uma TV que devia ser usada apenas para assistir jogos. Nojento! Fiz uma careta de censura.

-Hey! Isso aqui não é sempre assim! É serio! Hoje ... É que... Ah! Agente ainda não fez faxina. Damon se desculpou. Edward retirou as coisas mais nojentas e eu ri.  Depois ele voltou com uma camisa de mangas cumpridas. Finalmente! Pensei agradecida.

-Vocês vivem aqui? Eles me olharam como se fosse algo óbvio. Revirei os olhos.

-Ah! Qual é Bella! Nós somos homens... Não da para ficar nos preocupando com limpeza e organização. Quem precisa disso? Ele apontou os dedos para o queixo com as mãos viradas num gesto de Isso é muito óbvio! Bufei.

-Então você não vai voltar para casa? Vai ficar aqui vadiando na casa do Damon? E a escola? Sua família?

-Quem se importa com família? Posso me matricular aqui. E é só mais um ano. Depois eu vou para a faculdade. Eu vou estudar aqui com o Damon. Deu de ombros. Revirei os olhos. Damon estava na faculdade morando sozinho porque odiava a família. E o Edward seguiria o mesmo exemplo. Até parece que eu ia deixar. Já havia perdido Damon. E isso já era ruim o suficiente.

-Só você mesmo para achar que eu vou concordar com uma maluquice dessas! Lembrei-me dessas mesmas palavras ditas a anos atrás.

-Só você mesmo para achar que eu preciso de sua permissão. Com perfeição a mesma frase se repetia.

-Eu não sei se você me conhece. Mas eu não cometo o mesmo erro duas vezes Edward. Acho que eu não tenho opções? Ou você vem comigo ou eu vou até o detetive que esta te procurando e digo onde você esta e pronto. Você volta humilhadamente para casa.

 -Há um detetive me procurando? Sorri com o tom horrorizado dele.

-Exatamente. Sorri. Depois fiquei seria. E Carlisle esta muito decepcionado com você. Foi com dificuldade que ele acreditou quando o Detetive Fletcher declarou que você havia sumido por conta própria. Sua expressão agora era preocupada e seria. Eu não queria usar isso contra ele, mas não tinha opção.

-Você não sabe de nada. Atestou. E você é minha amiga, não vai fazer isso comigo. Não vai dizer nada a ninguém. Mesmo que diga, se fizer isso eu sumo e nem você vai me encontrar. não havia hesitação em sua voz.

-Eu com a ajuda de Matthew Fletcher, não terei problemas em achá-lo novamente. Acredite. Então seu sorriso tornou-se doentio.

-Quer pagar para ver? Perguntou com a sobrancelha erguida. Ou melhor, não ver. Porque vocês não vão poder ver nada. Ou se verem, nada que vá mudar alguma coisa. Ele falava com um duplo sentido impregnado na voz. Entretanto eu não podia imaginar aonde ele queria chegar.

-Do que você esta falando?

-Nada.

-É melhor me dizer se não quiser ser delatado.

-Você não vai fazer isso.

-Quer pagar para ver? Repeti a pergunta em provocação. Ele deu um sorriso, dessa vez não havia zombaria ou critica. Era verdadeiro e de certa forma engraçado.

 -Não. Não estou falando de nada. É serio. Sua voz agora se tornara doce e divertida. Podemos negociar?

-Não. Ele riu. Droga! Não havia mais discussão.

-Me escute Bella. Não vai doer. Pediu calmo.

-Eu não vou fazer nenhum negocio com você. Você trapaceia. Seu sorriso se alargou.

-Ok. Nada de negocio. Vamos apenas conversar. Revirei os olhos e ele ficou serio de novo. Antes de tudo preciso que me entenda.

-Bem que eu queria... Murmurei.

-Você não consegue não me interromper?

-Vai logo! Ele deu um sorriso preocupado.

