Three Roses escrita por MewKouhii


Capítulo 11
Doce Amor


Notas iniciais do capítulo

Desculpemmm a demora!!!
*Desvia de bombas*
Eu estava lotada de projetos e para melhorar ainda tenho dois eventos colegiais e meu notebook me ajudou muito quebrando DX
Enfim, consegui concertá-lo! o/'
O caps centraliza mais KyoyaxKuri, ao pedido dos leitores fiz esse caps x3



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Um casal de jovens estavam parados em frente a um prédio de aparência antiga, as cores que predominavam eram o branco e o preto, algo bastante monocromático que causava, de certa forma, uma sensação de seriedade e superioridade às visitas.

Kyoya, acompanhado de Kuri, fez um simples gesto com a cabeça em um diferente aceno e os portões de aço se abriram com um incrível ruído que se expandiu pela vizinhança.

            Kuri: Precisa de graxa – Kuri se referiu aos enormes portões produtores de ruídos.

            Kyoya: Essa não é a residência principal, é apenas a minha casa.

            Kuri: Hm? Aqui? Em um bairro totalmente humilde? O que há com seus pais?!

            Kyoya: Minha mãe foi bondosa ao deixar um pouco da herança para mim, mas meu pai preferiu dar a maior parte para o meu irmão mais velho – Suspirou balançando os ombros - Meu pai acha que não devo ser mimado.

            Kuri: MAS O SEU IRMÃO MAIS VELHO É MIMADO!

            Kyoya: Não é isso que meu pai acha.

Kuri se enfureceu de modo que teve que se conter apertando seus punhos e mordendo de forma violenta seus lábios que agora eram tingidos por leves filetes de sangue.

            Kyoya: Pare de morder-se! – O jovem apontou para os lábios da Katsura – Vai acabar ficando dolorida!

            Kuri: MEU DEUS! O que você é agora? Minha mãe? – A mais velha Katsura bateu os pés no chão com força.

Kyoya deu de ombros e adentrou no hall do prédio sendo recebido pelo porteiro de forma cortês. Alguns moradores que passavam davam-lhe pequenos acenos com a cabeça e outros ousavam perguntar-lhe sobre algo do seu dia-a-dia. Depois de alguns longos minutos os dois chegaram ao objetivo: O apartamento de número 15.

Kyoya abriu a porta de madeira lisa e negra e logo se pôs ao lado da porta para permitir a entrada de Kuri que apenas agradeceu e pediu um simples “licença” observando como era o cômodo. Os dois estavam localizados na possível sala de estar que era totalmente monocromática, em exceção da tevê que continha um tom de azul-marinho e das cortinas que eram cinzentas. No local se encontravam dois grandes sofás negros, umas janelas de vidro que vinham do começo do teto até o piso e azulejos reluzentes enfeitavam o piso brilhante.

            Kuri: Nada mal, nada mal mesmo – Na língua de Kuri aquilo era como um “Que lugar esplêndido!” – Mas pensei que um filhinho-de-papai como você talvez morasse em alguma mansão reservada da família ou algo do tipo... – Refletiu.

            Kyoya: Não seja tola! – O jovem ajustou os óculos enquanto limpava os pés no tapete da entrada e retirava os sapatos juntando-lhes ao canto do assoalho. Sendo copiado por Kuri logo em seguida – Meu pai não gastaria um tostão de sua fortuna comigo.

Kuri olhou fixamente nos olhos negros do rapaz que expressavam um misto de tristeza, seriedade e frieza, mas a jovem apenas deu leves tapas no ombro do rapaz amigavelmente e suspirou amargamente.

            Kuri: Tem coisas muito piores que isso.

Kyoya entendeu aquilo como um “Você vai melhorar dessa condição, eu já passei pelo mesmo” e apenas agradeceu. Nesse instante a Katsura poderia jurar de pés juntos que estava vendo pela primeira vez na vida aquele rapaz sério com uma pequena coloração rubra em seu rosto, mas quis deixar isso para lá, afinal ela poderia ser expulsa do apartamento e isso não seria nada bom.

            ?????: NIIII-SANNN!!!! NIIIIIIIII-SANNNN!!!!! – Gritou uma voz feminina no corredor.

A voz feminina se aproximou rapidamente e revelou-se ser uma jovem de cabelos longos e negros com pequenas ondulações, de olhos negros e vagos como os de Kyoya, seus lábios estavam tingidos de um batom bastante avermelhado e sua expressão era desesperada. A mulher se entreolhou com Kyoya e deu um breve grito ao ver Kuri plantada perto do rapaz.

