Capitulo 13 – O preço de um beijo

POV Cali

Rolei na cama e abri os olhos irritada, faz umas três horas que eu estou tentando dormir e não consigo, a raiva ainda pulsando e meus lábios ardendo pelo beijo. Pulei da cama e me irritei por estar usando o mesmo pijama que eu fui ao quarto do estrupador. Abri o frigobar e peguei uma garrafinha pequena de Smirnoff que eu tinha roubado e sentei em frente à janela. Meu peito doía, não sei o porquê disso, mas quando o Bieber disse que não queria ter feito aquilo, alem de me deixar irada de raiva, me machucou. Mas eu não vou ficar assim por ele, eu poderia ficar assim por qualquer um menos por ele.

“Eu amo seu sorriso, nunca deixe ninguém tira-lo de você, nunca deixe de sorrir.”

Eu jurei que nunca deixaria de ser forte, nunca deixaria alguém tirar meu sorriso, eu jurei para ele, e não vai ser o Bieber que vai me fazer quebrar essa promessa. Deixei a garrafinha de vodka no para-peito da janela e deitei na cama, agora com os pensamentos mais tranquilos a inconsciência me levou rapidamente.

– * - * -

Meus olhos tremeram e a luz que vinha da janela me cegou.

– Hmm... – Gemi colocando as mãos sobre os olhos. Peguei meu celular e pulei da cama. Dez e meia, o Bieber já deve estar acordado.

Corri para o closet e peguei a primeira coisa que eu vi, uma blusa do Nirvana um short jeans surdo e enfiei meus pés em um All-Star, passei as mãos pelo meu cabelo e fiz uma maquiagem rápida.

(look Cali)

– BIA ACORDA! – Gritei e ela pulou da cama, o cabelo parecendo um ninho, não pude evitar, a gargalhada rasgou meu peito e eu segurei na porta do closet.

– Por que me acordou assim? – Ela falou brava e sentou da cama. – Levantei tão rápido que está tudo girando.

– Você não disse que queria me ver socar o Bieber? – Perguntei ainda rindo.

– Ah é! Vou me trocar, espera ai. – Ela entrou como um tiro no banheiro e saiu de lá com uma escova de dente na boca, sentei na cama e começei a passar os dedos pelo meu cabelo que eu nem penteei. Começei a murmurar uma musiquinha, mas logo me empolguei.

– De olhos vermelhos, de pelo branquinho, de pulo bem leve, eu sou o coelhinho. – Levantei e subi na cama. – Sou muito assustado, porém sou guloso, por uma cenoura já ficou guloso. – Chegou a parte boa. – Eu pulo para frente, eu pulo para trás, dou 1000 cambalhotas, SOU FORDE DEMAIS!– Eu já estava sua de tanto pular nessa cama.

– LINDO! LINDO! – Bia bateu palmas, meu rosto esquentou e ela gargalhou. – Você fumou garota? Que musica é essa?

– Eu me empolguei ok? E você não teve infância não? Que eu me lembre agente sempre cantava isso no Jardim de Infância. – Rolei os olhos e ela bufou.

Bia estava com um moletom fino preto, jeans pretos também e um All-Star Chuck, quase nem se maquiou, mas estava linda, espero que eu esteja assim também.

(look Bia)

– Vamos. – A peguei pela mão e nós descemos.

Natalia Kills - Break You Hard

Eu estou prestes a te quebrar

Essa não é uma canção de amor
Querido se quiser uma
É melhor desligar
Tudo estava dando certo
Querido, aí nos beijamos
E nunca mais nos falamos
Batendo as portas e quebrando pratos
Há algo a mais que eu preferiria quebrar
Garoto Bieber, é hora de virar homem

Abri a porta do refeitório com violência, todos pararam e me olharam, ótimo, platéia, a adrenalina e a raiva faziam tudo ficar psicoticamente divertido. Bia estava atrás de minha e estralou os punhos. O Bieber estava na ultima mesa do refeitório em pé ao lado de uma das Barbie’s e com um pessoal em volta, todos se afastaram dele e eu sorri. Parei em frente dele e bufei.

