Meu Querido Cunhado escrita por Janine Moraes


Capítulo 19
Capítulo 19 - Conselhos


Notas iniciais do capítulo

Hey, muuito obrigada pelos reviews. Eu adorei.Bem-vindas garotas novas, fico feliz que estejam gostando.



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No dia seguinte nada havia ficado melhor, a noite de sono em nada apagara as palavras dele que ainda ecoava no meu ouvido. E a briga com Ceci continuava me deixando irritada. Eu estava sem falar com ela desde a briga, um pouco de paz finalmente, mas volta e meia alguém vinha bater na porta do meu quarto, tentando me convencer a sair.

Alguém bateu na porta mais uma vez, como sempre rebati a batida de forma ríspida e adorável:

– Vai embora!

– Pensei que você estivesse com saudades minhas. – A voz de Alexandre me fez sorrir involuntariamente. Levantei da cama, abrindo a porta e me deparando com um sorriso enorme dele. Estava mais bronzeado e eu diria ainda mais alto. Os cabelos, antes bem mais compridinhos, estavam super curtos. Seu rosto ficara mais bonito e menos infantil desse jeito. Mas o sorriso ainda era o mesmo. – Então... Quanto tempo vou ter que esperar pelo seu abraço?

– Idiota. – Ele veio até mim, me puxando em um abraço super apertado. O apertei de encontro a mim, o cheiro de perfume caro em sua roupa me deixaram mais calma, gostava dessa familiaridade, sentira falta disso. – Senti sua falta.

– Eu também. – confessei. O peguei pela mão, o fazendo se sentar na minha cama. Ele olhou ao redor, a sobrancelha franzida para minhas revistas jogadas pelo canto, pelas roupas saltando das gavetas e sapatos espalhados.

– Nunca vai arrumar esse quarto?

– Nunquinha. Eu me acho na minha bagunça... E nem ta muito desorganizado.

– Claro que não está... – Ele ironizou um pouquinho. – Então, você me pareceu apreensiva da ultima vez que falei com você. E olhando agora vejo que tem mesmo algo te incomodando. O que aconteceu? – olhei para ele, confusa. Ainda me assusta ver como ele me conhece tão bem. Melhores amigos assustam. Ainda mais quando são igual o Alexandre, super observadores e perceptivos. Suspirei antes de responder.

– Seria mais fácil você perguntar o que não aconteceu.

– Não tenho hora pra chegar em casa. – Ele se esparramou na minha cama e eu revirei os olhos de seus modos folgados.

Ele voltou. – Ele me olhou surpreso com meu mistério, mas logo seus olhos se encheram de compreensão. Decidi soltar a bomba de vez. – Ele está namorando com a Ceci.

– Como é que é? – Ele se sentou, os olhos arregalados. Surpreender Alexandre sempre era divertido, mas dessa vez fora tristemente melancólico. Então comecei a explicar. Falando o quanto essa situação toda me irritava. Contei exatamente tudo, até as palavras de Igor. Só não admite que eu ainda não tinha esquecido. Era difícil para mim mesma admitir, imagina pra ele ouvir. Enquanto eu falava, Alexandre sempre perguntava, ou dava sua opinião. E isso era reconfortante. Ver que ele se importava.

– Ceci está sendo uma idiota. Está me tratando mal e isso me irrita. – Eu havia acabado de contar o que da nossa discussão. Ele agora não dizia nada. – To quase dando na cara, dela. É Sério.

– Ela é sua irmã. – Ele disse baixinho. Parecia estar absorvendo tudo.

– Mais um motivo pr’eu bater nela.

– Não fique tão brava com ela, você sabe como ela fica quando empaca nesses relacionamentos. Ela é a Ceci, oras! – olhei para Alexandre, indignada.

– Não acredito que esta tentando defender ela. Tudo bem que você tem essa super paixonite por ela. É absolutamente normal, já que vocês dois são iguaizinhos. Trocam de namorados como trocam de roupas... – Era completamente óbvia a queda que Alexandre tinha por Ceci. Mas acho que ela nunca o olhou como algo mais. E ele também nunca me falou sobre a paixonite dele e eu nunca forcei também. Respeitava o espaço dele e seus olhares mal disfarçados pela minha irmã. Porém, me irritava ver quando ele tomava partido dela desse jeito, principalmente quando eu precisava de seu apoio. – Mas eu sou sua melhor amiga! Não pode me trocar pela sua paixãozinha, ok? Isso está no contrato de amizade. Tenho certeza.

– Como você sabe que... – Ele coçou a cabeça.

– Eu sei de tudo. – murmurei, irritada. Ele riu de leve, olhando com uma cara insondável.

– Você sabe que sou péssimo nos conselhos... Não pira. Não grita. Não me bata. Muito menos me mate... Mas acho que você devia tentar ser amiga dele.

– O QUE? – O sol afetou muito a cabeça desse garoto... Só pode!

– Sei que é complicado, bem difícil... Mas não faça isso por ninguém mais além de si mesma. Isso machuca você, essa história inacabada com dele. Seja amiga dele, o supera... Sei lá. Talvez virar amiga dele ajude você a esquecer, a aprender lidar com ele. Talvez ajuda a passar. Tenta, pode te fazer bem. Fazer bem a todo mundo.

– Eu não quero tentar e pode até fazer bem pra alguma pessoa... Mas pra mim não! – A possibilidade era absurda. – Sem chance. E isso não está aberto a mais discussões.

– Tudo bem, tudo bem. Se quer se fazer difícil, se faça. – Ele voltou a se deitar na minha cama. – Mas no final você sempre concorda comigo.

– Sua modéstia é admirável. Talvez o mundo dos mortos queira conhecê-la também!

– Não seja chata. – Ele riu, tacando uma almofada na minha cara. – Não quer saber das minhas férias?

– Garotas, garotas, garotas, garotas, garotas... E ah... Deixa eu ver... Garotas! – Férias tão óbvias que chegavam a ser entediantes.

– Uau. Você é boa nisso.

– Obrigada. – sorri, irônica.

– Vamos, vai tomar um banho que nós vamos sair. – Não estava afim dos passeios de Alexandre.

– Eu não quero sair. – choraminguei, abraçando a almofada mais próxima.

– Mas eu quero.

– E daí? Chama outra pessoa. – cruzei os braços, indicando com o queixo o celular dele, provavelmente a lista de contatos cheias de garotas esperando algum convite. –Não deve ser difícil pra você arranjar companhia.

– Tem razão, é muito fácil eu arranjar alguém pra sair, mas... Eu quero sair com você. – Ele me puxou da cama, me guiando para o banheiro. – Eu posso ver o mofo se formando no seu braço. Anda, vamos tomar um arzinho. Almoçar e tudo o mais.

– Não seja chato... – gemi.

– Vê se não demora!

– Insuportável! – gritei, fechando a porta do banheiro, ele se limitou a rir. Respirei fundo, me resignando. Talvez sair me ajudasse a me distrair. Ficar em casa não ia adiantar muito mesmo...



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Notas finais do capítulo

Gente, adorei, de verdade os reviews que recebi. Todas vocês tem opiniões iguais e ao mesmo tempo tão diferentes. Adoro isso.E descobri que tem alguém que não gosta do Igor... Adorei essa diferença, sei lá. É divertido. E tem tantas que gostam do Igor tbm, e eu amo isso.Acho que amo todos os reviews e todas as opiniões. Muito obrigada =XMuito obrigada por lerem, é muito importante pra mim.