            ?????: G-Gomenasai! Eu queria me certificar se era mesmo o meu irmão que havia entrado! – Dizia constrangida a jovem – Vejo que trouxe sua... – A mulher fitou Kyoya como se este tivesse que completar a frase por ela. O rapaz apenas suspirou constrangido.

            Kyoya: Uma aluna do Ouran – Kuri se surpreendeu com a incrível amargura de como Kyoya a havia tratado.

            Kuri: Prazer, meu nome é Katsura Kuri.

            ?????: Ah! Que erro o meu de não me apresentar! GOMENASAI!!! Me chamo Ootori Loneko! Me desculpe pelo comportamento!! – A jovem não parava de agachar-se para desculpar-se.

            Kuri: S-Sem problemas... Etto... Pode parar de desculpar-se, sim?

Loneko fez uma expressão mais culpada ainda e parou de se agachar freneticamente para deixar um longo sorriso tomar conta de seu rosto.

            Loneko: Vejo que já conhece Kyoya-chi!

A Katsura não aguentou e cobriu sua boca com as mãos para não rir do apelido “chi” que a irmã do rapaz dera a ele. Ele por outro lado apenas repreendeu as duas com o olhar e permaneceu sério se dirigindo ao sofá e deitando-se de forma informal.

            Loneko: Não ligue para ele. É sempre assim quando acha uma namo-... Ops! Uma “amiga” – O irmão da jovem a lançou um olhar matador de fazer criancinhas correrem, porém a irmã apenas sorriu marotamente e vitoriosa – Ah! Vamos lá Nii-san! Que tal mostrar algumas fotos para ela?

Kyoya parecia ter congelado todas as partes de seu corpo. A única coisa que conseguiu fazer no momento de choque foi arremessar a almofada preta do sofá no rosto da irmã. Ela apenas se protegeu com facilidade do objeto incrivelmente macio e recebeu risos de Kuri que apenas se divertia com a cena única de uma briga de família. A família Ootori.

            Loneko: Seu covarde! Qual o problema de mostrar algumas fotos de nossa infância? Você era tão bonitinho quando pequeno, mas agora virou esse traste que tenho coragem de chamar de irmão! – Loneko dirigiu-lhe a última frase com superioridade.

            Kyoya: Cale a boca! Vocês duas estão no topo da minha lista negra! Principalmente você Loneko!

            Loneko: Seu rabugento! Ainda não aprendeu a chamar-me pelo nome de “Loneko-sama”?

            Kyoya: Te mostrarei um bom nome!

            Loneko: Olhe lá como fala da sua irmãzona! Eu decidi morar com você para cuidá-lo e ainda me trata dessa forma?

Kyoya não respondeu. Apenas mandou um olhar reprovador e logo revirou os olhos no recinto à procura de algo.

            Loneko: O que perdeu?

            Kyoya: O controle. Ligue a tevê fazendo o favor?

            Loneko: Só porque foi educado!

A irmã de Kyoya ligou a tevê de plasma apertando o último grande botão dos muitos menores que tinham, depositou um beijo na bochecha de Kuri e saiu da sala de estar com uma expressão cansada no rosto, podendo-se perceber que havia trabalhado a manhã toda.

            Kyoya: Sente-se.

Kuri encarou a expressão séria do garoto por alguns segundos e se sentou ao seu lado encostando-se por inteiro no braço do sofá, ficando afastada de Kyoya por alguns longos centímetros.

            Kyoya: Eu não mordo – Enfureceu-se.

            Kuri: Não estou disposta a limpar os seus germes do meu uniforme – A garota limpou a roupa de forma exagerada e enfurecida.

            Kyoya: Quer começar o trabalho agora?

            Kuri: Trabalho? Ah! Sim! Claro.

                                   Kuri POV

Eu havia esquecido completamente do meu objetivo na casa desse bastardo! Como eu pude esquecer do trabalho? Com certeza estou sofrendo o mal de Tamaki! Isso é contagioso!!

Notei que na ponta do sofá havia uma mesinha de madeira bem trabalhada e clara com um relógio de madeira-escura e um porta-retrato com uma foto de três crianças e um bebê acompanhados por dois adultos que sorriam fortemente.

Será que são os pais dele? Mas quem deve ser o bastardo... Ah! Haruhi-chan mencionou alguma vez que ele era o caçula da família então... Pf...!

            Kuri: HAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!

            Kyoya: O QUE É ISSO?

            Kuri: Não acredito que estou vendo isso! – Apontei acusadoramente para o bebê da foto já descrita anteriormente – Este aqui é você?

Ele não respondeu. Ficou vermelho e virou o rosto de forma patética como o próprio. Qual era o problema de uma foto de família? Ele odiava tanto assim ser visto de forma infantil? Ah! Quanta bobagem!