Beijo os garotos e os faço chorar
Chorar
Chorar
Não que eu precise do seu coração porque tenho o meu
Tenho o meu
Tenho o meu

– Achou mesmo que iria me beijar e tudo continuaria igual? – Perguntei calmamente, ele mexeu um pouco a cabeça em forma de sim e eu gargalhei. – Errou. – Meu punho veio rápido, acertei seu rosto com uma de direita perfeita, ele cambaleou e eu o soquei novamente, mas agora pelo queixo, seu corpo balançou e tombou para trás.

Pegue o meu amor
Antes que eu vá
Porque você deveria saber
Eu estou prestes a te quebrar com força

Te quebrar com força
Te quebrar com força
Estou prestes a te quebrar com força
Te quebrar com força
Te quebrar com força
Estou prestes a te quebrar com força

Me virei e sai do refeitório, Daniel estava a alguns metros de mim com a ruiva metida da Pollyana. Chegou a hora do meu ex-loirinho.

Boom, boom, esmaga

Boom, boom, quebra

Boom, boom, esmaga

Boom, boom, quebra

– Daniel. – Falei parando a sua frente. – Sabe... Acho que eu me esqueci de te avisar, mesmo que nós não tenhamos nada eu não suporto traição.

– Eu... – Eu mal o deixei terminar de falar e já estava o socando. Ele cambaleou um pouco e sacudiu o rosto, fortinho... – FICOU LOUCA BENZER?

– JÁ OUVIU FALAR EM PENSAR ANTES DE AGIR? ENTÃO, DEVERIA TER PENSADO MELHOR ANTES DE BEIJAR ESSA NOJENTINHA ESTANDO COMIGO. – Berrei e ele veio para cima de mim, seu punho avançou em meu rosto e eu o segurei. – Tem certeza? – Sorri e ele forçou o punho contra a minha mão, eu ia socá-lo de novo quando sua mão esquerda socou meu estomago, o ar fugiu dos meus pulmões e a raiva tremeu meu corpo. – Não devia ter feito isso.

Eu estou prestes a te quebrar com força

Te quebrar com força
Te quebrar com força
Estou prestes a te quebrar com força
Te quebrar com força
Te quebrar com força
Estou prestes a te quebrar com força

Me afastei e ele me olhou confuso, olhei para o lado e a Bia inclinou o corpo chutando a cara da Polly, sorri para a minha amiga e voltei a minha atenção para meu ex-ficante, ele sorriu e eu também, tomei impulso com o pé esquerdo e girei meu corpo, meu pé direito saiu do chão quando meu corpo voou, acertei meu chute no seu peito e ele caiu para trás.

– Que voadora louca! – Alguém comentou atrás de mim e eu sorri.

Daniel não se mexeu e a Barbie estava sentada no chão com o cabelo ruivo desgrenhado e o nariz sangrando. Bia parou ao meu lado e nós batemos um high-five.

– Mandamos bem. – Ela falou para mim e eu sorri.

– Só arrasamos! – Falei e ela gargalhou.

– Sra. Cooper e Sra. Benzer. – Uma voz alta de mulher praticamente gritou.

Bia e eu pulamos e nos olhamos e fizemos cara de irônicas, nos viramos e demos de cara com uma mulher gordinha e baixinha, os cabelos loiros em tranças, os pequenos olhos azuis escondidos por grandes óculos de grau.

– Vocês estão de castigo, por favor me acompanhem. – Ela falou e eu e a Bia gargalhamos. – Qual é a graça?

– Qual é seu nome afinal? – Bia falou entre as risadas.

– Elisabeth, ou Sra. Beth. Agora vamos, por favor. – Ela falou e eu rolei os olhos.

– Ir aonde?

– Para a cozinha, vão preparar o almoço de hoje. – Sra. Beth disse e eu e a Bia nos olhamos chocadas.

– O QUE? – Gritamos juntas.

