Signatum escrita por MilaBravomila


Capítulo 25
Capítulo 24 - Preparação


Notas iniciais do capítulo

Este cap ficou um pokinho loooongo.. rsrsrs.. a partir do proximo cap, a história vai mudar!
Agradeça de antemão a tdooos os reviews!! Mto obrigada por me deixarem taum feliz com suas palavras!
Boa leitura!



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Nós saímos da caverna e eu olhava de longe para o conjunto de grutas assustadoras de Qumran. Harper, ao meu lado, ainda esperava sua resposta e estava visivelmente preocupada com Jules, que felizmente estava bem. Eu sabia que ele estava se sentindo mal por não ter conseguido me defender lá dentro, mas não havia nada que ele ou eu pudéssemos fazer contra Semjaza.

De longe, os três arcanjos eram notoriamente distintos dos demais anjos por  toda sua glória e imponência. Todos os anjos conheciam as histórias antigas, que relatavam como foi a vitória incrível dos quatro Arcanjos contra os anjos negros e de como foi sua expulsão para o submundo de Lúcifer, mas nós não estávamos lá. Tudo aconteceu antes de nossa formação, num tempo distante, onde somente haviam os quatro grandes.

Afastados de nós, os três conversavam, e sua conversa estava muito além de nós.

- Então, quem são os bonitões? – Harper perguntou encarando a mim e a Jules.

- Eles são os Arcanjos. – respondi olhando pra longe – São muito mais fortes e antigos que qualquer anjo. Cada um deles é o príncipe de sua casta e detém o poder máximo dos anjos sob seu comando. Miguel é o príncipe dos Exércitos Celestiais, é o Arcanjo mais forte e justo dos quatro e liderou os irmãos na batalha contra os seres do Submundo. Rafael é o príncipe da casta dos anjos da Cura e Força Espiritual, a casta de onde venho. Os filhos de Rafael ajudam o homem e os demais anjos a elevarem sempre seu espírito e sua força interior, sempre guiando as almas à fonte de Luz e Sabedoria do Altíssimo. Gabriel é o príncipe dos Elementos, sua energia interior é capaz de comandar os quatro elementos formadores do Universo e seu poder é bastante misterioso, assim como sua personalidade. O quarto e último Arcanjo é Uriel, ele é o príncipe da casta doa Anjos da Guarda e são os mais próximos ao homem. De fato, os anjos julgam que Uriel foi quem recebeu a mais importante das missões pelo Pai, pois deve zelar pelo objeto de seu amor... Juntos, os quatro Arcanjos têm um poder inigualável e se três deles estão aqui... tenho certeza de que é por um bom motivo.

Harper ouviu com atenção minha história e estava absorvendo os fatos. Eu sei que fui muito simplista acerca das atividades da e hierarquia celestial, mas de maneira geral, ela conseguiu entender mais ou menos tudo e, provavelmente, se deu conta da importância e do peso dos seres a sua frente.

- Bom... – ela começou – eu e Miguel... nós descobrimos uma coisa que pode ser o motivo deles estarem aqui.

- O que foi, Harper? – Jules se pôs ao lado dela, ao mesmo tempo em que eu.

Ela me olhou de modo confuso, mas vi pesar no fundo de seus belos olhos escuros.

- Bom, nós achamos que a alma é a chave para abrir as portas.

Ela e Jules me encarram. Eu sabia o que significava e um vazio enorme se formou em meu peito. Como sensitiva alfa, provavelmente era meu dom que Lucius queria para concretizar seus planos. Era isso. Olhei para frente e vi mais três pares de olhos dourados me encarando de longe. Era como se Miguel tivesse acabado de contar aos irmãos exatamente o que Harper contou a mim e a Jules. Todos nós sabíamos o que iria acontecer.

