Im Overboard. escrita por Kaah_1


Capítulo 13
Cap.13 - Desistir ou tentar?


Notas iniciais do capítulo

ESPERO QUE GOSTEM. AMORES. NHAC



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Ouvi alguns barulhos de maquinas. Meus olhos estavam pesados e eu estava com uma dor enorme nas costas. Meus ombros também estavam pesados e eu queria chorar. A ultima coisa que me lembrava era de Justin e Selena. Só isso. Nada mais. Abri os olhos lentamente e me vi respirando por aparelhos ou algo assim. Pattie estava ao meu lado andando de um lado pro outro apreensiva. Não vi Justin, ainda bem. Comecei a pensar que se eu tivesse no orfanato nada disso estaria acontecendo e que tudo poderia estar melhor.

- P-pattie? – gaguejei.

- Você acordou! – ela gritou e foi até mim tirando um aparelho ou algo assim que estava em minha boca.

- Eu... Fiquei apagada por quanto tempo?

- Dois dias. – ouvi uma voz que vinha da porta. Era Justin.

Pattie o fitou e depois sorriu pra mim. Ela me abraçou. Tentei abraçá-la, mas, meus braços ainda doíam e estavam quase imóveis.

- Você nos deixou preocupados, querida. – ela me fitou limpando algumas lagrimas que caiam.

- É... Desculpa, eu acho.

- Eu que tenho que pedir desculpas. – Justin se aproximou, ficando no pé da cama.

Fitei minhas mãos e tentei sorrir. Eu tenho que ser forte, muito forte. Vi Pattie sair do quarto e me deixar ali, sozinha com ele. Eu não queria ficar sozinha com ele... Não... Eu estava assustada e tão confusa. Senti ele segurar a minha mão. O fitei rápido.

- Desculpa, foi culpa minha você ter se acidentado. – ele suspirou.

- É. Ok. – falei um pouco fria e tirei sua mão da minha.

- Amy, eu sei que você ta muito brava comigo, mas...

- Chega Justin! Chega. – gritei um pouco. – Eu só quero que você pare... Pare de me enganar. Ok?

- Eu não te enganei. Quando disse que te amava, eu não menti. – ele fitou o chão.

- Vamos ser irmãos, ok? Feito.

- Eu...

- Justin, foda-se, não quero saber o que você pensa. – fechei os olhos e suspirei. – Sempre que eu resolvo escutar você, eu me ferro.

- Vai ser diferente, eu juro.

- Não. Não vai. Sempre vai ter algo ou alguém e você sempre vai... Me deixar. –o fitei.

Era ruim olhar para ele e não poder beijá-lo. Era horrível olhar pros seus lindos olhos castanhos implorando “Por favor, me dê mais uma chance” e você simplesmente ser fria e dizer “NÃO, BASTA! CHEGA!” Tudo é muito difícil. Mas, como dizem, não importa o quanto você ama alguém, ele nunca vai te amar da mesma maneira. Não da maneira que você deseja. Senti meus olhos embaçarem e encherem de lagrimas. Abaixei a cabeça e as deixei escorrer. Mas, acho que as pessoas têm que começar a entender que eu não sou um brinquedinho. Eu não quero ser mais uma na lista dele ou de qualquer um. Eu não quero. Comecei realmente a achar que voltar ao orfanato seria algo bem melhor. Eu sofria menos. Sei que tenho uma vida boa, mas, acho que meu irmão postiço não anda me ajudando muito, aliás, eu to apaixonada por ele.

- Porque está chorando, querida? – disse Pattie assim que entrou no quarto.

- Hã... Bom... Não... Não é nada. – ergui a cabeça, limpei minhas lagrimas e sorri.

- Tudo bem... Se não quiser contar entendo... Mas, acho que vocês têm que explicar algo pra mim. – Pattie agora parecia séria.

- Vocês?

- Sim, você e o Justin. – ela ligou a TV que ficava “no teto” do quarto. Passava uma reportagem sobre Justin Bieber.