– Isso mesmo, agora me acompanhem, por favor. – Ela falou e nós choramingamos e fomos atrás dela. – Clarissie, nossa cozinheira chefe vai ajudá-las.

– O que vamos fazer? Acho que só sei fazer torta de maçã. – Bia reclamou e eu senti fome, a torta dela é boa.

– Você pode fazer a sobremesa! – Sra. Beth falou animada e olhou para mim. – E você? Sabe fazer o que?

Bia deu uma alta gargalhada e eu bufei.

– Macarrão instantâneo, brigadeiro, pipoca de microonda e gelo. – Falei tudo que eu sabia fazer e Elisabeth me olhou horrorizada. – O que? Sou uma mulher da era digital, não sei fazer comida.

– Você. – Ela apontou para a Bia. – Não tire os olhos dela. Boa sorte. Para todos nós. – Ela falou e saiu dramaticamente nos deixando na porta da cozinha.

– Isso é tudo culpa sua! – Bia falou e apertou o dedo na minha testa.

– Ou! Você também arrebentou a cara da Pollyana. – Falei e ela sorriu corando.

– Vamos logo, temos que alimentar esse povo. – Ela me puxou para dentro da cozinha e eu tremi vendo que por onde pegávamos o lanche dava para ver a cozinha.

– Não... vai dar certo. – Murmurei e ela pegou o celular do bolso. – O que vai fazer?

– Sabe esquentar água? – Bia perguntou e eu assenti rapidamente, isso eu sabia fazer.

– Pegue uma panela grande e encha até a metade com água. – Bia comandou e eu começei a procurar a panela.

– Serve esta? – Perguntei mostrando a panela.

– Sim, vamos fazer macarronada. Clarissie pode vir aqui, por favor? – Bia falou e eu fui para a pia encher a panela de água.

– Queridas, parecem que vão ficar bem aqui. Eu vou precisar me retirar. – Clarisse saiu pela porta e eu olhei em pânico para a Bia.

– E agora? – Perguntei e ela mordeu os lábios, oh não! Ela também não sabia o que fazer.

– Vamos nos acalmar ou isso vai sair uma merda. – Ela sorriu nervosa e eu vi um pequeno pote de farinha, enfiei minha mão lá dentro e me aproximei dela.

– Se acalmar assim. – Respirei fundo e fechei meus olhos como na ioga. – Ou assim? – Joguei a farinha em seu rosto e ela pulou para trás.

– CALIANDRA! – Ela berrou com o rosto branco e eu gargalhei. – SUA.VADIA.LOUCA! – Ela correu até o pote de farinha e o jogou em meu rosto, entrou farinha até no meu nariz.

– É... até que eu estou mais calma. – Ela falou e espirrou, gargalhei e ela me olhou feio.

– Sabe o que acalmaria mais? Musica! – Falei e peguei o celular dela de cima da mesinha. – Uma bem animada. – Começei a fuçar no celular dela e não resistir a não ir às mensagens, li rapidamente a primeira da lista.

De: Tesão

Para: Minha delicia.

[vou te pegar de jeito]

Gargalhei alto com o celular na mão e sai rápido antes que ela tomasse da minha mão para ver do que eu estava rindo. Entrei na playlist do celular e procurei uma musica animada, logo achei o que eu procurava e coloquei no volume maximo e a Bia sorriu.

Jet – Are You Gonna Be My Girl

Rodei pela cozinha mexi meus quadris, Bia dançava e nós cantávamos a musica alto.

– Ei! Me passa o ovo? – Bia falou no meio da musica, peguei um ovo no balcão e joguei para ela, só que ela não estava preparada e o ovo parou no seu peito a sujando e melando o chão.

Ela olhou mortalmente para mim, e meu lábio inferior tremeu tentando segurar a risada, ela passou a mão no cabelo e explodiu a gema do ovo e ela fez um barulhinho de choro e eu joguei minha cabeça para trás gargalhando alto, apoiei minha mão na mesa no mesmo instante que uma coisa atingiu meu rosto, a coisa se abriu e a meleca do ovo se espalhou por meu rosto. Berrei e escutei a gargalhada dela, soltei a mesa e corri para bater nela só que escorreguei na meleca do ovo e meu corpo voou me fazendo cair de bunda. A alta gargalhada da Bia começou como um grito depois seu corpo começou a tremer e ela ficou vermelha. Vi uma travessa com leite e sorri maleficamente, pulei e joguei o leite nela.

