Tropecei em uma almofada que estava no chão, e caí feito uma jaca. Edward riu, sentando em cima de mim e prendendo meus braços um de cada lado da minha cabeça.

- Me solta, Edward! Está me machucando. - resmunguei, tentando me soltar.

- Nem pensar. Quero mostrar que a única coisa que eu quero de verdade é você, Isabella.

- Porque fica dizendo essas coisas pra mim?

- Porque eu te amo.

Não pude deixar de rir, ele não podia estar falando sério.

- A única pessoa que você ama é você mesmo, Edward.

- Pelo visto você tem uma péssima imagem de mim.

- Sua imagem é você quem faz.

- E como eu faço pra mudar minha imagem?

- Pra começar, pare de tentar me beijar o tempo inteiro.

- Mas se eu não tentar, como vou conseguir um beijo seu?

- Peça.

- Tudo bem. Bella, será que podia fazer o favor de dar um beijo nesse cara imbecil que aqui vos fala e está completamente louco por você?

Eu ri, me livrando de seus braços e o empurrando pra sair de cima de mim.

- Não. - disse me levantando.

- Bella...- choramingou ele, fazendo biquinho.

- Edward, você teve a vida inteira pra gostar de mim. Porque agora?

- Sinceramente?

- Com certeza.

- Eu não sei. Eu só sei que quando vi você com aquele imbecil ontem anoite, eu surtei, Bella. De ciúmes, de raiva! Raiva por você estar nos braços dele, raiva por imaginar ele ... Eu não suporto a ideia de outro cara te tocar. E eu não faço a mínima ideia do porque só agora. Talvez irritar você, fosse a única forma de te ter perto de mim, talvez eu sempre tenha amado você.

- Acontece que você não pode simplesmente aparecer e bagunçar a minha cabeça como está fazendo agora, Edward! Daqui 3 semanas você vai embora de novo, e tudo vai voltar a ser como era.

Edward se calou. Ele sabia que eu tinha razão, sabia que as coisas não eram tão fáceis como ele achava que eram. Bom, poderia ser pior, eu poderia estar apaixonada por alguém o que com certeza seria meio impossível. Pra ser sincera e odiando admitir, Edward era o único que estava conseguindo mexer com a minha cabeça.

Fui até meu quarto e troquei de roupa o mais rápido que pude. Coloquei a primeira coisa que vi no guarda-roupa, uma calça Jeans com uma blusa azul com alguns detalhes na frente, e um casaco – caso esfriasse. Quando voltei a sala, Edward estava sentando no sofá, parecia pensativo.

- Vamos?

- Vamos. – concordou ele, se levantando e abrindo a porta pra mim.

-

Edward PVO

No caminho até a casa da Alice, eu preferi não dizer nada. Só pensei. Pensei em como faria pra que Bella acreditasse em mim, como faria ela perceber que dessa vez era diferente, que eu a amava de verdade. Seria difícil, Bella sempre foi cabeça dura e do tipo “tenho que ver pra crer”.

Quando chegamos a casa de Alice desci do carro e abri a porta pra ela, - como todo bom cavalheiro. Bella nem se quer olhava pra mim, parecia estar com raiva. Na verdade, eu preferia crer que ela estava confusa, o que já era um grande passo pra se dar conta de que também me ama.- eu esperava que amasse.

- Bella! – gritou Alice, correndo até a porta.

- Eu vim, mas como eu disse, eu vou embora logo. – falou Bella um tanto séria e totalmente fora do clima de euforia de Alice.

Bella entrou, e então Alice esperou que eu me aproximasse e me puxou pelo braço.

- Temos visita, e acho que você não vai gostar. – sussurrou ela em meu ouvido, soltando meu braço e entrando logo atrás de Bella.

Quem será que estava lá? Admito que fiquei curioso, não conseguia pensar em ninguém que pudesse me incomodar a essa altura do campeonato. Saí de NY justamente por isso, queria paz, e na verdade reencontrei um amor.

Fechei a porta e caminhei até a sala, onde estavam as três damas... Sim, três. Agora entendia porque Alice disse que eu não ia gostar.

- Edward, meu amor! – disse Tânia vindo em minha direção e pulando em meu colo.

- Tânia... O que ...-  Ela me calou com um beijo, pressionando seus lábios nos meus.

Naquele instante eu não consegui pensar em mais nada que não fosse Bella, ali, vendo aquilo. Agora mesmo era que ela jamais acreditaria em mim.

- Tânia, menos. – disse separando meus lábios dos dela e a colocando no chão.

Antes que pensem alguma coisa, não, eu não tinha mais nada com Tânia. O problema é que isso só tinha ficado claro pra mim, não pra ela. Tânia insistia que nosso relacionamento só havia passado por uma fase difícil, mas pra mim já havia terminado há séculos.

- O que faz aqui? – perguntei um tanto rude, admito.

- Estava com saudades, não aguentei e vim te ver. – falou ela eufórica.

Procurei o olhar de Bella, ela revirou os olhos e saiu da sala com Alice a acompanhando.

- Tânia, eu acho que não fui claro... ACABOU.

- Só acaba quando eu disser, Edward. Achei que já sabia disso. – disse ela, me desafiando.

Era só o que me faltava!

- Acaba quando eu quiser que acabe, Tânia. E eu já disse, acabou. Aceite o fato de que eu não te amo mais!

- Mas é claro que ama, você só pode amar a mim. Eu sou sua futura esposa, Edward. Lembra?

- Não, não é mais.

- E o que eu faço com nosso filho?

FILHO? Ela disse o que eu acho que ela disse? NOSSO FILHO?

- Do que é que você está falando?

- Estou grávida, Edward.