Im Overboard. escrita por Kaah_1


Capítulo 21
Cap. 21 - Eu só tinha que acreditar em mim.


Notas iniciais do capítulo

Capitulo enoooooooorme. [ok, nem tanto] Só pra recompensar o mês que eu fiquei sem postar kkkkk desculpem. E espero que gostem, de coração :') ~nos vemos nas notas finais~



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Lá estava eu, me olhando mais uma vez no espelho. Respirava fundo, e eu realmente estava muito nervosa. Não fazia idéia de como eu iria fazer isso. Eu mal sabia o nome da cidade onde estávamos fazendo o show... Fiquei o dia inteiro ensaiando e decorando aquela musica. Não era difícil de cantar, era até que fácil. O difícil mesmo era decorar. Tudo bem, que a musica tinha sido escrito por mim, enquanto eu estava no orfanato, e nunca foi gravada... Justin, seu empresário e um tal de Dan, me ajudaram com o ritmo da musica e fizemos uns ajustes nela. Nosso dia foi bem longo.

Era uma musica inédita. Minha. Somente minha.

Eu já estava à meia hora me olhando no espelho. E se eu estivesse feia demais? E se achassem meu vestidinho muito vulgar? E se eu exagerasse na maquiagem ou colocasse pouca demais? E se eu errasse a musica? E se eu caísse no palco e levasse um tombo daqueles? Daí naqueles sites de fofoca ia ter milhões de fotos e vídeos totalmente idiotas de mim caindo e me esborrachando. Oh, não... Eu não podia entrar naquele palco. Não quero passar mais vergonha ainda! Não posso agüentar ser mais julgada do que já sou, ou era.

– Está pronta? – ouvi a voz de Justin ecoar pela sala. Ele fechou a porta atrás de si e se jogou em uma poltrona que tinha ali no meio do camarim.

– Não. – me virei rapidamente pra ele. Que bufou, e logo depois riu. – Não posso ir lá. – mordi meu lábio inferior.

– Qual é, Amy... Sei como é. Medo do palco e o que as pessoas vão achar... Medo de errar a letra e medo das pessoas não gostarem da sua voz ou do que você vai cantar. Mas, acredite, tudo passa no momento em que você pisa naquele palco. Elas vão te receber bem e a letra da sua musica é totalmente linda. Acredite. – vi Justin piscar a mim e sorrir abertamente.

– Você acha? Acha que eu vou conseguir? –sorri de canto, tentando pensar positivo.

Era estranho. Estranho pensar que eu poderia cantar para um estádio com umas 20 mil pessoas ou eu sei lá o que.

– Eu tenho certeza. – ergueu as sobrancelhas enquanto sorria. – Agora... Vem cá. – ele riu, enquanto me chamava fazendo gestos com as mãos.

Ri junto, e acabei indo. Me sentei ao seu colo, ajeitando-me e colocando meu braço ao redor de sua nuca. Ele sorriu.

– Gostou do meu vestido? Não acha meio... Inapropriado? – eu disse um pouco séria e Justin riu alto.

– Eu acho que você ta muito linda. – beijou meu rosto.

– Acha? – fiz careta.

– Amy, chega de bobagem. Você fica linda de qualquer jeito e sabe disso. – o vi girar os olhos, eu apenas ri baixo.

– Não cansa de ser mentiroso? – torci o nariz.

– E você? Não cansa de ser perfeita?

Dei-lhe língua. Era tão bobo e tão fofo ao mesmo tempo. Dei um tapa leve no seu braço, enquanto ele entrelaçava seus braços ao redor da minha cintura e roçava seus lábios em meu pescoço. O senti saborear e dar mordidinhas leves no mesmo, o que me fez arfar e rir ao mesmo tempo. Pelo menos, talvez isso me ajudasse a diminuir o nervosismo. Quem sabe, ou não.