            Kuri: Nee – Chamei sua atenção cutucando-o – Não fique emburradinho. Todos nós já fomos crianças um dia. Apesar que... – Segurei o riso – Você fica tão bonitinho de fraudas!

Não aguentei e gargalhei fortemente apoiando a cabeça no sofá de forma exagerada. HAHAHA! Era hilário ver a expressão daquele idiota! Hilário!

            Kyoya: VAMOS FAZER LOGO O TRABALHO! – Gritou com um olhar matador.

            Kuri: Está bem, está bem. Eu só havia comentado nervosinho.

            Kyoya: Pelo menos sabe o tema do trabalho?

            Kuri: Não faço a mínima idéia – Como pude me entregar facilmente? IDIOTA!! – Mas qual é?

            Kyoya: O que fica fazendo no meio da aula? Pensando em pôneis (malditos) e unicórnios?

            Kuri: CALE A B-...!

            Kyoya: O tema é áreas vitais do ser humano. Sabe algo disso?

J-JESUS!!! “ÁREAS VITAIS DO SER HUMANO”!? Não poderia ser algo mais decente tipo “Fale sobre a Patagônia” ou “Como se fabrica o Nescau”?

            Kuri: Acho que sei...

            Kyoya: Como assim “acho que sei”. Você não deve achar nada! Deve ter certeza disso. Eu já estudei um pouco sobre isso na área de medicina do meu irmão.

            Kuri: O seu irmão te ensinou medicina?

            Kyoya: Não, mas eu tinha uma certa mania de verificar alguns trabalhos que ele fazia. Ele com certeza mereceu a maior parte da herança. Diferente de um inútil como eu.

            Kuri: NÃO DIGA ISSO!!

Gritei sem ao menos pensar em uma única consequência. Que lindo, com certeza estou com o mal de Tamaki.

Meu rosto queimou-se por completo e virei o olhar para o piso enquanto planejava uma resposta básica.

            Kuri: Bem... V-Você é bem útil no clube... S-Sem você T-Tamaki-senpai não teria t-tido incentivo ao fu-fundar o Host... – Oh céus! Parem de tremer malditos lábios!

Tudo se formou em um pleno silêncio. Será que havia deixado o rapaz traumatizado? Não era tão perturbador assim o meu comentário... Deus. Vou ser expulsa a pauladas dessa casa sem ao menos conseguir concluir o trabalho.

Notando a prolongação do silêncio virei-me para encará-lo e... QUE DIABOS DE CARA É ESSA??? MEU DEUS DO CÉU!!!! 

Seu rosto estava fracamente rosado e virado totalmente com o olhar para a parede. Era incrível como ficava fofo daquela forma! Esperai... Eu disse “fofo”? “FOFO”?!? NANI? Estou ficando louca? Ou é mesmo o mal de Tamaki?

Senti algo pousar sobre minha cabeça e acariciá-la gentilmente.

            Kyoya: A-Arigatou, Kuri-chan.

PONTE QUE PARTIU! “KURI-CHAN”????ELE DISSE “KURI-CHAN”??? BUDA O QUE EU FAÇO? BATO NELE OU ABRAÇO? MATO OU BEIJO? DESGRAÇA! MERDA!!! MEU CORAÇÃO ESTÁ A MIL POR HORA!!

            Kuri: V-VAMOS LOGO COM ESSE T-TRABALHO! – Levantei do sofá com um pulo e forçando uma rápida expressão vaga, em vão já que meu coração estava ao ponto de estourar e meu rosto queimava. O que é está sensação?.

            Kyoya: Certo.

Como se nada tivesse ocorrido, o bastardo retirou de dentro de sua pasta da escola um notebook da Apple e com detalhes em um branco reluzente. Odeio ricos... Eita, estou sofrendo o mal de Haruhi também?

            Kyoya: Começarei planejando os slides, okay?

            Kuri: E-Está bem.

            Kyoya: Mas mesmo assim terei que te ensinar muito sobre o tema. Sensei vai passar alguns testes depois das apresentações dos grupos.

            Kuri: Só não entendi por que ficamos juntos no grupo. Não somos de anos diferentes? Você é do segundo e eu do primeiro, então por que isso?

            Kyoya: Porque é um tema geral! Os testes serão pontos para recuperação de notas.

            Kuri: Então não farei – Eu disse mesmo isso? É a minha única chance de pegar aquele maldito caderno e eu ainda digo isso? – Minhas notas estão ótimas.

            Kyoya: Se não fazer o trabalho perderá 10 pontos – Disse enquanto ajustava os óculos.

