Chama Branca escrita por kamis-Campos


Capítulo 9
Vampiros? Me engana que eu gosto!


Notas iniciais do capítulo

Gente, vocês podem ODIAR esse capitulo, até por causa de certa pessoa, eu *particulamente* também não gosto dela, mas fazer o que, assim que nasce os verdadeiros vilões, com emoção e mistério. Então pra isso, teremos que vê a origem de TUDO mesmo.
Pessoal, prestem atenção, é ai que a história se desenrolará, e é aí que muitos mistérios podem começar a ser descobertos! É aí que o fruto das confusões de Chama Branca, se é que é possivel.
BOA LEITURA!



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Capitulo 9 – Vampiros? Me engana que eu gosto!

POV Greta

- Mãe! O que há de errado com a senhora? – disse exaltada andando de um lado pro outro, no quarto da pequena pousada. – Será possível que não para até não ter arrumado uma confusão?

- Greta, quando você tira o dia para encher meu saco, só Deus! – resmungou, levantando-se e indo para o banheiro. É, eu brigava com ela desde a hora da briga com o velho senhor. Meu irmão estava em sua cama no outro lado do quarto no seu computador, enquanto eu e minha mãe tínhamos nossas camas uma do lado da outra.

Menos mal, não suportaria ter que dormir com o meu irmão, ele ronca! Mas, sei que isso não adiantará muito. Estava estressadamente irritada. Um termo estranho, mas resumia o quanto minha vida estava um caos. Que droga, o que fiz de tão ruim para merecer isso?

Liguei para meus avôs, avisando que iríamos só chegar em Thera amanhã de tarde, por causa de imprevistos. Depois do barraco que minha mãe causou no cais, fomos obrigados a indenizar o senhor por danos físicos e morais, acredita?

Mesmo com tudo isso, mantive minha postura inabalada. Sem barco, sem tempo, fomos comprar uma passagem de barca para Thera. Infelizmente e para o fim da minha paciência, apenas tinha lugares para a barca de amanhã, que sairia daqui onze horas da manhã.

Agora, aqui estou em um quarto de hotel, ao lado do cais, com os fundos para o mar. Meus nervos pareciam a ponto de se arrebentarem, minha cabeça não queria parar, não conseguia pensar coerentemente. Só havia uma coisa que me acalmava em meus momentos de estresse.

E não perderia tempo nesse quarto imundo, remoendo meu dia infeliz.

Corri para as minhas malas jogadas em um canto e apenas peguei uma toalha branca, afinal iria me molhar mesmo. Luke fingiu que nem me viu, quando sai pela porta do quarto como um raio. Nem liguei, estava acostumada com esses momentos dele de Ignore-a, talvez ela vá embora!

Desci até o hall do hotelzinho e sai por uma porta lateral, já me encontrando no cais de hoje cedo. Estava escuro, a única fonte de luz vinha dos postes pequenos ali, que apenas iluminavam respectivos pontos do local.

Estava sombrio, e de uma forma até natural, o lugar parecia criar sombras que me acompanhavam e desapareciam a escuridão. Um calafrio subiu minha espinha, sabendo que era o medo que me assombrava. Abracei meu corpo, aproximando-me da beira do cais, logo abaixo as águas turvas do mar Egeu.

Fiquei bem na ponta, balançando-me nos calcanhares. Então, passos ecoaram na madeira lubrificada do cais, eram tão leves e graciosos que estava até difícil ouvi-los. Perdi equilíbrio de imediato, caindo na água.

Emergi poucos segundos depois, tremendo de frio. Não tive tempo de nem me despir! Droga, estou toda molhada e minhas roupas?! Fiz menção de voltar, mas uma voz linda como o tocar de harpas, fez com que eu ficasse em silêncio nas sombras das águas.

- Eu que te pergunto, rapaz... O que faz aqui? Cadê sua companheira? E Amun?

- Ahh, meu amigo, é uma história muito longa. – uma nova voz disse, em divagação. Ambas eram como se sinos tocassem em conjuntos, uma melodia perfeita. – Resumindo, sai de casa!

- Como?

Pelo visto era dois homens, pareciam muito amigos. Mas, pouco me importava eles, eu só queria voltar pro hotel sem ser notada. Sei que é exagero, mas estando a essas horas em um cais deserto, boa gente não era.

