Sem POV’s

Yuuki estava sem reação, somente pensava que... Kaname gostava dela. Ela estava num beijo inocente ainda, sem ele querer pegar território em sua boca, mas quando ele começou a querer...

-K-K-KANAME!!! – ela se afastou bruscamente. Ele ficou com um rosto de leve corado e muito mais sério do que... Deveria ser.

-Yuuki... DESCULPA-ME! – Kaname gritou e saiu correndo do quarto da enfermaria.

-K-KANAME! – ela tentou chamá-lo de volta. O coração dela estava muito descompassado. Ela estava muito corada e muito sentimental naquele exato momento. Ela tocou com sua mão em seus lábios rosados e corou mais ainda.

Ela beijou alguém. Era seu primeiro beijo afinal.

Kaname lhe roubou seu primeiro beijo.

E ela gostou...?

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-Yuuki-chaaan~você está melhor minha filhinha? – o Diretor choramingava enquanto estava na enfermaria, ao pé da cama de Yuuki, que estava aérea.

-S-Sim... Fique tranquilo Papai... – ela disse sem nenhuma emoção, somente o falou para o diretor a deixá-la em paz com seus pensamentos.

-Vou te levar para casa, venha.  – Kaien estendeu as mãos para Yuuki que a segurou e foi levada até o carro de Kaien. Apesar de sua casa ser bem perto do colégio, Diretor achava melhor levá-la de carro, para que não fizesse muito esforço.

Chegando lá, Yuuki subiu ao seu quarto, ainda meio chocada com Kaname. Foi ao banheiro e entrou na ducha fervente, acalmando cada célula assustada de seu corpo.

Yuuki nunca imaginaria que Kaname faria aquilo com ela. Ela nem sequer imaginava que ele gostasse dela. Ela somente sabia que havia uma incrível afeição por ele, como irmãos. Mas depois desse beijo, parecia ter mudado algo bem dentro de seu ser.

-CHEGA! Chega de devaneios Yuuki! Amanhã estará tudo como era! – ela exclamou a si mesma, tentando acordar daquele sonho, ou pesadelo.

É. Ela sabia que amanhã seria um dia comum.

Pelo menos achava.

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-Yuuki! Yuuuuuuki~~! – exclamava irritantemente o Diretor, fracassando em acordar Yuuki. A menina estava com o corpo muito cansado e a preguiça era maior ainda. Estava cansada de nada, como dizia ela mesma.

-Me deixe dormir Diretor... – bufou a menor, cobrindo o rosto com a coberta.

-Não! Você tem que ir para a escola! – falou Kaien, tirando bruscamente o cobertor de Yuuki. Ela resmungou uns palavrões bem feios, mas o Diretor não identificou.

-Droga... – pensou Yuuki. – tudo bem, você venceu... – suspirou Yuuki, abrindo os olhos para Kaien, que sorriu vitorioso.

Ele se retirou do cômodo, deixando-a sós. Ele ficou alguns minutos imóvel, pensando no vazio, mas foi acordada novamente pelo seu celular vibrando no criado-mudo. Era uma mensagem de texto, de Kaname.

“Precisamos conversar. Encontre-me depois da escola no jardim atrás da escola, perto do muro. Kaname.”

-Iiiih.... – ela coçou a cabeça. – o que ele quer hein? – se perguntou receosa. – ele não pode me beijar de novo, porque dessa vez não vou deixar! – falou confiante, fechando os punhos e se levantando, com uma energia que apareceu do nada.

Trocou-se rapidamente e ficou toda enfeitada, mais bela do que nunca. Ela queria estar impecável para todos babarem aos seus pés, como sempre gostou. Pegou seu material e desceu as escadas circulares cantarolando. Foi á copa, onde Kaien tomava seu café da manhã folheando um jornal.

-Nossa! De onde veio tal animação? - sorriu Kaien vendo sua pequena filhinha toda arrumada e sorridente novamente. Ela piscou e pegou uma torrada e maçã.

-Ah~quis somente ficar bonita. Hoje está um belo dia ensolarado não? Huhu. – riu Yuuki olahndo pela janela e vendo o sol brilhar intensamente.

-Sim!

-Então, vou indo. Até mais tarde Diretor!

-Até filhinha! – Kaien exclamou alegre. Yuuki foi em direção á porta e saiu da casa. Foi andando lentamente até ás duas quadras onde se encontrava o colégio Cross.

Quando chegou lá, todos os alunos já se encontravam na frente do portão, esperando-o abrir. Ela foi procurando Yori, para conversarem. A amiga foi encontrada conversando com outras duas meninas.

-Yori-chan! – acenou Yuuki chamando a amiga. Yori ouviu seu sinal e foi ao seu encontro.

