Meu Querido Cunhado escrita por Janine Moraes
Notas iniciais do capítulo
Eu estou tão, tão feliz com os reviews que recebi, com as recomendações. 3 recomendações! Meu Deus! Muuuito obrigada por elas, pelas palavras, pelos elogios, estou sinceramente suuuuuper feliiiz. Muuito obrigada mesmo!
Ir embora com Igor para casa só deixou a noite ainda mais interessante. Ainda mais porque decidimos ir embora a pé. Viemos caminhando durante uma hora, e pela primeira vez, a garota mais sedentária do mundo, não se sentiu cansada. Eu ficava mais cansada pelas risadas que acabava soltando no caminho. Igor estava bem humorado, contando casos engraçados e fazendo piadas idiotas, mas que me divertiam muito. Volta e meia parava para me beijar ou me cutucar, provocando ondas de xingamentos inocentes e logo após isso alguns beijos.
Entramos no hotel entre risadas e de mãos dadas e nos deparamos com meu pai. Igor apertou minha mão com força e meio tenso, já que meu pai nos encarava com os braços cruzados e a expressão indecifrável, hostilidade emanando da sua postura séria. Engoli em seco, odiava quando meu pai olhava assim; era assustador, porque raras vezes meu pai se irritava, pior... Raras vezes ele se preocupava em saber onde estou. E me pegar assim no flagra era estranhamente assustador.
– O que está havendo aqui?– O que eu deveria responder ao meu pai? “Uns pegas” que não, né? – Quem é ele?
– Um amigo. A propósito, este é o meu amigo, Igor. – Eu tenho essa mania de complicar ainda mais a minha vida. Tanta coisa pra dizer e eu digo amigo. Eu poderia dizer só... desconhecido, né?
– Amigo? Amigo que você anda de mãos dadas?
– Ér... – Soltei a mão de Igor rapidamente. Um pouco envergonhada.
– Responde, Maria de Lourdes. – Ferrou. Meu nome sendo proferido completo? Não sabia se me apavorava ou batia no meu pai por dizê-lo em voz alta. Meu nome é horrível! Respirei fundo e olhei para Igor, que parecia apavorado. Controlei a vontade de rir e falei. – Acho melhor você subir, Igor.
– Hãn?
– Quero conversar com meu pai.
– Não, eu fico...
– Vai logo! – O empurrei de leve.
– Ta bom. – Ele sorriu envergonhado pro meu pai e saiu andando o elevador cabisbaixo. Olhei para meu pai, esperando o sermão.
– Ele já ta te obedecendo tão fácil assim? – olhei para a expressão brincalhona do meu pai e acabei rindo. Meu pai é um ser muito estranho.
– Digamos que é um dom. – Ele ergueu a sobrancelha zombeteiramente. – Você tava se fingindo de bravo ou está mesmo bravo?
– Um pouco dos dois. Tenho que assustar o namorado da minha filha.
– Pai! Ele não é meu namorado.
– Então devo ficar ainda mais preocupado? Essa coisa de relacionamentos sem compromisso...
– Pai, não precisamos ter essa conversa. Melhor! Não vamos ter essa conversa. Não se preocupe, não sou idiota. Tenho tudo sob controle.
– Não dá pra controlar o coração.
– Pai, isso é brega. E se torna infinitamente mais brega com você dizendo. – tentei controlar o impulso de rir, me sentindo desconfortável. – Então... por favor. Sem traumas para sua querida filha.
– Você tem que parar com isso.
– Isso o que?
– Deixar a opinião dos outros de lado e só querer saber da sua. É bom você ser independente, mas todo mundo precisa conversar de vez em quando.
– Vou me lembrar disso. Posso ir?
– Devo me preocupar?
– Não. Tudo sobre controle, principalmente o coração. – Eu disse irônica e meu pai revirou os olhos. Saindo de perto de mim. Respirei aliviada. E subi correndo as escadas, o elevador estava demorando. Bati na porta de Igor, diversas vezes. Ele não abriu. Bufei. Onde ele se meteu? Desisti, entrando no meu quarto. O quarto estava vazio, então resolvi tomar um banho. Comecei a tirar a blusa e quando estava quase conseguindo ouvi uma risada baixa vinda da pequena varanda. Arrumei a blusa, extremamente vermelha.
Peguei minha escova que estava do lado, bela arma e fui devagar até a varanda. Igor me assustou me pegando no colo, aparecendo do nada, ainda rindo. Ele me jogou na cama enquanto eu ria. E fez menção de se jogar junto, o que aconteceu segundos depois. Quando ele pulou na cama, com medo dele me esmagar rolei para o lado e caí no chão. De forma patética.
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