GONGCHAN P.O.V.

Cheguei em casa já com aquela barulheira toda. Não imaginei errado, todos os hyungs estavam em casa. Foi uma alegria ver todos nos reunidos de novo, como nos velhos tempos. Desde que o Sandeul tinha se mudado pro Japão, eu comecei a faculdade e com os outros hyungs trabalhando de manhã, tarde ou a noite, mal tínhamos tempo para nos reunir e assistir filmes de comedia. Era incrível como o Baro-hyung nos fazia dar risadas nas mínimas coisas, ele não deixava passar nada do filme. Hilário o jeito que ele contou da surpresa do CNU-hyung quando eles chegaram e viram o Sandeulri.

– Eu estava bem atrás do hyung. – começou ele, já levantando para a encenação – O Jinyoung abriu a porta e enquanto os dois faziam as reverencias, o CNU-hyung quando voltou ao normal, pondo-se em pé novamente, no lugar do Jinyoung-hyung viu o Sandeul. Ele deu um pulo pra trás – e ele encenava mesmo, suas caretas conseguiam ser mais engraçadas que as do Sandeulri – e quase caiu por cima de mim.

Nessa hora ele havia dado um passo pra trás e acabou deslizado na almofada que estava ao chão, caindo de bunda e se estremecendo todo. Todos nós rimos muito da cara que ele fez. O Sandeul ficou vermelho por não conseguir se controlar e o Baro ficou no chão, com a cara de que não gostou. Tadinho do hyung.

A Noite foi bem divertida, o Sandeul-hyung nos contou de seus casos do Japão e suas experiências enquanto escutávamos atenciosos, tiramos também um tempo para tocar, como fazíamos quando éramos menores. O Jinyoung pegou o violão e cantamos alguns sucessos, dividíamos todas as frases, foi bastante legal. Relembramos algumas coisas do passado, e também assistimos aos filmes que o Jinyoung-hyung trouxe. Muita comédia e ação também. Acabamos por indo dormir bem tarde.

Era bom demais termos todos ali reunidos. Como nos velhos tempos.

NARRADORA P.O.V.

O dia seria de bastante agitação para as garotas da lanchonete La Cha Ta. Sexta-feira é dia de lanchonete cheia o tempo todo e em especial nesse dia, havia alguém fora da sua felicidade normal, atendia todos os clientes com um sorriso contagioso e principalmente os casais eram os alvos de sua simpatia.

– Alguém pode me dizer qual o motivo de nossa Ennie estar tão feliz ultimamente? – disse o Sr. HoRinu ao encostar no balcão da lanchonete onde se encontravam as outras duas funcionarias.

– Appa! Ela esta mais que o normal ultimamente, não acha?

– Sim, é algo em especial? Algum namorado novo? – As duas se entreolharam, estranhando as palavras desse Ahjussi, seguidas por uma gargalhada. – O que houve? – Ele disse olhando para as duas. – Eu disse algo errado?

– Não appa, não é nada demais. Ela apenas esta feliz, certo?

– Claro, isso é muito bom. Sorrir faz bem para a vida.

– Sim, sim.. – O dono da lanchonete pegou um copo e saiu, deixando as duas a conversar.

– Sabe unni, acho que grande parte da fama do La Cha Ta devemos a nossa Ennie, ela é tão boa atendendo os clientes que acho que eles espalham isso aos amigos e parentes, o que atrai mais gente pra cá.

– O que eh isso Yoi? Claro que devemos isso a você também. Todas nos somos importantes .

– Eu sei unni, mas a Ennie é em especial, sei lá... Eu penso assim.

– Tenho que concordar que ela é realmente querida pelos clientes. Principalmente pelos garotos.

– Sim... Não vê o rapaz daquele dia? Eles ficaram conversando mais do que o normal. Eu fiquei morrendo de nervosismo quando ela apareceu do nada, Tana.

– É... Devemos ser mais cuidadosas, escapamos por pouco aquele dia.

– E hoje? Tudo certo? – A pequena maknae logo lembrou de sua missão.

– Claro, está tudo certo. Eu falei com o appa que iremos fechar um pouco mais cedo porque iremos sair após o expediente. Eu disse à ele que há muito tempo não saiamos assim e ele não brigou muito.