– CALIANDRA! – Ela gritou e saiu correndo atrás de mim. A musica ainda tocava e eu a peguei pelo braço nos girando pela cozinha gargalhávamos alto deslizando por nossa sujeira.

– SRA. BENZER E SRA. COOPER! – Mr berrou da porta nos fazendo parar estáticas.

– Foi a Cali!

– Foi a Bia!

Nos encaramos raivosas e depois começamos a gargalhar.

– Podem me dizer o que aconteceu aqui? – Ele falou com a face vermelha.

Eu e a Bia começamos a falar ao mesmo tempo e o Mr fazia caretas engraçadas.

– CHEGA. – Ele gritou de repente e nós nos calamos, mas antes a Bia deixou escapar.

–... e o Mr também não sabe brincar.

– Bia! – Murmurei dando um tapa na cabeça dela.

– Escapou! – Ela falou me olhando feio e se virou sorrindo para o Mr.

– Bem Bia, explique. – Ele tinha que pedir pra ela? Logo pra ela?

– Nós estávamos fazendo o almoço e... UM ELEFANTE INVADIU A COZINHA ACREDITA? – Ela falou e eu arregalei os olhos. – Viu o estrago que ele fez? – Ela falou e piscou os olhos.

– Bia, para de ser idiota menina! – Falei escorregando as mãos pelo cabelo, o Mr olhava a Bia como se ela fosse um E.T, mas pudera né, a jumenta falou que um elefante invadiu a cozinha, só na cabeça dela mesmo. – Não foi nada disso Mr, não dê ouvidos a essa bisonha, olha, nós somos duas loucas e você sabe, isso já era esperado, nos desculpamos por estragar o almoço. – Falei sinceramente e passou as mãos no rosto.

– Ok meninas, chega de detenção na cozinha para vocês a partir de hoje. – Ele falou e a Bia choramingou.

– Já está pensando em nossos próximos castigos? – Ela falou e ele gargalhou.

– Vindo de vocês tenho que estar sempre um passo a frente. – Ele falou e abriu a porta da cozinha e nós saímos, as pessoas nos encararam e começaram a rir, Bia e eu também começamos a rir, corremos para o dormitório feminino mas antes de entrarmos Edward berrou o nome da Bia, nos viramos e ele arregalou os olhos.

– O que houve com você pentelha? – Ele falou e tirou um pedaço de casca de ovo da cabeça da Bia, ela sorriu.

– Briga de comida. – Ela falou e eu gargalhei.

– Hm, sexy. – Ele falou e me lembrei da mensagem.

– Também acho tesão. – Falei e ele olhou para mim e seu rosto ficou vermelho, Bia engasgou e olhou mortalmente para mim. – Bem, eu vou indo. – Falei e sai correndo antes que os dois pulassem em mim.

Entrei no quarto e fui direto para o banheiro, precisava de um banho urgente.

POV Edward

Porque eu não fiquei surpreso ao ver Caliandra Benzer atravessar o refeitório com os olhos ardendo em raiva? Ah sim, por que isso era totalmente esperado, mas confesso que me surpreendi ao ver o Justin tombar para trás, mas ele não chegou a desmaiar, corri para socorrê-lo, mas escutei gritos animados do lado de fora e minha curiosidade falou mais alto me levando para a porta do refeitório, assim que meus pés bateram do lado de fora minha pentelha acertou um chute perfeito na cara da Pollyana, orgulho! Olhei para dentro do refeitório e o Justin estava levantando com a mão na cabeça, bem... eu avisei para ir divagar com ela. Seu nariz estava sangrando e um pedacinho da boca cortado, tava feio!

