The Ghost Of You Still Loves Me. escrita por Miss McLean


Capítulo 8
Again.


Notas iniciais do capítulo

Oi kekeke

olha eu aqui o

beleza, um capítulo dividido em dois e sejamos felizes! uhules.

vamo lá!



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Já no ponto, sentei-me em um único banquinho vazio para esperar o ônibus que me levaria para casa. Estava cheio de pessoas, mas não reparei em nenhuma delas. Não satisfeito com a curiosidade da conversa entre Amy e eu, meu foco, antes direcionado naquele senhor que agora tinha o nome de John, mudou seu destino e começou a se colidir com a realidade que a moça havia me apresentado. Eu já havia escutado mil histórias por conta da minha prima, mas não uma que se comparasse ao que senti ouvindo a moça dos olhos verdes claríssimos.

Quanta dor não deve ter sentido, quanto horror!

Eu, realmente, sempre fui uma pessoa de sorte. Meus pais se amam e nunca tiveram problemas graves relacionados a mim. Tenho dois primos que, absolutamente, nunca me fizeram sentir falta de qualquer irmão, pois assim eu os considerava. Não era lá muito social, mas eu sabia ser legal.

Amy jamais saberia o que era aquilo. Ou não. Ou agora ela passaria a saber, graças a Michael.

Michael... Não sei até aonde vai minha simpatia por ele. Mesmo naquelas condições em que nos conhecemos e "nos falamos", eu não consigo sentir nada de ruim vindo de sua parte. Mas também sou indiferente e, ao mesmo tempo, não. Se eu fosse tão indiferente assim, o que eu teria feito naquele hospital? Eu me preocupei, acho que por educação. Ou seria uma enganação?

Eu acho que... não quero achar mais nada. De repente, tudo o que eu achei que conhecia de ruim, está cada vez pior. Não sei por que diabos Amy apareceu naquele parque justo quando eu estava lá! Não sei por que eu fui curioso e impulsivo ao ponto de correr um risco, batendo na porta de um estranho e mentindo pra ele, sem saber sua índole, seus escrúpulos.

Eu... bem, eu estaria crescendo ou minha infantilidade estaria aflorada? Eu estaria sentindo a necessidade desse descobrimento, mesmo que fosse para algo mau? Eu estaria brincando de viver intensa e perigosamente como nos filmes sempre acontece e, no fim, eu sairia quase ileso? O que os tais arranhões que a vida nos faz estariam me proporcionando, se eu os procuro com constância?

Não, definitivamente, não. Não posso perder todo o meu rumo por causa de confusões de momentos que, daqui a pouco, vão ser esquecidos. Eu preciso manter o objetivo. Porém, eu já estava perdendo o objetivo. De alguma forma, eu sinto que objetivo ou valores para um futuro seriam totalmente descartados quando, mais a frente, eu tiver que fazer uma escolha no tempo presente.

Aventureiro? Talvez. Realista, sim.

Não se sabe se vamos ter futuro ou não. Uma nação planeja toda uma vida que pode se acabar no exato segundo em que se conclui que está "tudo bem". O mundo não para, nunca! E acontece de tudo com todas as pessoas, em cada canto. Por que comigo seria diferente? Ok, acho justo e bastante correto prevenir-se, mas... a ponto de decidir como viveremos daqui a alguns anos? Não há previsão. Pelo menos não havia até aparecer a sofredora Amy. Maldita ou bendita? Não sei. Tudo se embaçou com as palavras dela, com a presença dela. Assim mesmo, ela prevê ou sente coisas que vão acontecer em breve. E... ela me incluiu em algum possivel acontecimento.

Mas, é como eu disse, eu não quero nem pensar.

Eu sou vítima dos meus pensamentos maus. Eles me fazem de refém. Por mais que eu não queira admitir, eu estou perdendo meu senso e autocontrole. Só que isso é uma discussão minha com a minha consciência e será resolvida no momento em que eu recostar a cabeça no meu travesseiro.

**

Não prestei atenção quando o ônibus passou, estava envolvido com as minhas questões pessoais e também havia chegado uma senhora. Era bem idosa, de cabelos brancos e finos, estatura mediana, olhos normais, porém me pareciam familiares. Ela me observava e segurava uma bolsa de compras. Quando me dei conta de como a bolsa parecia estar pesada, a ofereci minha ajuda.

- Senhora, quer que eu segure sua bolsa?

- Ah, não, meu filho. Está tudo bem, obrigada.

- Então, sente-se aqui.

Ia oferecer meu lugar quando olhei para os lados e não havia ninguém. Todos o bancos, do lado direito e esquerdo, estavam vazios.

Fitei a senhora novamente, que sorriu.

- Ahn... É... a senhora não quer sentar-se, não é? - sorri.

- Não, Frank.

- Como é?

- Seu nome, não é esse seu nome?

- É... mas... como... -

Arregalei meus olhos ao falar e fui interrompido.

- Tem um crachá que vai cair do seu bolso e que, mesmo com a visão complicada, consigo ler. Está em letras grandes. - ela sorriu.

- Oww... é verdade. Meu nome é Frank e o meu crachá quase caiu mesmo! - sorrimos simpáticos.

Olhei para o bolso do casaco, aonde se encontrava o crachá e o ajeitei, guardando-o novamente e de uma forma mais segura.

- Mas por que a senhora...

Voltei o olhar para frente e não havia mais ninguém.