Senti meu peito pesado. Não entendia o porquê, mas pensar que Lucius apenas me usou esse tempo todo para conseguir abrir as portas do Inferno para liberar os príncipes do submundo, me fez sentir perdida. Eu não entendia a natureza de minha atração por ele, ou mesmo o que eu sentia quando pensava nele. Era totalmente diferente do que sentia quando... quando estava com Miguel, mas era tão... diferente, tão intenso. Eu tinha uma atração inexplicável e irresistível por Lucius e sabia agora o quanto que isso podia ser ruim. Se ele conseguisse me ter novamente, poderia fazer o que quisesse, pois eu ficava totalmente a sua mercê. Ele poderia, inclusive, me usar para abrir a porta.

Então eu lembrei do que o expectro me disse, na caverna, antes de me atacar.

- Bom... o expectro... ele me disse que se chamava Semjaza e que eu... que eu era a chave.

É claro. Isso fazia sentido agora, mas servia apenas para me deixar mais arrependida por ter caído em Abyssi.

- Bom... nós sabemos agora porque Lucius quer tanto você... mas... como iremos fazer para fechar a meia passagem que eles abriram? – Harper indagou.

Era evidente que os seres do submundo tinham conseguido abrir um dos lados do portal. Era muito mais claro que o lado que eles abriram foi o do Inferno. Por esse motivo que o mundo estava tão susceptível a seus ataques. A questão era, como fazer para fechá-la?

- Isso não é óbvio? Temos que ir até lá. – respondeu Gabriel, com seu tom sarcástico que já me parecia normal.

- E como você pensa em fazer isso? Vai bater na porta e pedir licença pra Lúcifer?

O tom irônico de Harper me fez sorrir. Eu sei, era uma hora péssima pra isso, mas ela era tão espontânea que me fazia feliz, mesmo nas horas mais impróprias. Rafael também sorriu.

- Ela tem um ponto, irmãozinho. – Miguel acrescentou, com um belo sorriso de lado.

Gabriel, entretanto, não se abalou.

- Bom, seria mais sensato mandar a humana lá, vocês não acham? – ele rebateu, indiferente.

Harper devolveu o sorriso irônico, mas não disse nada.

- Bom, de qualquer forma, como poderíamos entrar no submundo? – perguntei, encarando Miguel. Eu não fazia idéia de como faríamos isso.

Foi Rafael quem respondeu:

- Existem diversas formas de fazê-lo. Os mundos se comunicam de forma muito íntima, Melanie, basta estarmos no lugar certo.

A voz suave de respondeu minha pergunta, embora eu ainda estivesse em dúvidas sobre a logística da coisa.

- Eu sugiro que andemos depressa. Vamos para Dudael. – Rafael completou.

- Dudael? Mas o que é isso? – Harper perguntou intrigada, encarando as feições finas e perfeitas de Rafael.

- É a porta do Inferno. – Gabriel disse sorrindo de banda e num tom sombrio.

- É uma delas, pelo menos. Agora vamos. – Rafael ordenou.

Então, Gabriel e Rafael iniciaram a caminhada de volta, para longe da ruinas de Qumran. Miguel hesitou e me encarou. Eu estava confusa, assim como Jules e Harper. Os Arcanjos tinham informações importantes que nós nem ao menos imaginávamos e agora, estavam indo em direção ao Inferno, onde provavelmente Lucius estava a minha espera.

- Quando os anjos caídos corromperam as primeiras gerações dos homens nós fomos enviados para derrota-los e expurgar da Terra todo o mal e pecado que haviam trazido a este plano. Cada um de nós teve uma missão e a Rafael coube lançar Azazel na escuridão para que lá permanecesse até o dia do Juízo Final. A porta que Rafael criou em Dudael é uma das passagens para o Submundo.

Miguel nos explicou com calma e, embora falasse com todos nós, apenas direcionava a mim seu brilho dourado. Depois de uma breve pausa, ele continuou.

- Vamos nos preparar e partiremos em breve.

