Minerva lia pacientemente um de seus livros anotando tudo com extremo cuidado. Preparava sua próxima aula.  Apesar de ser considerada uma pessoa rígida e séria amava muito seus alunos.  Ultimamente andava ocupada já que estava cuidando de Hogwarts por Dumbledore que saía há alguns meses de viagem com Snape. O diretor, sempre misterioso, não revelará o motivo de abandonar momentaneamente a escola junto com o Professor de Artes das Trevas.

                                    Se considerava tudo aquilo muito estranho Minerva não falava.  Não serviria de nada.  Os anos que conviveu com Alvo a ensinaram que devia aceitar que era um homem de muitos mistérios.  Ouviu um rangido e um bater impaciente na porta.  Ajeitando seus óculos andou impaciente para atender o Zelador que o esperava com cara de poucos amigos.

-Tem um Senhor que pediu permissão para entrar dizendo ser “substituto Do Snape” – resmungou

-Deixo ver isso – falou a professora arrancando o papel das mãos dele. Era uma autorização de Dumbledore impecável sem sombra de dúvida.  

-Muito bem.  Permita sua entrada e lhe mostre os aposentos – sussurrou.  Ele logo assentiu saindo arrastando os pés e chamando Madame Nora que se encontrava ao seu lado.  Minerva sentiu um aperto no coração logo que os dois saíram como se aceitar o novo educador de artes das trevas não fosse à coisa mais prudente a fazer.  Ignorou o pressentimento pensando que era apenas estresse de tantos testes de magia para corrigir.

-Todo mundo sabe que vocês estão namorando não precisam esconder começando uma discussão– declarou a bruxa para sua amiga.

-Bella – disse Hermione corando.

-A Bella está certa – Concordou Edward a puxando pela cintura e tocando seus lábios nos seus.

-O Edward concordando com a Bella... Novidadeeeeeee -  Ironizou Emmett gargalhando.  Rose lhe lançou um olhar severo, mas não aguentou e acabou rindo.

-A culpa não é minha se o amor da minha vida está sempre certo – Edward falou os olhos brilhando fitando Bella com admiração.

-Ohhh... Tem mel demais aqui... Se ficar mais doce eu vomito... Se eu pudesse vomitar já tinha vomitado – Continuou Emmett rindo compulsivamente.

-Então é melhor fugir porque o negócio vai adoçar mais ainda – Falou Edward lendo os pensamentos de Draco.

-AH... Chatice... Não ia dar para esconder muito tempo mesmo... Bem Hermione não vou dizer que você é perfeita porque não sou cego. Você é sangue ruim e às vezes uma chata, mas eu te amo OK?    Então oficialmente e sei que meu pai vai me matar por isso... Quer namorar comigo? - Perguntou o Sonseriano.

-Sim - Falou Mione pulando no seu colo e beijando.  Ele se afastou resmungando algo como “Sem escândalo também...”.

-Draco definitivamente não sabe ser romântico – Falou Lice fazendo biquinho.  Todos riraram.  Isso era verdade.   Contudo de um jeito ou de outro o amor deles era bonito.  Diferente mas bonito. 

O Sinal tocou anunciando a nova aula e os casais tiveram que se separar.   Bella tinha aula agora com Hermione.    Artes das Trevas.   Os alunos da Sonserina e Grifinória se encontravam curiosos em saber quem ficaria no lugar durante aquele período de tempo.  Agitados só pararam de tagarelar quando uma figura de vestes negras entrou na sala de aula.

Nenhum ruído podia se escutar.  Era uma figura muito estranha.  Mais estranha do que estavam acostumados e isso não era o que podiam chamar de bom. O Professor recebia o nome de Ricardo e seus olhos procuravam famintos e vingativos pela sua filha.  Logo a localizou e sorriu dissimulado.   A morena tremeu ao perceber que o olhar dele era direcionado a ela. Depois dos primeiros segundos, que pareciam séculos, de tensão a aula começou.  O suposto professor se apresentou e pediu para abrirem na página sobre fadas. 

-Srta. Swan? – chamou-a praticamente cuspindo seu nome.

-Sim? - respondeu rapidamente para não aparentar seu nervoso.

-Qual o tamanho original das fadas?  - perguntou. 

