(Yuuki)

Acordei com dificuldade naquela manhã, estava fria, mais que o normal.

Ontem eu havia feito muitas descobertas sobre os vampiros, mas a maior descoberta foi: Zero não era um puro-sangue. Ele foi transformado por alguém, que preciso saber quem foi. Mas isso eu faço depois, já que hoje tenho educação física e agora não iremos mais ficar parados.

Levantei manhosa, fiz minha higiene, me arrumei e desci rápida a escada. Meu pai já estava á mesa, tomando seu café e folheando um jornal.

-Oh, bom dia Yuuki! – disse todo alegre o diretor.

-Bom dia! – sorri. Sentei-me e leguei a torrada, passando a manteiga nela.

-Hoje vou ficar até mais tarde no colégio certo Yuuki? Talvez nem volte para dormir... – o diretor disse preguiçoso.

-Ué? Por quê? – perguntei. Isso era estranho, ele nunca fazia aquele tipo de coisa...

-Ah, preciso só terminar umas coisas pendentes! Enfim... Vou indo, boa aula hoje e se comporte! – ele disse se levantando e indo até a porta. Quando ele fechou, fiquei pensativa sobre isso, mas depois ignorei.

Sai de casa e fui andando devagar, já que eu não estava atrasada hoje, fiquei pensando nas coisas que Zero tinha me dito ontem...

–A família dela, a Shirabuki, uma das famílias de vampiros mais antigas. Os pais dela eram também sangues-puros, pelo que os antigos documentos escritos dizem, mas eu acho que não são.

Por que o Zero acha que Sara não é uma puro-sangue...?

–Você é quem pensa, vampiros envelhecem, mas bem aos poucos. Por exemplo: nesses 99 anos de vida vampiresca que tenho, envelheci 1 ou 2 anos.

Zero e outros vampiros envelhecem, divagares, mas envelhecem.

–Não Yuuki. Você foi se trocar, eu te levei lembra. Até você fazer tudo aquilo lá, nós já havíamos levado Kaname para um lugar e...

ELES MATARAM O KANAME! A SANGUE FRIO! Isso eu achei a coisa mais... Horrorosa do mundo!

-Yuuki? – alguém me tirou dos devaneios. Era Kaname,com cara de confuso. – tá tudo bem?

-HÃ? C-Claro! Huhu. Chegou cedo hein! – falei acordando dos meus pensamentos.

-Eu? Você é quem chegou! Haha. – ele riu. Verdade, eu havia chegado bem cedo. – hoje tem educação física... – ele suspirou.

-Ué? Qual o mal disso? Só vejo vantagens! – falei entusiasmada, mas parecia que ele tinha receio de algo. – do que está com medo?

-D-De... Eu atacar alguém ou... Aparentar muito que sou muito rápido, ou muito forte... – Kaname falava aquelas palavras, que iam cortando meu coração. Então, calei-o com minha mão em sua boca, fazendo-o corar.

-Olha, eu vou estar lá, para te proteger e ajudar... Fica tranqüilo! – sorri. Ele então tirou minhas mãos delicadamente de seu rosto e as beijou, me fazendo ficar roxa de vergonha.

-Obrigado Yuuki, por tudo... – ele sorriu ternamente. Não havia percebido que Kaname era tão bonito assim...

-YUUKI! – Yori gritou ao fundo. Assustei-me e puxei minhas mãos para mim, deixando Kaname envergonhado.

-O-Oi Yori-chan. – cumprimentei.

-HOJE TEM EDUCAÇÃO FÍSICAA~~! – Yori babava e seus olhos brilhavam mais que o Sol. Ela estava MUITO afim do Takamiya sensei.

-Ah é... Tomara que seja divertido né? – falei sorrindo. Ela assentiu toda entusiasmada.

-Vem Yuuki, já vai começar a aula! É a primeira de hoje! Vamos nos trocar. – Yori me puxou. – até mais Kaname!

-A-Até! – Kaname balançou ás mãos, corado. Sorri para ele e segui Yori até o vestiário.