-Nossa tá gata hein Yuuki! Huhu. – riu Yori vendo toda a produção da morena.

-A-Ah... Vocês exageram muito! – Yuuki corou. Realmente, ela estava linda. Com os cabelos soltos e brilhantes ao vento, maquiagem leve, deixando seu rosto angelical e sua roupa estava impecável, cheirosa e confortável. Yuuki era muito bonita afinal. Todos a olhavam, os meninos querendo ela como namorada, as meninas invejandas pela sua beleza.

Enfim, Yuuki era popular afinal de contas.

-Viu Kaname Yuuki? – perguntou Yori. Yuuki havia percebido que Kaname não se encontrava lá. Achou quilo bem estranho.

-Não... – indagou Yuuki, olhando para os lados. Até que vê de relance uniformes brancos na imensidão negra. Ela já imaginava quem eram os únicos garotos que tinham o uniforme branco: Vampire Host Club.

 Avistou primeiro Takuma conversando com Aidou, os dois sorrindo e tirando suspiros abobados das meninas. Kain e Shiki vinham depois, olhando um livro de álgebra. A expressão de Kain era engraçada, parecia sentir dores pelas expressões trigonométricas, já Shiki mantinha o olhar sereno de sempre. E por ultimo e sozinho, Zero. Estava mais bonito e gostoso do que nunca. Provocante, sexy, sedutor, exalava charme e seu rosto de mármore tão sério, capaz de matar alguém com um olhar.

Yuuki corou naquele momento. Ele lhe tirava o ar. Também, ele tira o ar até de meninos. Num relance, Zero olha para Yuuki, seus olhares chocam. Ficam alguns segundos se entreolhando e Zero desvia seus olhos lilaces, sorrindo, percebendo o que fez á Yuuki, que estava vermelha.

-Ui~ele te olhou! – sorriu maliciosa Yori. Yuuki continuava em transe por aqueles olhos faiscantes de Zero.

-Não enche Yori! – esbravejou Yuuki, que saiu andando ao encontro de Takuma. Quando Takuma a avistou, ele sorriu gracioso. – Olá Takuma-san. – ela sorriu.

-Olá! Como está Yuuki-chan? Melhorou da pancada de ontem? – ele perguntou preocupado. Ah é... Todos da escola estavam falando da maldita pancada que recebera ontem da bola. Mas Yuuki era esperta e sabia tirar proveito das coisas ruins.

-Melhorei sim Takuma-san. – ela exclamou mais gentil, deixando Takuma um pouco corado. As meninas estavam mutilando ela pelo olhar, mas essa era a ideia de Yuuki, causar inveja. – bem... Você viu Kaname?

-Não...  Por quê? - perguntou Takuma.

-Ah, nada... – Yuuki sorriu desapontada. Ela queria saber onde estava Kaname. Depois disso, o portão abriu e como uma manada, todos entraram. Yuuki foi devagar á sua sala. Afinal, a primeira aula era de Algebra e ela era PÉSSIMA em álgebra.

Quando entrou na sala, ficaram a olhando como estivesse com uma melancia na cabeça. Ela quase mostrou o dedo do meio, mas como estava calma, não o fez. Foi ao seu lugar e sentou Kaname ainda não havia chegado. Suspirou preocupada. Será que ele ficou muito envergonhado?

-Olá Yuuki-chan... – ouviu uma voz incrivelmente melosa á sua frente. Olhou para cima e viu os cabelos loiros e volumosos sem fim de Sara. Yuuki ficou apreensiva ao inicio, ela já sabia que Sara era uma vampira muito poderosa, mas depois extravasou.

-Olá Sara. Já veio me infernizar? – Yuuki sorriu cínica. – com suas peguetes ainda? – continuou, olhando duas meninas ao lado dela. Todos sabiam, mas ninguém admitia: Sara era bissexual.

-Huhu... Elas são muito mais que isso. Alimento por exemplo. – sorriu Sara, lambendo o lábio superior e deixando á mostra suas presas afiadas. Yuuki engoliu á seco.

-Ah sim... Então, o que você quer? – Yuuki parecia estar perdendo a paciência. Ela nunca suportara Sara.

-Sabe onde Kaname está? – perguntou.

-Não, deveria? – Yuuki retrucou séria. Sara estava perdendo sua cara serena, para de ódio mortal. E Yuuki gostava disso.

-Vocês são amigos, então deduzi que saberia...

-Não sei e mesmo se eu soubesse, não falaria.

-Yuuki, Yuuki... – sussurrou Sara chegando perto do rosto da mesma. – tenha cuidado quando andar sozinha, porque nem Zero e nem Kaname estarão com você para sempre. – Sara sorriu e desviou-se, indo á seu assento.

