You Believe In Love? escrita por Kaah_1


Capítulo 3
Capítulo 2 - Estarei bem perto de você. ♫


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar mais um capitulo. heheh ☺
Ta tao ruim assim a fic?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142887/chapter/3

- Coca cola ou guaraná?

- Coca cola, por favor.

Assenti. Fala sério, esse talvez fosse um dos empregos mais humilhantes de todo século. Pois é, eu trabalho de garçonete em um restaurante pra poder pagar o apartamento e todas as outras coisas. Eu não ganho tanto, mas até que dá pra sobreviver. Peter também trabalha aqui no restaurante, só que no caixa e essas coisas. Talvez o emprego dele seja mais fácil.

- Uma coca cola e um especial numero 7. – disse falando o pedido da moça pra atendente do balcão e logo após lhe entregando o papel.

- Não vejo a hora de ir embora. – disse Peter. – Vamos pegar férias daqui também?

- Acho que sim... Eu espero. – torci o nariz.

- AAh, hoje eu vou sair maninha.

- Vai pra onde, moleque? Por acaso eu deixei? – eu disse rindo em um tom irônico.

- Nhá, eu vou sair com os meus amigos, posso? – ele riu.

- Pode né, fazer o que. – revirei os olhos. – Vai pra onde?

- Segredo. – ele se virou de costas pra mim.

- Fala sério Peter! – bati no balcão. – vê se não vai aprontar.

- Claro, eu nunca apronto.

- Tenho dó das garotas que tem a coragem de ficar com você.

- E eu tenho dó dos garotos que ficam com você. – ele ergueu a sobrancelha. – Aliás, por acaso você fica com algum garoto?

- Como é que o Peter que se acha o engraçadinho? – ergui a sobrancelha dando mais um soco no balcão.

- Calma Meg! Era brincadeira. – ele riu. – E falando em dó, acho que tem um cliente ali pra você atender.

Revirei os olhos e olhei pelo restaurante procurando alguém que provavelmente eu teria que atender. Olhei em um canto, um garoto previsivelmente loiro e outro cara de cabelos pretos. O loirinho aparentava ter uns 16 ou 17 anos e o outro uns 30 anos. Mas... Pera ai, eu já tinha visto aquele garoto em algum lugar!

- Não ta reconhecendo aquele garoto? – disse Peter.

- Eu deveria? – perguntei me apoiando no balcão.

- Acho que sim... Ele é... Justin Bieber!

- E o que tem?

- Fala sério, por que esse garoto viria num lugar desses? – Peter riu. – Acho melhor você ir atender ele.

- Sério?

- Claro sua idiota. – ele deu um tapa na minha cabeça.

- PETER!

Caminhei lentamente até eles. O garoto se ajeitou na cadeira ao me ver. Peguei meu bloquinho e minha caneta para anotar os pedidos. Esse era o meu trabalho.

- Olá. – sorri mordendo o lábio inferior. – Já querem pedir?

- S-sim. – disse o loirinho. Espera... Ele tinha gaguejado?

- O que vão querer?

- Você. – ouvi o garoto sussurrar e rir pelo nariz. O cara mais velho o fuzilou com os olhos.

- Eu vou querer uma coca e um prato numero cinco, por favor. – disse o homem e eu tratei de marcar o pedido. – E você Justin?

- Ah, eu vou querer espaguete. – disse o loiro. – E uma sprite. Por favor.

- Claro, já vai sair. – sorri

Assim terminei de anotar tudo e voltei até o balcão entregando os pedidos. Poderia parecer estranho mas, eu não estava tão nervosa por ter falado com Justin Bieber agora. Eu sei ele é famoso e tudo mais, só que, acho que o meu dever é tratar todos do mesmo modo. Não é?

- E ai, como foi com o Bieber? – Peter ria.

- Aff Peter! Foi como todos os outros clientes.

- Sério? Você tipo que não surtou?

- Pra que eu surtaria? Seu idiota.

- Ok, tudo bem.

- E fala sério, ele é rico famoso e tudo mais, por que olharia pra uma menina boba como e... –

- Hey, vai demorar muito pra sair nosso pedido? – ouvi alguém sussurrar numa voz rouca no meu ouvido e tocar em minha cintura no mesmo instante.