– Oh, tudo bem então. Vamos só esperar ela sair e assim que o movimento cair iremos dar início à Operação Caça ao Herói da Unnie. – Disse Yoi fazendo a posição de sentido, dos quarteis.

– Já temos até um nome?

– Claro, tudo organizado para essa operação. – Saindo a pequena de sua posição um tanto quanto engraçada, as duas ficaram as gargalhadas e traçando suas estratégias para o primeiro dia de sua “operação”.

ENNIE P.O.V.

Ah jinjja... hoje o movimento está bastante intenso, como poderei deixar as meninas sozinhas para ir ao Seoul Station? Apesar de a Tana ser bastante responsável, fico preocupada com ela sozinha mais a Yoi. A Yoi não bate bem da cabeça, não. Eu nem sei como conseguimos ser tão amigas tendo tantas diferenças assim. A Tana mais velha e mais responsável, a nossa dongsaeng um tanto quanto desatenta das coisas, e eu ali no meio delas, tendo que agüentar suas personalidades e fases diferentes.

Longe de mim reclamar, até porque eu não sei o que seria da minha vida aqui sem essas duas malucas, mas devo confessar que aquelas ali quando se bicam é sai de baixo! Acho que a teoria de “os opostos se atraem” parece ser realmente verdade olhando pra nós três.

Apesar de tudo, nós nunca brigamos sério e quando acontece de brigarmos uma das três sempre intermédia e voltamos à nos falar normalmente – o que já podem perceber que na maioria das vezes sobra pra mim -. Aquelas garotas são tudo pra mim.

Mas falando do La Cha Ta, precisamos encontrar mais alguém pra trabalhar aqui e ajudar as garotas quando eu estiver fora. Isso de deixá-las sozinhas é capaz de alguém sair ferido...

TANAIA P.O.V.

Como o combinado ontem, eu e a Yoi demos início à “Operação Caça ao Herói da Unnie”. Só pra deixar bem claro que foi a dongsaeng que colocou esse nome à nossa saída para procurar o garoto da loja de doces. Nós não sabíamos como ele era, nós não tínhamos idéia aonde ele trabalhava. A única pista que tínhamos é um uniforme com dois pirulitos intercalados.

Fechamos a lanchonete uma hora mais cedo, em plena sexta-feira. O Appa não gostou muito da idéia, mas também não discutiu comigo, e como eu estava no controle, aproveitei quando o movimento estava um pouco baixo pra poder ir retirando as cadeiras e fechando as cortinas. Aos poucos os clientes foram se tocando e pedindo as contas.

Com tudo devidamente fechado, eu peguei minha moto, enquanto a Yoi olhava no GPS. Traçamos uma lista de lojas de doces que encontramos por ali por perto pra já facilitar e poupar tempo. Vou te dizer: Loja de doces é onde se encontra os mais diversos tipos de gente, sério. Em todas as que passamos, quando não tinha moleques na porta, eram estrangeiros , ou pessoas totalmente diferente do pouco que a unni descreveu pras nós. Como a unnie disse que o garoto era bonito, se só achamos o pior que imaginávamos?

Fomos em um total de 20 lojas. Em todas elas parávamos, olhávamos a placa, entravamos e observávamos os uniformes. Algumas só mulheres, outras nem usavam uniformes... E assim, ao fim de 20 frustração, a Chozzita começou a pedir alimento e a resmungar.

Chozzita, é, a minha moto. Foi uma loucura pra decidir o nome dela. Eu lembro que quando a comprei as minhas duas dongsaengs foram comigo. Uma queria Chonca. Mas.. Chonca? Que raios de nome é esse?! A outra queria Zambota, huh? Que nome é esse? Africano? (Nada contra africanos, claro, mas Zambota não...)

Eu tentei juntar as duas idéias e foi isso que deu: Chozzita, a mobilete da alegria, foi esse o apelido carinhoso da Yoi.

A Chozzita pediu folga e eu e a dongsaeng fomos vencidas pelo cansaço também. A deixei em casa e voltei para minha. Demoramos um pouco mais de 1h e meia. Como já sou bem mais velha que as garotas não precisei dar muitas explicações aos meus pais. Ter 21 anos tem suas vantagens.

Ficamos por decidir depois que dia íamos continuar a operação C.H.U.