Duas Loucas em Um Acampamento de Verão escrita por BiaStelle


Capítulo 29
Capítulo 23 - Impossivel


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, desculpe a demora! :( Eu estive muito ocupada, fim de ano não é? Sem mais delongas, aqui está o capitulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142089/chapter/29

Capitulo 23 – Impossível


Pov. Bia

Hesitei com a mão na porta, pisquei rapidamente para dispersar as lagrimas, ok. Foco Bia, não é o fim do mundo, é só uma doença. Dei duas batidas na porta do Edward, a porta se abriu rapidamente e seu rosto risonho ficou preocupado em segundos.


– O que houve? – Ele perguntou e eu funguei.


– Nós precisamos conversar. – Falei e ele se afastou me deixando entrar no quarto.


Me sentei na beirada da cama e torci minhas mãos nervosamente, como dizer para o garoto que eu amo que a namorada dele pode morrer? De câncer? Eu sentia minha testa suar, meu rosto corado e minhas mãos geladas, eu não sabia como começar a dizer, eu estava nervosa, e com vontade de vomitar...


– Você vai terminar não é? – Ele falou de repente e o ar fugiu dos meus pulmões.


– O que? – Guinchei. – Não! Não é nada disso, ficou louco?


– Me desculpe! Mas você chegou com os olhos vermelhos, toda tensa, e não me beijou quando me viu eu pensei que... – Ele falou e eu me sentei mais perto dele, olhei em seus olhos por um estante e meus olhos se encheram de lagrimas, eu o perderia, e ele sofreria quando eu me fosse, isso que mais me torturava, as lagrimas já rolavam grosas pelo meu rosto. – Bia, você está me matando, diz de uma vez! – Ele falou e eu solucei.


– Eu estou doente. – Falei e seu rosto se relaxou levemente.


– Disso todos nós já sabíamos minha linda, fica calma, deve ser uma virose. – Ele falou me pegando no colo, eu me afastei, minha pele ardeu ao seu toque. – O que...? – Ele falou quando eu me afastei.


– Não Edward. Eu estou com Leucemia, eu vou morrer! – Falei sentindo meu peito se desesperar.


Edward me olhou por um bom tempo e levantou, andando de lá para cá.


– Isso é impossível Bia, e mesmo que seja, você não vai morrer, existem outros meios, doações de medula, quimioterapia, meus pais são ricos os seus também, vai ter tratamento, eles não te deixariam ir. – Ele parou respirando rapidamente, se virou para mim e eu pude ver seu rosto molhado. – Eu não vou te deixar ir.


Edward se ajoelhou a minha frente.


– Bia, isso é... é possível? – Ele falou e eu passei a mão por seu rosto secando suas lagrimas.


– Eu sinto muito. – Falei com a voz fraca pelo choro.


– Não fala isso. – Ele pediu e me puxou, me sentando em seu colo no chão, encostei minha cabeça em seu peito e tentei parar de chorar, seus braços estavam fortes a minha volta.


– Os sintomas, são todos iguais, não tem para onde correr. – Falei meu rosto ainda molhando sua blusa.


– Vamos a um hospital então! – Ele falou levantando meu rosto levemente.


– Não, eu não quero ir. – Murmurei. – Eu não quero ver a minha família sofrer, a Cali sofrer, eu não...


– Mas vão cuidar de você meu amor, vão te dar mais... tempo. – Edward falou e eu o puxei pelo pescoço, eu não queria mais nada nesse momento, não queria médicos, não queria uma cura, eu queria meu amor, meu Edward.


– Faz amor comigo. – Falei e ele me olhou por um tempo, seria a primeira vez que faríamos isso, eu mal sabia como agir, aproximei meu rosto do seu e fechei os olhos, seus lábios tocaram os meus, quentes, molhados e suaves.


Song


Suas mãos me seguraram com força e ele levantou me levando junto, me deitou sobre a cama com cuidado, beijou meus lábios, os cantos da minha boca, minha testa, meus olhos e desceu para o meu pescoço, suas mãos puxaram minha blusa para cima e logo depois ele soltou meu sutiã.