Levei meus lábios até os seus, os selando com um beijo calmo, que rapidamente foi se tornando mais intenso. Senti Justin apertar minha bunda, dei uma risadinha, enquanto separava os nossos lábios para pegar ar e logo os juntava novamente. Tentei tirar aquela jaqueta branca e ‘quente’ que ele usava, foi um pouco difícil, mas, eu consegui depois de um tempo. O deixando apenas com outra blusa que também era de manga comprida. Eita, porque esse menino usa roupas quentes justo quando está calor? Ri de meus pensamentos, enquanto podia sentir/ver, um volume crescer em sua calça. Ri disso, enquanto ele ria junto.

Mordi de leve seu lábio. Justin praticamente levantou meu vestido, enquanto apertava minha coxa e ia subindo sua mão por dentro do meu vestido. Bom, o show praticamente estava rolando, e nós estávamos aqui.

– Jus... – falei um pouco baixo, enquanto separava nossos lábios. – e... Então... Quem ta lá “segurando” o show? – perguntei fazendo aspas com os dedos.

– Dan tava fazendo uns solos com a guitarra. – grudou nossos lábios, me dando um selinho demorado.

Damn! Esse garoto era mesmo impossível. Fui praticamente “salva” por batidas na porta. A porta se abriu e vi pelo canto do olho, Kenny, o segurança de Justin entrar ali e nos olhar, praticamente rindo.

– Desculpe interromper, mas, senhorita Amy, você entra em menos de cinco minutos. – ele sorriu.

– Ah, tudo bem. – respirei fundo e me levantei do colo de Justin. Ajeitei meu vestido, meu cabelo e o batom, que deveriam estar horríveis.

Kenny, me esperava do lado de fora do camarim. Iria me acompanhar até o palco.

– E se eu cair? – disse, enquanto olhava o espelho e retocava meu batom.

– Eu estarei lá pra te segurar. – sorri. Enquanto Justin me abraçava por trás e beijava minha bochecha. – Nos vemos no palco. – me soltou.

Sorri a ele e logo saí dali. Segui Kenny até a entrada do palco, e o mesmo me entregou o microfone. Pude ouvir o DJ ou algo assim, dizendo “E Amy Mallette vai cantar uma musica inédita pra vocês. Aplausos pra ela.” – ou algo assim. Ouvi vozes, gritos... Todos dizendo “Amy, Amy, Amy”.

Respirei fundo, ergui a cabeça, sorri e então, caminhei até o palco. Quando passei por aquela porta e vi de lá de cima todas aquelas pessoas, senti meus estomago revirar e quase saí correndo dali.

– Boa noite, pessoal. É a primeira vez que eu canto em um palco e... – eu disse, perto do microfone, enquanto acenava timidamente. Podia ver cartazes, gritos eufóricos, sorrisos e lagrimas... Era tão lindo que não sei descrever a sensação que é estar em um palco. – Não consigo acreditar, que aquela garotinha sonhadora que morava em um orfanato, é a mesma que está aqui agora, prestes a cantar pra vocês. – quase chorei, mas, segurei as lagrimas. Minha vida sempre foi sofrida. – vocês não acreditariam se eu contasse. Por isso, vou cantar. Minha musica, eu escrevi no orfanato quando tinha uns 13 anos e ela se chama Believe in me. – sorri a eles, enquanto sentia o meu medo voltar.

Vamos lá... Amy, você cresceu, mudou, amadureceu. Vai conseguir cantar.

Fiquei por uns 5 minutos ali, parada... Tentando cantar a musica. Dan, que estava ali, tocando violão pra mim, começou a tocar, pra ver se eu criava coragem e começava a cantar. Era difícil... Estranho e... Medonho. Ver todos aqueles rostinhos me olhando, esperando que eu dissesse alguma coisa. Parecia que elas me diziam mentalmente “saía daí, nós queremos o Justin, e não você!” Parecia que elas me olhavam furiosas, e eu não queria isso... Não queria mais pessoas me odiando.

I’m loosing my self, trying to compete, with everyone else... – cantei a primeira frase um pouco baixo. Eu estava acanhada, com medo. Então, depois de um tempo, criei coragem e aumentei minha voz. - ...Istead of just being me. – eu estou me perdendo. Tentando competir com os outros em vez de ser eu mesma. Essa frase... Sempre era assim. Essa musica mexia mesmo comigo.

