Meu Querido Cunhado escrita por Janine Moraes


Capítulo 12
Capítulo 12 - Mau pressentimento


Notas iniciais do capítulo

Oiee. Mais um capítulo.



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Fiquei parada no chão, morrendo de vergonha. Cobri o rosto, tentando controlar a risada que sacudia meu corpo. E senti duas mãos tirando elas do meu rosto. Igor ria de mim ainda em cima da cama.

– Vai fugir do nosso ninho de amor?

– Cala a boca! – empurrei ele que rolava de rir na cama.

– Quem quase fez um stripper foi você!

– Não fiz não. – Me sentei no chão, sentindo meu rosto queimar.

– Foi sim!

– Não foi.

– Não? Então quem fez isso? – Ele pulou da minha cama e foi para minha frente. Fazendo menção de tirara blusa, colocando a mão na boca e tudo, de uma forma ridícula, me fazendo corar. Levantei do chão, pegando um travesseiro e tacando nele. – Que foi? Não estou sexy o suficiente?

– Igor, você precisa de uns bons tapas.

– Vem me bater. – Ele deu um tapa na própria bunda, a cena me fez explodir em gargalhadas junto com ele, que continuou me provocando. Até cheguei a correr pelo quarto com o travesseiro querendo acertá-lo. Sua risada me deixando cada vez mais constrangida.

– Idiota!

– Quem ta correndo atrás de mim é você. – Ele acusou. Cansada sentei na cama. Tentando me recuperar, a mão no coração, sentindo minhas bochechas vibrarem levemente por causa do rubor. Igor ria encostado na parede, a mão na barriga, claramente se divertindo muito com a situação.

– Quando eu te pegar Igor, você vai ver. – ameacei, isso só o fez sorrir ainda mais malicioso.

– Adorei o duplo sentido.

– Que foi que tu bebeu?

– Adrenalina. Mexe com meu cérebro. – Ele deu um tapinha na cabeça. Controlei o riso.

– Você bebeu adrenalina, Sr Igor?

– Não. Idiota. – Ele sentou do meu lado, meio deitado, rindo de leve. O rosto alegre, distendido numa feição de alegria. Sorri para ele, irônica.

– Sua idiotice é em tempo integral, a minha não.

– Quem caiu da cama mesmo?

– Sem comentários. – ri baixo, colocando o travesseiro no rosto. Ainda não acreditando que paguei esse mico.

– Maria de Lourdes... Maria de Lourdes... Não minta para seu amiguinho.

– Se você me chamar de Maria de Lourdes de novo, amiguinho taradinho... Eu te jogo pela varanda.

– Não se esqueça... Eu posso voar! – Ele continuou brincando, bem humorado demais para ser suportável. Deitei na cama, com as mãos no rosto, tentando controlar o riso.

– Desisto de você! Desisto!

– Desiste nadaa! – Ele deitou do meu lado. Apenas os braços roçando.  Ele ficou em silêncio e eu pude ver sua cabeça inclinando na minha direção. Ri baixo da sua careta. Comecei a ficar nervosa. O dia perfeito estava se tornando estranho. Ele comentou levemente, ainda me olhando. – Estou com sono.

– Pula a varanda de novo.

– Me expulsando?

– Está tão óbvio?

– Você não dá valor pra mim, sabia? – Ele resmungou, fazendo bico, dramático.

– Não?

– Não. – Ele começou a fazer carinho no meu braço. Sorri involuntariamente

– Estou com sono também.

– Dorme, oras! – Ele me encarou, os olhos presos nos meus. – Se quiser te ensino a fechar os olhos e contar Igorzinhos.

– Você é tão bebê.

– Quem ta deitada no meu braço é você.

– Não estou. – Então ele me puxou, me fazendo deitar em seu braço, de forma hábil. Suspirando no meu ouvido, fazendo eu me sentir ainda mais bem acomodada.

– Agora está.

– Huum. – fechei os olhos, me ajeitando em seu braço.  Igor beijou a minha testa e levantou meu rosto, me dando um beijo leve e lento. Depois voltou a deitar. Suspirei, contente. Estar deitada no braço do Igor era agradável e confortável. Estava bom aqui. A sensação era boa, o cheiro era bom. – Acho que vou mesmo dormir, mas com você aqui fica difícil.

– Vou te ajudar. – Ele começou a fazer carinho no meu cabelo e a cantarolar. – 1,2,3 Igorzinhos.4,5,6 Igorzinhos.

– Essa não é a musiquinha dos Indiozinhos? – ri confusa, fazendo a cama estremecer. Foi impossível ficar séria. – E não deviam ser carneirinhos?

– Igorzinhos são muito melhores que indiozinhos. São mais sexy. Dão mais emoção.

– Cala a boca. – ri me aconchegando no seu braço e ele me apertou mais firmemente em seu abraço.

– Sim, senhora. – Ele ficou em silêncio e eu ri de leve. Antes de bocejar a e fechar os olhos. Esperando ele falar novamente. Para minha surpresa ele ficou em silêncio por um longo tempo. Abri os olhos, curiosa. Igor tinha os olhos fechados e a expressão tranquila. Ele tinha dormido. E agora? Engoli em seco, me sentindo nervosa subitamente. Eu tinha duas opções. Acordá-lo para mandá-lo ir embora. Ou deixá-lo dormir aqui. A segunda opção me deixava nervosa, por vários motivos, um deles é que se meu pai batesse a porta, seria extremamente constrangedor, os outros motivos não são dignos de comentários. Sentei na cama. Confusa.

– Igor? – sussurrei.

– Tenho que ir embora, né? – Me assustei ao vê-lo me responder prontamente.

– Pensei que estava dormindo.

– É. Acho que se eu dormisse você me tacaria mesmo pela varanda.

– Sou uma namorada tão ruim assim? – Eu disse brincando e passando as mãos nos seus cabelos.

– Você não é minha namorada. – Igor abriu os olhos, me encarando daquela forma que me inquietava. Como se ele pudesse ler através de mim. – Você não quis ser, de todas as vezes que tentei pedir, você recusou.

– Não vamos conversar sobre isso. É bobagem. – tirei as mãos do seu cabelo. Sentando e abraçando meus joelhos. Sabendo que ter essa conversa era desconfortável. Eu não aceitava porque... porque parecia que iria acabar em breve com o fim das férias. Com Igor ficando aqui e eu indo morar com meu pai. Não queria por título naquilo que poderia perder.

– Por quê?

– Porque... – procurei uma boa resposta na mente, cocei a cabeça, sem ter uma boa  o suficiente. – Eu não quero?

– Adoro quando me respondem com outra pergunta. – Ele murmurou irônico e contrafeito.

– Exatamente por isso que eu faço sempre. – respondi, tentando descontrair. Isso não adiantou. Igor sorriu de leve, então se sentou. Me dando um selinho.

– Acho melhor te deixar quieta. Boa noite. – Se levantou da cama e saiu pela varanda. Me deixando confusa. E eu fiquei ali, com a sensação que algo estava dando muito, muito errado. Ou caminhando nessa direção.



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