Meu Malvado Favorito escrita por mulleriana, Nina Guglielmelli


Capítulo 26
Certo, agora não tem volta (2ª fase)




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Parecia que tudo o que eu fazia era focado em Aro. Descobrir seu paradeiro, levá-lo até a polícia e, por mais cruel que possa parecer, pegá-lo com minhas próprias mãos. Por melhor que eu tenha me tornado com a convivência de Carlie, eu sempre teria meu lado frio – e não havia oportunidade melhor para usar isso do que justamente com quem me ensinou a ser assim.

No início, eu a protegi por pura precaução. Nunca nenhuma célula havia se rendido dessa maneira; nós sabíamos demais, falamos demais, e havia somente uma única maneira de nos parar. A ameaça de Santiago poderia ter sido inofensiva de início, sem ordens superiores, mas Aro não era idiota. Pensou nisso rápido. E ver aquela emboscada no orfanato foi a gota d´água para mim.

E então, finalmente, tínhamos o que precisávamos. Descobrimos onde ele estava. E, estranhamente, aquilo pareceu ser um passo para frente e dois para trás. Era um grande avanço, é claro, mas havia um pequeno problema: Nós éramos tão criminosos quanto eles. Poderíamos simplesmente nos juntar a polícia, como se nada tivesse acontecido, e ainda sair como heróis? Obviamente, não.

Mas é claro que quatro cabeças pensam melhor do que uma, e lá estava a solução: Jasper. Ele era simplesmente nossa arma secreta dentro do FBI. E, como um dos melhores amigos de Bella, não tinha o menor medo de se arriscar por ela como um agente duplo. Ela contou que ele chegou a conhecer Carlie enquanto eu estava na cadeia, e prometeu que nos ajudaria, pela menina.

Estava decidido. Iríamos para Volterra. Eu não tinha a menor ideia do que ia acontecer lá, mas estava louco para colocar os pés na mesma sala que Aro Volturi. A questão “como diabos chegaremos lá?” também foi resolvida com Jasper. Porém, surgiu outro problema. Carlie.

Levá-la estava fora de cogitação! Todos concordaram comigo; aquele não era lugar para ela. Além disso, havia Jacob machucado. Mas, onde eles ficariam? Ah, não, Renée não era uma opção. Até mesmo sua filha concordava; era impossível prever o estado em que eles voltariam para nós.

Emmett imediatamente pensou em Rosalie. Infelizmente, não havia como falar com ela pelo telefone. Mesmo que nós usássemos um número desconhecido, a polícia também desconfiava dela, e não seria nenhuma surpresa de estivessem rastreando suas ligações. E foi aí que entrou Alice, com sua experiência com aparelhos eletrônicos que eu não entendia de onde havia saído.

No andar de cima, ela e Emmett, com um fraco sinal de internet da vizinhança, procuravam qualquer maneira rápida de entrar em contato com a modelo. Carlie também decidiu ajudar, mas só porque não sabia que planejávamos deixá-la por aqui enquanto saíamos para o que seria o maior trabalho de “espiã” da sua vida. Na sala, eu e Bella nos aconchegávamos no sofá, em frente a lareira.

Jacob estava deitado no tapete, aos nossos pés. A garota havia feito um ótimo trabalho cuidando de seu ferimento – algum remédio para queimadura, um pouco de gaze e esparadrapo, e ele logo adormeceu, esquecendo da ardência. Carlie deixara sua boneca de pano com ele, para lhe fazer companhia. Isso era realmente um grande ato de amor para ela.

- Edward, eu posso te fazer uma pergunta? – Bella disse, colocando as pernas jogadas para um lado só, por cima das minhas. Ela apoiou as costas no braço do sofá e me olhou através dos longos cílios, sentada quase em meu colo.

Eu a olhei e sorri, acariciando seus joelhos.

- Alguma das respostas coloca minha vida em risco? – Perguntei.

Ela riu alto, jogando o cabelo comprido para trás. – É claro que não. Já passamos dessa fase.

Soltei uma risada baixa, esperando. Ela relutou, mexendo em um botão da minha camisa, e eu a incentivei com um aceno de cabeça, passando meu nariz levemente por sua testa.

- Eu queria saber... Eu quero... Quer dizer... – Eu reprimi uma risada ao vê-la tão sem jeito, acho que pela primeira vez. – Edward, onde exatamente nós estamos?

