Supernatural escrita por BrownSugar


Capítulo 6
Um pedaço do passado


Notas iniciais do capítulo

vamos tentar ser bem regulares com as postagens!
espero que vcs se divirtam!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142185/chapter/6

(...)Dean apertou o volante levantando os ombros, agora ele estava tenso.

A estrada era reta e o som do carro estava desligado de modo que o único ruído era o ronco suave do motor e o vento entrando pelas janelas.

O silencio começou a se tornar irritante e Lilly que não conseguia ficar em silencio por muito tempo colocou os fones de ouvido e encostou a cabeça no ombro de Ella que estava olhando pra janela pensativa. Logo as duas estavam dormiram.

– Dormiram – disse Sam

– Ei, cara sei que isso vai parecer... Não importa – A expressão de Dean era dura – Não sabemos quase nada sobre elas duas. Não podemos ficar molengas só por que elas estão indefesas! Se você parar pra pensar vai ver que eu tenho razão. Duas garotas que aparecem do nada dizendo que querem nos ajudar com a nossa vingança e se vingar de uma coisa que elas não fazem a menor ideia do que seja. Nem se uma delas fosse a Sra. Smith lhes daria tanto credito assim.

Mas Sam queria confiar nelas. Elas eram iguais a ele – Dean você acha que eu sou perigoso?

Dean levantou uma sobrancelha e riu de um jeito tenso – Às vezes.

Os dois se calaram. Continuaram na estrada pelo resto do dia às vezes passavam por cidades, mas logo saiam delas. Dean e Sam explicavam tudo que era necessário pras meninas não acabarem fazendo qualquer besteira. Contaram tudo que sabiam sobre demônios e em especial sobre o que eles estavam caçando.

Dois dias se passaram, e eles, depois de duas noites em cidades diferentes estavam de volta à estrada indo pra oeste dos EUA. O sol já estava se pondo. E Dean olhou de novo pro banco de trás e quase bateu o carro quando viu que Ella fitando o horizonte. O vento da estrada fazia seu cabelo negro voar e o sol de fim de tarde fazia com que seus olhos tivessem uma tonalidade mais clara... quase amarelo.

– Ei... – disse Ella sorridente percebendo que estava sendo observada – Ainda vamos demorar muito na estrada? – Sam levantou os ombros.

Lilly brincava com um de seus cachinhos ruivos quando disse – Esse sol de fim de tarde deixa seus olhos lindos, Sam. – ele corou, e a pesar de perceber isso Lilly não disse mais nada com um sorriso no canto dos lábios

Dean sacudiu a cabeça numa tentativa de se desfazer da sensação. – Vou parar aqui. – Ele ultrapassou o acostamento e entrou num campo aberto de aproximadamente 10 hectares cercado por um bosque de pinheiros enormes. Ele parou o impala a uma distância de 5 metros de uma das arvores.

Lilly e Ella saíram do carro. Ella sentou na grama, que a aquela altura da primavera estava verdinha e com pequenas flores, e inspirou fundo fechando os olhos e deixando o sol poente bater em seu rosto. Em um segundo estava tudo tranquilo, e em outro Ella ouviu a voz de Dean em sua cabeça, mas não conseguiu entender o que dizia, tentou focar-se nos pensamentos dele, mas não ouviu mais nada. Frustrada abriu os olhos e perguntou baixinho

– Quanto tempo vamos ficar? Quero ir embora antes que anoiteça... Está ficando frio!

Dean saiu do carro seguido por Sam eles abriram o porta-malas (arsenal de armas) e deram uma a cada uma das garotas.

– Quando eles falaram de armas não pensei que fosse isso – Lilly murmurou olhando todas aquelas coisas

– Elas estão carregadas? Vocês vão nos ensinar isso agora? – perguntou Ella

– Não. – respondeu Sam enquanto pegava munição em uma caixa e carregava a arma – Agora está. – E entregou à Ella.

– Mas como vocês são principiantes... – Dean completou com um ar de pena – e mulheres...

– Esta querendo dizer que por sermos mulheres não podemos ser boas atiradoras? – disse Ella puxando o gatilho, e acertando uma árvore a muitos metros de distancia.

Dean e Sam ficaram boquiabertos. Lilly estava calada olhando o sorriso radiante da irmã que sempre fora boa de mira. Sempre que iam a um parque de diversões Ella corria pra barraca em que um rapaz lhes dava armas pra que acertassem um doce, e ela sempre saia com os melhores doces da barraca.

– Você não disse que não sabia atirar? – perguntou Dean boquiaberto

– Isso foi antes de você me desqualificar por ser mulher. – Dean olhou incrédulo, o sorriso dela.

– E com facas, vocês são boas? – disse Sam pegando um canivete, que tinha em seu bolso. Lili deu dois pulinhos e bateu palmas dando um sorriso tão radiante quanto o de Ella.

– Bom pelo menos isso eu sei fazer – disse ela tirando a faca da mão de Sam. Jogou a faca pra cima e pegou-a pelo cabo, ainda no ar. Ela se abaixou e apontou a faca pra Sam como se estivesse o chamando para briga, Dean pegou outra faca que estava em cima do carro e jogou-a para o irmão. Sam ficou parado olhando o sorriso de Lilly que de repente se desfez, ela atacou e ele se desviou rápido.

– Bom, mas essa foi sorte de principiante.

O combate demorou pouco, Ella e Dean riam encostados no carro enquanto viam os dois tentando atingir ao outro sem ferir. Eles estavam indo em direção as arvores. Lilly não atacava Sam ela só se desviava da faca e tentava pega-la até que Sam foi com tudo pra cima dela e predeu-a de costas para uma árvore com a faca em punho a um centímetros do rosto dela.