Seus lábios tocavam minha pele, calmos, quase que provando o gosto, sua língua passou pelos meus seios e minha pele se arrepiou, suas mãos apertaram minha cintura com força e logo depois fizeram um carinho, era tudo tão intenso, tão lento, como o soar das notas de um piano.


Edward desabotôo meu short e o puxou, passei minhas mãos por seu peito e peguei a barra da sua blusa a puxando para cima, todos os movimentos eram feitos sem quase tirarmos o olhar um do outro, uma conexão que eu nunca senti antes, os cheiros, os toques, tudo intensificado, sua pele tocando a minha liberava pequenos choques, já não haviam roupas entre a gente, mas todo aquele fogo que fazia tudo ser tão selvagem estava diferente, ainda estava ali, mas transferido para outras demonstrações.


– Minha Bia, eu te amo. – Ele murmurou e eu senti seu membro deslizando para dentro de mim, minhas costas se arquearam e suas mãos se entrelaçaram as minhas.


Seus movimentos eram lentos, seus lábios estavam por toda a parte, minhas mãos apertavam as suas, e “eu te amo” saiam por minha boca misturada ao seu nome, a sensação era indescritível, como uma grande bolha de prazer, a cada estocada a bolha aumentava, não existia mais quarto, nem doença, nem acampamento, não existia mais mundo, somente o corpo quente dele sobre o meu, somente o imenso amor que exalava pelos os meus poros, meus olhos se encheram de lagrimas e eu olhei para cima “não me leve, não me tire daqui”, implorei ao mesmo tempo em que meu corpo foi sacudido por um intenso orgasmo, minha visão se turvou e eu senti meu coração perder uma batida, meu corpo descansava em plenitude, ainda caiam lagrimas dos meus olhos e aos poucos eu fui recobrando os sentidos, Edward já estava deitado ao meu lado e meu rosto descansava contra seu peito.


– Extraordinário. – Ele murmurou e eu sorri.


– Tudo com você é extraordinário... – Sussurrei e o sono se pesou sobre mim.


[...]


O tempo passou rápido, mais rápido do que eu queria, e nesse tempo eu vi minha vida se transformar em uma contagem regressiva, eu estava cada vez mais fraca, Edward insistia a me levar ao medico, mas eu não queria passar meus dias presa a um hospital, perdendo meu cabelo, vendo minha vida escorrer por minhas mãos, eu queria que esse meus dias, fosse os mais felizes de todos, por isso eu estava agindo como se tudo estivesse normal, faz duas semanas e meia que eu descobri a doença, e fingir saúde é bem melhor do que contar a todos, eu esperava que Cali não suspeitasse de nada. Espreguicei meu corpo e chorei por dentro, eu não dormia bem, então meu corpo estava bem dolorido, tomei um banho quentinho e lavei meus cabelos, passei reto pela penteadeira lotada de maquiagens e procurei por uma roupa confortável, conectei os fones ao iPhone e desci para mais um dia, antes de aparecer para todos coloquei um sorriso no rosto.


– Bom dia! – Falei alegremente.


Cali estava sentada ao lado do Justin e Edward estava horrível na sua atuação, estava com os olhos baixos e bebericava um copo de café, caralho, assim todo mundo vai ver que tem algo errado, cheguei nele e o puxei beijando a sua boca para tentar normalizar aquela imagem depressiva.


– Que fogo em Bia. – Cali falou rindo e eu me tranquilizei, pelo menos ela não percebeu nada.


Sentei ao lado do Edward e ele me puxou levemente até poder falar baixo o suficiente que só eu escutasse.


– Está bem? – Ele sussurrou.


– Estou como sempre, e você, melhore essa cara de sofredor, estavam te olhando quando cheguei. – Murmurei e sua respiração bateu em minha bochecha.