– Ta bem? – Perguntei quando ele chegou perto de mim.

– Não. – Ele resmungou e olhou para a briga, um pequeno sorriso brincou em seus lábios ao ver a Cali socando o Daniel, mas assim que ele tentou revidar seu sorriso morreu e ele ficou tenso. – Se ele bater nela... – Ele se calou quando a Cali se afastou.

– Tem certeza? – Ela murmurou e ele a atacou pelo estomago.

– Filho da puta! – Justin rosnou e eu o segurei.

– Ela sabe se defender sozinha. – Falei e vi a Cali se afastar arfando e fechar as mãos em punhos, sorri e o bobalhão também. Cali rodou o corpo e acertou uma voadora perfeita do peito de Daniel o fazendo voar uns metros e seu corpo se chocar contra o chão. – Viu.

– Ela é boa. – Ele falou e eu gargalhei.

– Eu sei, olha o estado do seu rosto.

– Está muito feio? – Ele perguntou tocando o nariz sangrando.

– Uhum. Vem, vamos arrumar isso. – Falei e nós contornamos a briga por trás entrando no dormitório masculino.

Entramos no quarto do Justin e ele se sentou na cama e eu entrei no closet atrás de uma caixa de primeiros-socorros. Voltei para o quarto e tirei o algodão de lá e começei a limpar a cara do apressadinho.

– Estou realmente surpreso. – Comentei e ele suspirou.

– Com o que?

– Por que ela não te socou ontem? Quero dizer, o que a impediu. – Falei terminando de limpar o rosto dele, Justin se levantou e passou a mão no cabelo.

– Eu fiquei morrendo de medo dela surtar por causa do beijo, e fui logo pedindo desculpas, só que ela não surtou, bem um pouco, mas foi bem estranho, no começo ela não parecia estar brava, mas foi só eu pedir desculpas e ela ficou brava, mas não tanto quanto eu achei que ela ficaria, sai de lá o mais rápido possível por que sabia que ficando lá só pioraria mais as coisas. – Ele falou tudo muito rápido e eu me esforcei para acompanhar.

– Bem, agora o pior já passou, ou ela vai fingir que nem te conhece ou vai se isolar novamente, e se isolar não é uma coisa muito racional de se fazer, ela deveria agir com mais maturidade. – Falei pegando um remédio para dor. – Tome isso, vai doer menos.

– Valeu. Mas, man, estamos falando de Caliandra Benzer, ela faz o que ela quer, sem se importar se está sendo imatura ou não. – Ele falou e eu fui obrigado a concordar, se isolando a Cali não iria chegar a lugar nenhum, tenho que falar com a Bia sobre isso.

– Bem, o remédio vai te dar sono, então descanse. Agente se vê no almoço, vou ligar para te acordar. – Falei indo para a porta.

– Ei, verifique se ela está bem e me mande uma mensagem. – Ele falou e eu concordei saindo do quarto.

Estava saindo do dormitório e encontrei o Mr.

– Mr! – Chamei e ele se virou para mim. – O Justin se machucou e ficou no quarto, ele volta para as atividades da tarde, tudo bem?

– Ok. Mas ele está bem?

– Agora está sim. – Ele acenou um ok e saiu. – Ei, espere! – Ele bufou e se virou para mim novamente, gargalhei. – Onde está Bia?

– Na detenção junto com a Cali. Daqui apouco estou indo ver como elas estão se saindo. – Ele falou e eu agradeci.

– Ei Dramon! – Uma das monitoras me chamou e eu choraminguei, atividades...

POV Bia.

– Hmm Edward... – Gemi e ele me jogou sobre a cama. – Eu preciso ir falar com a... – Ele me interrompeu colando seu corpo com o meu, ele infiltrou as mãos por dentro da minha blusa apertando meus seios por cima do sutiã, gemi e me esfreguei nele. – Baby, é serio... – Ele mordeu meus lábios e eu perdi a linha de raciocínio. – Edward! Eu preciso falar com a Cali. – Ele bufou e se afastou. – Ei, vem cá. – O puxei pela blusa. – Eu passo a noite aqui e te recompenso ok?