Ergui a sobrancelha e Justin parecia atento na televisão. De repente apareceu uma foto minha e de Justin, onde ele me dava... Um selinho. Foi aonde nós acabávamos de ter saído do restaurante. Aquilo me deixou ainda mais triste, eu queria chorar muito mesmo, queria gritar ao mundo toda a minha dor, mas, algo na minha cabeça dizia “Engula o choro querida e sorria”.

- Então, algo a me dizer sobre isso, ou vão continuar escondendo? – Pattie cruzou os braços e nos fitou.

- Bom, eu... – Justin começou a falar, mas, eu interrompi.

- Foi só algo rápido, sem sentimentos ou algo assim... Não vai acontecer de novo... Nós não temos nada, Pattie. Eu juro. – meus olhos fitavam o nada. Se eu olhasse pra um deles eu desabaria em lagrimas, eu evitava olhar para eles. Tinha os olhos focados em qualquer coisa, menos neles.

- Eu... Não... – Justin parecia confuso. – Mas, Amy...

- Shhhhh... Não precisa dizer nada. Acho que sua mãe sabe que você voltou com a Selena. – fechei os olhos. Parecia doer enquanto eu dizia isso.

- Voltou com ela? – Pattie gritou. – Porque fez isso?

- Eu não... Não voltei com a Selena, a gente só... Bom, eu e Amy nós...

- Pattie, se importaria se eu pedisse para o Justin sair daqui?

- Eu te entendo, querida. Justin, saía. – Pattie parecia apontar pra porta.

- O que? Eu não quero! – ele reclamou.

- Agora. – eu disse junto a Pattie.

- Tudo bem. – ele suspirou alto e irritado.

Fitei suas costas saírem pela porta e logo desapareceu indo para o corredor. Eu preferia ter ficado desacordada mesmo. Pattie continuou ali no quarto comigo e o silencio me incomodava, ele me matava. Vi que ela havia sentado ao meu lado, na cama e segurou minha mão. Eu continuava tensa e precisava de um ombro amigo.

- Há algo de incomodando não é? – ela sorriu fraco.

- Eu... Bom... – respirei fundo e continuei. – É, tem sim.

- Quer me contar?

- Eu não sei se seria o certo... – mordi o lábio inferior.

- Me conte, às vezes precisamos desabafar, eu já passei por algumas coisas e acho que posso te ajudar. – ela sorria.

Respirei fundo e então comecei a contar. Contei a Pattie tudo, desde o começo. De quando ela viajou, de eu e o Justin, os carinhos, até a parte em que o vi com Selena e que fui usada. Ela ouviu tudo com atenção, escutando, sorrindo e dando seus poucos conselhos. No final da minha historia, eu desabei ao seu colo e comecei a chorar.

- Pattie, eu... Acho que gosto dele sabe? – falei praticamente entre soluços. – Mas, ao mesmo tempo acho que isso não vai dar certo.

- Tente, querida. – ela “acariciava” meus cabelos. – Ele é seu irmão, mas, não é de sangue, você pode tentar e se ouvir a parte do Justin sobre isso, você pode compreendê-lo e pode dar certo.

Sempre achei que Pattie ficaria brava com esse lance de sermos irmãos, mas, ao final das contas ela foi completamente compreensível.

- Eu... Eu não sei o que fazer.

- Faça o que acha certo. – ela segurou meus ombros. – Nunca saberemos o resultado se não tentarmos.

- Obrigado, mãe. – eu sorri e a abracei forte. Juro que assim que a abracei, vi na porta um “vulto” passar. Não, ele não poderia ter ouvido tudo. Eu não queria parecer fraca perto dele.


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Notas finais do capítulo

Dramatico esse capitulo né? KKKKKKKKKK -qq Ta horrivel demais? Gostaram? Será que continuo? RECOMENDAÇÕES E REVIEWS SÃO TOTALMENTE BEM VINDOS. OBRIGADO MEUS AMORES ;]