- É... Complicado.

Estava decidida a sair dali. Havia umas cordas na parede do assoalho do cais, sem pensar duas vezes comecei a escalar. Apoiei meus braços no alto do assoalho, para poder ter um apoio para subir, então alguém caminhou em minha direção, pelo assoalho do cais, me abaixei novamente.

A pessoa foi até um toco de madeira perto dos barcos atracados. Sentou-se de costas para mim, ainda podia vê suas costas muito bem definidas e o cabelo preto. Sua pele era queimada pelo sol, mas tinha uma tonalidade linda. Seus ombros largos estavam arriados, em um ato de derrota.

- Minha mulher me largou. – ele disse triste e senti um pouco de pena dele. Porem, meus olhos varriam o cais a procura de uma saída par aquele lugar. Sentia-me uma intrusa, não era certo ouvir as conversas dos outros nessas proporções. Porque eu não saia logo dali?

- O que? – exclamou outra pessoa para o rapaz no tronco. Meus olhos caíram nele e quase cair das cordas que me prendiam. O homem que vinha se sentar ao lado do jovem era lindo. A imagem da perfeição, como se eu tivesse de frente com o anjo mais lindo dos céus.

Seus cabelos bronzes despenteado; o corpo bem definido, a pele tão branca quanto a neve. Não havia nenhuma imperfeição, as linhas dos rostos firmes e bem delineadas; vi de relance seus olhos cor de âmbar. Onde estava esse homem nesse tempo todo?

Eu não parava de olhá-lo, os olhos fixos nele. Eu parecia hipnotizada, meus olhos focados no rosto do rapaz viril. Perguntei-me o que estava acontecendo, mas aquela impressão de perigo e exatidão de algo, me fazia ficar assim, estática e muda.

- Espere, ainda tem muito mais. – o outro rapaz no tronco ao seu lado, disse o interrompendo. - Meu pai, Amun, não aceitou isso e quis ir atrás dela, para matá-la. Ela é frágil, apesar de ser vampira e morreria fácil, então eu a protegi, escondendo-a... Mas, Amun descobriu. Não deu chance de ela fugir, e ele a matou... Mas, agora está atrás de mim, ele se sente traído.

AI MEU DEUS! FOI ISSO MESMO QUE ESCUTEI?! Ah, não! Eu devo estar louca, só pode. Vampira? Vampiros não existem, era só uma lenda! Uma lenda, isso quer dizer que não é real.

Aquele homem está louco! Devia estar muito bom pra ser verdade, quando finalmente me aparece um homem bonito e legal, ou ele é gay, ou é desmiolado. Esses não são diferentes, devem ir para o hospício, isso sim!

Vampira, ah tá! Palhaços! Mas, se bem que... Eles dariam uns belos de vampiros. Eu daria com maior prazer meu pescoço para eles chupar, haha.

- Sinto muito, Benja... – o lindão de cabelo bronze disse, mas sua voz falhou. Ele parecia angustiado, desnorteado. Ele colocou uma mão em sua testa e o outro ao seu lado percebeu seu mal-estar e estreitou os olhos, analisando-o preocupadamente.

- Edward? – perguntou, colocando uma das mãos em suas costas. – Você está bem? Não me parece...

- Não! – o cortou, ainda perturbado. – Eu preciso chegar a Thera e... Ahhh! – segurou forte suas têmporas. Ele se levantou decidido, mas seu amigo o impediu. Ele parecia muito mal, a ponto de desmaiar.

- Edward. – o amigo segurou seu braço.  – Você não está em condições de viajar. Se quer tanto chegar em Thera, eu posso acompanhá-lo, se quiser.

- Claro.O barco está logo ali. – apontou para uma embarcação atracada ali perto. Havia um nome gravado na proa: Kallisté. Espere um minuto, Kallisté é o nome do barco que minha mãe cujo rendeu toda aquela confusão. Então, ele é o cara que havia pagado em dobro pelo barco? Foi ele que, sem querer, estragou nossa viagem de família?

Então, ele é rico... hmm...

Balancei minha cabeça violentamente, estava já pensando besteira, como a cogitação da idéia de que eles são vampiros. Louca! Mas, tudo aquilo é muito estranho. Será que não perceberam minha presença ali escondida?

