Meu Malvado Favorito escrita por mulleriana, Nina Guglielmelli


Capítulo 14
Ah, já estava na hora!


Notas iniciais do capítulo

Tenho um pedido especial hoje, ok? Eu realmente gosto de colocar uma "trilha sonora" em fics, mas é uma coisa meio complicada, né? Cada um lê em seu próprio tempo! Só quero pedir para que prestem atenção nesse capítulo, porque são 2 músicas e há uma troca muito sutil... Quero dizer, o local onde está o link é onde devem começar exatamente! Se a primeira música ainda estiver tocando e vocês se depararem com o link da segunda, troquem, porque o texto muda e a música faz parte da sensação que quero passar. Ah, vocês vão entender! Boa leitura xD



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Carlie ajoelhou na cama por cima do cobertor que a esquentava. Eu já estava indo em direção a porta, mas parei com um suspiro quando ouvi sua voz.

- Você não precisa ir. Você pode trazer a Bella pra cá, e jantamos todos juntos. Por favor, não vá! Por favor! – Ela pediu, juntando as mãos e jogando o lábio inferior para frente.

Eu ri baixinho, me aproximando outra vez. Ela sentou perto da parede, e eu me ajeitei na ponta da cama, erguendo uma das sobrancelhas ao falar, olhando-a com certa diversão.

- Não acho que a Bella vai gostar muito se eu levar minha filha ao nosso encontro. – Sorri.

- Eu já fui a um encontro. – Carlie deu os ombros.

- Ficar escondida não conta como “ir”. – Ri um pouco, suspirando ao final. – Eu vou voltar logo. Talvez até antes de você dormir, se continuar agitada assim.

- Eu prometo dormir logo se me contar uma história! – Ela pulou sentada no colchão.

- Mesmo? – Perguntei, fingindo desconfiança.

- Mesmo, mesmo, mesmo! – Ela fez um “x” com os dedos indicadores, beijando-o.

Cerrei os olhos, divertido, esticando o corpo até alguns livros jogados no chão.

- Eu estava lendo O Pequeno Príncipe outra noite. – Carlie disse, apoiando as costas no travesseiro que encostara na parede.

Peguei o exemplar que ela citara e me arrumei na cama, ao seu lado. Ela apoiou o rosto em meu peito e me abraçou confortavelmente, como na outra vez em que lhe contei uma história. É claro que logo Jacob apareceu pela porta entreaberta – acho que ele também gostava de ouvir minha leitura.

- Onde parou? – Perguntei, abrindo o livro.

- Capítulo... 8. Ou seria 7? Ainda não entendo esses desenhos! – Ela apontou para os algarismos romanos no topo da página.

Eu ri, abrindo no início do oitavo capítulo. Ela sorriu e assentiu, reconhecendo o desenho na lateral. Soltamos um longo suspiro juntos – eu, Carlie e Jake, que se aconchegava a seus pés.d

- Pude bem cedo conhecer melhor aquela flor. – Comecei a ler.

 “Sempre houvera, no planeta do pequeno príncipe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e que não ocupavam lugar nem incomodavam ninguém. Apareciam certa manhã na relva, e já à tarde se extinguiam.

Mas aquela brotara um dia de um grão trazido não se sabe de onde, e o principezinho vigiara de perto o pequeno broto, tão diferente dos outros. Podia ser uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e começou a então preparar uma flor. O principezinho, que assistia à instalação de um enorme botão, bem sentiu que sairia dali uma aparição miraculosa; mas a flor não acabava mais de preparar-se, de preparar sua beleza, no seu verde quarto.

Escolhia as cores com cuidados. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma suas pétalas. Não queria sair, como os cravos, amarrotada. No radioso esplendor da sua beleza é que ela queria aparecer. Ah! Sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toilette, portanto, durara dias e dias. E eis que uma bela manhã, justamente á hora do sol nascer, havia-se, afinal, mostrado.
E ela, que se prepara com tanto esmero, disse, bocejando:

- Ah! Eu acabo de despertar... Desculpa... Estou ainda toda despenteada...

O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:

- Como és bonita!

- Não é? – Respondeu a flor, docemente. – Nasci ao mesmo tempo que o Sol...

