Natal Macabro escrita por Fenix


Capítulo 3
Biscoitos com um copo de leite.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/141560/chapter/3

1982

 Eliane e Franco transavam na beira da escada, de tão bêbado Franco dormi durante o sexo.

- Ahhhh... De novo não! – Reclama Eliane – Que droga! Toda vez é isso.

Felipe se balançava na cadeira de balanço, Eliane ouve a cadeira e olha para cima, ela sai de cima de Franco e anda até a porta do sótão, ela abre o cadeado e em seguida a porta do sótão, Eliane olha para Felipe se balançando na cadeira e da um sorriso, sem roupa ela caminha até ele. Bem próxima ela alisa seu peito, Felipe para de se balançar, Eliane lhe beija...

Nove meses mais tarde

Um bebe esta no berço, Franco e Eliane a observam.

- Ahh, minha pequena Vanessa – Diz Eliane.

O lustre se balança, Eliane olha para o teto.

- Ela é minha família agora! – Diz Eliane.

O lustre para de se balançar, Eliane volta a apreciar Vanessa.

2006


- Yasmin? – Pergunta Bruna.

- Por acaso a Yasmin tem pra onde ir? – Pergunta Carol, deitada no sofá.

- Pra ilha dos brinquedos rejeitados! – Responde Amanda.

Bruna se levanta.

- A mãe dela era da fraternidade – Diz Bruna.

- I dai? – Pergunta Amanda – Ela já morreu!... Ela não tem namorado, nem família, quero dizer, para onde ela tem que ir?

Um homem caminha em direção a casa da fraternidade.

- Quem ainda não ganhou presente? – Pergunta Bruna – Hein? Lilo?

- Da um copo de tequila para ela e deseja boas festas que depois ela pode ir embora – Diz Amanda, entregando um copo de tequila para Lilo.

Lilo levanta o copo.

- Boas festas! – Deseja Carol.

Lilo bebe a tequila e depois continua a beber vinho.

- Tudo bem, olha, eu sei que esse é o sagrado amigo secreto... – Diz Carol, ponde o presente na mesa – Mas eu sei que Karilyn tirou seu nome! – Carol se refere a Lilo.

- É? E ela me deu alguma coisa legal? – Pergunta Lilo.

- Comprou sim! Uma caixa de música – Diz Carol.

- Que Droga! – Diz Lilo.

- Toca música das fadas do quebra nozes – Diz Carol.

- Ahh não, eu já to vendo a fada das bebidas alcoólicas, eu não preciso ficar ouvindo essa mer... – Diz Lilo.

- Olha a língua, olha língua! – Diz Bruna.

Aquele homem sobe para o telhado da casa, Stephany esta em seu quarto arrumando sua mala e ouvindo o rádio.

- O serviço ao civil informa, as estações de transmissão estão sem sinal, por isso seu celular deve funcionar só para chamadas locais...

Stephany continua a por suas roupas dentro da mala.

- Não para chamadas inter-urbanas...

Stephany fecha a mala, Bruna abre seu presente e mostra a lingerie que tinha acabado de ganhar, as garotas riem.

- Te algum homem ai para eu vestir isso? – Pergunta Bruna.

Gabriella se levanta e caminha até a árvore, ela pega um presente e se vira.

- Toma, esse é o nosso presente de verdade – Diz Gabriella.

De repente o telefone toca,  todas o encaram.

- Eu atendo! – Diz Carol, ela se levanta e caminha até o telefone.

Antes de atender olha o registro de chamada.

- Porque a Bárbara esta ligando pra cá? – Pergunta Carol.

O telefone continua a tocar, Carol atende já no modo viva-voz.

- Oi, aonde você esta? – Pergunta Carol.

- Ela é minha família agora!

Gabriella arregala os olhos, todas ficam assustadas.

- Todo mundo devia estar em casa no Natal... Eu estarei em casa no Natal!

Carol olha para as meninas.

- Eu vou me divertir muito e vocês vão morrer...

Bruna desamparada senta ao lado de Amanda, rapidamente Carol desliga o telefone, todas ficam muito assustadas.

- Não era a Bárbara! – Diz Carol, olhando para o telefone.

Gabriella corre em direção a escada, Carol olha para o telefone e redisca a chamada, Carol pega o telefone e o põe na orelha.

- Você ligou para a unidade de segurança da faculdade Clemen.

Carol fica sem acreditar, Gabriella chega ao segundo andar na mesma hora em que Stephany esta saindo do quarto.

- Bárbara esta no quarto? – Pergunta Gabriella, assustada, caminhando em direção ao quarto de Bárbara.

- Não sei, eu tava arrumando as malas – Responde Stephany.

Stephany a segue.

- O que esta havendo? – Pergunta Stephany.

Gabriella abre a porta do quarto de Bárbara.

- AHH! – Grita Gabriella e Stephany.

As garotas na sala ouvem o grito das duas e rapidamente correm para o segundo andar.

- Ai meu deus! – Diz Gabriella.

Lucas sai do quarto.

- Lucas? – Pergunta Gabriella, assustada.