Vi aquelas pessoas, aquele monte de pessoas que eu nem ao menos podia enxergar tudo, gritar. Eles gritaram, aplaudiram. E eu, sorri.

I don't want to be afraid, I wanna wake up feeling beautiful today... And know that I'm ok. Cause everyone's perfect in unusual ways...eu não quero ter medo. Quero acordar me sentindo bonita e saber que estou bem, porque todo mundo é perfeito de formas diferentes. Me lembrava bem de quando escrevi isso. - So see... I just wanna believe in me. – eu só tinha que acreditar em mim. Exatamente isso. E eu sempre achava, ainda acho, que eu sou uma inútil e que ninguém iria me querer, simplesmente pelo fato de minha própria mãe ter me deixado.

A música já estava praticamente no meio. Andei um pouco pelo palco, enquanto cantava novamente o refrão. Essa era minha musica preferida. A melhor que eu já havia escrito. E eu aprendi muito... Aprendi muito com ela, e me senti bem ao escrevê-la. Bom, parei na ponta do palco e estiquei a mão tentando tocar na mão de alguns fãs. Quase caí, mas, continuei sorrindo e cantando.

Logo pude ver Justin entrando no palco, e gritos eufóricos invadirem o local.

You're used to going out your way, to impress these Mr. Wrongs. – ele começou a cantar, sem sair do ritmo. Era parte de uma das suas musicas. Fizemos um dueto, juntando um pouco das duas. E ficou realmente incrível. - But you can be yourself with me. I'll take you as you are. – Mas, comigo você pode ser você mesma. Eu te aceitarei do jeito que você é. Aquilo mexeu comigo, o que me fez virar no mesmo instante e andar até ele.

Justin sorriu a mim, eu o abracei fortemente. Ele retribuiu o abraço e beijou o topo de minha cabeça, o que arrancou alguns gritinhos e assobios do pessoal. Eu ri, e ele segurou meu rosto com uma das mãos, acariciando minha bochecha com seu dedo polegar.

You're my special little lady. The one that makes me crazy.Você é minha preciosa garotinha. A única que me deixa louco. Ele cantava sorrindo, enquanto parecia olhar dentro de meus olhos. Era inevitável ver aqueles maravilhosos olhos castanhos brilhantes. - Of all the girls I've ever known... It's you, it's you... My favorite, my favorite girl. – sorri. Sorri muito.

O resto do nosso “dueto”, foi realmente lindo. Cantei mais uma parte... Nos separamos um pouco. Ele cantou mais outra. Nossas vozes juntas, ficaram... Lindas. Eu adorei mesmo. No final da musica, o abracei novamente, enquanto ouvia gritos eufóricos, palmas... Era maravilhoso... Lindo. Ver e ouvir, aquelas pessoas gritando e me aplaudindo.

– AMY! AMY! AMY! – eles gritavam. E eu só sorria.

– Eu disse que iriam te receber bem. – ele disse perto do meu ouvido.

– Você disse. – falei baixo. E ele sorriu.

Me abraçou e beijou minha testa. Ele era meu, meu irmão, meu namorado... Não importa, ele era meu. Senti ele encostar seus lábios nos meus, em dando um selinho um tanto rápido. Mas, parecia que ninguém viu, não alem de mim, ele e talvez o Dan que tocava violão.

– Obrigado gente. Muito obrigado. Realizaram mais um sonho de uma garotinha feliz. Vocês são incríveis. – praticamente gritei ao microfone. – Obrigado Justin, por essa oportunidade. Você é maravilhoso. – mordi os lábios, enquanto sorria a ele.

– Não Amy, você é maravilhosa. – ele disse, fazendo se formar um enorme couro de “awwwwwn”. – Aplausos para minha garota, pessoal! – ele gritou ao microfone e todos aplaudiram, muito!

Agradeci, me curvando. E logo deixei aquele palco.

Minha garota... Minha garota... Eu ri disso. Sorri a noite inteira com o jeito que ele falou aquilo.


(...)

Acordei no outro dia feliz e totalmente disposta. A noite anterior tinha sido boa... Foi incrível. O show foi incrível.