Eu afastei o rosto do dela, franzindo a testa. – O que quer dizer?

Ela mordeu o lábio inferior, desviando os olhos para qualquer lado. Eu ergui as sobrancelhas, esperando. Bella não era do tipo de mulher que gostava de discutir a relação, eu sabia e agradecia por isso, mas alguma hora precisava vir à tona. Tentei manter a calma.

– Bom, nós saímos algumas vezes, eu comecei a gostar de você, eu não sabia se você gostava de mim, mas não importava, porque eu estava disfarçada e não poderia rolar nada, mas eu resolvi ignorar e nós acabamos transando, e então nos vimos durante mais alguns dias e você foi preso. – Ela fez uma pausa para recuperar o fôlego. Eu apenas sorri com seu nervosismo. – E aí... Bom, eu passei um mês cuidando da sua filha, você provavelmente estava com raiva de mim, mas eu decidi largar meu trabalho e ajudar vocês a fugirem. Aí eu tentei te matar... Bom, eu não ia matá-lo! Só se você resistisse muito.

- Bella, onde você quer chegar? – Eu aumentei minha careta, nem tão confuso quanto aparentei.

Ela olhou para baixo, fazendo um bico ao pensar no que dizer. – Nós somos... Namorados ou o quê?

Eu afastei a mão de suas pernas para cruzar os braços em meu peito, fingindo desconfiança.

- Por que tanto desconforto? Pensei que tinha dito que já teve longos relacionamentos antes. Eu é que deveria estar agindo assim. – Zombei.

- Na verdade, eu... – Ela gaguejou. – Eu estava pensando que... Quer dizer, a Carlie... Nós estamos salvando ela, mas e depois? Ela não pode viver fugindo, você precisa se ajeitar com ela, não é bom pra uma criança ficar viajando tanto, e... Eu estive pensando... No que vai acontecer, quero dizer, quando tudo isso acabar? Vocês vão morar em algum lugar, e eu... Não tenho mais meu emprego...

- Bella, você está me pedindo em casamento?

- O quê? NÃO! – Ela arregalou os olhos.

Eu joguei a cabeça para trás em uma gargalhada. Ela deu um tapa em meu ombro, me olhando sem acreditar naquilo. Eu virei quase de frente para ela, sorrindo.

- Você estava achando o quê, que eu ia me aproveitar da sua ajuda e aí te dispensar? – Suspirei, mexendo a cabeça. – Bella, eu nunca gostei de ninguém de verdade, e nunca achei que quando isso acontecesse seria tão rápido. Mas... As coisas são diferentes quando você tem que atravessar o país fugindo da polícia com essa pessoa. – Ela sorriu ao ouvir isso. – Linda, eu estou tão assustado quanto você. Meus planos (e eu nunca fui de fazer planos) só vão até Aro. Depois de lá, eu não tenho a mínima ideia do que vai acontecer comigo, com Carlie, com Alice e Emmett, se vamos ficar juntos ou não, e onde vamos morar. A única coisa que eu sei é que Carlie é minha responsabilidade agora. Eu tenho o dever de fazê-la feliz. E isso só vai acontecer se a mãe dela estiver por perto.

Ela ficou em silêncio, com seus olhos cheios d’água. Eu continuei, acariciando sua bochecha.

- Eu devo minha vida a essa garotinha. – Expliquei. – Não fui eu quem a adotou, ela me escolheu. E escolheu você. Assim como eu.

Ela jogou os braços ao redor do meu pescoço para me abraçar. Eu retribuí, apoiando o rosto na curva de seu pescoço. Quando ela se afastou, secando os olhos, eu sorri. – E depois, nós... Eu não sei, podemos abrir uma escola de super-espiões, você ensina os golpes e eu os tiros!

Ela riu, fazendo o som delicioso ecoar na sala.

- Você? Ensinando outras pessoas a atirar? – Zombou.

- Me desculpe, senhorita passei-no-teste-do-FBI, o curso para bandidos é um pouco diferente! – Ela riu ainda mais, apoiando o rosto na mão e o cotovelo no encosto do sofá. – E eu achei melhor gastar meu tempo me aprimorando em outras coisas...

Quando eu inclinei meu corpo para frente, ela colocou o indicador em meus lábios, erguendo uma das sobrancelhas perfeitas.

- Como o quê? Porque eu não me lembro de você ter demonstrado nenhum talento extraordinário.

- Isso realmente me ofendeu. – Brinquei, afastando sua mão da minha boca. – É um desafio?