– Não é só a cara que está de sofredor, e eu tenho motivos Bia, é foda ter que fingir todo o tempo. – Ele falou com a voz tanto triste quanto bravo.


– O que tanto cochicham? – Justin perguntou chacoalhando o Edward.


– Nada man. – Edward falou rindo e eu ri mais de susto do que por achar alguma coisa engraçada.


– Não vai comer Bia? – Cali perguntou abocanhando seu matinal hambúrguer, só de olhar meu estomago revirava, mas isso não tirou minha fome, eu estava morrendo de vontade de tomar um suco bem gelado de laranja.


Torci os lábios e tentei olhar para outra coisa que não fosse o seu café da manhã repugnante.


– Sim, claro. – Falei e me levantei rapidamente.


Parei a frente do balcão.


– Bom dia, vocês tem suco de laranja? – Perguntei para uma moça que estava ali.


– Bom dia querida, temo sim, com gelo ou sem gelo? – Ela perguntou e eu comemorei mentalmente.


– Muito gelo, e me dê alguns morangos também, por favor. – Pedi e ela sorriu.


– É bom mesmo se alimentar bem nas suas condições. – Ela falou sorrindo e entrou para buscar o que eu pedi.


Meu rosto congelou e eu tremi, como ela notará assim, tão rápido? Ela voltou com o meu café e eu sorri forçadamente e sai.


Comi sem dizer uma palavra, meu fingimento estava com falhas, eu tenho que mudar isso, hoje vou participar de todas as atividades, nem que eu faça morrendo, eu tenho que mostrar que estou bem.


[...]


Gargalhei, eu estava sentada vendo Justin dançando com o Christofer, Edward e Cali estavam fazendo a musica com a boca, estávamos sentados na grama perto do rio vendo o dia partir mais uma vez, eu estava feliz, consegui fazer todas as atividades, não passei mal, muito menos vomitei, eu estava até me sentindo bem, e Edward vendo isso estava feliz também e era maravilhoso ver aquele sorriso de volta, eu rezei para que todos os meus dias fossem como esse, fechei os olhos e senti a brisa quente bater em meu rosto, por favor me deixe aqui, implorei.


– Vem Bia! – Cali me gritou e eu sorri, levantei e minha cabeça girou, apoiei na pessoa mais próxima.


Oh não...


POV. Edward


Minha cabeça estava uma confusão, não há uma noite em que eu durma bem desde que a Bia contou que poderia estar com câncer, e se as coisas já não estavam boas, agora estão piores, ela me obriga a fingir que esta tudo bem, e tenta fingir também, ela não entende que se as pessoas descobrirem em um momento que ela já estiver... morrendo, será bem pior, mas ela mal pode pensar em ver seus pais, a Cali, sofrendo por essa maldita doença. As vezes ela fica bem, as vezes ela finge bem e as vezes é impossível esconder o quanto ela está ruim.

Pensamentos como esse me deixaram acordado mais da metade da noite, e é claro que quando acordei meu humor não estava dos melhores, ela percebeu assim que entrou no refeitório, eu sentia meus olhos arderem toda vez que a via, mesmo tão doente ainda parecia um raio de luz e meu coração doía com a possibilidade dessa luz se apagar... Porém, diferente dos outros dias ela participou de todas as atividades com uma animação que fez minhas esperanças reviverem, talvez não tivesse que ser assim, talvez ela não partisse, e essa pequena esperança fez o dia ser perfeito, bem, até... até ver seu corpo despencar no colo de um garoto que estava ao seu lado. Estávamos brincando na grama quando Cali a chamou, ela estava tão bem que eu mal pude acreditar que as coisas poderia ter mudado tão rápido, o grito da Cali me despertou, ela correu para a Bia que já estava envolta por muitas pessoas, Cali gritava por um medico quando eu me desesperei.


– Dê ela para mim! – Gritei, abrindo espaço entre as pessoas.


– O que? Não Edward, temos que levar ela ao hospital! – Cali falou se colocando a minha frente.


Eu só a queria em meus braços.