– A noite toda? – E perguntou fazendo biquinho e eu rebolei meu quadril contra o dele e ele gemeu.

– A noite toda. – Confirmei e ele me beijou mais uma vez e eu levantei. – Me deseje sorte. Te vejo no almoço.

Sai rapidamente do dormitório masculino e corri para o meu quarto, só que ele estava vazio. Peguei meu celular e disquei para a Cali.

– Fale.

– Onde está? – Perguntei andando para lá e para cá no quarto.

– No rio.

– O que está fazendo ai menina?

– Pensando.

– Espero que seja em uma boa maneira de pedir desculpas para o Bieber. – Resmunguei e escutei sua gargalhada.

– Desculpas? Não segure a respiração em quanto espera eu pedir desculpa para aquele imbecil.

Bufei e rolei os olhos.

– Estou descendo. – Falei e desliguei.

Corri para fora do dormitório e começei a andar na beira do rio procurando aquela idiota.

– Procurando alguém? – Escutei sua voz sarcástica e virei para trás, ela estava embaixo de uma arvore, como não a vi?

– Oi! – sentei ao seu lado e ela encostou a cabeça no meu ombro. – Não acha que está na hora de crescer não? – Falei e ela deu de ombros. – Olha, eu sei que está brava, mas se isolar não é a melhor opção.

– Como pode saber que eu vou me isolar? – Ela perguntou e eu sorri.

– Eu conheço você Cali, vai evitar o Bieber sempre que tiver chance. E isso não é nada maduro se quer saber. Fugir dele não vai mudar em nada, só vai te fazer ficar parecendo uma criança, você é muito mais do que isso que eu sei, já tirou a blusa no meio do refeitório só para provar que não tinha vergonha de nada! Agora vai ficar fugindo de um astro pop de merda? – Falei e ela deixou o corpo escorregar deitando do meu colo, começei a passar as mãos pelo seu cabelo. – Lembra que ele sempre dizia para nunca deixar nada de por para baixo? Você era a guerreira dele, mostre que isso é verdade, não deixe um idiotinha te derrubar. – Filosofei agora, mas valeu a pena, ela estava quietinha. – Bem, eu vou almoçar. Você vem?

– Não, posso ser só um pouco imatura? Preciso pensar. – Ela falou e eu dei um beijo na cabeça oca dela e ela sorriu.

– Ok, mas lembre-se, pensar faz mal. – Falei e ela riu, levantei e ela voltou a se encostar na arvore.

Doía em mim também lembrar dele, mas só ele a faria ficar bem agora, mesmo que doa nela. Ela vai ficar bem, eu sei que vai.

POV Cali.

– Ou! Olha isso! – Ele falou assoprando as bolhas no meu rosto, gargalhei e ele saiu correndo, começei a correr atrás dele.

– Volta aqui seu soprador de bolha mau! – Ele gargalhou.

Pulei em suas costas e ele rodou comigo e vi a Bia tirando fotos.

– Para de tirar fotos! – Falei e ela riu.

– Nunca! – Ela falou e eu mostrei a língua.

Ele me puxou pelo braço e me colocou de frente para ele, o vento estava forte e meu cabeço voava em seu rosto.

– Sempre consegue tudo que quer né? – Ele falou e me pegou pela cintura tirando meus pés do chão.

– Sempre. – Falei e ele gargalhou, ele nós girou e eu o beijei.

– Que lindo! – Bia gritou e nós rimos.

Ele sempre dizia que eu conseguia tudo o que eu queria, e eu sempre acreditei nisso, sempre me dizia que eu era forte, e que nada nunca me abalaria, e se eu caísse, ele estaria lá para me pegar, mas ele não está aqui... Depois que a Bia saiu, eu acabei adormecendo, e quando eu acordei o sol já estava quase se pondo, e esse momento do dia sempre me trazia lembranças dele, e agora aqui estou eu, com o coração doendo e com memórias desenfreadas.

