Never Say Never escrita por PiKi e LuhH


Capítulo 15
Mother Mother


Notas iniciais do capítulo

Calma gente! Eu não abandonei a fic!



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As semanas foram passando. Fiz mais alguns shows com Justin, outros pequenos e só meus, fui em rádios, participei de outros shows, conheci muita gente...

Fomos para o Canadá e Ryan e Chaz ficaram por lá, o que deixou Lara e Amy bem tristes. Depois voltamos para Atlanta e Chris ficou lá, o que completou o círculo de tristeza. Quando voltamos para Los Angeles, passei o maior tempo possível com Cole. Mas algo me dizia que aquilo era errado. Não era com Cole que eu deveria estar. Eu me recusava a pensar sobre isso.

Justin continuou me tratando com a mesma frieza de sempre. Eu não entendia porque, mas agora ele nem me provocava mais. Apenas me ignorava e evitava ficar perto de mim.

Amy, Clara e Lara começaram a criar novas coreografias para o show. Justin tentava fazer novas músicas para seu novo CD. E eu não parava de ir em rádios e programas de entrevista. Até um photoshot eu fiz! Comecei a abrir outros shows também, como Jessie J., Paramore e Taylor Swift.

Estávamos no começo de Agosto, no Canadá quando uma coisa aconteceu:

Eu estava jogando Wii com Lara na sala da casa da vó do Justin. Ele estava no celular com Selena, Clara e Amy estavam assistindo nós duas. Até que Pattie chegou na casa com uma mulher ao seu lado.

A mulher tinha longos cabelos ruivos e lisos, com uma franginha, a pele levemente bronzeada contrastando com os olhos verdes. Ela era muito linda e estranhamente familiar.

- Ah não Sam! Você perdeu – Lara disse irônica e eu ri – Quem vai ser a próxima a encarar?

- Wow! Fodona – Clara disse se sentando ao seu lado e pegando o controle da minha mão – Agora você vai aprender como se joga!

Eu ri e me sentei no sofá. A mulher me olhava com os olhos arregalados.

- Meninas, um minutinho – Pattie disse delicadamente – Essa aqui é minha amiga Lucy – ela apontou para a mulher ruiva.

Nós sorrimos e abanamos as mãos.

- Essas são Lara, Clara, Amy e Sam – Pattie apontou para cada uma de nós.

- É um prazer conhecê-las – Lucy disse sorrindo e sem tirar os olhos de mim.

Voltamos a prestar atenção no vídeo-game enquanto elas saiam da sala.

- Só eu achei a amiga da Pattie muito a cara da Sam? – Amy perguntou e Lara e Clara assentiram.

- Ai gente! Que paranóia! – murmurei e bufei.

- Paranóia? Ruiva, olho verde, baixinha... É você mais velha – ela disse me olhando.

Desviei os olhos. Aquilo tava meio estranho.

Os dias continuaram passando. Lucy estava sempre na casa de Pattie e sempre me encarava de um jeito curioso. Eu tentei ignorar. Mas então Pattie começou a me analisar também.

Não entendia nada. As meninas nem percebiam isso, diziam que eu estava ficando paranóica. Talvez eu estivesse mesmo com coisas na cabeça.

xxx

- MUITO OBRIGADA PESSOAL!  -  Gritei após de terminar de cantar Overboard com Justin.

Ele me abraçou, como sempre fazia e gritou meu nome. Sai do palco e fui para o meu camarim. Eu me sentia cansada, como nunca me senti antes, estava exausta.

Tomei um banho gelado, coloquei uma calça de moletom e uma camiseta e me deitei no pequeno sofá que havia lá. As meninas continuavam no palco, eram dançarinas do Bieber também.

Olhei para o teto e ele parecia girar. Fechei os olhos.

- Sam? O que foi? – ouvi a voz de Brad.

Não respondi, apenas continuei respirando de vagar. Ele se abaixou ao meu lado.

- Sam, responde – ele insistiu.

- Eu estou bem – murmurei automaticamente.

- O que você está sentindo? – ele disse sem se convencer.