Eles caminharam até a embarcação e, logo depois, já estavam em alto mar, em direção a Thera. Subi na passarela do assoalho de novo, correndo em direção ao hotel. Já vi muita coisa por uma noite, aquela estranha impressão de insegurança e perigo ainda me assombrava. Mas, nada comparado aquela sensação hipnotizadora.

Naquele momento senti minha força sendo jogada em jorros de mim. Voei para meu quarto e entrei, fechando a porta atrás de mim. Desabei em minha cama, arrancando olhares espantados.

- O que deu nela? – Luke perguntou. – O que foi, assaltou um banco? Foi presa?

- Cala a boca! – mamãe deu um tapa em sua cabeça, que protestou. Ela veio se sentar ao meu lado, virei-me para olhá-la. – Que foi, filha? Saiu daqui sem dizer pra onde ia e chega assim, como se tivesse visto seu pai. – riu, mas eu sabia que ela estava fazendo um tremendo esforço para não desabar ao tocar no nome de meu pai.

Senti lágrimas enchendo meus olhos, eu não queria chorar. Não na frente deles! Queria ser o exemplo de força que um dia eles tiveram, que nós tivemos; queria ser o exemplo que um dia meu pai foi.

- Nada. Só estou cansada! – pigarreei. – Só isso!

- Ok. – beijou minha testa, já se levantando. – Vou deixá-la descansar.

- Aiaiai... Eu não sei não! – Luke se intrometeu, agora com o controle remoto da TV, zapeando pelos canais. – Olha a cara dela... Aprontou alguma! – seus olhos foram para meu rosto. – Mana, se eu fosse você, já estaria arrumando uma boa desculpa para os policiais, já já eles aparecem.... – minha mãe deu um murro nas costas dele que se calou e gritou. - AII! Hmmm... É tudo que a senhora sabe fazer, me bater! Olha que eu não fiz nada.

Emburrado desligou a TV, e se deitou, resmungando. Ficamos rindo, até que o sono bateu e eu dormir. Um sono sem sonhos, mas logo virou pesadelo.

Sangue... Muito sangue! Dor, parecia que meu corpo queimava em chamas invisíveis. Sufocando em meus próprios soluços. Afogando em minhas próprias lágrimas. Sempre temi a morte, mas ali era o que eu mais queria.

Não conseguia abrir meus olhos, a escuridão tomava-me. Então, algo me puxou e abri meus olhos, encontrando a minha frente o meu anjo de cabelo bronze... Ao mesmo tempo, que ele virava o demônio, eu sorria.

Suas mãos voaram para meu pescoço, levantando-me do chão. Chutei-lhe sem medir minha força, qual foi minha surpresa foi vê-lo voar entre as árvores que me circundavam. Antes que ele pudesse reagir, matei-o. A fúria tão predominante em mim, sem ter piedade, sem ter motivos. Eu só queria matar!

Deixei os pedaços do seu corpo ali no meio do campo. Olhei meu reflexo no lago próximo, e recusei a acreditar em que via. Minha boca manchada por sangue, os dentes afiados e brancos a mostra. Um rosnado saiu por eles e os olhos vermelhos cintilantes tinham veneno; a minha pela branca e lisa como seda.

Confesso que tive medo, então uma voz soou atrás de mim:

- Sim! Você é uma vampira... Um monstro! – o meu anjo de cabelo bronze disse bem no pé de meu ouvido, virei-me e lá estava ele, inteiro e saudável. Nem parecia como antes, destroçado em pedaços. Sorriu torto e atingiu-me com um golpe, que me fez quebrar em pedaços...

De manhã...

Jesus! O que foi aquilo?

Confusa, sim estava mais do que confusa! Atordoada... E mais, com medo. Pois é, sou medrosa, até para pesadelos. Meu Deus, porque esse “negócio de vampira” não me deixa em paz? E porque ele não sai de cena?


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Notas finais do capítulo

Bom, se lembram do cap.4, e da Greta??? Sim, o cap. 9 explica algumas coisas, e se lembram que eu disse sobre os capitulos se alternarem? pois é!
No cap.9 explicará também outras situações futuras, então decidi criá-lo, pra ter mais sentido. Entendem?
Estranho não é mesmo?
Então, se não gostarem, só dizerem e tento melhorar as coisas! E se gostarem, comentem!