O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente!

- Creio que é hora do almoço. – Acrescentou ela. – Tu poderias cuidar de mim...

E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor.
Assim ela o afligira logo com sua mórbida vaidade. Um dia, por exemplo, falando dos seus quatro espinhos, disse ao pequeno príncipe:

- É que eles podem vir, os tigres, com suas garras!

- Não há tigres no meu planeta. – Objetara o principezinho. – E depois, tigres não comem erva.

- Não sou uma erva. – Respondera a flor suavemente.

- Perdoa-me...

- Não tenho receio dos tigres, mas tenho horror das correntes de ar. Não terias um paravento?
Horror das correntes de ar... Não é muito bom para uma planta, notara o principezinho. É bem complicada essa flor...

- À noite me colocarás sob a redoma. Faz muito frio no teu planeta. Está mal instalado. De onde eu venho...

Mas interrompeu-se de súbito. Viera em forma de semente. Não pudera conhecer nada dos outros mundos. Humilhada por se ter deixado apanhar numa mentira tão tola, tossiu duas ou três vezes, para pôr culpa no príncipe:

- E o paravento?

- Ia buscá-lo. Mas tu me falavas...

Então ela redobrara a tosse para infligir-lhe remorso.

Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.

- Não a devia ter escutado. – Confessou-me um dia. – Não se deve nunca escutar flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter enternecido...

Confessou-me ainda:

- Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar.”


- Que flor mais malvada e egoísta! – Carlie reclamou, desencostando de mim para olhar meu rosto.

Eu mal a enxerguei; abaixei o livro e encarei a parede do outro lado do pequeno quarto por um longo tempo. Finalmente, com um suspiro, virei o rosto para encarar minha filha.

- Mas sabe... Ela amava o principezinho. – Ergui uma mão para acariciar o rosto da menina, sorrindo tristemente. – Amava muito. Só... Não sabia demonstrar. Ah, você vai ver no próximo capítulo! – Ergui a voz, fingindo estar animado ao ficar outra vez em pé.

Eu passei a mão rapidamente no canto do olho, secando uma lágrima que ameaçava cair. Seria difícil explicar a força daquelas palavras que me atingiram. Deixei o livro no mesmo lugar que o encontrara e arrumei minha camisa, um pouco amassada.

- Então... Agora você pode dormir, certo? Você prometeu! – Apontei um dedo para ela.

- Tá... Tá, eu vou tentar... Mas agora quero saber o final da história! – Retrucou, deitando na cama contra sua vontade.

- Tudo tem seu tempo. Amanhã eu leio outro capítulo. – Comecei a dizer, arrumando o cobertor para que ficasse confortável.

- O príncipe e a flor vão se tornar amigos? – Perguntou, ansiosa.

Pensei um pouco, sem olhar em seus olhos.

- Eu não posso contar... Mas... Bem, o príncipe ainda vai encontrar outras flores por aí. Talvez essa não seja a melhor companhia...

- Mas você disse que ela o ama! Ela só precisa mudar um pouquinho! – Bufou.

- Tudo a seu tempo. – Repeti, olhando em seus olhos um pouco sério. – Agora, durma.

- Não consigo...

- É sério, Carlie! – Olhei meu relógio de pulso; 20:15. – Eu preciso ir!

Ela ergueu os braços, sorrindo para mim. Eu ri baixinho quando nos abraçamos; ao invés de sair dali, fingi estar caindo, deitando metade do meu corpo em cima dela. Meus joelhos estavam no chão, sustentando a maior parte do meu peso. Ela gritou, e então soltou uma gargalhada, tentando me empurrar. Jacob latiu ao nosso lado.

- Ah... – Gemi, fingindo estar exausto. – Estou ficando velho...

Ergui o rosto, sorrindo para Carlie. Ela riu novamente quando beijei sua testa.

- Seus olhos parecem calda de menta! – Ela disse, animada.

- O que? – Perguntei em meio a uma risada.

- Calda de sorvete de menta. É verde como seus olhos!

Eu ri alto, tombando um pouco a cabeça para trás.

- Os seus parecem... – Sorri com o pensamento. – Chocolate.