– Não diria principiante se fosse você – disse ele

Lilly abriu um sorriso e olhando pra faca de Sam, ela o derrubou e arrancou da mão dele. Agora Sam estava deitado no chão e Lilly estava de joelho em cima dele com faca apontando pra garganta e a outra nas costelas.

– Ainda bem que você não é! Se não eu não ia poder tirar onda com você!
Ela se levantou e andou ate Dean lhe entregando as duas facas

– E então, tem alguma coisa que vocês não saibam? – perguntou Dean.

As duas riram

– Na verdade eu não faço a menor ideia de como manusear uma faca – disse Ella

– Nem eu, uma arma.

– Como você não faz idéia de como manusear uma faca se sua irmã... – Dean parou e olhou pra o irmão que limpando a terra da roupa – você sabe.

– Bem... – suspirou Ella – cada uma sempre teve uma habilidade diferente, e nunca achamos que fossemos um dia ter que aplicá-las, então nunca vimos necessidade de ensinar uma pra outra.

Dean dando uma das facas pra Ella – fique na minha frente e segure a faca como se quisesse atacar alguma coisa – Ella se abaixou e segurou a faca em punho com as duas mãos. – Não – disse Dean indo ate ela e concertando-a

– Você tem que pegar na faca desse jeito – ele tirou uma das mãos dela que seguravam a faca – A outra mão tem que estar preparada pra tentar segurar o seu adversário, assim – ele pegou a mão dela e a colocou aberta junto ao seu corpo. A pulsação dela aumentou neste mesmo segundo, ela fitou os olhos claros de Dean que brilhavam, no segundo seguinte ela desviou dele e olhou para Lilly que aprendia com Sam como atirar. Sam ria do jeito atrapalhado dela.

– Não, sério eu to parecendo uma retardada aqui tentando segurar essa arma – disse Lilly botando a língua de fora.

– Não atire ainda, só mire aquela arvore – dizia ele rindo

– Que árvore? – perguntava ela

Lilly estava completamente atrapalhada com o dedo a um centímetro do gatilho

– Não, não, não... – Sam disse se aproximando pra consertá-la, mas ela acabou atirando. Logo em seguida eles ouviram um grito, de dor, de medo, aquele grito que pra quem escuta, deixa um arrepio na espinha, o frio na barriga. Os quatro se entreolharam e correram até a floresta. À aquela altura já estava escuro. E eles estava iluminados pelos faróis do carro

– Ei, ei, ei. Esperem. – disse Dean voltando pro carro – Vou chegar o carro mais perto com o farol aceso.

– Eu tenho uma lanterna pequena aqui – disse Lilly – vou logo na frente.

– Eu vou com ela – disse Sam com um ar preocupado

– Ella fique ai pra marcar o lugar onde eles entraram – disse Dean

Ella ficou parada na margem da floresta vendo os dois desaparecerem na escuridão.

– Tem alguém ai?! – gritou Lilly quando já estavam dentro da floresta

– Já estamos muito dentro da floresta é melhor voltarmos

– Não.

Sam segurou o braço de Lilly – Sua bateria não vai durar muito tempo, temos que voltar. Seja lá o que gritou não está mais aqui.

– Eu não vou ser responsável por outra morte – berrou ela chorando – Você responderia a qualquer coisa se estivesse agonizando?

Sam ficou calado por um instante e se lembrou da imagem de Jessica presa ao teto do quarto pegando fogo.

– Você não teve culpa da morte dos seus pais.

– Não estou falando dos meus pais... Nem da tia Rachel, nem do Leo. Eu sei que alguma coisa os matou, mas não fui eu.

– Então, do que você esta falando? – Lilly suspirou e continuou calada –Têm um isqueiro? – Ela pegou o isqueiro do bolso e entregou a Sam que rasgou um pedaço da camisa e enrolou na ponta de um galho depois acendeu o isqueiro e queimou o pano fazendo uma tocha.

– Estou falando de Raphael. – ela olhou séria pra Sam que franzia a testa sem entender – Ele foi meu melhor amigo durante toda a minha infância, todos os nossos amigos diziam que íamos casar ter filhos e nunca em seis anos ele tinha mencionado isso pra mim. Até que um dia estávamos sentados na calçada conversando e de repente ele começou a ficar estranho e insinuar algumas coisas e quando eu olhei seu rosto ele me beijou.

“Eu fui infantil e empurrei-o pra longe de mim. Ele ficou chateado e saiu. Passaram tantas coisas pela minha cabeça naquela hora, mas eu podia ter esperado ele chegar ao outro lado da rua pra gritar o nome dele. O problema e que na hora eu não pensei nisso só pensei que não queria perder o meu melhor amigo por causa daquela bobagem. Acontece que quando eu o gritei, ele olhou pra mim e foi atropelado. O motorista não parou pra dar socorro, eu vi ele se arrastando ate a calçada do outro lado da rua eu corri ate ele mas já era tarde. A ultima coisa que eu ouvi ele dizer foi : Espero que um dia alguém te ame como eu te amei.

“Eu tentei limpar a ferida enorme em sua testa, disse que se ele acordasse eu casaria com ele e teria filhos que ele poderia escolher os nomes, mas nada mudou o fato de que só havia um corpo em meus braços e nada mais. – Lilly agora olhava seria para o nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

mandem comentários com sugestões!!
se gostarem, por favor, recomendem a história!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Supernatural" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.