-Consegue ver o meu lado nesta historia Bells? Talvez seja um pouco difícil para você entender. O ambiente em que você vive é, apesar de tudo, normal. Uma família comum de pessoas felizes. Ou pelo menos que poderiam ser felizes se quisessem. Mas na minha casa não é assim. Minha vida não é assim. Você sabe disso, entende melhor que eu. Bella acha que eu poderia voltar para casa e ver o meu pai? Como acha que ele vai me receber? De braços abertos e morrendo de saudades? Meu pai nunca vai me aceitar Bella. Eu nunca vou ser o filho que Carlisle quis. Eu tentei! Eu juro que tentei Bella. Mas eu não sou o que ele esperava eu não posso ser. Eu sou uma droga de um péssimo filho. Todas as vezes que eu tentei acertar eu estava errado! Eu nunca vou consegui prossegui com o império que ele lutou tanto para criar. Nunca vou ser capaz de fazer metade das descobertas que meu pai fez! Eu não chego aos pés dele. Ele balançou a cabeça. E então levantou o rosto para mim, os olhos verdes me encaravam agoniados e úmidos, no entanto sem nenhuma lagrima. Um sorriso fraco surgiu em seus lábios. Tem idéia de que ele era o meu herói? Tudo o que eu sou foi obra dele. Tudo o que eu tenho veio do cansaço dele. E por isso eu sempre acreditei que meu pai era um templo. E agora eu o vejo matar o meu irmão. Como ele me mata. Com facadas egoístas e, no entanto merecidas. Vejo-o se esquecer da Alice. E testemunho ela sofrer por isso. Ele tem razão em não nos amar Bella. Nós três somos um fracasso. Mas queria que ele pudesse perdoar-nos. Queria que ele se importasse conosco como se importou com o império cientifico que destruiremos. E a Esme? Eu odeio conviver comigo mesmo sendo testemunha de um sofrimento tão doloroso como o da minha mãe e ainda assim não conseguir deixar de culpá-la por tudo! Por que dentre tantas mulheres Billy quis logo ela? Você não sabe como é frustrante saber que ele esta fazendo minha mãe sofrer Bella! O pior é que ela não esta apenas sofrendo sozinha. Ela engana o meu pai! Acha que ele não desconfia de nada? Não sofre também? Carlisle a ama Bells! Ele aceita isso porque a ama. E também porque não tem nenhuma certeza é claro. Mas não concorda que outro homem já teria mandado um detetive? Espere, já não teria ele mesmo se certificado? Então eu estou assistindo tudo se desmoronar nos meus ombros... E...

-Edward...

-Espere.

-Não. Edward você esta errado. Sussurrei. Ele deixou a cabeça pender para um lado. Nos olhos tristonhos havia confusão. Ele o ama. Não pode duvidar disso... Em entendimento seus lábios se curvaram para baixo. 

-Não adianta nem continuar. Sua voz era cortante e ao mesmo tempo cálida. Franzi a testa encarando-o por muito tempo. Eu precisava encontrar uma forma de fazer o Edward entender o que se passava, mas eu não via nenhuma solução. Eu não encontrava nada. E eu não suportava ver a imensidão esmeralda vazia e morta como estava agora.

-Vocês pretendem ficar nessa rasgação de seda por muito tempo? Damon completamente cortês interrompeu.  Levantamo-nos com pressa. Olhei sugestivamente para o sofá lotado e Damon retirou muitas peças dali. Edward ajudou. Rapidamente em algumas partes do local já não havia mais roupas ou resquícios. E um ser humano, louco, poderia sentar-se ali. A atmosfera pesada foi retirada com as gracinhas de Damon, e a familiaridade entre nós. Fazia muito tempo desde que nos reunimos para ficarmos juntos os três. Eram encontros raros. Sempre havia impedimentos.

-Vai deixá-lo ficar aqui? Damon perguntou agora que estávamos sozinhos. Estávamos a algum tempo conversando os três. No caso Damon implicando comigo. Eles bebiam e eu fiquei apenas na coca. Notei que o tempo todo Edward esteve pensativo e longe demais. Uma nova tristeza estampava seu rosto, mas era diferente, e essa era duplamente dolorosa para mim. Pouco tempo depois ele se levantou e seguiu para o quarto. Ficando somente eu e Damon ali. Suspirei.

-Não é uma escolha minha.

-Não é mesmo. Mas acho que o Edward esta errado. O pai dele não é um cretino. Meu pai era. A verdade é que eles se amam de mais para verem o que fazem um contra o outro.