- Sorvete de chocolate! – Carlie disse.

- Com calda de menta. – Completei.

- Hmmm! – Ela lambeu os lábios, pensativa.

- Posso comer? – Perguntei, abrindo a boca e a levando em direção a seu rosto.

Ela riu e me empurrou, mas eu consegui morder a ponta de seu nariz. Fiquei outra vez em pé, e ela ainda ria, se mexendo embaixo do cobertor. - Eu volto logo, está bem? – Prometi, já indo em direção a porta.

- Tá bem. – Respondeu, aconchegando o corpo na cama.

- Alice, Emmett e Rosalie estão em casa... É só gritar.

- Aham. – Ela resmungou em meio a um bocejo. Jacob se aconchegou mais perto dela.

- E depois você vai me contar tudo sobre seu passeio com Esme. – Sorri.

- Aham... – Respondeu ao fechar os olhos.

- Boa noite, Chocolate. – Sorri com o novo apelido.

Não acredito que ela ouvira – já estava dormindo tranquilamente.

Apaguei a luz antes de sair.



(...)


Hoje considero interessante minha relutância em admitir o que sentia por Bella, principalmente quando comparada a facilidade com que amei Carlie. Eu nunca precisei admitir isso com todas as letras; simplesmente estava ali, o tempo todo. Aos poucos, ela derreteu meu coração de gelo. Carlie era minha filha, uma parte de mim. Ainda que não tivéssemos o mesmo sangue, dividíamos o mesmo coração. Eu estava completamente apaixonado por aquela garotinha – não acham essa palavra ainda mais bonita quando colocada de maneira tão fraternal?

( http://www.youtube.com/watch?v=gM8qRlwuafw
Jason Walker – Kiss me )


Cheguei rapidamente a casa de Bella. Ela estava especialmente bonita naquela noite. Nada de uma mini-saia ou um super decote (isso era algo que eu definitivamente nunca a veria usar), mas talvez fosse assim que ela me atraía tanto - como algo proibido.

Fomos a um restaurante em Port Angeles, onde eu deixei que ela escolhesse minha comida. Não sei o que era – qualquer coisa vegetariana – mas era muito bom. Eu poderia contar tudo sobre nosso jantar; todos os assuntos sobre os que conversamos e rimos. Ah, sim, ainda está tudo aqui... Depois de tanto tempo, eu me lembro de todos os detalhes. Mas o fim daquele encontro foi o mais importante da noite, portanto, vamos logo ao prato principal.

Estava chovendo quando parei a frente da casa de Bella. Ela me contava uma história de sua infância, e eu ria em resposta – aquele tipo de risada que lhe tira o ar até você pensar por um segundo que não vai sobreviver. Eu estava tão feliz. Carlie no banco de trás era a única coisa que faltava.

- Charlie me prendeu em casa por uma semana depois disso. E eu nunca mais vi aquelas crianças... – Ela riu junto comigo, dando os ombros ao finalizar. Nos encaramos enquanto tentávamos cessar nosso riso. – Hoje... Foi muito legal. – Completou, sorrindo para mim.

Eu retribuí, sustentando seu olhar por um tempo longo demais. Finalmente, com um pigarro, estiquei a mão para o guarda-chuva entre nossos bancos.

- Vou levá-la até a porta. – Expliquei, abrindo a porta do carro.

Com o guarda-chuva aberto acima de minha cabeça, dei a volta até a porta de Bella, mantendo-o sob nós dois quando ela saiu. Tranquei o carro antes de guiá-la para a entrada da casa, mantendo uma mão em suas costas. A pequena cobertura, acima da porta de entrada, era suficiente para que eu pudesse fechar o guarda-chuva.

- Bem, eu... Boa noite, então. – Disse a ela quando nossos olhares se encontraram.

- É sempre bom estar com você. – Bella assumiu, arrumando os óculos timidamente. – Podemos sair outra vez, amanhã... Ou depois...

- Amanhã está bom! – Respondi, tentando segurar minha animação.

- Então amanhã. – Ela sorriu um pouco.

- É... – Desviei o olhar para o chão, suspirando.

- É. Até amanhã, Edward.