A tela do computador da Bárbara esta ligada e aberta no vídeo de Lucas e Bárbara transando.

- O que você estava fazendo ai dentro? – Pergunta Gabriella.

- Eu queria... Passar a noite com você, só isso! – Diz Lucas.

Carol chega no segundo andar e vê Lucas.

- Ta tudo bem! – Diz Stephany, saindo de perto dos dois.

- Se suas irmãzinhas soubessem, iam me botar pra fora – Diz Lucas – Ai eu tentei entrar pela janela do seu quarto escondido, mas ela não estava aberta, então entrei pela a da Bárbara, tudo pra te vê.

Todas chegam ao segundo andar.

- A Bárbara esta no quarto dela? – Pergunta Bruna.

- Não sei! – Responde Lucas.

- Você entrou pelo quarto dela, e não sabe se ela esta lá? – Diz Stephany.

- É que está escuro – Diz Lucas.

- Você ta achando que a gente é idiota? Você tava no quarto da Bárbara, a ligação veio do celular dela! – Diz Lilo.

Gabriella tenta olhar o quarto entre o Lucas.

- Hm, que ligação? – Pergunta Lucas.

Gabriella o empurra e entra no quarto e acende a luz.

- Não vem cá, posso falar? Que voz ridícula era aquela? – Pergunta Carol, invocada – Não era nem a Bárbara nem o Lucas, era o próprio demônio ta! E ele não estava falando com a gente, ele tava falando com o Felipe.

Gabriella observa o quarto, ela caminha em direção a janela.

- Felipe Johnson? O cara que morou nessa casa? – Pergunta Lucas.

Gabriella antes de chegar a janela abre o guarda-roupa, não havia nada além de roupas, ela o fecha e volta a caminha para janela.

- Ham, com certeza é um trote – Diz Lucas.

- É, Felipe Johnson é a droga da nossa vida – Diz Lilo, se aproximando.

- Sabe, vocês meninas mimadas vem pra cá ficam zonzando e vão embora! – Diz Lucas – Eu moro aqui! Eu fico aqui... Eu costumava a brincar nessa rua quando só existiam casas de fraternidade... E essa casa deixava todo mundo apavorado, a minha vida toda...

- O que aconteceu? – Pergunta Bruna.

- Você quer dizer, depois que ele comeu dos biscoitos de Natal com um copo de leite? – Pergunta Lucas.

1991


Felipe olha para frente e observa um telescópio virado para janela, ele caminha até o telescópio e pega o bilhete que havia preso no presente, Felipe abre o bilhete e nele havia uma foto do papai Noel, Felipe abre o bilhete e estava escrito “Seja bonzinho pelo amor de Deus, com amor Mamãe e padrasto”, os olhos de Felipe se enchem de lágrimas, ele larga o bilhete, deixando-o cair no chão, Felipe levanta seu olhar levemente para o telescópio e o alisa. Ele o leva para outra janela e o aponta para a janela do visinho, Felipe observa a família feliz da casa ao lado, com crianças correndo pela casa e a mãe trazendo o bolo com uma senhora que parecia ser sua mãe.

Na sala, tocava uma música natalina, Franco estava dormindo no sofá de tão bêbado, Eliane olha para sua filha e pega um presente.

- Feliz Natal Vanessa! – Deseja Eliane, enquanto entrega o presente.

Vanessa com seu pijama e seu cabelo solto, recebe com um sorriso o presente de sua mãe, animada Vanessa rasga o embrulho e aprecia a bela boneca que havia ganhado, Eliane da um enorme sorriso ao vê que sua filha tinha gostado do presente.

- Obrigada, mamãe! – Diz Vanessa.

Elas ouvem um barulho vindo do teto, Vanessa olha rapidamente para o teto, Eliane levanta lentamente seu olhar desconfiado, em seguida olha para Vanessa.

- Será a rena do papai Noel mamãe? – Pergunta Vanessa.

- Não tem nada lá em cima! – Responde Eliane, fria e grossamente.

Vanessa demonstra sua tristeza e olha para sua boneca, Eliane percebe a tristeza de Vanessa e pergunta.

- Você quer um biscoito de Natal?

Vanessa olha para sua mãe.

- Você é meu biscoito – Diz Eliane, ela alisa o rosto de Vanessa – E eu podia comer você todinha.

Vanessa fica séria olhando para ela, Eliane tira o sorriso do rosto e levanta-se, de repente a árvore de Natal que estava ao lado de Vanessa passa a se balançar levemente, Vanessa a encara com seu olhar meigo, sem ela perceber do outro lado estava Felipe lhe observando, ele tinha acabado de fugir do sótão, ao passar pela sala observa as duas conversando, então fica atrás da árvore.

Eliane caminha até a cozinha, ela acende o fogo e queima o cigarro para fumar, o telefone toca, Eliane olha para trás o encarando, ela caminha até o telefone e atende.

- Feliz Natal! – Diz Eliane.

Ninguém responde.

- Feliz Natal! – Diz Eliane.

Continua sem ninguém responder.

- EI FELIZ NATAL! – Grita Eliane, sem paciência.

- Ela é minha família agora! – Diz Felipe, pelo telefone.