-E nós não podemos fazer nada. Não da para ajudar quem não quer ser ajudado. Houve silencio depois do que eu disse.

-Vou cuidar dele para você. Declarou.  Virei-me para ver seu rosto. Ele franzia o cenho os lábios entre abertos como se quisesse falar algo. Depois me virei para frente novamente.

-Acho que ele esta bem grandinho para ser cuidado.

-Talvez seja verdade, mesmo assim você esta aqui. E esta aqui cuidando dele.

-Sim. Eu estou aqui.

-Por quê? De novo Damon olhava-me nos olhos. Suspirei derrotada enquanto balança a cabeça.

-Eu não sei. Não sabia mesmo, Não havia amor que justificasse aquilo. De novo não cabia mais palavras ali.

-Soube que andaram brigando. Ele mudou de assunto.

-Ele com certeza já te contou tudo. Certo? Damon riu.

-Sim. Damon parou para pensar. Sabe, Edward é um cretino Bella. Mas a verdade é que ele esta tentando não ser assim. Ele me contou tudo o que aprontou e também o porquê e se quer saber, eu teria feito o mesmo que ele até perceber que estava errado. Olhei seu rosto tentando entender do que ele estava falando.

-Como assim?

-Nada.

-Ele não quis me contar nada. Esta escondendo um monte de coisas de mim.

-Faz sentido. Olhei indignada. Ele sabia de tudo e não pretendia contar.

-Ele te proibiu de dizer qualquer coisa certo? Perguntei com pesar.

-É claro e mesmo que não tivesse pedido não contaria nada a você.

-Por quê?! a incredulidade acentuou a forma rude da pergunta.

-Porque é coisa de homem. Coisas que os homens preferem não assumir. Esta além do entendimento feminino. Falou como se fosse um cientista explicando porque não acreditava que o homem foi à lua.

-Damon?

-Hum?

-Vá à merda! Ele gargalhou legitimamente feliz por ter me aborrecido. Depois ficou serio.

-Ele esta apaixonado por aquela garota. As palavras deveriam soar inofensivas. Mas para mim soavam como uma condenação a morte ou que possa ser pior que o fim de tudo.

-E no que isso influencia? Perguntei. Minha voz parecia calma e não trêmula como eu esperava. Damon demorou a responder.

-Bem é um dos problemas. Porque normalmente isso nos faz sofrer. Não concorda? E ele já esta sofrendo muito.

-O sofrimento do Edward é ele quem cria.

-Eu discordo.

-O que importa ele estar apaixonado pela Tânia?

-Nada. Eu só citei isso.

-Ok.

-Acha que ela sente o mesmo?

-Não sei. Ela parece gostar dele.

-Ele esta sofrendo por ela. Isso me irritava tanto quanto me fazia sofrer. A amargura que agora devia saturar em meu rosto refletiu em minha voz.

-Eu sei. Falei com raiva.

-Eu também estou irritado com essa garota! Que menina mais vadia, achar que pode fazê-lo ficar assim. Você tem sorte por estar no escuro acredite. Se Edward contasse os detalhes do namoro...

-Que ele não faça isso pelo amor de Deus! Ele riu.

-Você ia acabar matando aquela garota. Nós dois rimos. Eu só não fui porque não fico preocupado com marmanjo. Edward é homem e ele que se resolva... Eu ri com ele bancando o durão.

-Machista!

-Sou realista. revirei os olhos.

-Você esta errado. Os homens podem perfeitamente precisar de ajuda.

-Desde quando gay é o homem?

-Damon isso é um pensamento muito extremista cara! Você negaria minha ajuda se precisasse?

-Eu nunca vou precisar de ajuda de mulherzinha... Mulher só serve para duas coisas. Sexo e lavar roupa. Ele falou gargalhando. Nessa hora eu dei um tapa em sua nuca pretendendo acertá-lo com um soco. Ele se defendia sem me acerta. Não estava realmente muito irritada porque sabia que ele não acreditava no que falava. Isso era muito normal no nosso caso. Luta dos sexos.