- É uma constatação. – Sorriu.

- Rá! Falou a rainha do flerte!

- Falou o cara que quase baba toda vez que olha pra minha bunda! – Ela foi mais pra frente, quase colando o nariz no meu.

- EU NÃO...! – Ela cruzou os braços, se afastando outra vez, com o nariz empinado. – Bom... Se eu “babo”, então outros caras provavelmente também fazem isso... Então eu sugiro que você escolha melhor as suas roupas, senhorita Swan.

Ela demorou um pouco pensando numa resposta, até que finalmente se inclinou na minha direção para sussurrar em meu ouvido. – Você não precisa se preocupar com os “outros caras” e a minha bunda, senhor Masen, porque afinal de contas é você quem...

- Jake! – Carlie desceu as escadas, extremamente animada, agachando bem a nossa frente para acariciar seu cachorro. – Você está melhor, Jake? – Choramingou.

Bella mordeu o lábio inferior com força ao interromper sua frase imprópria para a menina, quase me fazendo rir. Ela desviou o rosto como uma criança culpada enquanto eu puxava minha filha para perto. – Algum avanço lá em cima? – Perguntei a ela.

Carlie deu um rápido beijo na orelha de Jacob antes de pular para cima do sofá, sentando no colo de Bella, que a abraçou. Ela assentiu em resposta, me olhando.

- Eles conseguiram falar com a Rosalie, e a cara dela tá grandona assim na tela do computador! – Ela imitou a imagem da web cam, arregalando os olhos e aproximando bastante o rosto do meu. Eu ri, dando-lhe um beijo de esquimó. – O tio Emmett pediu pra eu perguntar se vocês querem falar com ela. Papai, ela pode vir visitar a gente? – Carlie sorriu.

- Ela vai vir. – Respondi, sabendo que já estava na hora do assunto preocupante vir à tona. – Mas... Hm...

- Olha, querida, tem uma coisa que precisamos conversar. – Bella disse, e a menina virou para ela no mesmo segundo, ficando de costas para mim. Demorou um pouco para continuar o assunto. – Você lembra do que aconteceu no orfanato, não lembra? Lembra daqueles homens? – Ela assentiu freneticamente. – Sabe, eles não são legais. Eles estão tentando nos fazer mal. E nós precisamos... Resolver isso. Conversar com eles.

Carlie não viu quando sorri para Bella, encorajando-a.

- E eu... – Ela tentou completar. – Carlie, eu receio que isso não seja coisa pra criança. – Esperou, mas a menina não fez nada. – Nós vamos consertar isso, está bem? Para que possamos ficar seguros e parar de fugir. Enquanto isso, você e o Jake ficam com a Rosalie. – Bella sorriu um pouco, olhando diretamente nos olhos da menina, os quais eu não podia ver. – Não vai demorar muito. Em poucos dias nós voltamos, e não teremos mais preocupações. Vamos voltar para Forks, você vai pra escola de novo, e tudo ficará bem. Ok?

Bella aumentou seu sorriso, de um jeito que até eu fiquei comovido. Carlie não disse nada; lentamente, cruzou os braços no peito, sem olhar para mim. O sorriso da garota sumiu de seu rosto.

Eu sabia que era só começo.

 (...)

- NÃO, NÃO E NÃO! EU NÃO VOU FICAR AQUI SEM VOCÊS! – Carlie berrou, sentada no sofá com sua boneca. Seu cachorro estava bem aos seus pés, estranhamente bem outra vez. Ela encarava cada um de nós como um monstrinho pronto para nos engolir.

- Carlie, por favor, nós já conversamos sobre isso! – Alice tentou outra vez.

Ela, Bella e Emmett estavam bem a sua frente, já quase desistindo. Eles haviam usado todos os argumentos possíveis. Nossas malas estavam prontas, e Rosalie estava lá fora em seu carro. Jasper chegaria a qualquer momento.

- Carlie. – Eu coloquei uma mala no chão e dei um passo a frente, olhando-a com seriedade. – Levante daí agora e pegue sua mala lá em cima.

Ela olhou bem fundo nos meus olhos antes de cuspir a palavra. – NÃO!

Eu revidei seu olhar da mesma maneira, apoiando em meus joelhos e olhando diretamente em suas órbitas cor de chocolate.

- Se você não vai por bem, vai por mal. – Ameacei lentamente.