-Bem... Isso Varia... A maioria das fadas prefere o tamanho de seis a sete centímetros para poder usar das flores como sua casa já que elas têm uma fixação por natureza. Contudo se elas quiserem podem ficar do nosso tamanho – respondeu com certeza.  Já havia lido sobre o assunto que o fascinava.   Quem dera ela soubesse que era mera genética.

-Muito Bem.  Terminamos por hoje pessoal. Estão liberados.

Os bruxos saíram correndo animados. Nem ligavam mais para ele ser assustador afinal eles haviam sido liberados mais cedo.   O dia estava lindo e não iriam perdê-lo dentro do castelo. As únicas que deixaram o local com semblantes preocupados eram Bella e Hermione que por sexto sentido feminino ou perspicácia notaram que Hogwarts estava se tornando cada vez mais bizarra.  Alguma história que elas não tinham conhecimento.

-Matar... Matar... Matar...  Você sabe quem vai ser morto hoje Isabella?  - falou a voz na sua cabeça.  Nunca havia sido tão direta.  Enfática.  

-VAI MATAR ALGUÉM – Gritou Bella  e  todo mundo a olhou.

-Bella.  O Que?  -  Disse Hermione se ajoelhando ao lado da amiga que estava com lágrimas nos olhos.

-Ele te ama Bella mesmo você amando mais o vampiro.  Não é cruel que ele morra por amar alguém que prefere o outro?   Matar... Ele está quase morto... Você não pode fazer nada agora.

E as ameaças foram cumpridas. Minutos depois todos foram informados de que Cody se encontrava sem nenhum sinal vital.  O acontecido reforçou o medo que a maioria dos seres místicos tinham de Bella.    Além dos Cullen e de Hermione, Harry e Rony ninguém se arriscava chegar perto dela.  Até Draco estava temeroso.

Durante o mês que se passou Edward teve que fornecer apoio, pois Bella se encontrava sem rumo.  Sempre odiou causar qualquer sofrimento e sentia que peso da morte do amigo.  Ela era a culpada uma vozinha má gritava.  Mesmo entristecida respondia as perguntas rapidamente e com precisão não faltando a nenhuma aula.  Seu senso de responsabilidade nunca falhava.

Uma tempestade muito forte estava por vir isso não tinha dúvida.   Seus sonhos ou pesadelos (dependendo da noite) eram praticamente diários o que a fazia querer não adormecer mais.  Era inútil. E desistiu do plano ridículo de se privar das horas de sonho só a deixavam mal humorada.  As mortes estavam frequentes.  E ser sempre avisada não ajudava muito. Porque mesmo que tentasse encontrar o assassino na hora do crime ele sempre conseguia ser discreto.  Eram quinze alunos perdidos. Uma hora ou outra podia se observar alguém com os olhos vermelhos de uma noite mal dormida de tanto chorar por perder um amigo... Um Irmão. Seus pensamentos pouco a pouco se tornaram desconexos e ela acabou cedendo à vontade de dormir.  O relógio se encontrava a meia noite.

-A Culpa é sempre sua não é mesmo? – falou Charlie um sorriso vitorioso – Sabia que era uma praga.  Só não imaginava o quanto. 

A Cena mudou e logo um lindo reino de literalmente Conto de Fadas apareceu sobre seus olhos.  Era um jardim cheio de pequenas fadinhas.  Eram várias flores de tamanhos diferenciados.  A maior era uma rosa avermelhada.  O sonho foi se focando na flor como se fosse um filme.  E então uma adolescente incrivelmente bela com asinhas roxas apareceu arrumando suas malas animada.

-Obrigada Papai – Disse abraçando um Senhor que tinha mais ou menos sua idade... Mas de um jeito ou de outro aparentava ser mais velho – Não Acredito que vou ir para Hogwarts.  Qual foi a última fada que pode fazer isso,  Hein?

-Não sei. Não conheço uma sequer.  Só faço isso porque você realmente quer.  Quando voltar terá a obrigação de governar.  Nada de se apaixonar por bruxos está bem Carla? – mandou autoritário.

-Eu tenho cara de que vou cair de amores por alguém?  É claro que não Sr. Pai e Rei– disse rindo com sua voz de sininhos.

O Sonho acabou.  E Bella se sentou confusa.  Esses sonhos tinham algum significado afinal?  Ou será que havia estudado demais para as provas finais?