Eu olhei uma única vez para seu rosto, antes de virar em direção ao carro. Já de costas para ela, afastei um pouco o guarda-chuva do meu corpo, a fim de reabri-lo. Não tive tempo. Sua mão tocou meu ombro carinhosamente, e eu me virei no mesmo segundo, tomando seus lábios nos meus.

Até hoje me pergunto se sua intenção era realmente essa. Deixei o guarda-chuva no chão para que minhas mãos livres pudessem envolver sua cintura, e ela retribuiu erguendo os braços até meu pescoço, numa tentativa de me puxar para mais perto. Após esse susto, quando ambos entendemos que tínhamos a mesma intenção e nos entregamos aquele beijo, tudo ficou muito calmo – exceto meu coração, que estava aos saltos. Ela poderia muito bem, com nossos corpos tão próximos, ter sentido meus batimentos acelerados.

Uma de suas mãos adiantou-se para meu rosto e o acariciou. Sorri contra sua boca. Naquele segundo, eu perdi toda a coragem para continuar negando. Eu a amava. Acima de apostas, mentiras, ou qualquer segunda intenção que algum dia tivera, eu precisava tê-la. Eu nunca havia me sentido daquele jeito a minha vida toda. Era tão... Incontrolável. Entorpecedor. Da melhor maneira que poderia existir.

Bella havia destruído o monstro que havia em mim.

Seu ofego me chamou a atenção – até sua respiração soava encantadora. Quando o beijo cessou, ela não abriu os olhos, e eu aproveitei para analisar seu rosto sereno. Ergui uma mão, como ela havia feito, e alisei sua bochecha macia. Eu poderia estender aquele momento pelo resto da minha vida – eu não tinha os pensamentos nojentos e obscenos que normalmente me vinham só ao olhar para uma garota.

Meus sentimentos por Bella eram puros, profundos, e eu precisava que ela soubesse.

Não tive tempo de dizer – ao menos, não naquele momento.

Porque ela abriu os olhos para encarar os meus.

E então tudo foi a loucura.

(
http://www.youtube.com/watch?v=6GBw2897sOM
Animals – Nickelback )


Suas mãos agarraram a gola da minha camisa, e eu fui puxado violentamente a seu encontro, surpreendido por um beijo urgente. Ergui as sobrancelhas numa pergunta muda e afastei minhas mãos de seu corpo – eu não sabia direito como corresponder aquilo; o que diabos ela estava fazendo?

Bella se afastou pouco tempo depois para me olhar de um jeito que nunca fizera antes. Eu permaneci estático, com a mesma expressão abobada no rosto.

Mas, droga, o que eu tinha a perder?

Tomei seus lábios nos meus outra vez, com certo desespero, como se aquele beijo fosse mais importante do que o ar em meus pulmões. Segurei sua cintura, assim como antes, mas desta vez com muito mais firmeza. Ela deslizou as mãos por minha nuca até meu cabelo, puxando-o e bagunçando-o, até que percebeu que abrir a porta atrás de si era mais importante. Pude ouvir os roncos de Charlie ao longe.

Eu deixei que ela me guiasse até o andar de cima, sem nunca nos separarmos. Quando passamos o último degrau, ergui seu corpo, a fim de carregá-la. Bella enroscou as pernas em torno de minha cintura e jogou o corpo levemente para trás, alcançando a maçaneta da primeira porta do corredor, próxima a nós.

Minha camisa alcançou o chão do quarto antes de meus pés. Ela era estranhamente rápida ao tirar (ou arrancar) nossas roupas. Eu me desequilibrei ao fechar a porta atrás de nós, o que a fez rir contra minha boca antes de tirar sua própria blusa por cima da cabeça. Mais alguns passos para frente e caímos em sua cama; nos livramos de nossos sapatos com os próprios pés. Eu enrosquei nossas pernas e ergui seus braços pelo colchão, prensando-a embaixo de mim.

Só percebi que ela já havia se livrado dos óculos quando parou o beijo e me encarou, forçando uma expressão inocente. Eu ergui uma sobrancelha, divertido, e ela aproveitou minha baixa guarda para virar na cama e sentar em cima de mim, sorrindo vitoriosa. Suas mãos desceram para o zíper da minha calça, logo livrando-se dela.