- É bom mesmo termos tempo pra um banho e uma boa refeição. – Harper falou iniciando a caminhada na direção tomada pelos outros dois Arcanjos – Melanie e Jules precisam repor as energias e eu estou morta de fome. Caso vocês não se lembrem, eu não tenho asas, OK?

Ela seguiu adiante, sempre com seu jeito único e determinado de ser. Jules a seguiu calado, prestando atenção a cada passo de Harper por entre os rochedos traiçoeiros. Eu senti um peso ainda maior no peito, pois sabia que cada passo que eu daria a partir de agora, estaria me aproximando cada vez mais de Lucius e, sinceramente, eu não confiava em meus instintos quanto a isso. Eu não queria, mais uma vez, por tudo em risco.

- Você é o maior desafio que já enfrentei.

Miguel estava a minha frente e sua voz me trouxe de volta a realidade. De repente, lembrei do sabor de seus beijos e do calor de seu corpo contra o meu e senti falta. Senti falta daquela paz e alegria que ele me trazia e tive medo de nunca mais poder ter isso novamente.

Eu sabia do que ele estava falando, sabia que ele se sentia confuso com o que não conseguia controlar, confuso com sentimentos e desejos que nunca sentiu antes. Eu sabia disso porque era assim que eu me sentia em relação a ele e lia isso claramente em seus olhos.

- Se me mandar ficar, eu fico. – falei olhando-o firme.

Miguel deu um passo a frente. Seu semblante estava tão tranquilo e pacífico que eu queria mergulhar em sua paz infinita. Com uma delicadeza assombrosa, acariciou-me o rosto com o dedo, exatamente como fez antes de se separar de mim nas cavernas.

- Eu jamais passaria por cima de sua decisão, Meanie, por mais que eu gostaria de te manter a salvo de tudo. Ele respondeu, me olhando profundamente. Depois de respirar fundo, acrescentou - Será que um dia você vai me perdoar por eu ter falhado com você tantas vezes?

- Você nunca falhou comigo, Miguel. A única coisa que você fez foi me mostrar que... que eu podia sentir algo tão sublime ao seu lado. Não me peça desculpas por isso.

Eu deixei as palavras e as lágrimas saírem de mim como um rio. Eu queria gritar, sem poder. Queria voltar no tempo e apenas apagar todos os momentos com Lucius e parar no exato momento em que os lábios e os braços de Miguel me encontraram. Em outra época, em outro lugar, eu jamais imaginaria o fato de sequer olhar pra ele diretamente, quanto mais sentir sues beijos, mas agora, vivendo pela primeira vez em um mundo tão concreto, eu sabia que trocaria qualquer vida no paraíso apenas para poder ter a oportunidade que tive de estar com ele.

A mão grande e morna secou minhas lágrimas e o dourado de seus olhos brilhou ainda mais vistos por entre minhas lágrimas. Eu sentia a cada segundo que o perderia e isso estava me matando por dentro.

- Infirmitatis meae sunt...* – Miguel sussurrou em meu ouvido, assim que me apertou contra si, e mesmo entre lágrimas e dor, eu sorri.

* Você é minha fraqueza.

...

O centro da cidade estava deserto àquela hora da noite, embora até meus ouvidos humanos fossem capazes de ouvir as pessoas rezando dentro de suas casas. Os noticiários não eram animadores. Por todo o mundo, cada vez mais catástrofes e guerras aconteciam aparentemente sem motivo; massas de pessoas arrombavam as igrejas e templos sagrados, a procura de redenção de última hora, e a maioria estava certa de que o fim do mundo estava próximo e, sinceramente, eu também não pensava diferente deles.

Nós procuramos uma espécie de pousada para ficar, mas Gabriel insistiu que ficássemos em um hotel luxuoso. Esse cara era uma figura, nem por um decreto eu diria que era um ser celestial. Era arrogante, sarcástico e incrivelmente lindo e tirando essa última, ele pra mim era um pé no saco. Melanie tinha dito que seus poderes eram misteriosos e grandes, mas eu duvidava que fosse, porque se eu fosse Deus, jamais presentearia alguém como ele com estes dons, não mesmo.

