Por Trás de Uma Magia escrita por anne_potter23


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Eu vou levar uns tiros nesse capítulo.
Se vocês forem pelo menos parecidas comigo vão ficar uma meia hora dizendo "não, não, não, não!"
Enfim... não vou adiantar mais nada... só sejam compreensivas quando lerem, ok?
Bjs, boa leitura ♥



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- Bom dia, classe. – Draco abriu um enorme sorriso e eu fiquei feliz por ele ter voltado ao normal. – abram seus livros na página cento e quarenta e sete, por favor.

- A aula não está mais tensa como antes. – falei baixo para Ella, que inesperadamente soltou um risinho, que eu tive que acompanhar.

- Não riam, garotas. – disse ele gentilmente.

- É, garotas! Não riam ou terão que ir até a madame Pomfrey, não farão falta nessa aula. – debochou Parkinson e seus amigos explodiram em risinhos.

- Acho que VOCÊ poderia ir até madame Pomfrey, afinal, Parkinson, não fará mesmo falta nessa aula. – Draco piscou incrivelmente discreto para mim. Então eu, Al e Ella não pudemos conter uma risada.

- M-me desculp-p-pe professor. – gaguejou Parkinson com os olhos vermelhos. Quando a aula acabou, Draco me segurou pelo braço.

- Não devia ter rido da Parkinson. – falou, com um sorriso intrigado nos lábios. – agora todos devem ter percebido uma instabilidade emocional da minha parte. Eu briguei com ela e não com você, e algumas aulas atrás eu fiz o exato contrário.

- Não devia se preocupar com isso. Eu devia me preocupar com o que ELA vai falar de mim agora. Ela tem uma queda por você, a Parkinson... – falei sonhadora olhando pela janela.

- Deixe de ser boba, Serena. – debochou.

- Ah... Então você também tem uma quedinha por ela, não é? – ri-me.

- Não. Meu coração ainda pertence a você. – falou, subitamente sério.

- Desculpe se eu te magoei, Draco, realmente não foi minha intenção. – falei, enquanto caminhava de costas até a porta, que fechei devagar e ruidosamente.

Caminhei por Hogwarts triste. Quem não se entristeceria em um clima como aquele? E o pior era a falta de suspeitos. Naquela tarde, não conseguimos pensar em mais ninguém novamente. Então eu fui novamente até perto do lago negro. O vento estava cada vez mais quente, e a neve era quase inexistente. O sol se abria discreto por entre as nuvens e ia sorrateiro para o horizonte.

Enquanto eu cheirava a folha de menta e uma flor, nem tão perfumada quanto a que Alvo pegara para mim no dia anterior, ouvia o barulho de pássaros, que não foi ouvido sequer uma vez durante o inverno rigoroso.

- É a primavera chegando. – disse a voz atrás de mim, que pertencia a Tiago.

- Finalmente. O inverno durou eras.

- Mas parece que ele acabou de chegar. Foi um inverno quente que acabou frio. – disse sóbrio deitando-se ao meu lado.

- Se você se refere às tentativas de assassinato, eu não poderia concordar mais.

- Eu amo esse lugar. – sua voz soou distante e baixa, comparada ao canto dos pássaros.

- Seu irmão também... – falei distraída.

- Vocês ficam sempre aqui...? – perguntou enciumado.

- Como amigos. E não é sempre, seu bobo! – falei, e vendo sua expressão, completei – eu prefiro ficar com você.

- Bela saída. – fechei os olhos, ouvi um barulho de grama, e quase instantaneamente senti seus lábios quentes nos meus.

O silêncio agradável continuou por um tempo enquanto nossas mãos estavam entrelaçadas e o céu adquiria uma coloração alaranjada com o fim do dia, até que finalmente ele quebrou a tranqüilidade com sua doce voz.

- Sobre o que vocês conversaram? – perguntou, com os olhos fechados.

- Quer descobrir? Certo, continue com os olhos fechados, relaxe, e deixe sua mente fluir. – falei, e pude vê-lo assentir, antes que eu me levantasse para pegar uma flor e uma folha de menta e colocasse em suas mãos. – Cheire isso e pense em suas coisas favoritas.

Um sorriso tranqüilo estampou-se em sua face; seus lábios estavam rosados e sua pele macia refletia os últimos raios de sol.

- Agora pense na sua comida favorita, no seu cheiro favorito, na sua aula favorita, na sua sensação favorita, no dia mais feliz da sua vida e... – tentei-me lembrar do resto. – na sua pessoa favorita.

- A última é fácil, você. – pousou seus lábios sobre os meus, e então abriu os olhos.

- Por quê?

- Porque toda a magia que está dentro de mim se desperta quando penso em você. Me apaixono mais e mais a cada beijo, me sinto seguro e protegido ao seu lado. Sinto arrepios a cada toque seu. Tenho vontade de estar com você o dia inteiro, e um dia cansativo depois de um trabalho de história da magia só faz sentido, depois que te encontro no pôr do sol.

- Você é perfeito. – o beijei e esperei que todas aquelas sensações fantásticas viessem, mas não vieram. Simplesmente não vieram daquela vez.

- O que foi? – disse ele ao ver que eu interrompi o beijo, dura.

- Nada.

- Porque parou assim, de repente. Estava bom. – envolveu-me com seus braços.

- Não foi nada, só um dia difícil.

- Tá tudo bem?

- Desde que tudo bem seja relativo, sim. – falei triste.

- O que está mal? Fora a faca, e o Al, e...

- Nada está mal, mas tudo está diferente.

- Entre... nós? – seu rosto pareceu mais triste do que nos outros dias, e eu assenti, vendo ainda mais decepção em seus olhos.

- Você... não sentiu? – minha confusão ficou aparente. É como se tivéssemos nos afastado, e eu pensei que ele tinha percebido algo diferente.

- Não... eu deveria?

- Não sei, só sei que não me sinto como se fosse a mesma coisa. – disse chorosa, abraçando-o. O estranho é que, ao mesmo tempo, eu não queria perdê-lo.

- Quer terminar? – seus lábios tristes não diziam o mesmo que seus olhos.

- Não sei.

- Como não sabe?

- Eu não quero te perder. – falei, secando uma lágrima que escorreu fina por seus olhos.

- Também não quero te perder. Você é minha felicidade. Para mim nada mudou. Você continua a mesma garota perfeita de antes. – um sorriso falso estampou-se em seu rosto, que mesmo assim continuava triste.

- Você ainda é o mesmo. Eu também não mudei. O que mudou... foi a gente.

- Então quer terminar?

- Posso pensar? – ele assentiu. – e qual for minha sugestão você vai continuar um grande amigo e me proteger, e me fazer feliz? – assentiu novamente.

O pior era que, com tanta coisa dando errado, ele ainda era o melhor, e eu estava prestes a perdê-lo. Mesmo que ele continuasse meu amigo, as coisas não seriam as mesmas.


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Notas finais do capítulo

Eu sei... é decepcionante. Mas isso precisava acontecer.
É essencial pra a história. Não me matem, please. Tadinho do Thiiii! ♥ Vem chorar no meu ombro, Thi! Eu deixo!
Enfim... beijos ♥



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