Entramos lá, que estava bem cheio, todas as meninas se produzindo... Todas afim do sensei. Enquanto eu procurava minha roupa de educação Física, Yori sorria boba para mim.

-O que foi Yori-chan? – perguntei confusa.

-Nada... Só percebi o climão que você e Kaname estavam, huhu. – Yori riu maliciosa. Quase a ataquei peço pescoço.

-Q-Q-Q-QUE CLIMÃO O QUE! Só estávamos conversando, como amigos! – quase gritava de tanta vergonha, mas ainda ela continuava rindo. – ou vai dizer que só conversar com amigos é climão? Agora somos amantes Yori-chan? – ri vingativa, ela fechou a cara.

-T-Tá certo, parei agora! – ela resmungou. Ri vitoriosa.

Depois de nos trocarmos, fomos até a grande quadra que tinha nos fundos do colégio. Raramente eu entrei lá, porque nossos professores só atacavam com matéria teórica.

-Olá alunos, bem vindos á sua segunda sala! – Takamiya sensei falou, enquanto entrava na quadra. Quase as meninas desmaiaram, vendo seus cabelos marrons acinzentados voando pelo ar daquela quadra. – vou fazer a chamada, então prestem atenção!

-SIM! – todos assentiram. Enquanto ele ia falando vi alguém sentado na arquibanquada da quadra e sabia que era conhecido. Era uma pessoa de terno branco, do mesmo modelo do da nossa escola, estava de pernas cruzadas olhando para mim provavelmente. Então, fixei mais o olhar e vi quem era. ZERO!!!

-KUROSU YUUKI! – Takamiya gritou. Acordei do meu pensamento.

-A-AQUI! Desculpe sensei... – me desculpei.

-Tudo bem, mas preste mais atenção. – ele falou, continuando a chamada.

Olhei novamente a arquibanquada e lá estava Zero rindo. Ele parecia ter percebido minha brecha.

-Bem... Vamos dar 15 voltas na quadra, vamos! – Takamiya ordenou. Todos estavam preguiçosos, mas tínhamos que fazer. Então comecei a correr devagar, sem olhar nenhum momento sequer á Zero.

-Yuuki, o que foi? Você está tão... Séria. – Kaname chegou ao meu lado. Neguei.

-Não, só estou com sono. – fingi bocejar. Então, num relance olhei Zero, que me olhava fixamente, eu me assustei com aquilo! Então, tropiquei no chão, eu estava caindo. – AAAH! – gritei, vendo a ultima coisa á minha frente, o chão.

Desmaiei então.

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-Hum... – me espreguicei na cama. Sentia minha testa latejar. Olhei para os lados, parecia a enfermaria. Então, ouvi passos vindos até mim. Levantei cautelosa, era Kaname, me olhando com surpresa.

-Yuuki! – ele exclamou. Parecia muito preocupado.

-H-Hã... O que aconteceu? – perguntei confusa.

-Você tropeçou enquanto corria e bateu a testa com tudo no chão. – Kaname ria da minha desgraça.

-E-Ei, pare de rir, está doendo! – reclamei. Ele continuava rindo. Então Kaname tocou meu rosto e tirou uma mecha do meu cabelo que estava na minha testa. – K-Kaname...? - corei. Ele estava tão sério, que dava medo.

-Yuuki... Você é tão linda... – seus olhos estavam mudando de cor, do marrom ao vinho. Estava ficando apreensiva com aquilo. Então, de repente vi as cortinas de onde eu estava fecharem, me assustei. Kaname havia feito aquilo?

-K-Kaname, o que está havendo? – perguntei assustada, ele não falou nada. Do nada, ele sobe em cima de mim e chega perto do meu rosto, encostando sua testa na minha.

-Eu te amo. – ele falou fechando os olhos. Senti meu coração disparar tanto, que poderia morrer naquele momento. Eu estava corando, eu sentia o meu rosto ferver.

-O-O quê...? – soltei uma palavra ao vento. Então ele abriu os olhos e me olhou profundamente. Foi se aproximando de mim até que... Beijou-me.

Não sabia o que fazer, eu não conseguia me mover...