Sem escapatória. Agora é o objetivo final. Pegar o caderno e concluir logo essa droga de trabalho! Certo. Somente isso!

            Kyoya: Primeiro de tudo as áreas vitais são zonas muito sensíveis do corpo e quando atingidos podem provocar lesões graves, existindo mesmo, em alguns casos, possibilidade de morte. Até aqui entendeu algo? – Encarou-me com um olhar penetrante.

            Kuri: Oh sim! No Taekwondo também aprendemos essas técnicas!

            Kyoya: Você luta? – Refletiu o rapaz sem esperar uma resposta – Apesar de que com essa força... Não é algo que não se esperava.

            Kuri: Hunf. Pare com os comentários e continue com a aula “Kyoya-sensei”.

Kyoya soltou um breve riso que me fez paralisar. Ele rir? Eu estou sonhando? Isso tudo vai acabar como um simples sonho não?... Alguém diga que sim, por favor.

            Kyoya: Vou buscar alguns livros meus. Eles ajudaram no estudo – E se levantou em seguida desaparecendo de vista em um extenso corredor.

Meus olhos passearam livremente pelo local. Era um bom lugar. Mesmo que não fosse lá grandeee coisa, mas era bom, silencioso e agradável além de tudo. Somente um pouco vazio...

            Kuri: Eh? – Pronunciei automaticamente ao ver um caderno negro.

KYAHHHH!!! É O CADERNO DELE!!! FINALMENTE CONSEGUIREI VER O QUE HÁ NAQUELA COISA! O QUE DEVE SER? PLANOS MALIGNOS DE DOMINAÇÃO MUNDIAL? POEMAS VERGONHOSOS? FOTOS?

Peguei rapidamente o caderno e abri-o imediatamente batendo meus olhos em vários números e contas sem nexo.

            Kuri: Mas o que...?

Nada? Nada? Apenas contas? É isso o que ele põe nessa maldição de caderno? Me entusiasmei tanto por nada?

Folheei algumas vezes o caderno sem achar vestígios de alguma escrita importante. Joguei com força o caderno no sofá e a raiva tomou conta do meu ser.

COMO ASSIM SEM NADA? ELE SÓ FICA FAZENDO CONTINHAS PARA PASSAR O TEMPO? QUE GRANDE MERDA DE PASSATEMPO!

            Kyoya: Kuri-san? – Chamou-me – Algum problema?

Observei que Kyoya estava plantado ao meu lado com um olhar um tanto que preocupado, seus olhos me encaravam e logo desviei o olhar para os quatro livros grossos que estavam em suas mãos.

            Kuri: Não me diga que terei que ler tudo isso. Não temos tempo!

            Kyoya: Primeiro de tudo, é VOCÊ que não tem tempo, e segundo, esses livros serão usados caso você esqueça algo que eu vou dizer.

            Kuri: Hm... Então... Pode começar.

Fitei os olhos negros do bastardo por certo tempo, ele pareceu hesitar em algo e logo se sentou no sofá bem próximo de mim... Próximo demais, mas o que ele pensa que está fazendo??

Preparei meu punho direito para socá-lo caso ele tentasse algum estupro, porém ele somente sorriu malicioso ao ver minha reação.

            Kyoya: O que pensa que eu irei fazer?

            Kuri: Não sei, mas nada de útil.

            Kyoya: HAHA! – Riu – Não irei fazer nada do que pensa, Kuri-san, apenas vou te ensinar o que deve saber.

EU JÁ SEI TUDO O QUE DEVO SABER!! O que ele realmente pensa em fazer?? Droga!! Meu corpo está ficando submisso!!! MALDITO ORGANISMO SINCERO!

Kyoya se afastou um pouco e pegou um dos livros folheando algumas páginas.

            Kyoya: Vou simplificar todos os pontos vitais. Apenas ensinarei alguns bem básicos, o resto você mesma terá que estudar sozinha. Ouviu?

            Kuri: Não sou surda!

            Kyoya: Hunf. Nervosa – Revirou os olhos – Vou começar.

Sua aproximação ficou mais intensa e seu indicador da mão direita pousou sobre minha cabeça, deslizando um pouco para a nuca e causando-me frios na espinha.

            Kyoya: Vários pontos vitais estão concentrados nessa região do crânio, o principal é a lateral da cabeça, porém podemos citar a nuca. Entendeu até aqui Baka-san?

            Kuri: N-Não me chame dessa forma!! – Gritei raivosa e retirei seu indicador de minha nuca – Continue.

Seu sorriso sarcástico tomou conta de sua expressão. Aquilo me fez recuar com um pouco de medo e novamente meus punhos hesitaram em socá-lo.