Sorri, fitando o teto. Logo após, me virei, fitando Justin que dormia ao meu lado. Ele era tão fofo dormindo, tinha aquela carinha de anjo. Ele me abraçava pela cintura, e eu adorava tê-lo ao meu lado. Fiquei brincando com alguns fios de seu cabelo, e fiz um topete, tirando sua franja da testa, o que ficou engraçado e me fez rir sozinha. O vi sorrir, de olhos fechados. Fiz beicinho e beijei de leve seus lábios. Já ia me levantando, mas, antes o idiota me prendeu a ele.

– Sabia que estava acordado. Agora, me solta, vai. – murmurei, fazendo beicinho.

– Bom dia pra você também, chata. – ele disse enquanto abria os olhos e sorria a mim.

– Boa tarde, isso sim... Já são uma e meia. – ri e apontei pro relógio.

– Ok, senhorita certinha que presta atenção nos detalhes. – me deu língua. Logo se aproximou me dando um selinho demorado. – E então... O que achou do show de ontem à noite? – sorriu, enquanto se sentava na cama e encostava-se na cabeceira da mesma.

– Foi lindo! Não... Foi incrível! Ok, foi maravilhoso, perfeito! – disse entusiasmada, quase gritando. Justin gargalhou.

– Você cantou bem. Tão bem que Scooter tava pensando que poderíamos gravar uma musica juntos pro meu novo álbum.

– Sério? – ri, enquanto me levantava da cama e já me aprontava para dar pulinhos de alegria.

– Mentira que não ia ser né Amy? – riu, enquanto me fitava dar pulinhos de alegria.

– AAAAAh, eu amo você! – pulei na cama novamente, enquanto o abraçava. De um jeito estranho e desconfortável, mas, abraçava.

– Eu sei. – ele sorriu.

– Não vai me dizer que também me ama ou que me ama mais? – fiz beicinho.

– Não. – franziu a testa, dizendo sério. Me irritei e dei um tapa no seu braço. Garoto idiota.

Já ia me levantando novamente emburrada, quando o idiota segura meu braço.

– Hey, Amy... Sabe que eu te amo, né? Muito mesmo? – disse dando aquele seu sorriso de lado. Revirei os olhos.

– Ah, claro. – lhe dei língua. – Vou ir tomar um banho. – bufei, enquanto tirava seu braço do meu e já saía da cama.

– Vai lá então, bobinha. – ele riu, enquanto senti o mesmo dar um tapa na minha bunda.

– Hey, cadê o respeito senhor Bieber? – cruzei os braços, assim que saí da cama e me virei de frente pra ele.

– Cala boca, Amy... Respeito eu tenho de sobra! – disse enquanto me fitava e mordia seus lábios.

– Ah, claro... De sobra... Nossa... Com certeza. – disse irônica, enquanto pegava a toalha branca que estava jogada em uma cadeira e já me dirigia pro banheiro.

Pendurei a toalha e me despi rapidamente. Logo liguei o chuveiro e entrei em baixo do mesmo, deixando a água escorrer da minha cabeça aos meus pés. Estava um pouco cansada, bem cansada... Ontem ficamos o dia inteiro, ensaiando, arrumando a musica... Só correria. Ser a irmã-adotiva-namorada de Justin Bieber não era nada fácil. Mas, até que era bom. Ok, era ótimo. Ri com meus pensamentos. Não demorei muito no banho, logo desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha. Escovei os dentes e torci meu cabelo tentando tirar o excesso de água que estava nele.

Saí do banheiro e não avistei Justin no quarto, talvez tivesse descido ou estava na sacada, sei lá. Enfim, fui até onde estava minha roupas, vesti minha langerie preta, que era bem simples e joguei a toalha em qualquer canto. Que roupa eu poderia por, hein? Fui até a minha outra pequena mala que estava do outro lado do quarto e a abri. Fiquei a fitando por um bom tempo.

– Hm, se quiser, pode ficar assim mesmo. – senti Justin me abraçar por trás e me arrepiei ao sentir sua pele em contato com a minha.