- Cansaço... tontura... tá tudo girando – falei sem abrir os olhos ainda.

- Vou chamar um medico – ele disse se levantando.

Normalmente eu contestaria, mas estava me sentindo tão cansada. Eu só queria dormir. Fechei os olhos caindo na inconsciência.

- Sam – uma voz baixa chamou. Tentei abrir os olhos, mas não conseguia.

- Deixe ela dormir. O médico disse que ela teve exaustão – outra voz falou.

Eu podia ouvir e sentir movimentos ao redor de mim.

- Ela está dormindo desde ontem depois do show – Outra voz, essa mais preocupada, disse.

Eu me mexi, dando sinal de vida.

- Sam? – agora eu reconhecia as vozes. Era Amy.

- Ela está bem? – soou a voz rouca de Justin.

- Parece que ela está bem? – Amy disse com raiva.

- Só to perguntando, calma! – ele disse na defensiva.

- Amy... – murmurei tentando abrir os olhos.

- Sam? – ela disse agora preocupada. Senti seus dedos gelados em minha testa – Ela está com febre – sussurrou.

- Amy, você tá muito desesperada! A menina tá bem! – essa parecia ser Clara.

Abri os olhos devagar e pisquei algumas vezes para me acostumar com a claridade repentina.

- Você tá viva! – Amy disse me olhando.

Eu ri fraco e revirei os olhos.

- Exagerada – Lara murmurou rindo.

Tentei me levantar e minha cabeça girou. Cai de volta com a cabeça no travesseiro. Percebi que estava em uma cama grande e macia. Minha cama.

- O que aconteceu? – perguntei fechando os olhos novamente.

- Você terminou de cantar com o Justin, foi pro camarim e praticamente desmaiou – Amy explicou.

- Desmaiei? – murmurei franzindo a testa.

- Brad chamou um médico. Ele disse que você desmaiou de exaustão. Tá fazendo muita coisa – Clara respondeu. Ela estava sentada em uma poltrona perto da porta e Lara estava sentada no braço, ao seu lado.

- Eu já tive esse problema – Justin murmurou encostado em um canto do quarto.

Ergui uma sobrancelha. Justin aqui?

- Eu vim... ajudar – ele disse meio sem jeito, deduzindo meus pensamentos.

Olhei para Amy e ela deu de ombros.

- Quer café da manhã? Você deve tá morrendo de fome! – ela disse sorridente.

- Claro, claro – respondi me levantando novamente e devagar.

Minha cabeça doía um pouco, mas eu não me sentia tão cansada quanto antes.

Sai da cama e me arrastei para fora do quarto. Os outros vinham atrás me olhando como se eu fosse cair morta a qualquer momento.

- Amy, acho que só cereal não é o suficiente pra ela – Clara falou atrás de mim.

Amy fez uma careta. Ela não sabia cozinhar muita coisa então provavelmente Clara só falou aquilo pra provocar.

- Eu faço panquecas – murmurei revirando os olhos.

- Não, você tá doente! Eu cozinho – Lara me sentou em uma cadeira e começou a preparar meu café.

Eu olhei pelo canto do olho Justin encostado na parede parecendo muito desconfortável.

Eu comi as panquecas que Lara preparou. Estava realmente com muita fome. Depois voltei ao meu quarto para me trocar. Estava prendendo o cabelo quando ouvi umas batidas na porta.

- Posso falar com você? – Justin perguntou abrindo um pouco a porta.

- Claro – eu respondi e depois parei. E se ele fosse falar que não queria mais que eu abrisse seus shows?

- Minha mãe ligou do Canadá e me pediu isso. Eu não sabia até essa ligação, okay? – ele disse meio hesitante.

- Não sabia o que? – perguntei confusa.

Ele entrou no quarto e se sentou na cama e me chamou para sentar ao lado dele e foi o que eu fiz.

- Você conheceu Lucy, não é? – ele perguntou cuidadosamente.

- A ruiva? Sim – dei de ombros.