Levei um susto. Me virei de frente para a pessoa rapidamente me apoiando no balcão. Espera aí era o Justin! Meu deus! Era ele! Fiquei o encarando por uns segundos.

- Ah, desculpa, eu não queria te assustar. – disse ele rindo.

Bom, agora dava pra ver melhor o seu rosto. E para um garoto de 17 anos, ele deixava muito outros caras mais velhos no chinelo. Seus olhos tinham uma cor um tanto indescritível, era cor de mel, se não me engano. 

- Ah, ok... Eu não me... Não foi nada. – sorri timidamente.

- Tudo bem... – ele mordeu o lábio inferior. – Como eu dizia, vai demorar?

- Claro que não, eu já vou levar lá.

Ele assentiu e se virou indo em direção a sua mesa. Olhei ao lado e Peter ria. Esse garoto é outro que só sabe rir.

- Ta rindo de que Peter? – me virei pra ele.

- HAHA, nada não... É que, você e o cara ali... Foi engraçado! – ele disse rindo.

- Eu não acho nada engraçado. – coloquei as mãos na cintura.

- Esse garoto só pode ser louco... Qual é, ele ficou afim de você Meg!

- Que afim o que! Vai se ferrar Peter! – revirei os olhos.

Quando o pedido do garoto loirinho que me assustou saiu, eu tive que ir até a mesa dele entrega-ló. Ele ficou me fitando com um sorriso um tanto malicioso no rosto. Qual é, esse garoto tem problemas sérios. Ele não tava namorando uma garota a pouco tempo ai? Bom, enfim, deixei o pedido lá, nem falei nada e voltei ao balcão.

- Hey! – senti alguém segurar meu braço. – Posso saber teu nome?

Claro, era ele! Que idiota. O que ele queria com uma menina feia, pobre e boba como eu? Ele quer o que? Me enganar? Um dos motivos pelo qual eu não acredito em amor. Nem a “primeira vista”. Isso é total idiotice.

- Não. – falei um tanto fria.

- Por quê? – ele franziu a testa.

- Anônima. Prazer.

- Ah, legal... É um nome grego? – ele disse rindo.

- Qual é! – revirei os olhos. – Eu sei quem você é, por que ta aqui falando comigo?

- Eu to... Fazendo uma pesquisa pra minha nova musica.

- Sério? Pesquisa pra musica? Isso existe?

- C-claro. – ele tinha gaguejado mais uma vez? – O que acha de a gente se encontrar sábado na boate que vai inaugurar?

- Ta de brincadeira?

- Ok... Passa seu telefone e a gente combina.

- Não!

- Tem quantos anos? – esse garoto gostava de me encher né?

- 15 anos.

- Sério? Você não tem cara de quem tem 15.

Bufei. Não sabia que esse garoto era do tipo persistente. Eu não gosto disso. E porque ele queria sair comigo? Fala sério.

- Ok, vamos começar de novo. – ele estendeu a mão. – Prazer, sou Justin.

- Tudo bem. – suspirei irritada. – Sou Megan.

- Megan?

- Exatamente.

- Bom, eu tenho 17 anos e acho que você já me conhece não é?

- Sim eu conheço. – ergui a sobrancelha. – E eu tenho 18 anos.

- 18? Ual. Você é mais velha?

- Na verdade eu ainda vou fazer 18 no mês que vem, mas ok. – sorri

[...]

Me joguei no sofá logo após pegando o controle ao lado e ligando a TV.

- Bom, acho que eu vou indo maninha. – disse Peter me dando um beijo na bochecha.

- Ei, Ei ! – puxei seu braço o jogando no sofá. – Você vai a onde?

- Ah, eu vou sair com o Christian e com o Matthew. – ele disse rindo.

- Ok, fazer o que.

- Tudo bem pra você ficar sozinha? Ou quer ir com a gente?

- Não, não! Pode ir se divertir com seus amigos. – eu lhe abracei.

Peter se afastou de mim me encarando por um tempo e logo depois começou a rir.

- Ta rindo de que, seu idiota? – o empurrei.

- Você e o Bieber... HAHA. O que ele queria com você?

