Por Trás de Uma Magia escrita por anne_potter23


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Desculpa eu estar demorando ultimamente... eu queria ter tempo de escrever mais...
Culpe a escola, não a escritora
Boa leitura ♥



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Estava escuro demais para eu ter certeza de meus pensamentos. Por alguns momentos, no quarto de Tiago, eu poderia jurar que...

Mas, quando jogamos xadrez-bruxo no salão comunal contra Hugo, ele foi tão gentil... E ele foi tão gentil, mesmo estando furioso, com o irmão quando Alvo se machucou. Ele é tão gentil. Costuma ser, pelo menos. Mas ele também fica uma graça quando está com raiva.

O vento estava frio, assim como a noite. Assim como meus pensamentos, assim como os de Ella, assim como os de Alvo, os de Tiago, os de Hugo. Assim como Hogwarts.

Mas as estrelas estavam brilhantes, assim como a esperança em nossos corações. E o fogo estava quente, assim como os cobertores, assim como nossas mentes, assim como nossos abraços, como nossos desejos, nossa felicidade. Porque mesmo em noites frias como aquela, estávamos todos unidos. Porque éramos todos mais unidos que nunca quando tudo parecia cair aos pedaços.

- O que está olhando? – uma voz atrás de mim me trouxe de volta à realidade.

- Eu não sei.

- Porque está acordada?

- Eu não sei. – abri um sorriso discreto, ainda virada para a janela. – e você?

- Também não sei. Acho que minha mente está cheia demais para eu conseguir dormir por muito tempo. – virei-me, e vi que Ella estava deitada.

- Mal consegui dormir uma hora. O resto da noite eu fiquei aqui, observando a paisagem e tentando não pensar em nada. – a lua refletiu-se em seus olhos.

- Mas obviamente você não conseguiu, não é?

- Não, Ella. Mas e você, há quanto tempo está acordada?

- Alguns minutos. Então decidi conferir se estava tudo bem com você...

- Ninguém está bem ultimamente. – o minúsculo sorriso em seu rosto era triste.

- Como estariam? Nunca ocorreu nada mais difícil com Hogwarts. Até os sonserinos parecem alterados e... preocupados até. – agora seu riso foi de deboche.

- Não há nada de errado com os sonserinos.

- Não mesmo, Se. Mas eles costumam ser mais frios que isso. – após essa frase o silêncio se espalhou por tempo indeterminado, enquanto eu pensava na frieza sonserina. – quem você acha que é?

- Sinceramente, eu não tenho a mínima idéia. Mas ainda temos o Veritasserum.

- Isso está lamentável. – uma voz familiar disse atrás de mim.

- Eu sei. Onde está a magia de Hogwarts? – minha cara ainda era desanimadora e a de Al também.

- Acho que não vamos achar essa pessoa tão fácil.

- Mas não é por isso que devemos desistir, certo? Precisamos nos animar!

- Não vamos desistir. E você está certa, precisamos nos animar, mas isso tem sido simplesmente impossível. – os corredores estavam mais quietos do que jamais foram, e naquele momento eu não poderia concordar mais.

- É verdade. Alguma sugestão?

- Que tal esquecermos da pesquisa e do trabalho por hoje? Podemos fazer o trabalho até sexta, e não temos data para descobrir quem é o assassino. – seu sorriso foi quase animador.

- Tem idéia do que acabou de dizer, Al? – nós dois rimos, o que costumava ser a coisa mais normal por aqueles corredores, porém todos nos encararam como se isso fosse contra a lei ou algo do tipo.

Mas fora aqueles quinze segundos, aquele foi o dia mais deprimente que Hogwarts já teve. Foi a tarde mais inútil que eu já tive. E não conseguimos nem uma idéia de quem pode ter sido.

- Só estou dizendo que ninguém dessa lista teria motivo algum para me odiar! Tiago, quais são seus fundamentos para considerá-los? – pela milésima vez naquele dia, Al e Thi estavam brigando por causa da estúpida lista, que eu ainda achava inútil.

- Eu só listei todas as pessoas que já conviveram com você! – riu Tiago.

- Então se mata, porque isso NÃO é um fundamento, pena que você nem saiba o que essa palavra significa.

- Calem a boca! – gritamos eu e Ella, e isso não pareceu deixar o resto das pessoas na biblioteca muito feliz.

- Podemos sair daqui? – perguntou Al levemente corado. Nem pensei duas vezes e saí.

- Mais uma sugestão inútil, Sev.

- Cale a boca, Sirius! – os dois já paravam de andar e se encaravam.

- Vem calar!

- Não preciso, sei que você pode dar conta disso sozinho.

- Sabe do que eu posso dar conta sozinho? – provocou Thi. – Disso. – me beijou, e pela primeira vez ninguém no corredor parou para observar sequer por um segundo.

- Parem com isso! Se me dão licença, estou indo lá para fora. – falei, abrindo caminho entre os dois.

A flor que peguei da relva próxima ao lago negro estava úmida.Uma gota de água escorreu dela quando uma brisa leve, e inesperadamente aquecida soprou.

- A neve está derretendo. – sentou-se ao meu lado após dizer isso.

- É. Parece que com a primavera chegando o tempo não está de acordo com o clima de Hogwarts. – falei para Al, e então me virei para ele. – o que está acontecendo?

- Gostaria de saber, ou de não precisar me perguntar isso. – falou. – por isso veio aqui?

- Como assim?

- Quando eu estou chateado, eu venho aqui. Pego uma flor, uma folha de menta, me deito na grama e penso nas coisas mais felizes que puder. Devia tentar. – disse, pegando a flor de minha mão e duas folhas de menta, então pegou uma flor branca caída um pouco mais longe e deu-a para mim, junto com uma folha de menta.

- O que está pensando? – perguntei abrindo um sorriso enquanto me deitava.

- Em como vocês estarão sempre comigo. E como eu gosto do cheiro de menta e pétalas de flor. – eu ri, e ele fez o mesmo. – e você?

- Em como foi bom passar o natal em casa. Em como é bom ficar rindo no salão comunal perto da lareira, em como eu amo a primavera. Em como vocês estarão sempre comigo, em como eu amo cheiro de menta e pétalas de flor, e em como eu amo estar aqui agora, relaxando e sorrindo. – aproximei mais a flor branca de meu nariz. Foi uma bela escolha, ela era realmente muito perfumada.

- Agora pense na sua comida favorita, no seu cheiro favorito, - ele pegou minha mão e aproximou a menta de meu nariz aos poucos. – na sua sensação favorita. Na sua aula favorita, na sua pessoa favorita, e no dia mais feliz da sua vida.

- No que você pensou? – fechei os olhos e apreciei o cheiro da menta e da flor.

- Chocolate. Rosas com limão. Arrepios quando está frio, mas seu coração está acelerado e quente. Feitiços. Minha mãe. – sorri. – e no dia que cheguei a Hogwarts. E você?

- Sorvete com bolo. Chuva. Ouvir o fogo crepitando de noite enrolada em um cobertor. – reduzi o tom de voz radicalmente – Defesa Contra as Artes das...

- Não precisa terminar. Desculpa. – falou olhando para meu rosto triste. Seu rosto também estava triste. Uma das minhas coisas favoritas, era saber que Alvo sempre ia me perdoar, e sempre poder perdoá-lo. Então eu ri. Rosas com limão?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deixem reviews please, e amanhã eu posto o próximo cap, que eu não vejo a hora de escrever...
Beijos ♥



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