- Bom, ela e minha mãe são amigas à muito tempo, antes mesmo de eu nascer. Lucy chegou em Stratford quando tinha 14 anos e desde então elas são amigas. Depois que minha mãe me teve, Lucy descobriu que também estava grávida, mas seu pai tolerou isso e queria que ela tirasse o bebê. Então ela fugiu para a casa do namorado, o pai da criança. O nome dele era Taylor. Ela teve o bebê e era uma linda menininha. Ela viveu apenas um ano com a filha, depois, Taylor a abandonou e saiu do país para viver seu sonho de viajar pelo mundo. Ela não tinha para onde ir e nem como cuidar do bebê então ela voltou para seu país com sua filha, esperando que seu pai e sua mãe a acolhessem.

- Qual o país dela? – perguntei devagar. Aquela história não tava boa.

- Brasil – ele disse e eu arregalei os olhos. Ele continuou sem olhar pra mim, mas eu já encaixava algumas peças – O pai de Lucy não a acolheu e nunca mais quis vê-la. Disse que a filha dela era uma praga que destruiu a família. Então, sem saber o que fazer e nem como salvar sua filha, Lucy a deixou na porta de um orfanato, pra que lá ela pudesse crescer feliz e saudável – ele finalmente olhou pra mim – Então ela voltou para o Canadá.

Eu senti um nó em minha garganta.

- Sam, Lucy é sua mãe – ele falou tão baixo que quase não ouvi.

Senti meu estômago se revirar com o choque da notícia. Eu deitei na cama tentando organizar os pensamentos. É claro! Por isso a estranha familiaridade! E ela era tão parecida comigo, como não percebi isso?

- Ela sofreu muito quando voltou, não queria nem viver mais. Ela era uma ótima pianista, mas depois disso, ela parou de tocar. Dizia que tudo havia terminado e que nunca mais iria encontrar sua filha amada. Depois de um tempo ela se recuperou. Ela ainda não tem certeza se você é realmente filha dela, mas minha mãe tem. Ela queria que eu lhe contasse.

Eu o olhei. Ele não me encarava e parecia totalmente desconfortável. Justin não era muito próximo de mim e nem gostava muito de mim então falar de um assunto tão delicado e pessoal quanto esse parecia ser algo muito difícil para ele.

Eu nem sabia o que pensar. Era muita informação, muita coisa pra assimilar. Minha mente estava cansada novamente. Eu senti o cansaço me atingindo e tudo ficando escuro.


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Notas finais do capítulo

n/P: Capítulo cheio de emoções pra vocês! Eu sei que hoje não é o dia de postar, mas como eu finalmente terminei esse capítulo e faz tempo que não posto e hoje É O ANIVERSÁRIO DE I'LL NEVER LEAVE eu resolvi postar! É.
Então... É ANIVERSÁRIO DA MINHA PRIMEIRISSISSISSISSÍSSIMA FANFIC! GEEEEEEEEEENTE como passou rápido! Parabéns para nós, nessa data querida (8) Ai que feliz! Bom, pessoas lindas, eu sei que demorei, mas é que ta realmente complicado. To indo pro primeiro colegial, fim de ano, estudando mais pra não ficar de recuperação nem de exame e poder desfrutar da minha linda formatura com tranquilidade... Isso torna escrever complicado. Além do mais, to escrevendo AMA 2° temporada (tentando seria a palavra mais correta) e uma fanfic de Crepúsculo. Só vou postar ambas quando elas estiverem prontas.
Mais uma coisa: EU NÃO VOU ABANDONAR A FIC, NÃO SE DESESPEREM, POR FAVOR! É difícil escrever coisas que prestem! Mesmo que não prestem muito sabe... Enfim, mesmo não prestando muito, espero que vocês gostem desse capítulo. A partir de agora Justin não vai ser tão mau com ela, eu sei que tem gente que gosta do Justin Bad Boy, mas como a Sam ta passando pelo mesmo que eles e ainda tem isso de descobrir que a mãe dela ta mais perto do que ela pensava... Ele vai sentir compaixão por ela.
Agora eu tenho que ir.
Deixem reviews, gente, isso me ajuda. Se vocês tiverem ideias também, não deixem de contá-las!
Beijos