Olhei para os lados e nenhum sinal da senhora simpática que estava à minha frente. Esfreguei meus olhos com força e pisquei sem cessar por umas 5 vezes.

O relógio marcavam 18:28h

"Você nunca recorreu para a baixaria senhora consciência, mas vou ter que fazer isso: Que porra é essa que está acontecendo aqui?"

Já anoitecia e eu estava prestes a entrar em um confronto com minha mente, quando fui salvo por um telefonema.

"Ray calling"

- Alô? - atendi rapidamente.

Qualquer coisa que desviasse minha atenção estava valendo.

- E aí rapaz, não vou perguntar se tá tudo bem, porque está. Você atendeu um telefonema depressa, e isso é um pouco anormal, mas tá tudo bem, não está?

- Eu acho que sim. - fui sério.

- Bem... preciso conversar com você.

- Conversar comigo? - franzi a testa, como se Ray pudesse ver.

- Sim. É um assunto muito importante.

- Importante? Tem a ver com o quê?

- Com muitas coisas, mas por telefone não dá. Você vai chegar em casa que horas?

- Como sabe que não estou em casa? - eu estava ficando paranóico com todos saberem sobre mim mais do que eu.

- Te liguei no celular. Mas, antes, liguei pra tua casa, né!

- Ah, é... - sorri, disfarçando.

- Ok então, que horas posso ir, afinal?

- Daqui a meia hora, pode ser?

- Pode, sim. Até ma...

- Ray, espera.

- O que é?

- Como está sua irmã?

- Doente. - ele foi indiferente.

- DOENTE????? - minha voz denotou uma terrível preocupação e seu tom ficou, consequentemente, mais alto.

- Não come, não sai da cama, e teve febre altíssima. Delirou, chamou por você e, quando acordou, pediu pra eu não te falar. Mas eu estou falando, porque vamos conversar sobre ela também.

- Não a levou em um médico?

- Sim. Tudo isso é emocional. Eu nunca fui burro, sei que isso envolve você.

- Como é que é? - estava incrédulo ao perceber que eu era o único que não notava o amor da minha prima.

- Frank, a gente se fala melhor depois, tá?

- Tá... Eu... - me calei.

- Você...? - Ray aguardava eu terminar a frase.

- Eu te vejo em meia hora. Tchau.

- Tchau.

"Mais problemas. Céus, por que não me leva logo para teu refúgio?"

Ao término da frase, Frank avistou seu ônibus e fez o sinal. Subiu e já estava seguindo rumo a sua casa. Demoraria poucos minutos. Não parava de pensar no que falar para Raymond e novamente, em uma tremenda e total confusão, viu-se refém dos seus pensamentos, todos misturados, todos inquietos. Sentiu vontade de gritar, mas isso o faria demasiadamente louco. E não estava certo, não poderia estar. Conteve-se por conta de um comando forçado de si para si mesmo e desceu do veículo.

**

Poucos passos até chegar. Não queria ver a mãe. Adentrou pela sala e subiu para o quarto, trancando-se. Não tinha esse costume, mas, de fato, não queria ver ou falar com a mãe, não naquela hora. Queria tomar um banho longo, como se pudesse fazer descer pelo ralo tudo o que lhe perturbava a mente. Tinha apenas 15 minutos até Ray chegar e correu contra o tempo para relaxar e se apresentar ao primo, que viria com mais notícias ruins. Tudo relacionado à Mary seria ruim. Não por ela, mas pelo que ela sentia e ele não podia evitar.

Saiu do banho e rapidamente se vestiu.

Olhou o celular, deixado na mesinha de cabeceira ao lado da cama. Havia uma nova mensagem de Ray.

"Vou demorar para chegar. Meu pai se atrasou e não posso deixar minha irmã sozinha. Mas eu irei."

Ligou para o primo, que combinou de chegar em, no máximo, 2 horas. Já eram quase 19h, o jantar não sairia antes das 20:30h. Estava sem fome. Desceu apenas para dar satisfação para a mãe, que não o ligou uma vez ao dia. Talvez porque estivesse ajudando Brenda...

Foi até a cozinha, avistando a mãe que estava sentada sobre a mesa, fazendo algumas anotações em um bloquinho.

- Oi, mãe.

Ela continuava olhando o bloquinho e anotando algo. Não olhou Frank, não deu importância.

- Oi filho. Chegou tarde, né? Eu vi. Tudo bem. O jantar sai às 20:30h. Te chamo quando terminar.

Frank achou estranha a atitude da mãe, e quis questioná-la.

- Mãe?

- Sim.

- Está chateada?

- Não. ela estava e Frank sabia.

- Por que fala assim? - assim mesmo, ele continuou questionando.

- Porque esse é meu jeito de falar.

- Não comigo!

- Frank...

Quando o chamava de Frank estava, visivelmente, irritada com alguma coisa. Ou com o próprio.

- Sim?

- Me deixe terminar minhas anotações. Depois conversamos.

"Até você, mãe? Tudo está errado por aqui. Isso não é justo!" - pensou.

- Tá, mãe. Vou para meu quarto. Ray vem aqui lá pelas 21h.

- E o que tem? - ela agora olhava o filho, por cima dos óculos.

- O que tem o quê?

- Ele vir aqui!

Frank bufou.

- Deixa pra lá.

E saiu, direcionando-se ao seu quarto novamente.


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Notas finais do capítulo

kekekeke, review tem? hihi
próximo cap, momento Frerard *o*



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