-É bom que retire o que disse! Comecei a torturá-lo com cosquinhas enquanto tentava imobilizá-lo. 

-Jamais!

-Vamos!

-Não!- Ele resfolegava

-Ok então! Você quem sabe. Consegui depois de muita força de vontade encontrar uma forma de torturá-lo sem que ele me acertasse enquanto se remexia. Aumentando a potencia das cosquinhas Damon decidiu desistir.

-Ok OK... Eu retiro o que eu disse! Pare por favor! Eu ri enquanto liberava-o.

-Covarde! Isso foi um golpe baixo!

-E seu comentário foi ofensivo. Ele deu de língua para mim. Nossa conversa agora voltara ao rumo menos dramático que estava no inicio. Propositalmente evitamos falar sobre os dilemas do Edward.

-Ah! Bella eu estava com saudades de você! Acredite ou não... Só o Edward mesmo para te trazer aqui...

-Hum! Só o Edward nada!

-É sim... Ele também nunca vem aqui.

-É tudo sempre tão bagunçado. Temos muita coisa para fazer.

-É mais você encontrou tempo para vir aqui hoje.

-Situações extremas requerem medidas extremas sabe... Ele riu.

-Como soube que ele estava aqui?

-Dois motivos. Primeiro Edward é muito burro em relação a esconderijos. Lembra no esconde-esconde? Ou eu ajudava ou ele era o primeiro a ser descoberto! E depois quem seria louco o bastante para permitir que Edward se enfie na casa dele por seis dias e não contatar os pais?

-Ok. Depois me olhou nos olhos. Você realmente é muito chata Bella. Nossa! Eu fico impressionado com sua capacidade de ser tão inumanamente irritante. Isso deve ser crime! Da vontade de morrer...

-Wow! Eu não fiz nada dessa vez! Defendi-me como uma criança mimada.

-Não? Olhe como você fala! Fazendo uma expressão que imitava a minha. Primeiro ele é muito burro... Quem permitiria? Em uma imitação mal feita da minha voz Damon ficou usando isso contra mim por algum tempo. Ficamos em nossa brincadeira de gato e rato. Eu às vezes pensava que não sabia como era ter um irmão. Mas na verdade eu sabia sim. Meu irmão estava ali implicando comigo e depois sendo a pessoa que sempre me apoiava. E com quem eu sabia que podia contar.

-Vocês dois parecem duas crianças! Querem parar com isso? Há adultos querendo dormir! Damon parou de gargalhar me olhando com um sorriso grande. Ele estava em cima do encosto do sofá enquanto eu estava esborrachada no chão. Antes de cair eu escorreguei fazendo alguns vidros de conhaque cair e criando um barulho ensurdecedor. Estávamos assim até o Edward sempre tão bem humorado começar a gritar do quarto.

-Parecemos mesmo! Temos até um velho rabugento para ficar reclamando enquanto dorme no quarto. -Damon segurou, mas no mesmo instante começou a gargalhar trovejantemente. Eu não resisti gargalhando também. Ouvimos o barulho de porta sendo fechada com brutalidade nos olhamos e só conseguimos rir mais. Depois de fazer minha respiração voltar ao normal decidi ir até o quarto onde Edward estava. Eu me lembrava daquele quarto. Tinha uma cama de casal encostada à parede com uma janela que dava para a rua movimentada.  Os lençóis eram brancos encardidos e o estado do quarto não era melhor que o da sala. Do outro lado uns colchões se empilhavam e por cima havia muitos cobertores desdobrados. Na parede norte onde havia a porta de entrada do quarto uns armários de sucupira se prendiam no teto e também havia uma cômoda em mal estado que abrigava tudo o que se possa imaginar. Uma TV LCD estava um pouco abaixo dos armários. Havia latas de cerveja ali também e o quarto tinha um cheiro irredutível de nicotina e álcool. Eles traziam mulheres para cá? Pensei bem humorada.

Edward estava deitado na cama de casal olhando para o nada. Os olhos frios.

-Oi? Chamei. Ele me olhou aborrecido. Andei em direção a cama sentando-me na ponta. Sem me aproximar de mais.

-O que você quer? Ele estava chateado comigo! O Edward era absurdo.