– Você tem o mesmo apelido do estado onde você mora, não é bizarro? – Ele falou e eu o olhei rindo.

– Não. Eu gosto. – A praia estava quase vazia, Bia corria com o Goo na beira do mar e eu estava escondida com ele em baixo de uma sombra vendo o sol se por.

– Cali, Cali, Cali... – Ele cantarolou.

– O que é garoto? – Resmunguei, eu nem podia pensar que ele começava a me chamar.

– California! – Ele falou rindo e eu rolei os olhos, mas foi impossível não rir.

– Seu besta! – Falei e ele mordiscou meu pescoço.

– Já percebeu que eu te amo? – Ele falou e eu sorri imensamente.

– Acho que sim... – Falei e ele beijou meu rosto e parou antes de chegar a minha boca.

– Já percebeu que eu faço tudo por você? – Assenti e meu rosto esquentou. – Às vezes me pego pensando na sua vida sem mim.

Ofeguei com o que ele disse, arrumei meu corpo e olhei para ele.

– Como assim? – Perguntei e meu peito se apertou.

– Sei lá, eu poderia morrer. – Ele falou e riu. – Parece meio estranho ficar pensando nisso, só que, você sabe que onde eu estiver eu vou estar pensando em você né? Só em você. E que quando o mundo te derrubar eu vou estar lá para te segurar. – Uma lagrima escapou dos meus olhos.

– Eu não me imagino sem você, para de falar isso, vamos sempre estar juntos ok? Sempre. – Falei e me agarrei ao seu pescoço.

– Sempre minha Cali, onde estivermos. – Ele falou e eu enterrei meu rosto em seu pescoço.

Eu sabia que ele estava aqui, ele me prometeu, sempre estaria aqui para mim, em todos os momentos, as lagrimas já inundavam meu rosto e eu tentei enxugá-las, só que eu enxugava uma caia outra, acabei desistindo, sem ele tudo ficou tão complicado, eu tive que matar uma parte minha para conseguir seguir em frente, mas eu sabia que eu ainda o amaria incondicionalmente independente do lugar em que ele estivesse. E se ele ficasse feliz por eu estar feliz, eu ficaria feliz, eu não me isolaria, por que se ele estivesse aqui ele me pegaria pelo braço e começaria a dançar comigo, bem doidamente, só para me ouvir gargalhar, ele sempre dizia que minha risada era sua musica favorita, por isso eu sempre ria, bem, antes, de tudo acontecer, depois não houve mais motivo para rir, mas eu me esforçava para estar sempre feliz, e eu vou ficar, não vai ser o Bieber a me derrubar, dói lembrar dele, mas sempre me cura. Peguei meu celular ao meu lado e começei a passar as fotos, parei em uma que fez as lagrimas aumentarem, mas eu estava feliz a memória era boa, todas as memórias são lindas.

– É linda! – Falei e ele me abraçou por trás.

– Não tão linda quanto você. – Ele falou e eu sorri. – Tenho uma coisa para te dar.

Sorri feliz e me virei para ele esticando as mãos. Ele tirou um saquinho de veludo preto do bolso e o colocou sobre minha mão.

– O que é? – Perguntei chacoalhando o saquinho.

– Abre em vez de ficar chacoalhando. – A Bia falou e eu bufei.

– O presente é meu. – Falei e ela deu de língua.

– Mas eu quero saber o que é! – Ela falou e eu ri.

– Abre amor. – Ele falou e eu abri virando o saquinho na minha mão.

Um colar prateado escorregou na minha palma e eu o aproximei do meu rosto, tinha um pingente do infinito com o meu nome e o dele cravado.

– É... lindo! – Murmurei.

– Eu achei que te dar em frente da Torre Eiffel seria mais romântico. – Ele falou e eu pulei em seu pescoço.

– Mais romântico impossível, eu amei! – Falei e ele me abraçou apertado.

– Eu te amo, e como diz ai no colar, para sempre. – Ele falou e escutamos um flash, só que nem nos viramos para a Bia maníaca por fotos, o momento estava perfeito, eu queria ficar ali para sempre.