Ainda com os braços cruzados, ela inclinou o corpo para frente e cerrou os olhos.

- Quero ver você tentar.

Eu paralisei por mais alguns segundos, até que minhas mãos voaram para seu quadril. Eu a ergui e joguei seu corpo sob meu ombro; ignorei seus gritos enquanto a carregava para fora. Bella nos deu passagem um pouco sem jeito – por mais que tivesse tanta autoridade quanto eu sobre a menina, ela nunca se intrometia quando eu lhe dava uma bronca, ainda que discordasse.

Rosalie estava sentada no banco do motorista, com a porta aberta, mexendo no rádio. Assim que ouviu o escândalo que Carlie fazia, virou o rosto para nós, confusa. Eu abri a porta do banco de trás e coloquei a menina e sua boneca lá dentro, prendendo seu corpo ao cinto de segurança. Ela tentou sair outra vez, mas eu a parei, agachando para falar com ela.

– Escuta aqui, Carlie, eu não estou para as suas frescuras hoje. Você podia bater o pé o quanto quisesse até alguns meses atrás, mas agora eu já aprendi seus truques, sua raposinha. Pare de agir como uma menina mimada, o que você definitivamente não é! – Disse a ela num tom firme. Aos poucos ela relaxou no banco, emburrada. – O assunto é sério e eu sei que você não é mais um bebê, portanto pode entender perfeitamente. Nós vamos para a Itália, você vai ficar com a Rosalie sem reclamar, e quando voltarmos eu vou pensar muito bem no seu pedido de mudar a decoração de casa.

- MAS EU...! – Ela tentou retrucar.

Eu simplesmente apontei o dedo indicador para seu rosto e ela calou a boca, cruzando os braços junto ao peito. Eu beijei o topo de sua cabeça e me afastei do carro, deixando que Jacob mancasse até perto do carro e pulasse para dentro com certo esforço. Quando fechei a porta com um longo suspiro, Rosalie apareceu ao meu lado, sorrindo.

- Obrigado por isso. – Disse, repousando minhas mãos em meus bolsos.

- Vai ser um prazer. – Respondeu. Carlie gritou algo sobre “fugir de casa”, e ela riu. – Você sabe que isso logo vai passar. – Murmurou.

- Eu entendo o lado dela. Ela não sabe de todos os detalhes, é claro. Só quero protegê-la. –Expliquei.

- Eu sei. – Rosalie assentiu.

Bella e Emmett saíram da casa rindo de algo que perdi; ele trazia a mala da menina, e se apressou em colocá-la no porta-malas. Bella me abraçou e bateu suavemente no vidro do carro, sorrindo para Carlie. Ela abriu a janela com cara de poucos amigos.

- Ora, não fique assim! Vamos voltar logo, você vai ver. – Disse, mas a expressão da menina não se alterou em nada. Ela parecia uma estátua carrancuda. – Eu coloquei sua latinha do palavrão na sua mala. Você conseguiu muito dinheiro, e tenho certeza que Rosalie vai adorar levá-la pra fazer compras.

Carlie tentou reprimir um sorriso, e logo virou o rosto para que não víssemos isso. Bella riu, apoiando o queixo em meu peito para me olhar. Emmett e Alice vieram até nós; ela se apoiou no vidro para falar com a menina, com seu jeito estranho mas carinhoso de sempre.

- Aí, eu soube que a patricinha tem um monte de chocolate belga no apartamento dela. Aproveita! – Ela esticou a mão para Carlie, que automaticamente a cumprimentou. Emmett riu e completou. – Eu trago algo da Itália pra você. Ok?

Carlie o cumprimentou também, assentindo, mas ainda bastante triste. Rosalie se aproximou e beijou a bochecha de cada um de nós, prometendo cuidar bem da menina. Ela entrou no carro e deu a partida, fazendo Carlie automaticamente abraçar seu cachorro.

- Eu amo você, Chocolate. – Suspirei, dizendo isso a tempo dela simplesmente assentir.

O carro disparou pela rua, mas ainda pudemos ouvir Rosalie se despedindo mais uma vez. Nós quatro acenamos, continuando parados na calçada por um longo tempo. Eu apoiei meu queixo no topo da cabeça de Bella, que me abraçou mais forte.

- Ela não vai me perdoar tão cedo. – Choraminguei.