Aquele jogo continuou por algum tempo – cada vez que eu conseguia virar e prendê-la embaixo do meu corpo, ela retribuía mordendo meu ombro ou cravando as unhas em minhas costas, recusando-se a me deixar no controle. Droga, ela logo me deixaria louco.

A última peça que retirei de seu corpo foi sua calcinha – utilizando os dentes. Ela me encarou, completamente rendida, mordendo o lábio inferior num misto de ódio e desejo. Assim que voltei a colar nossos corpos, ela tentou se vingar, deslizando fortemente suas unhas por toda as minhas costas. Sorri sozinho.

O que havia por trás da garota que eu conhecia não combinava com ela - e eu poderia reclamar? Bella era completamente irresistível. Ela tinha o corpo mais bonito que eu já havia visto ou tocado, e sabia como usá-lo. Ela despertava um lado em mim que nenhuma mulher nunca havia conseguido; eu não pensava em nada, simplesmente agia. Éramos como dois animais seguindo seus instintos – e coloco isso no sentido mais forte da palavra, levando em conta as marcas profundas que estavam em nossas peles ao amanhecer. “Fazer amor” não definiria muito bem aquela noite.

Porém, quando nossos corpos se acalmaram e eu finalmente consegui pensar direito, aquela era a única palavra que enchia minha mente.

Eu disse. Eu finalmente disse, e agora era uma verdade.

- Eu amo você. – Assumi, em alto e bom som.

Bella abriu seu sorriso mais encantador e, com uma risada, me puxou para um beijo de tirar o fôlego.

(...)

Senti certo remorso por Carlie quando lembrei da promessa que havia feito. Saí da casa de Bella por volta das 8 horas da manhã – cedo demais para Charlie já estar acordado, mas suficiente para ficar um pouco com ela antes de precisar ir embora. Minha filha já devia estar acordada, elétrica, esperando uma ótima explicação para meu sumiço.

- Nos vemos hoje à noite? – Bella perguntou quando já estávamos na porta da sala, abraçados.

- Pode ter certeza que sim... – Respondi, abrindo um largo sorriso.

- Podíamos... Sair com Carlie outra vez. Eu adoro ela, você sabe!

- Ela ama você. E vai adorar não ter que ficar em casa durante mais um encontro meu...

- Ela reclamou? – Bella riu, apoiando o queixo em meu peito.

- Carlie é uma coisinha traiçoeira, se quer saber. – Respondi, esticando a mão para a maçaneta enquanto ainda a abraçava com o braço livre.

Bella saiu comigo, segurando o robe que usava bem fechado junto a seu peito.

- Até logo... – Ela sussurrou, me puxando para um beijo casto.

Trocamos um sorriso e nos separamos; ela acenou timidamente, voltando para dentro de casa. Observei a porta fechada por alguns segundos a mais.

Era uma manhã gelada. Meu guarda-chuva estava intacto, no mesmo lugar da noite anterior; eu o peguei e desci as poucas escadas, em direção ao meu carro.

Demorei para achar a chave no bolso da calça. Não sei se isso foi bom ou ruim.

Quando você está acostumado com armas, consegue captar tudo delas. Eu ouvi o barulho do gatilho perto de mim, e soube na hora o que significava. Endireitei meu corpo e virei o rosto na direção do som, sério. Um homem encapuzado apontava seu revólver para mim.

- Coloque no porta-malas.

A voz desconhecida foi a última coisa que ouvi, antes de algo me acertar em cheio na nuca e entorpecer meus sentidos.



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Notas finais do capítulo

Vou ser muito sincera e dizer que estava envergonhada de postar algumas coisas que escrevi AHAHUAHAU Não acho que seja nada muito forte, mas é só... Não sei! Lemons são uma coisa complicada pra mim; particularmente não gosto de fics muito explícitas, acho uma coisa de certa forma desnecessária. Espero ter conseguido passar a cena bem o suficiente. E, yay, Edward ganhou a aposta, e finalmente confessou seu amor o/ E esse final... Fiquem na curiosidade pro próximo capítulo Hahaha Espero que tenham gostado!