Esperamos por quase dez minutos até Miguel aparecer com Melanie. Eles tinham ficado pra trás em Qumran e ela tinha os olhos levemente avermelhados. Eu juraria que estava chorando... mas também aposto que tinha sido muito bem consolada pelo deus grego do Miguel. Aliás, eu estava era muito bem parada no meio desses anjos, embora a minha simplicidade humana ficasse em evidência, era muito bom poder olhar pra essas beldades bem do meu lado. Antes eu tinha Jules, mas com ele sempre foi diferente...

Foi bem estranho chegar ao hotel e pedir a suíte principal pelo resto da noite. A cara da recepcionista foi hilária. Também, o que quatro homens e duas garotas podiam querer em um mesmo quarto?... a mente humana é perversa.

Era uma suíte incrível e ficamos nela apenas por conta de Gabriel que parecia querer sempre tudo do mais luxuoso... eu já comentei que ele é um anjo bem estranho? Bem, espaço era o que não faltava na suíte, que tinha dois andares e vários lounges diferentes. Na parte superior tinha até piscina aquecida, um escândalo. Aquilo custou uma parte significativa do dinheiro que carregávamos.

No primeiro andar tinha uma mesa enorme, repleta de frutas frescas, pães e bebidas variadas. Meu estômago roncou na hora.

- Ai que maravilha!

Não perdi tempo e caí dentro do banquete. Melanie, que não conhecia nada daquilo, ficou ao meu lado e eu indicava as coisas mais gostosas pra menina, que gostou bastante dos morangos e do mel. Jules forçou um pão e eu sabia que ele detestava ter que fazer coisas de humanos, mas seu corpo pedia por comida de vez em quando. Eu ri com a cara de desgostoso dele enquanto comia.

Do outro lado os arcanjos se reuniram mais uma vez. Eu aproveitei para subir até a piscina. Estava uma noite agradável, apesar de tudo o que acontecia. Com os anjos lá embaixo eu pude relaxar um pouco e me distrair de toda essa loucura. Aproveitei as roupas de banho e me troquei, vestindo um maiô branco no vestiário.

A água estava agradável e meu corpo, enfim, relaxou. Fiquei boiando, flutuando na calmaria da piscina ao ar livre, aproveitando esses instantes de paz que, possivelmente, seriam os últimos. Então eu percebi, na calmaria e no silêncio da água, o quanto estava cansada. Percebi que eu sentia um enjoo leve, bem ao longe, parecido com o que eu sinto quando alguma criatura das trevas se aproximava de mim. Mas era diferente, era como um ruído de fundo. Talvez as coisas estivessem tão ruins, que era como se eles pudessem aparecer a qualquer momento. Isso me assustava um pouco, saber que tudo estava prestes a se definir e que o prognóstico não era favorável. Eu não admitiria pra ninguém, talvez, nem mesmo pra mim, mas eu estava realmente com medo.

- É raro ver você com medo.

A voz dele surgiu tão repentina que me assustou. Eu perdi a concentração e quase me afoguei. Ao me recuperar, percebi Jules sentado na beira da piscina, com os pés dentro d’água, me encarando. Meu estômago deu uma cambalhota. Ele estava tão... sei lá, próximo. Seu cabelo preso no tradicional rabo baixo, deixava seu rosto inteiro aparecer. Havia uma leve sombra na barba rala, como se estivesse por fazer. Fiz esforço para me recuperar do susto.

- Eu sempre me assusto quando lembro que você fala. – mandei, voltando a ser eu mesma novamente, ou quase...