- Edward, ela vai estar com tanta saudade quando voltarmos que nem vai se lembrar de hoje. – Bella disse, beijando rapidamente meus lábios antes de se afastar para dentro da casa. – E quem sabe da próxima vez ela não vai junto? Ela iria adorar a Europa. – Ela olhou para trás e piscou para mim, me fazendo sorrir novamente.

(...)

- Acho que nunca fomos apresentados formalmente, não é? – Jasper sorriu, estendendo a mão para mim. Bella estava logo atrás dele, com um sorriso enorme no rosto. Ela fechou a porta e veio para o meu lado, quase pulando em seu lugar ao me ver cumprimentando seu melhor amigo.

- É um prazer. – Respondi, forçando um sorriso. Já fazia mais ou menos uma hora desde que Carlie partira, e meu humor não estava dos melhores.

Ele cumprimentou Emmett da mesma maneira, mas quando chegou em Alice, simplesmente paralisou, encarando-a. Ela esperou com a mão estendida, e então ergueu uma sobrancelha, impaciente.

- Tá olhando o que, idiota? – Perguntou. Eu arregalei os olhos para ela, abraçado a Bella, e ela baixou a guarda. – Ahn... Oi. Alice. – Eles apertaram as mãos, e ela se esquivou com dificuldade após um longo tempo.

Nós já carregávamos nossas malas, ansiosos para sairmos dali. Eu me senti um pouco triste por ter que deixar a casa sozinha outra vez, mas pelo menos agora ela não estava abandonada como antes. Exceto pela parte exterior, é claro. Saímos dali e entramos na viatura de Jasper; eu me recusei a olhar para trás enquanto avançamos pela rua comprida.

- Eu vim por minha conta e risco agora. – Ele explicava. - Eu e Charlie temos um plano a ser executado na Itália, e apenas lá, portanto nosso voo e sua estadia durante a noite precisarão ser escondidos. Eu tomei a liberdade de arrumar identidades falsas que...

- O que? A polícia não sabe sobre nós? – Alice perguntou ao meu lado, um pouco irritada.

O oficial a olhou pelo retrovisor bastante sem graça, soltando um pigarro antes de responder.

- Não é bem assim. Nós não podemos mostrar que estamos ajudando fugitivos. – Explicou. - O plano é simples; vocês se apresentarão oferecendo ajuda e pedindo o fim de sua pena em troca. Eles vão aceitar, num primeiro momento...

- E será mentira. – Bella completou, a minha direita, olhando pela janela.

- Mas não se preocupem, eu vou dar um jeito para que escapem ilesos. As identidades falsas também servirão para isso. – Ele suspirou, me olhando pelo retrovisor. – Eu sei o quanto isso é importante para você, Edward, pegar o cara que ameaçou sua família e tudo o mais, porém você precisa, todos vocês precisam entender que suas vidas mudarão muito depois disso.

- Já não mudaram? – Emmett zombou, no banco da frente. – Estamos fugindo há semanas!

- Isso não será nada mais do que uma invasão, e é sempre perigoso. – Jasper respondeu. – E imprevisível. Mas vocês sabem no que estão se metendo.

- Com certeza! – Alice pulou em seu lugar, como uma criança.

Bella riu baixinho, aconchegando-se mais perto de mim. Jasper disse algo sobre o aeroporto e o pequeno avião particular que usaríamos, mas não prestei realmente atenção.

- Tudo bem? – Sussurrei para ela, que ainda encarava as casas passando rapidamente pela janela.

Ela demorou a responder. – Eu queria Carlie aqui.

Respirei fundo, passando um braço em volta de seus ombros.

- Eu também.


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Notas finais do capítulo

Hello dears, Nina here! Sim, depois de longos dias eu estou aqui, por que a Carol disse que eu sou uma linda e que não postava a muitos capítulos, verdade...preguiça gente...admito ç.ç
Mas eu to aqui pra dizer que, infelizmente, a fic ta chegando na sua reta final BUT não chorem por que claro que nossas mentes brilhantes ja estão com uma nova história prontinha para ser escrita, uma história bem ligth mas que vai fazer vocês darem muitas risadas :P
E é isso aí, queria agradecer também por cada comentário que recebemos eu adoro cada um, por mais que não esteja respondendo eu os recebo em meu email e adoro ver a empolgação de cada um de vocês com a história, espero que curtam esse final também, por que estamos com uma dorzinha no coração de termina-la também ç.ç
Mas é a vida né? Enfim...falei de mais!
Beijos
Nina!