-Eu não acredito que vai ficar com raiva por causa disso. Poxa! Você esta aí nessa fossa a um tempão e depois enlouquece? Falei realmente irritada. Ele me olhou por dois segundos e depois suspirou.

-Ok... Ok... Eu estou um chato agora não é?

-Agora você não esta um chato. Ele riu entendendo o que eu quis dizer.

-Ah quer dizer que eu sou assim sempre?

-Hã? Eu disse isso? Imagineee... Nós gargalhamos. Depois eu fiquei seria. Eu não vou contar para ninguém, sabe. Mas ainda não concordo com isso... Sua expressão orgulhosa me parou.

Eu sabia que você ia me achar e não ia contar para ninguém.

-Hummmm

-Eu não sou burro com esconderijos!

-Não... Você é só o pior que eu conheço.

-Não! Só você me achou!

-De quem você tinha que se esconder?

-De você.

-Então

-Mas se eu estivesse no inferno você teria me encontrado! Então não é válido.

-Na verdade o único lugar que me passou pela cabeça foi aqui. Ou seja poderia ter ido para qualquer outro lugar e eu não teria ido para lá.

-Não pensou na cabana?

-não. Era obvio demais até para você. Ele fez uma careta.

-Damon tem razão. 

-Ele tem?

-Sim. Você realmente é muito chata. Foi minha vez de fazer careta. Eu não era chata

-Eu ainda não posso concordar com isso.

-Eu não posso ficar lá.

-E o time? Já pensou nisso? Ele não sabia o que responder.

-Não sei... Talvez eu me uma aos caras de Seattle. Nós dois rimos. Ele queria fazer piada.

-Emmentt obriga o Carlisle a te deserdar. - Nós rimos, mas logo depois Edward se envolveu em sua onda de tristeza particular. Preparei-me para algo que iria doer, mas talvez fosse bom para ele.

-Como você esta? Perguntei sabendo que não queria ouvir a verdade, mas insistiria até obtê-la.

-Bem.

-Poderia, pelo menos, tentar ser honesto comigo? Perguntei torcendo para que ele não fosse capaz. Ele suspirou olhando-me nos olhos. Sou sua melhor amiga. Sussurrei. Sabe que sempre vou te ajudar Edward. Que pode contar comigo então me ajude com isso sendo verdadeiro hã? Ele ainda estava confuso ponderando o que devia soltar, provavelmente.

-Como acha que estou? Observei seu rosto. A barba mal feita novamente. O cabelo bagunçado, usando a mesma roupa que usava quando cheguei, mas agora a blusa também estava amassada. Ele tinha olheiras.

-Para falar a verdade você parece péssimo.

-Então é assim que estou. Péssimo. E ainda me sinto um idiota por estar assim. Havia um toque de frustração em sua voz.

-Não é idiota. Ele suspirou.

-Você sempre diz algo assim já percebeu?

-É porque alguém esta sempre se sentindo pior do que realmente é sabe? Ele riu.

-Obrigada. Ele sorriu para mim. Sabe, é tão difícil... Eu não esperava que fosse... Gostar... Tanto dela. Achava que seria como todos os outros casos... Mas ela é diferente como se... Servisse para mim.

-Você a ama? A pergunta soou rápida e eu não pude impedi-la. Tudo o que eu mais temia naquele momento era aquela resposta.

-Eu gosto muito da Tânia. Suficiente para enxergar até um possível futuro para nós dois, mas sabe o que eu penso disso. Você é que devia parar de se iludir, essas coisas não existem. Só existe a atração e a capacidade de duas pessoas de ficarem juntas. Mas... Na verdade eu não sei se ela sente o mesmo por mim... Eu não sei... É tudo tão... Tão confuso Bells... Ela não parece... Não parece gostar tanto de mim. Ele nem acreditava na existência do amor. Talvez se ele pudesse ler meu coração com certeza não teria motivos para duvidar. O nó na minha garganta me enforcava.

-É claro que ela gosta! Quem não se apaixonaria por você? Falei de mais e me arrependi quase que imediatamente. Eu tinha que parar de ficar falando baboseira. Ele me olhou por um segundo.