Yuuki sentiu seu corpo arrepiar, ela estava ficando com medo, mas não seria fácil derrubá-la.

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O ultimo sinal tocou, finalmente Yuuki iria encontrar Kaname e matar a curiosidade. Yori já havia ido embora, na verdade, quase a escola toda. Então, Yuuki foi se dirigindo aos jardins dos fundos do colégio. Até que sentiu alguém atrás dela, olhou e nada viu. Quando se virou para frente, bateu no corpo de alguém, caindo de bunda no chão.

-HEY! – esbravejou a menor, se levantando. Era Zero, sério. – Z-Zero...? O que foi?

-Não deveria andar sozinha por aí. – ele indagou, com a voz fria.

-Ora essa! Sempre andei por aqui sozinha Zero.

-Saiba que leio a mente das pessoas, mesmo eu não entendendo sua mente de criança direito, sei que Sara a ameaçou.

-L-Lê mentes?! – ela se assustou. Então Zero lia mentes mesmo. Ele sabia da ameaça. Então ele iria saber sobre Kaname. – aff, me deixe ir Zero, até m- HEY! – ele a segurou pelo braço, bem forte. – TA DOENDO!

-Por que eu deixaria você ir? – ele a empurrou até uma pilastra do pátio, num canto bem escuro. Yuuki estava se assustando, ficou mais ainda vendo os olhos de Zero virarem grandes rubis brilhantes.

-Z-Zero... Você tá me assustando!

-Yuuki... – ele chegou perto dela e inspirou perto de seu rosto. – você acha que não sei que Kaname de beijou? – Yuuki entrou em choque. COMO ELE SABIA?!

-C-Como?!

-Sinto o cheiro de Kaname em seus lábios. Para vampiros “velhos” como eu, sinto o cheiro do suor de Kaname, que estava bem nervoso por sinal... – Zero sorriu sádico. Yuuki não imaginava que vampiros tinham esse tal poder.

-Z-Zero... O que pretende fazer?

-Eu? Não sei dizer... Mas você é muito apetitosa...

-HÃ? P-Por favor Zero, não faça isso!

-Não farei, mas... Farei algo melhor por você. – então, Zero se aproximou veloz para o rosto de Yuuki, que sem conseguir reagir, foi beijada por Zero.

O beijo era tão, mas tão feroz, que Yuuki quase perdera os sentidos. Zero era muito bom. Beijava muito bem, mas ela estava longe de conseguir seguir os movimentos de Zero. ele queria sugar suas energias praticamente. Sua língua disputava injustamente com a de Yuuki, que não havia reação a nada, ela somente sentiu um fogo flamejar entro dela e o abraçou, finalmente respondendo ao seu beijo.

Os dois entraram numa química perfeita, um beijo malicioso e cheio de desejos e ódio, ou amor...

Até que Yuuki precisava respirar e se afastou com dificuldade daqueles lábios avermelhados de Zero, que arfava sem controle.

-Z-Z-Zero... – Yuuki tentava recobrar os sentidos. – P-POR QUE FEZ ISSO?

-O que é meu tem que ser SÓ MEU.

-Hã? Isso não faz sentido? Desde quando sou sua??

-Desde que você se propôs a ser minha escrava, SÓ MINHA.

-O quê...? - Yuuki não conseguia raciocinar direito, só sabia que não sabia o que fazer. – V-Você é louco, só pode! Como beija uma menina assim!!?

-Nenhuma se queixou que era ruim. – ele foi direto e frio na mosca. Yuuki sentiu seus olhos marejarem aos poucos.

-V-Você é cruel... Sem um pingo de sentimentos por alguém! – Yuuki esbravejou, empurrando Zero que continuou em silêncio. – EU TE ODEIO! – ela gritou, saindo correndo para o jardim. Ele ficou lá, parado, sem nenhuma reação.

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Yuuki estava tão nervosa que nem sabia o que tinha que fazer, nem respirar ela conseguia. Só as lágrimas saíam sem parar de seu rosto e seu coração estava descompassado, ansioso por algo. Até que avista Kaname, onde eles marcaram, seu rosto estava levemente corado.

-Yuuki! – ele a chamou. Ela parou em sua frente, aos soluços. Ele ficou apreensivo. – o que houve?

-K-Kaname... – Yuuki indagou. Ele parecia curioso. Então, ela se aproximou lentamente dele e o abraçou. Ele ficou sem reação nesse momento.

-Y-Yuuki...?

-Kaname, você me ama? – ela parecia segurar o choro.

-A-Ah... – ele então teve a atitude de segurar seu rosto e enxugar suas lágrimas. – sim, eu te amo mais do que tudo Yuuki. – ele ficou sério.

-Então... Namore comigo?

-Hã?!

A feição de Kaname agora era de total surpresa.