– Engraçadinho. – ri irônica, enquanto o empurrava com o cotovelo e me virava de frente pra ele. – Vamos pra algum lugar hoje? – tentei sorrir, mas, me senti um pouco desconfortável. Justin colocou suas mãos em minha cintura e me fitou por inteiro, de um jeito engraçado que me fez rir tímida.

– Ahn... Scooter acabou de... De me ligar... Falando de uma entrevista... Que eu tinha e-esquecido. – ele se embolou um pouco nas palavras. Revirei os olhos e coloquei a mão em seu queixo, erguendo sua cabeça e fazendo-o olhar em meu rosto.

– Hm, então. Eu não preciso ir? – ergui as sobrancelhas.

– Claro que precisa, você vai participar da entrevista.

– O QUE? – gritei.

– Exatamente, Amy... Então se vista com uma roupa bonitinha e vamos logo que a entrevista é em menos de uma hora. – sorriu um pouco malicioso a mim.

Girei os olhos e retribui o sorriso. Ele se aproximou e começou a beijar meu pescoço, me fazendo arfar e sorrir ao mesmo tempo. Foi descendo os beijos para os meus ombros e depois beijou meus seios, cobertos pelo sutiã. O que me fez rir e gemer baixinho. Que tipo de mãe como Pattie deixa os filhos dentro do mesmo quarto em um hotel luxuoso? Ainda mais quando sabe que os filhos são meio que namorados? Ri em pensamento, enquanto sentia Justin encostar seus lábios nos meus. Ele tirou sua mão da minha cintura e as colocou sobre os meus seios, as parando ali e apertou de leve. Logo levou uma das suas mãos até minha nuca, aprofundando o beijo. Ri a meio disso, enquanto deixava sua mão cair sobre minhas costas, à procura de algo.

– Jus... Justin... – dei um passo pra trás, me separando dele. Ele pendeu sua cabeça pra trás e bufou.

– Qual é, Amy! – murmurou.

– Vou me trocar. E você... Vá tomar um banho. – apontei.

– Tudo bem. – bufou. Eu ri do seu jeito e dei um tapa na sua bunda, enquanto ele se virava e se dirigia até o banheiro. O ouvi rir e logo me sentei em frente à mala para procurar alguma roupa que prestasse.

Eu não tinha trazido muitas roupas, então, peguei mesmo um vestido preto coladinho que ia até o meio das coxas, um cinto preto, meias calças pretas levemente rasgadas, era meio que uma moda... Os coloquei e por cima, coloquei uma blusa xadrez lilás. Quando Justin saiu do banho, eu já estava praticamente pronta. Só faltava arrumar o cabelo e calçar um sapato.

–Está muito ruim? – fitei Justin e quase caí ao ver ele com o cabelo molhado e somente de toalha na minha frente. Ok, sem exageros Amy. Calma garota.

– Ta linda. – andou ate mim, me dando um selinho demorado.

– Ok então... Obrigado. – ri, dando de ombros.

Resolvi colocar um sapato preto fechado de salto alto, penteei o cabelo, deixando-o solto e fiz uma make bem leve. Só isso. Já estava ponta.

Peguei meu celular e me sentei na cama, esperando Justin se trocar. Entrei em meu twitter, vendo que eu estava com praticamente um milhão de seguidores! Oh, meu deus... Eles tinham aumentado bem desde o show de ontem. Sorri boba e comemorei, dando um gritinho. Justin riu.

– Justin! Estamos nos Trending Topics! – pulei da cama, enquanto fitava atentamente o visor de meu celular.

– Sério? – ele riu.

– Ok, não é novidade pra você, mas, pra mim é. – lhe dei língua. – Olha... Amy Mallette... E também tem... Justin & Amy. – sorri, enquanto apontava. Ele veio ao meu lado e fitou meu iPhone.

– Então, acho que gostaram do show. – beijou minha testa e voltou a se vestir.