Foi ai que aconteceu, grave falha na minha segurança, seus braços me jogaram contra o sofá e suas pernas prenderam-me sem conseguir me mover.

            Kuri: M-MAS O QUE-... SOLTE-ME! – Berrei.

            Kyoya: Shhhh! – Colocou sua mão sobre os meus lábios para calar-me – Outro ponto vital é sua testa.

Seus lábios pousaram graciosamente em minha testa em um beijo calmo e meu rosto se esquentou por completo. TARADO!!! Meus lábios... Estão travados! Que droga. Não consigo gritar!

Sua boca deslizou para minha garganta me causando sérios arrepios, tentei mover meus braços, mas sua força era maior que a minha (principalmente quando se está submissa ¬¬).

            Kuri: O-O-Outro... P-P-Po-Ponto vital...? – Disse em tom baixo por conta da minha vergonha, estranhando o som de minha própria voz rouca.

            Kyoya: Aprende rápido não? – Sorriu vitorioso enquanto distribuiu um único selinho em meu pescoço – Está quente.

            Kuri: Solte-me... – Falei em um único suspiro.

Sem desvios Kyoya se levantou e pousou ao meu lado encarando-me com sua face um pouco rubra. Aquilo realmente era gracioso! Maldita sinceridade.

                                               Kyoya POV

            Não era apenas uma aula de estudo. Não. Eu nego dizer que a amo, mas não posso permitir-me confirmar que a odeio... Por que ela tem que ser assim? Tão nervosa, submissa, atraente... Sim, atraente além de tudo. Aquela região de seu pescoço... Quem me dera tê-la adormecida para beijá-la por mais tempo!

            Kyoya: Quer uma xícara de café?

            Kuri: H-Hun... – Confirmou ainda envergonhada.

            Pousei duas xícaras de café na bancada da cozinha enquanto esperava esfriar um pouco, não iria ser bom levar café quente para uma perigosa garota de colegial que pode muito bem jogar todo o líquido fervente em você a qualquer momento!!

Por sorte rasguei uma parte do meu caderno e deixei em meu quarto. Era uma pequena reflexão que eu havia escrito em uma das folhas.

Em uma delas estava mais ou menos o seguinte:

            “Eu amo Katsura Kuri”

Mas estava seguro em meu quarto. Era apenas uma reflexão no dia em que escrevi, porém parece que a cada momento aquilo é uma verdade! Me irrita profundamente! Afinal eu a amo ou não?

Voltei com as xícaras na sala, mas notei que ela não estava por lá. Deveria ter ido ao banheiro ou... Ou xeretado a casa... Etto... Não pode ser! IRMÃ!

Depositei as xícaras em uma pequena mesa na sala e fui correndo até meu quarto. Só de pensar o que minha irmã poderia planejar era perturbador! Ela é a única que sabe do meu segredo, ou melhor, ela e Kami-sama (Deus).

            Abri a porta do meu quarto e notei que Kuri segurava uma pequena folha em mãos com sua expressão escondida.

            Kyoya: K-Katsura...? – Meu rosto se esquentou ao máximo e pude confirmar que estava encurralado.

Em um rápido momento pensei que poderia morrer lá mesmo. Kuri se aproximou de mim cabisbaixa e seus braços cercaram meu pescoço. É O MEU FIM!

Em vez de matar-me quebrando todos os meus ossos, ela apenas me abraçou fortemente e senti algo molhado em minhas costas. Ela estava chorando?

            Kyoya: K-...? – Fui interrompido.

            Kuri: IDIOTA!!! – Choramingou – Por que não... Não me disse isso antes?

            Kyoya: ...

            Kuri: Bastardo...!

E beijou-me com fúria plena, aahhhh! Doce vitória. Seus lábios eram macios e o beijo era quente, ela estava fervendo por dentro, queimando! Separei-me limpando os olhos lagrimejados da chorona.

            Kyoya: Está tão quente!

            Kuri: É S-SUA CULPA! BAKA! – E caiu no choro novamente.

            Kyoya: Não vai me dizer nada?

            Kuri: ...

            Kyoya: ...

Ela reencostou sua cabeça em meu ombro esquerdo e senti sua respiração arfar.

            Kuri: Eu te amo... Também.


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Notas finais do capítulo

E agora??? Querem me abraçar?? :3
Certo, certo, eu achei que ficou um pouquinho tenso, mas a opinião é de vocês.
Mereço reviews???
PS: A irmã de Kyoya existe sim no anime, mas não sabia o nome real dela, por isso coloquei Loneko :D /Apanha.