Por Trás de Uma Magia escrita por anne_potter23


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente? Nossa, desculpa a demora. Mesmo. Eu ia tentar escrever alguma coisa ontem, mas o casamento começou as duas da tarde e acabou as cinco da manhã...
Enfim, boa leitura *bocejo* ♥



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- É... Por quê? – perguntou ele confuso.

- Seu irmão disse a mesma coisa. – falei em um sorriso amistoso.

- Ahm. – fingiu estar distraído com o céu, mas eu sabia que não estava.

- Como assim “ahm”? – talvez tenha soado mais grosseiro do que eu esperava. Mas eu queria saber o porquê.

- Ahm... quer dizer, ele disse? É. Isso me impressiona. Mas acho que na verdade, faz muito sentido. – virou-se para mim, parecendo constrangido, mas notei que seus olhos tentavam, sem sucesso, mascarar raiva.

- Por quê? – soou propositalmente como uma criança pedindo biscoitos. – eu quero saber, Thi! Vamos, me conte! Por favor!

- Tá. Mas promete que isso não vai subir a sua cabeça. Relaxa, nada vai mudar. É sério. – falou, me reconfortando.

- Prometo. Tanto faz. – falei, monótona, mas então voltei a pedir como uma criançinha. – Agora, por favor, me conta!

- Certo. Mas é estranho você não saber. – riu ele.

- Por quê? Ah, para de enrolar e fala logo! – dei um tapa em seu braço, um pouco mais forte do que eu esperava.

- Ai. – falou com uma careta, e depois riu. – Eu não preciso falar nada, você sabe!

- Não sei, ou não estaria perguntando. Agora PARA DE ENROLAR E FALA LOGO! – dei mais um tapa forte em seu braço, no mesmo lugar.

- Você sabe, - começou ele, calmamente para a minha surpresa – porque é o cheiro do seu perfume. E não vai me dizer que você não percebeu isso! – exclamou, e eu estava boquiaberta. – Ou pior, não vai me dizer que isso nem passou pela sua cabeça!

- É... sério? – perguntei confusa, com o coração acelerado, e ainda em choque.

- Sim. Acho que eu sabia que ele gostava de você. Desde antes da nossa primeira briga, até. – disse ainda sem graça, tentando manter a calma, mas seus olhos não conseguiram esconder sua raiva.

- Você está bravo com ele. Não fica bravo com ele. Pode ser uma coincidência. Não quer dizer que ele gosta do cheiro porque é o meu cheiro. – falei, embora eu soubesse que era mentira, mas tentando dizer para mim mesma que era impossível que ele gostasse de mim.

- Você e eu sabemos que é mentira. – disse, calmamente. – E sim, eu estou bravo com ele. Você pode não ser mais a minha garota, mas eu ainda gosto de você, e não vou deixar que ele te roube.

- Então você acha mesmo que ele gosta de mim? – me esforcei para não demonstrar que essa frase foi bem sonhadora.

- Eu tenho certeza. – rosnou Tiago. Se uma coisa era certa, era que não tinha a menor possibilidade de falar com ele agora. E coincidentemente eu me toquei disso bem a tempo.

- Vamos voltar? – ele assentiu, me ajudou a levantar, e cobriu-nos novamente com a capa da invisibilidade.

O passeio por Hogwarts a caminho da mulher gorda foi tenso e silencioso. E vazio, felizmente. Talvez Alvo realmente gostasse de mim. E eu tinha que dar um jeito de fazê-lo perceber que eu sentia o mesmo. Mas Tiago ia se magoar. E Draco provavelmente também.

- Eu vou ficar um tempo por aqui. Você pode subir, se quiser. – ouvi a voz de Tiago e só então percebi que nós estávamos no vazio salão comunal.

Subi as escadas, e deitei-me. Por algum motivo foi como se eu não tivesse me lembrado de fechar os olhos. Durante largos minutos eu nem ao menos soube o que pensar. Então ouvi a porta ranger, e vi Tiago parado do lado de fora.

- Se, vem aqui, por favor? – pediu ele, e eu levantei-me.

- O que foi? Tá tudo bem?

- Você me promete uma coisa? – assenti. – me promete que, se o Alvo der em cima de você, você não vai deixar ele fazer nada?

- Olha, Thi... – comecei, envergonhada. Eu não acredito o que ele estava me pedindo. Eu simplesmente não sabia o que dizer, e felizmente fui interrompida.

- Não. Não completa essa frase. Eu... – seus olhos brilharam de tristeza – eu sei o que você vai me falar.

- Sinto muito. – disse, quando percebi que o que ele dizia era realmente verdade.

- Tudo bem. Eu não te culpo. Pelo menos me conta? – assenti. – Brigada. Já significa muito. – virou-se para descer a escada, mas então olhou mais uma vez para mim. – Sabe, Se, eu só quero que você seja feliz.

Ele sorriu, e foi dormir. Fechei a porta, um pouco triste, um pouco abalada pela reação de Tiago, e muito confusa sobre Al.

- Oi, moça. – cantarolou uma voz atrás de mim. O estranho é que eu tinha ignorado os nossos já típicos encontros na biblioteca depois que eu fiz as tarefas. E passei todo o meu tempo livre no lugar em que Tiago me contou sobre seu irmão.

- Ah, oi, você. – falei, fingindo estar admirando o pôr do sol.

- Aqui de novo? – Alvo riu e deitou-se ao meu lado. – Não achei que ia gostar tanto assim da minha sugestão. É... acho que eu sou mesmo especial. – brincou ele, me fazendo sentir arrepios, e eu provavelmente corei.

- Eu não disse que estava pensando nas coisas que eu gosto, Potter. – falei, abrindo um sorriso. – Na verdade, eu estava justamente pensando “nossa, como o Alvo é chato e sem graça” – ri, e felizmente ele riu também.

- Certo, então eu não tenho que fingir que me importo e posso ir embora. – riu, levantando-se, e saiu correndo, e então eu fiz o mesmo. Assim que o alcancei, o que não foi muito difícil, segurei-o forte e nós tropeçamos e caímos de cara na grama. Então nos viramos, e continuamos rindo.

- Onde pensou que ia? – perguntei quando consegui parar de rir. Notei que o cheiro de hortelã e lírio estava no ar. Era engraçado como tudo isso estava relacionado com o cheiro.

- Para bem longe de você. – riu ele. – E eu não te dei o direito de me agarrar, Terrence. – brincou. – acho que meu irmão não vai ficar muito contente com isso. – falou, naturalmente e, é claro, brincando. Porém, eu senti uma pontada de culpa ao ouvir aquilo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Beixus mil. Vou durmir, bye ♥



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