Sorri boba, enquanto logo saía do meu twitter e largava meu celular ali por cima da cama. Fitei observando Justin enquanto se vestia. Estava usando uma calça jeans preta e seus supras vermelhos. Abotoava sua camiseta xadrez, que também era vermelha. Disse que estava usando-a para combinar comigo, eu apenas sorri. Estava lindo, mesmo. Já havia secado seu cabelo.

– Vamos? – me chamou, enquanto pegava seu boné e o colocava.

Assenti, enquanto o seguia até a porta do quarto. Saímos em silencio. Pegamos o elevador e Justin me disse que Scooter, Pattie e Kenny estavam nos esperando lá embaixo, já no carro alugado. Peguei sua mão e nos dirigimos até o estacionamento ou eu sei lá o que. Logo estávamos em frente a um carro que eu não sabia o nome, Justin abriu a porta a mim e entrei rápido, o mesmo entrou logo atrás de mim. Pattie estava ao meu lado, Scooter no banco da frente e Kenny dirigia, se não me engano.

– Boa tarde, garotos. Vamos? – disse um deles. Eu e Justin assentimos e logo deram partida no carro e estávamos indo até o estúdio onde seria gravada a nossa entrevista.

Peguei o celular de Justin e entrei no twitter. Estava no seu, então resolvi tuitar ali mesmo.

“@AmyMallette é a melhor cantora do mundo! Não acham? Lol.” – que coisa boba para se twittar, mas, ok. Justin recebia muuuuuuuuuitas replys, era incrível. Tinha algumas meninas pedindo para ele seguir, outras dizendo coisas estranhas pra ele e que até me deixarem com ciúmes. Um pouquinho só.

– O que ta fazendo no meu twitter? – Justin tomou o celular de mim.

– Ah, Justin! – cruzei os braços, fazendo beicinho. Ele riu. - acham? lol.tora do mundo! Nntrei no twitter. rtida no carro e estavamos nte e KEnny llindo, mesmo. Jpa havia sm gritinho. Ju

O resto do caminho foi um silencio total. Mas, não demorou muito para chegarmos até o local. Saímos do carro e entramos lá... Fomos até uma sala pequena, onde tinha três cadeiras. Fiquei nervosa, não acreditava mesmo que ia participar disso. Uma mulher pediu para que eu e Justin nos sentássemos nas cadeiras e nos acomodássemos porque o entrevistador já iria vir. Eu realmente não entendia nada disso. Era uma sala quase vazia, com um tipo de papel de parede atrás de nós e um pequeno balcão ou mesa, como preferir, que nos separava do entrevistador. Ao lado da onde ele iria sentar tinha uma pequena televisão. E um monte de câmeras a nossa frente. Meu deus, que medo.

– E sua mãe e Scooter... ? – perguntei, um pouco nervosa, admito.

– Será só nós dois nessa entrevista. – ele entrelaçou sua mão na minha e beijou minha testa, apenas sorri.

– Eu... Eu não tenho idéia de como fazer isso.

– Só responda as perguntas com sinceridade. – deu de ombros.

Tentei ficar calma e respirei fundo. Entrevista? Quem diria que isso poderia acontecer na minha vida... Meu deus.

Logo vi um homem sorridente entrar e se sentar a nossa frente. Ele cumprimentou Justin, com um aperto de mão e um sorriso no rosto. Acenou pra mim e então acenei de volta.

– Estão prontos? – pergunto. Justin assentiu e eu só fiquei parada.

– 1... 2... 3... JÁ! – um dos caras que estava por trás das câmeras, gritou.

– Boa tarde, queridos telespectadores! Estamos aqui com Justin Bieber e Amy Mallette. – ele apontou pra gente.

Sorri e acenei pra uma das câmeras, Justin fez o mesmo. Percebi que nossas mãos estavam meio que entrelaçadas, resolvi me afastar um pouco e a soltar. Justin me fitou desentendido e eu apenas sorri nervosa.

– Algo a dizer? – o entrevistador disse.

– É um prazer estar aqui. Em um programa de TV. – ou eu sei lá o que é isso. Eu disse, enquanto sorria.

– É muito importante pra ela e pra mim também... Porque, bom, acho que nós dois somos provas de que nada é impossível. – Justin ergueu os ombros, e sorri e balancei a cabeça afirmando.