– Sai da frente caralho! – Berrei e conseguiu chegar até ela, a peguei no colo, seu rosto estava pálido, minhas mãos tremiam, mas eu a segurei com força e comecei a sair da bagunça, Cali gritava irritada atrás de mim e minha mente trabalhava em um caminho rápido de levar ela para o quarto.


– Larga ela Edward, você ficou louco? – Cali gritou, eu sei que estava agindo errado, eu também queria que ela fosse ao médico, não é? Mas algo dentro de mim falava mais alto, falava que ela estaria mais segura ao meu lado, por isso eu entrei correndo no dormitório masculino e fui direto para o meu quarto.


Eu podia os ouvir vindo atrás de mim, a coloquei na cama e corri para trancar a porta, minhas mãos soltaram a maçaneta e os murros começaram do lado de fora.


– Abre essa porra agora Edward! – Cali gritava e eu sabia que os socos mais fortes vinham dela.


– Você ficou maluco Edward? Nos deixe ver a Bia! – Dessa vez Justin falou, ele tentava controlar, mas eu notei a raiva em sua voz.


Me virei para a cama e minha pequena ainda estava desacordada, fui até ela e toquei seu rosto, com os olhos cheios de lagrimas aproximei meu rosto do seu peito, um suspiro de alivio atravessou minha boca ao escutar seu coração batendo, me deitei ao seu lado e puxei seu corpo molinho para o meu, segurei sua mão e respirei fundo, o barulho do lado de fora parou e eu agradeci mentalmente, mas agora que toda a loucura passou, eu acho que deveria ter a levado para o hospital, seria o certo a fazer, mas não adianta ir agora, eu irei esperar ela acordar e pergunto se ela quer ir.

[...]


– EDWARD! – A voz da Bia rompeu meu sono e eu saltei da cama, a porta do banheiro estava entreaberta. – Edward, me ajuda! – Ela gritou e eu corri para o banheiro.


Bia chorava apoiada na parede e por um momento não entendi o que estava acontecendo, mas logo que meu olhar correu seu corpo o ar fugiu dos meus pulmões, uma enorme poça de sangue fez meu estomago se embrulhar, o sangue escorria por suas pernas, a visão era horrível, peguei uma toalha e a tirei de dentro do box, ela tremia e chorava muito, eu estava desesperado.


– Olha para mim. – Pedi puxando seu rosto. – Calma amor, coloca essa toalha entre as pernas e me espera aqui ok? É rápido. – Ela assentiu e eu corri para o meu closet, fui atirando peças de roupa no chão até achar um vestido dela perdido entre as minhas blusas.


Corri de volta para o banheiro e ela me mostrou a toalha já parcialmente encharcada de sangue, respirei fundo, ajudei ela colocar o vestido e lhe dei outra toalha, nunca pensei que um dia eu pudesse sentir um medo tão grande, coloquei as chaves do carro dela no bolso e a peguei no coloco, nem vi se tinha trancado a porta ou pegado celular, eu só pensava em chegar ao carro logo.

Deus, se você existe, por favor, tire a minha vida, mas salve a dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ussa! Que capitulo tenso... Chorei pra caramba escrevendo, foi um capitulo muito especial pra mim, tanto por que eu me aprofundei tanto na relação Bia&Edward e por que também é o ultimo capitulo que eu posto aqui no Nyah!, todos sabem que agora todas as historias tem que ser Originais e uma DLAV sem Justin Bieber não é DLAV! Por isso vou começar a postar em um novo site, tão bom quanto o Nyah! e muito facil de se mexer, quando estiver tudo pronto eu deixo o link aqui para vocês, espero que todas possam me acompanhar e continuar comentando os capitulos, até meus leitores fantasmas!!! haha' bem, é isso, e ah DLAV também terá um blog, então você vai poder ler lá também se nao for com a cara do novo site. Beijos minhas gatas, e YEAH! 25 MILHÕES DE VISU. EM BEAUTY AND A BEAT!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Duas Loucas em Um Acampamento de Verão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.