-Parece que a Tânia não. De qualquer forma isso não importa. Não estamos mais juntos mesmo... Depois eu acho outra garota. Falou banalmente por um momento esquecendo-se da tristeza. Franzi a testa. Mas logo depois seu rosto desmoronou-se em uma dor profunda. Se eu querer outra garota.

-Vocês vão voltar. Não se preocupe. Falei convicta. Mesmo que isso sentenciasse minha eterna agonia eu não tiraria a chance dele de ser um pouco feliz se a plenitude de felicidade não existiria para nenhum de nós.

-Nem sei se quero isso.

-Você quer sim, vocês vão voltar e vai ficar tudo bem. Você vai ficar bem de novo. Eu sussurrava porque sabia não ser capaz de falar naquela altura. Ele franziu a testa. Tente falar com ela. Vai dar tudo certo. Tânia não vai se impedi de ficar com você Edward! - Meu coração ardeu depois daquilo, tanto que quase parecia que ele poderia derreter dentro do meu peito. O nó voltou com tudo na minha garganta, causando dor física em minhas bochechas. Arfei. Meus lábios tremeram e eu virei o rosto para o outro lado automaticamente. A dor que me invadia era tão forte que parecia incontrolável tanto que uma lagrima agora descia sem que eu pudesse impedi-la. Senti que perdia totalmente o controle e respirei fundo. Parecia que nada aliviava. Senti um espasmo no meu peito.

-Bella! Edward chamou alarmado. Ele se levantou rápido sentando-se rápido perto de mim. Então eu me lembrei porque precisava controlar aquele ataque. Bella você esta bem?- A voz horrorizada me fazia raciocinar melhor. Com uma força inumana engoli a dor e voltei para o seu rosto sem consegui esconder minha alteração.

-Estou bem. Minha voz estava tremula e grossa.

-Não esta não! Qual é o problema Bells? Você esta sentindo alguma coisa? Ele limpou a lagrima que escorria lentamente.

-Desculpe. Eu era quem precisava pensar em uma desculpa rápido. É só que... Que... Bem, eu... Eu  Eu não sabia o que dizer. Estou... Fico pensando em como você esta se sentindo. Já me senti assim antes e sei que é horrível... Eu não gosto de vê-lo sofrer. Desculpe. Menti na cara de pau. Ele franziu a testa e riu preocupado.

-Esta chorando por minha causa? A idéia pareceu tão horrorosa para ele que eu quase ri de tão irônico que era. Quantas vezes eu já não havia chorado por ele? Ele balançou a cabeça inconformado. Não se preocupe comigo, por favor! Eu estou bem. Vou ficar bem. Não se sinta mal por isso. A preocupação dele me irritou. Parecia que era a primeira vez que ele me fazia chorar.

- Ta esta bem! Eu estou bem, Eu só estava louca. Ele me olhou.

-Ainda bem. Nossa! Achei que você estava passando mal! Revirei os olhos.

-Bobo! Ele riu. Damon entrou no quarto.

- O que esta acontecendo?

-Nada. Foi só eu que enlouqueci, mas já estou bem! Ele me olhou com desdém.

-Você não enlouqueceu Bella. Eu não havia enlouquecido, eu era louca.

-Você é tão engraçado Damon.

-Sou mesmo Ele agia como se tivesse sido elogiado. Nós três rimos. Ficamos horas ali.

Era incrivel como aquele reencontro de amigos trazia boas lembranças como se alem delas trouxesse também novas perspectivas Talvez afinal, não fosse tão ruim que o Edward tivesse fugido de casa. Só me perguntava por quanto tempo isso seria bom...


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Notas finais do capítulo

Na vdd acho q tds v6 merecem uma dediktoria! Eu fiko muito muuiitooo emocionada com o krinho d tds v6!
Gaby
Thais
Patyta
Duda
goodzinha
Nathy salvatore
BellsDS
milenamey
Ana paula
Karla Santiago
Laura Daupra
Smktamy
E até as leitoras fantasminhas q tão precisando dar as caras!!!
Eu fikoooo suuper alegree c/ v6 gente!!! *_*
bjsssssssssssssssssssssssssssss
até o proximo cap!!!



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