– E então... Amy cantou pela primeira vez na noite passada... Como foi isso? – ele sorriu, me fitando.

– Ahn... Foi mesmo incrível. Eu nunca havia cantado pra ninguém, mesmo... E de uma hora pra outra me vi ali cantando pra mais de 20 mil pessoas. – mordi os lábios.

– Deve mesmo ter sido incrível pra alguém que antes era de um orfanato. – ele disse bem sério, e por um momento... Achei que estivesse zombando de mim. Abaixei a cabeça e fitei o chão, Justin ao meu lado falava alguma coisa para o homem, eu não prestei atenção. Ainda era estranho... Parecia que as pessoas só zombavam de mim. Riam por trás de mim.

– Aproveitando... Estamos aqui para esclarecer alguns rumores, certo? – o homem disse.

– Claro. – Justin e eu falamos juntos.

Fitei o homem no mesmo instante que parecia sorrir sinicamente.

– Vocês... Bom, dizem que são irmãos adotivos... –

– É o que somos! – dissemos juntos mais um vez, e rimos.

– Mas, e esses encontros fofos que vocês têm freqüentemente? E não são só encontros fofos. – ele apontou pra TV, onde começou a passar algumas fotos da gente. Bom, era fotos no restaurante antes do acidente, fotos na festa da Dolce & Gabanna de nós nos beijando e toda aquela agarração estranha, fotos fofas da gente no shopping tomando sorvete e beijos na testa. Fotos fofas, fotos quentes, fotos vulgares... Bom, nem tanto.

Eu queria me esconder. Correr dali. Sumir. Eu não tinha idéia de como iria responder aquilo.

– E então? Como explicar isso? Teve muitos rumores... Muitas coisas dizendo... Ah, será mesmo que eles são irmãos? – o entrevistador nos fitava, esperando respostas.

Fitei Justin, que estava com um olhar pensativo ao meu lado.

– Acima de tudo, somos irmãos. Aliás, minha mãe a adotou pra isso. Pra ser minha irmã. – Justin me abraçou de lado. – E eu vou protegê-la. Ela será a minha pequena. Minha irmãzinha, minha garotinha. Mesmo que não seja de sangue. – ergueu os ombros e beijou meu rosto. Eu apenas sorri.

– Então, não está negando que ás vezes vocês... Sabe... Como posso dizer... –

– Não, eu não a uso como... Ahn... Eu simplesmente não a uso. Ela pode até achar que sim, mas, não. Eu não a uso. – Justin disse, parecia sincero. E até que foi fofo. Muito fofo.

– Tudo bem, então... Irmãos? Nada mais que isso? Não há nada entre vocês? – ele riu. Nós negamos. – Vieram com roupas meio que combinando e eu juro que quando entrei aqui percebi a química entre vocês. – ele apontou pra nós e riu.

– Química? Foi mal... Sou horrível em química. – fiz uma cara decepcionada e Justin e o homem riram.

É. Seria uma longa entrevista. Realmente? Estava cansada da tal pergunta “Irmão ou namorado?” – Era estranho. Não sei se o lugar da ‘famosidade’ é pra mim. Essa palavra existe?


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Notas finais do capítulo

~A música que a Amy canta no show, é da Demi Lovato, pra quem nao sabe. Eu acho essa música realmente liiiinda, e achei que combinava com a Amy e tals. Então, isso aí. ~
Vocês gostaram do capitulo? Se gostou, mande um review. Se nao mandar review,vou entender que nao gostou de nada do capitulo gigante que eu passei o dia inteiro escrevendo, mas, ok. *-* perdoem a minha chatura paranoica, mas, enfim...
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VOLTO COM 15+ reviews! Prometo que nao vou ficar mais um mês sem postar. É que, sabem, final de ano, tava com provas e trabalhos... E fiquei um pouco desanimada pra escrever tb, pensei em excluir... Mas, então... Alguem sentiu saudades? n né. Já escrevi muito aqui nas notas finais, OMG OO: KK BEIJOS meus amores e obrigado *-*