Eliane arregala os olhos e rapidamente larga o telefone e corre para a sala, ao chegar Vanessa não estava mais ali.

- Vanessa? – Pergunta Eliane, preocupada.

Eliane ofegante corre desesperada para o centro da sala, ela olha para o chão e vê a boneca que tinha dado para Vanessa sem os olhos, Eliane fica abismada, ela da um passo pra trás e pisa em algo redondo, Eliane levanta o pé e pega um dos olhos da boneca sujo de sangue, Eliane olha para frente sem querer acreditar no que estava desconfiando.

- FELIPEEEEEE – Grita Eliane, furiosa.

Ela corre para o segundo andar.

- O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ? – Grita Eliane, subindo a escada.

Franco acorda assustado e da falta de Vanessa, ele rapidamente corre junto com Eliane.

- FELIPEEEE – Grita Eliane, desesperadamente.

- CADÊ A VANESSA? – Pergunta Franco.

Eliane sobe a escada de madeira no final do corredor.

- FELIPEEEE – Grita Eliane.

Ela empurra a porta pra cima, abrindo-a, Franco se junta a ela, os dois observam o sótão escuro e silencioso.

- Cadê a Vanessa? – Pergunta Franco, com raiva.

Felipe não estava lá, eles descem rapidamente.

- O que foi que você fez? – Pergunta Eliane, apavorada e preocupada.

Ao descerem a escada se deparam com a sombra de Felipe na parede, Eliane arregala os olhos, Felipe põe o saco de plástico preto na cabeça de Vanessa, ela gritava e tentava tirar o saco de seu rosto, mas não conseguia, Felipe se vira e encara Eliane e Franco, ele come o olho de Vanessa para que eles possam observar.

- SEU DESGRAÇADO! – Grita Franco, correndo para cima de Felipe.        

Felipe rapidamente vira para trás e pega um espiral com um unicórnio em cima feito de vidro e se vira, ele enfia o espiral na garganta de Franco, em seguida o chuta, Eliane passa a chorar horrorizadamente,  Felipe pega o pisca-pisca que sobrava no chão e o envolve na garganta de Eliane, ele a enforca, pelo pisca-pisca ela a arrasta até a cozinha, Eliane ainda estava viva e debatendo-se, ele a leva para trás do balcão da cozinha e pega o rolo de massa, ele bate o rolo brutalmente na cabeça de sua mãe, ela tenta gritar, só que não conseguia, pois o pisca-pisca em sua garganta não deixava, Felipe continua a bate com o rolo na cabeça de Eliane, Felipe taca o rolo todo sujo de sangue no balcão, em seguida pega a forma de biscoitos e agacha-se em cima de sua mãe. Felipe puxa o roupão de Eliane e prensa a forma de biscoito em suas costas, em seguida pega uma faca, Felipe põe na bandeja a pele de sua mãe com formato de biscoito, a bandeja estava completamente suja de sangue com outras peles, em seguida Felipe põe a bandeja no forno para assar as peles como biscoito.

Enfim os policiais chegam na casa, lentamente eles caminham para dentro.

- Há uma menina no canto, parece estar machucada, vá ajudá-la – Diz um dos policiais.

O mesmo caminha em direção a cozinha, ele bem lento abre a porta, ao olhar para frente arregala os olhos, havia uma pessoa comendo biscoitos dentro da sombra, ele molha o biscoito no leite e morde, quando mordia o sangue escorria pelos cantos da sua boca.

- Felipe foi declarado louco – Diz Lucas – Eles o mandaram para o sanatório Kin Kong...

Dentro de um quarto, bem parecido com uma cela, esta uma garotinha se balançando na cadeira de costas pra porta.

- Os paramédicos salvaram a irmã dele... Vanessa – Conta Lucas –Que perdeu o olho direito, que foi arrancado por Felipe... Cheia de cicatrizes, com a mãe assassinada e sendo fruto de um incesto... O pai dela Felipe, que é seu irmão... Felipe aquele maldito maluco... Eles a mandaram para um orfanato.

Vanessa esta com sua boneca no colo sem os olhos.

- Que chances ela tinha de uma família querê-la adotá-la? – Diz Lucas – Até que nunca mais ela foi vista.


2006


- E quando chegaram lá, descobriram o porquê ele matou a família? – Pergunta Carol.

- Bom... Para ele parecia que era... Demonstrar o seu amor – Diz Lucas.

Stephany olha para as garotas, de repente a porta da frente da casa se fecha fazendo um enorme estrondo, as garotas pulam com o susto, Bruna, Carol, Stephany e Lilo correm para a beirada da escada e olha para baixo.

- Juliana? – Chama Bruna.

Lucas da um pequeno sorriso no canto da boca, ele olha para o quarto e observa Gabriella vasculhando todo o quarto de Bárbara.

- Bárbara? – Chama Bruna.

Elas vão descendo a escada devagar, Lucas olha para elas depois para Gabriella, com um olhar esquisito ele entra no quarto e fecha a porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo já esta pronto, estou só esperando uma boa quantidade de comentários para postar.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Natal Macabro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.