-Para! – Eu sentia algo molhado em meu rosto, abri os olhos e era... Um cachorro de rua, que estava me lambendo! – Sai! – Gritei e ele se afastou um pouco.

Olhei para ele, parecia faminto tadinho. Olhei a minha mochila a procura de algo para eu dar para ele.

Achei um saco de bolacha de nata.

-Vem! – Estiquei a minha mão com uma bolacha.

Ele veio e começou a comer.

O coitadinho era magro e estava morrendo de fome.

Aos poucos dei o saco da bolacha inteiro. Ele após comer deitou-se ao meu lado.

Olhei bem para ele, que parecia triste, como eu.

Acariciei-o e levantei-me. Olhei no relógio... Eram 19hs!

Eu deveria ter adormecido ali após eu fugir da casa dos Kaulitz’s.

-Tchau amiguinho. – Alisei a cabeça dele.

Sai do parque e tentei achar o caminho de casa.

Certamente eu estava perdida. Fiquei meio desesperada, não tinha ninguém da rua para me mostrar o caminho de volta para casa.

O cachorro que a pouco eu acariciava, aproximou-se mim.

Ele puxou a barra da minha calça.

Acho que ele queria que eu o seguisse.

Tudo bem que é meio estranho você confiar em um cachorro que você nunca viu na sua vida, mas eu não tenha alternativa.

Segui-o e incrivelmente ele levou-me até em casa.

Não sei como ele soube me levar até lá, mas eu fiquei muito feliz.

Fiquei tão surpreendida com ele, que tive dó de deixa-lo ali sozinho, no frio.

Peguei-o no colo e entrei com ele em casa.

Entrando em casa, não achei a minha mãe, fui na cozinha e... Um bilhete?

O bilhete dizia:

“Filha, mamãe estava com dor de cabeça e foi dormir.

Tem sopa em uma panela no fogão.

Até amanhã!

Boa noite.

Mamãe!”.

Deixei o cachorro na sala.

-Fique quieto! – Falei para ele.

Subi as escadas e entrei no quarto da minha mãe.

Ela estava realmente dormindo. Dei um beijo nela e desci as escadas.

Peguei o cachorro e subi para o meu quarto.

Tomei um banho lavando bem o machucado nos joelhos

Logo após dei um banho no cachorro, que se mexia muito fazendo com que eu ficasse molhada.

Foi divertido dar banho nele.

Fui no quarto da minha mãe e peguei a maleta de primeiros socorros que lá havia.

Fiz um curativo nos dois joelhos, voltei no quarto da minha mãe e guardei a maleta no mesmo lugar em que a achei.

Desci com o cachorrinho para a cozinha.

Esquentei a sopa e procurei outro saco de bolacha de nata.

Achei um saco de bolacha. Coloquei as bolachas em uma vasilha e dei para o cachorrinho comer.

Desliguei o fogo e coloquei a sopa em um prato e comecei a tomar.

Depois que eu e o cachorrinho comemos, subi para meu quarto.

Coloquei uns travesseiros no chão, acomodei o cachorrinho lá e cobri-o com uma coberta.

Sentei na cama e fiquei a observa-lo.

Ele parecia muito feliz.

-Agora você esta feliz, não é? – Acariciei-o. – Pelo menos alguém esta feliz. – Olhei bem para ele. – Tenho que te dar um nome, mas qual? – Pensei um pouco e... – Já sei! – Exclamei. – Você vai se chamar Max! – Sorri.

Fiquei brincando um pouco com ele.

Um tempo depois olhei pára o relógio. Eram 23hs.

Ajeitei-o novamente e fui para minha cama.

Boa noite Max!

Desliguei o abajur e adormeci.

No dia seguinte, acordei com a Max lambendo-me.

-Bom dia Max! – Tirei-o de cima de mim.

Fui para o banheiro e fiz a minha limpeza matinal.

Depois desci para a cozinha e comi uma banana.

Procurei outro saco de bolacha e achei!

Cara, quantos sacos de bolacha de nata eu tenho em casa?

-Bom dia Liz... AHHHH! – Minha mãe gritou.

-O que foi mamãe? – Não entendi o susto dela.

-O que esse cachorro esta fazendo aqui? – Ele pegou a vassoura.

-Eu o trouxe para cá!

-Liz!

-Mãe! – Olhei para ela. – Eu estava perdida por ai e ele me ajudou a voltar para casa. – Olhei para ele. – Ele estava com fome e com frio, então eu deixei ele entrar. Eu até dei um banho nele! Ele é mansinho. – Sorri.

-Menos mal! – Ela guardou a vassoura. – Mas você pretende ficar com ele?

-Sim!

-Filha! Um cachorro dá muito trabalho para cuidar. – Ela aproximou-se.

-Mas eu prometo cuidar dele.

-Mas um cachorro também precisa de muita coisa e isso vai custar caro. – Ela olhou fixamente para mim.

-Eu sei. Por isso quem vai bancar ele é o meu pai! – Sorri novamente. – Posso ficar com ele?

-Sendo assim pode! – Ela sorriu. – Ele já tem um nome?

-Sim! O nome dele é Max.

-Seja bem vindo Max. – Ela disse feliz.