- eu sei lá! Acho que ele queria era arrumar mais uma pra ficar por uma noite.

- Ele é idiota.

- Por quê?

- Ficar com você é idiotice.

- PETER! – ataquei uma almofada nele. – Tomare que hoje você fique sozinho lá na festa! Você vai morrer sozinho, Peter!

- Wow! – ele se levantou ainda rindo. – Era apenas brincadeira maninha!

- Vai embora agora daqui seu idiota! – joguei a almofada nele.

O mesmo saiu rindo e correndo até a porta. Me deixando sozinha mais uma vez.  Voltei meu olhar para a TV não prestando muita atenção no que estava passando. Peter sempre saia, quase todos os dias e me deixava aqui. Eu não ligava, acho que meu irmão tinha que sair mesmo para se distrair. Aliás, ele mesmo dizia que esse era um modo dele “esquecer um pouco da vida”. Meio que pra não lembrar que nossos pais morreram, ele tava junto quando aconteceu o acidente. Meus pais morreram na hora, mas ele sobreviveu. Ficou em coma por uns tempos, mas, por um milagre ele viveu.

Senti meu celular vibrar no bolso. O peguei e vi que tinha recebido uma mensagem. Era estranho... Ninguém quase nunca me mandava mensagem.

“Oi... Bom, lembra de mim? O garoto chato que te provocou no restaurante? Pois é... Queria saber se nosso “encontro” na boate ainda ta de pé. (risos) Beijos, Justin.”

Não acredito! Como esse garoto conseguiu meu celular? Só pode ser brincadeira... Eu não passei. E que encontro o que! Eu não falei nada sobre isso... Menino idiota! Enfim, resolvi responder.

“Oi. Lembro. Como se esqueceria do meu cliente mais insuportável? Brincadeira. Enfim, como conseguiu o numero do meu celular?”

Não esperei que ele respondesse. Voltei a olhar a TV. Mudei de canal e coloquei em um que passava Bob esponja. Sim, eu gosto! Mas, então, ouvi meu celular vibrar mais uma vez.

“Seu irmão me passou. Algum problema? Mas... Você não respondeu o que perguntei.”

- Eu vou matar o Peter! – sussurrei pra mim mesma.

Respondi mais uma vez.

“Arrrrgh, irmão idiota! Talvez eu vá. Mas, saiba que não é por você. Eu vou porque uma amiga já tinha me convidado antes.”

Resolvi ligar pro Peter, esse garoto ia ver só! Disquei o numero do celular dele e tocou alguns minutos até ele atender.

- Alô? – ele gritou do outro lado da linha. Tinha uma musica um tanto alta e algumas vozes.

- Por que você passou meu telefone praquele garoto? – gritei.

- Ah, pro Justin? – ele disse rindo. – Ué, ele pediu e eu passei.

- Seu idiota! Não era pra passar merda nenhuma do meu telefone pra ele, entendeu?

- Foi mal, maninha.

- Droga! Vou ter que trocar de numero.

- Não exagera! – ele disse rindo mais uma vez. – Agora eu vou desligar que tu ta me atrapalhando aqui.

- Deixo adivinhar... Você vai chegar aqui amanhã cedo por volta de umas 10h?

- Ou até mais tarde maninha. – ele riu.

- Ok, só não engravida ninguém, ta bom? – eu ri. – Não temos dinheiro pra você bancar uma família ou sei lá o que.

- Pode deixar... Você sabe que eu tomo cuidado com isso.

- Sei... É bom ter muito cuidado mesmo!

- Ta bom o senhorita mandona que se acha a minha mãe!

- Você sabe muito bem o que a mamãe diria sobre isso né?

- Sei, sei! Ela diria “Eu não te criei pra você se perder pelo mundo ai e se afundar nessas porcarias de bebidas.” – ele disse meio que tentando imitar ela.

- Bom, parece algo que ela diria.

- É... Agora, tchau Meg.

- Esper... -

Não pude terminar de falar e ele desligou o telefone na minha cara. Garoto idiota! Bom, a vida é dele, não minha. Então, tudo que acontecer lá será responsabilidade dele. Não minha. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei... Ta horrivel né? Deixem reviews, por favoor !