Abracei minhas pernas e deixei as lagrimas me levarem. Escutei uns passos atrás de mim e queria gritar para a pessoa me deixar, mas assim que ela me abraçou eu percebi que era a Bia. Virei para ela e enterrei meu rosto em seu pescoço.

– Shii... Eu estou aqui. – Ela falou afagando meu cabelo. – Vem, está tarde. – Ela me puxou e pegou o celular da minha mão olhando a foto. – É uma linda foto Cali. – Ela falou e começou a me levar para o dormitório, meu peito doía e eu só queria deitar e dormir, para amanhã enfrentar tudo de cabeça erguida.

Enquanto vimos essa luz, eu juro, surgir piscando
Para me dizer que vai ficar tudo bem
Quando voamos pelas paredes, toda sirene é uma sinfonia
E cada lágrima é uma cachoeira
É uma cachoeira

Então você pode me ferir, pode me machucar
Mas eu ainda erguerei a bandeira

POV Bia.

– Como não sabe onde ela está? – Justin me perguntou em quanto eu saía do refeitório.

– Não sei Bieber, para de me encher. – Falei e subi para o quarto.

Ela não tinha voltado ainda, onde será que ela está? Liguei para o Edward e ele atendeu no segundo toque.

– Pode ver se a Cali está ai em baixo? – Perguntei assim que ele atendeu.

– Não a vi por aqui não amor, ela não está no quarto?

– Claro que ela não está aqui né, senão eu não ligaria perguntando se você a viu! – Ô namorado burrinho esse que eu tenho em.

– Nossa, ok.

– Se ela não estiver bem eu não vou ao seu quarto hoje ok? – Falei já descendo as escadas.

– Mas Bia! Você prometeu.

– Argh Edward! Mas ela é minha amiga, não vou deixá-la se estiver precisando de mim.

– E eu sou seu namorado.

– Eu a conheço desde que eu tenho quatro anos Edward, não interessa se você é meu namorado, não vou deixá-la.

– Ok Bia, faz o que você quiser. – Ele falou e desligou.

Foda-se, eu não ia ficar com ele e deixar a Cali, ele é um perfeito de um iludido se acha isso. Ela também não estava perto da piscina, nem no refeitório, nem perto do palco, olhei perto do salão de festas e ela também não estava lá, será que ela está em baixo daquela arvore até agora? Corri para a beira do riu e a vi encolhida em baixo da arvore, oh não. Quase me joguei ao seu lado e a abracei. Ela chorava e soluçava.

– Shii... Eu estou aqui. – Murmurei e passei minhas mãos pelo seu cabelo. – Vem, está tarde. – A peguei pelo braço e notei o celular em sua mão, o peguei e vi a foto dos dois abraçados no dia em que ele deu o colar a ela, todas as fotos que eu tirei ela passou para o celular, mas evita ver. – É uma foto linda Cali. – Estava frio! Começei a levá-la de volta para o dormitório e ela chorava baixinho ao meu lado, me corta o coração vê-la assim, mas amanhã ela estará bem melhor.

Entramos no quarto e nos trocamos rapidamente. Deitei na cama e ela se aconchegou ao meu lado deitando a cabeça na minha barriga, era sempre assim quando ela estava triste, não sei o por que a minha barriga tinha que estar envolvida, eu mal me mexia quando ela dormia assim em mim.

– Não se acostume com isso novamente em. – Falei passando os dedos por seu cabelo, ela riu e eu relaxei.

– Ele ficou muito bravo? – Ela perguntou quase dormindo.

– Ele quem? – Perguntei sem entender.

– Edward, por você ter deixado ele para ficar aqui.

– Quem liga para o Edward? Ele é meu namorado não meu pai, eu faço o que eu quero. – Falei e a senti rir novamente.

– Ai sim em! – Ela falou e parou de rir, sua respiração ficou pesada e lenta, meus olhos ficaram pesados e eu sorri, nunca vou deixá-la nem por nada nem por ninguém.