Supernatural escrita por BrownSugar


Capítulo 5
De volta à estrada


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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(...)cada uma estava tendo um sonho, mas logo as coisas ficaram estranhas, como tudo na vida das irmãs Brown.

Começou assim:

Lilly estava sonhando com Leo, na verdade seu sonho era mais como uma lembrança de um dia durante seus cinco anos de idade que ele à levou para o parque da cidade e eles passaram o dia cantando e tocando violão. Ella estava sonhando com a tia Rachel, a quem era muito apegada e tinha um imenso respeito.

Mas de repente era como se estivessem dentro de uma das memórias de Leo que Ella costumava vasculhar em busca de imagens da mãe. Mas essa lembrança elas nunca tinham visto. Estavam na casa que foi destruída no incêndio, quando eram bebês. Tinha uma sala ampla e clara, com varias estantes cheias de livros e retratos. Nenhuma das paredes naquela sala tinha janela, mas uma das paredes era toda de vidro e encostada nela, em um sofá, sentava-se uma família linda que parecia viver seu “Felizes para sempre”. Havia uma moça com os cabelos encaracolados, pretos, presos num rabo de cavalo, sua a pele morena e seu rosto lembrava muito Lilly e Ella. Ao seu lado um rapaz ruivo e branquinho com o rosto cheio de sardas, tinha olhos castanhos cor chocolate, como os de Ella. E agarrado em seu pescoço estava um garotinho que seria sua copia perfeita se não fosse a pele morena, como a da moça. Eles três olhavam encantados para as duas bebezinhas que dormiam no colo da moça. Era a família mais linda que podia existir. Então uma das meninas começou a chorar. Anna, a moça, tentou acalmá-la balançando-a, mas nada adiantou e logo a outra acordou e também começou a chorar. De repente o garoto apontou pra um homem que não compunha bem aquela cena feliz. Seu rosto era cumprido e seus olhos eram amarelos. Lilly e Ella queriam gritar para que tivessem cuidado e então viram que tinham dois homens iguais só que um deles olhava pra elas e o outro andava na direção da família.

Olá garotasaquele sorriso era cruel e escarnadoHa quanto tempo! Estão...ele fez uma pausa para olhar a cena que acontecia às suas costasmais crescidas que da ultima vez.

É você!Lilly disse frenéticaO que está fazendo?

Estranho ainda não saber.Ele estalou os dedos e elas estavam de novo no quarto do hotel. Lilly e Ella estavam pesas à cama e ele estava na frente delasAcho que não iam gostar de ver o resto. Mas voltando ao assunto, acho melhor que parem de caçar o que não querem achar. Estão se metendo em uma confusão, e pode-se dizer que sou um cavalheiro não me apetece ver garotas em apuros, além do mais, gosto de vocês...

Jeito estranho de demonstrar issoElla falava com os dentes trincados de raiva.

Possodisse ele dando uma pausa como se estivesse cansadopoupá-las, como poupei o irmão de vocês. Mas se preferirem...

Ele apertou o punho e Lilly sentiu uma dor horrível na barriga como se estivesse sendo esmagada. Ela acordou num susto com um grito agudo. Ella também sobressaltasa, rolou da cama pro chão e caiu em cima de Dean.

As duas ofegavam. Lilly, sentada na cama segurando o colchão e Ella em cima de Dean. Ella estava apoiada em seus braços com o rosto a um centímetro do de Dean e seu cabelo caído do lado cobrindo-os como uma cortina. Eles ficaram alguns segundos ali, sem reação, ofegantes.

─ Você ta em cima de mim ─ disse Dean rindo de lado.

─ Spiacente ─ Ela se desculpou e voltou pra cama.

─ O quê?

─ Desculpe é o costume. Eu estava me desculpando por ter te acordado. ─ e deu uma pausa rindo sem graça ─ Em italiano. ─ Então olhou pra Lilly ─ Ei você ta bem?

Lilly assentiu encarando o nada com as mãos ainda agarrando a beira da cama.

─ O que aconteceu? ─ Dean ficou sentado pra ver Lilly melhor

─ Foi só um sonho ruim ─ Lilly se levantou e foi até o banheiro. Com os cotovelos apoiados na pia, observou seu rosto no espelho. Como se parecia com sua mãe... O rosto de Ella apareceu no espelho por cima do seu ombro. As irmãs se abraçaram e ficaram ali alguns instantes até que Ella quebrou o silêncio.

─ Nós vamos dar um jeito nisso!

As duas voltaram pra cama, mas nenhuma conseguiu dormir. Ficaram deitadas até que o Sol surgisse e o silencio da manhã fosse quebrado pelo celular de Sam

─ Oi ─ ele atendeu sonolento dando uma pausa pra escutar o outro lado da linha ─ cara ta muito cedo ─ outra pausa ─ ta, vou acordar o pessoal.

Ele desligou o celular e levantou do colchão. À essa altura Lilly já estava sentada, e ela corria com sua mochila pro banheiro e pouco tempo depois saiu vestida com sua calça jeans e a camisa de botão. Ella foi em seguida, e quando saiu Dean entrou. Sam se jogou em uma das camas e depois de 15 minutos esperando o irmão, esbravejou ─ Seja lá o que esteja fazendo, seja rápido Dean

─ Já estou saindo, mamãe.