Ele sorriu e aquilo me prendeu de um jeito inexplicável. Eu nunca tinha reparado em como seu sorriso era bonito nas discretas covinhas em suas bochechas. Tratei de mudar de foco.

- Pensei que estivesse na reunião celestial lá embaixo.

- Eu estava. – ele disse, ainda me encarando – Mas senti que você precisava de mim.

Eu ri.

- Jules, eu estava boiando na piscina, não morrendo afogada. – brinquei, dando um mergulho rápido para molhar os cabelos.

Fiquei de pé e estava na parte rasa, onde a água batia em minha cintura. Quando abri os olhos, Jules me encarava de um jeito bem... sei lá, não Jules.

- Você não precisa esconder que está assustada, Harper. Eu te conheço há tempos e sei que está sendo demais, até mesmo pra você. Qualquer humano em seu lugar já teria caído fora.

Sorri. Não pelo o que ele disse, mas pela expressão que usou. Jules estava andando muito comigo mesmo...

- Pois é, mas eu não sou uma humana normal. – acrescentei com uma piscadela  -Afinal, quem consegue sentir a presença de demônios ao redor e querer bater neles ao invés de correr?

Jules não respondeu e eu senti que ele voltaria ao seu estado fechado-natural de sempre. Até que eu já tinha ouvido bastante sua voz por um dia. Depois de um curto tempo em que eu me aproximei dele e encostei na borda da piscina ao seu lado, ele falou:

- Desculpe por não ter protegido você na caverna aquele dia.

- Jules, por favor... nós já passamos disso. – falei bufando, encarando-o seriamente – Eu já disse que você não podia ter feito nada. Não tem o que pedir desculpas, você acabou foi me salvando, isso sim. E quer saber? Não quero mais falar nisso.

Eu estava irritada e virei o corpo de volta pra água morna, mas ele segurou meu braço e me virou em sua direção. Ali sim eu parei de respirar. Seus olhos acinzentados e brilhantes estavam a centímetros dos meus a ponto de eu poder sentir seu hálito doce contra meu rosto.

- Você é minha responsabilidade e eu não gosto de ver você ferida. Eu me preocupo demais com você, Harper, mesmo que nem sempre eu transpareça o que sinto.

Sim, eu estava sem palavras. Toda aquela situação estava surreal e eu não conseguia pensar, ainda mais com ele tão perto e com minhas pernas tremendo tanto que mal sustentavam meu corpo de pé na água.

- Então o que você sente, Jules? – perguntei sem pensar. De repente, aquela resposta era tudo o que eu queria ouvir.

Ele não disse nada, mas também não se afastou ou afrouxou seu aperto em meu braço, apenas continuou me olhando com seriedade e com certa raiva, só não sei se foi pelo o que disse ou se foi pela minha pergunta sem sentido.

Ele me soltou de repente e no mesmo instante percebi que não estávamos mais a sós.

- Harper?

- Oi Melanie, estamos aqui. – falei para a sombra da garota que se aproximava. Senti Jules desviar o olhar e olhar para o céu estrelado, respirando fundo. Minhas pernas ainda estavam bambas.

Ela olhou com curiosidade – como sempre – para a piscina e eu disse:

- Devia tentar. É bem relaxante.

- Não, obrigada, prefiro usar o chuveiro.

Ela tinha se encantado com o chuveiro, vai entender...

- Bom – Melanie continuou – eu só vim avisar que era bom você se deitar um pouco porque partiremos amanhã bem cedo. Vou ficar com você e tentar recuperar um pouco sua energia.

Eu acenei e saí da piscina. Tomei um banho rápido e deitei na enorme cama king size que havia lá embaixo. Melanie sentou ao meu lado, permanecendo na posição de lótus e eu comecei a sentir a energia quente e tranquilizante dela fluindo até mim. Durante todo o tempo, eu não consegui parar de pensar no que aconteceu na piscina e levou bastante tempo até que eu conseguisse dormir.


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Notas finais do capítulo

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