Ella, Lilly e Sam estavam rindo quando ouviram um grito abafado pela porta do corredor. Sam correu e abriu a porta. Lilly e Ella só puderam virar o rosto ao ver a garota da recepção com um corte na garganta. Várias toalhas brancas caídas do lado do seu corpo moribundo encharcadas com seu sangue. Dean saiu do banheiro parando do lado de Sam.

─ Quem fez isso? ─ perguntou Ella com a voz tremula.

─ A pergunta não é quem mais o que. ─ Sam se abaixou ao lado do corpo.

─ Temos que dar o fora. Se a policia chegar aqui estamos ferrados. ─ Dean se apressou passando por cima do corpo.

─ Não podemos deixá-la aqui! ─ Lilly pareceu indignada

─ Dean isso é enxofre ─ Sam parou e olhou pra Lilly ─ Aquilo não foi um grito de mulher. Com certeza Hänsel esteve aqui, viu a irmã desse jeito e já foi ligar pra policia, o que nos dá pouco tempo pra sair daqui antes que achem que fomos nós.

─ Temos que ir agora. ─ disse Dean de novo agora parecendo impaciente.

Eles desceram as escadas fazendo o mínimo barulho possível. Tinham manchas de sangue por todo o percurso do quarto até a recepção. Eles saíram do hotel e entraram no impala e se afastando.

O estacionamento do Road House estava vazio a não ser por uma caminhonete. Eles se dirigiram ao bar. Lili entrou primeiro e constatou que o lugar estava tão vazio que o som de uma mosca voando era irritante.

– Ash disse que estaria aqui? – Dean se virou pra Sam

– Disse...

Sam foi interrompido por Ash que apareceu de dentro da sala fazendo sinal para que fizessem silencio. Ele estava com a expressão perturbada e Ella sem querer olhou em seus olhos. – Entrem aqui rápido! – Sussurou.

Dean e Sam entraram

Lili olhou para a irmã percebendo que não ia seguir os meninos. Ella estava de cabeça baixa massageando as têmporas. – Que foi?

– Ash – foi só o que Ella conseguiu dizer

– Que tem ele?

– Ele está com coisas demais em mente. Ai!

– O que ele está pensando, Ella? É sobre o demônio?

– Não... É outra coisa... Aí...

Dean saiu da sala de Ash, com as sobrancelhas arqueadas. – Que ela tem?

Ella estava com os olhos fechados, controlando ao máximo pra não derramar nenhuma lágrima, gritar de dor ou se quer gemer. – Eu tô bem! – disse baixinho levantando a cabeça devagar.

– Não ta não! – Dean a fez sentar de novo – Você é muito durona pra uma garota. – Ella olhou pra ele de cara feia por causa do comentário

– Ei – chamou Sam baixinho de dentro da sala – venham aqui.

Lilly deu apoio pra Ella se levantar e andar até a sala entrando atrás de Dean. Ash estava atrás do computador e falava. – A pista de vocês não vai pra longe daqui...

– Mas e a garota que foi morta? Precisamos fazer alguma coisa! – Lilly falava com um tom de indignação

– Essa garota estava envolvida com demônios e foi morta por um. Nós não temos o que fazer por ela. Está morta! – Dean respondeu sem olhá-la.

– Por que alguém se envolve com um demônio?

– Um pacto. – Ash respondeu

– Um pacto? – Lili perguntou

– Elas não sabem nada sobre demônios, né? – Ash tirou os olhos do computador pra olhar pra Dean e Sam.

Dean e Sam ficaram com expressões de “não sei por onde começar”. E as garotas não insistiram no assunto. Por hora.

Estavam longe do Road House quando Lilly perguntou: Como vamos matar esse demônio?

– Esse nós não vamos matar. Mas o nosso demônio vamos matar com uma arma. – Sam respondeu com um tom seco

As duas ficaram caladas e Dean caiu em si – Por favor, digam que sabem atirar.

– Nunca tivemos que aprender. – Lilly olhou apreensiva.

– Ótimo! – Dean massageou a própria testa. Ele se esticou pra pegar no porta-luvas um desenho da arma, colt – Este é o colt, meu pai deu essa arma ao demônio do olho amarelo logo antes de morrer. Essa é a única arma que pode matar um demônio. Sem ela o máximo que podemos fazer é mandá-los pro inferno. Mas antes de tudo vocês têm que aprender a atirar! – E murmurou – Não vou sair por ai com duas pessoas que nunca pegaram numa arma.

– E vocês têm armas? – Dean rolou os olhos com a obvia inexperiência das meninas.

– Vocês têm licença pra isso? – perguntou Ella e pela forma com que Sam gargalhou, respondeu a si própria – É claro! Que pergunta idiota.

– É o seguinte, achei que vocês tinham noção de onde estavam se metendo, mas já vi que não. Não caçamos demônios por diversão. Nós caçamos um demônio por que ele tirou a vida da nossa mãe. Nosso pai começou isso, e agora que ele está morto, nós temos que continuar. A arma Colt é a única que pode matar o demônio, e ele está com ela nesse momento. Então nós estamos indo atrás dele pra recuperar a arma, e estourar os miolos dele. – Dean apertou o volante levantando os ombros, agora ele estava tenso.


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Notas finais do capítulo

:) obrigada por lerem!!



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