Three Roses escrita por MewKouhii


Capítulo 10
Dia Ruim


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM PELA DEMORA!!!!!!! T_T
Não precisam me bater, minha própria beta já me deu um hadouken Ç_Ç -q
Aqui estou eu de volta depois de uma mês bastante agitado de trabalhos, revisões e provas empacantes em meus projetos ;A;
E peço que meus queridos leitores não me abandonem por isso, eu apenas estava em um período difícil, entendam por favor Y.Y



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Já era de tarde no colégio Ouran, porém ainda se podiam ver as luzes da terceira sala de música que estavam acesas e o barulho constante de murmúrios de conversas em alta voz  que se podiam ouvir até mesmo das outras salas dos clubes alheios.

Honey: Waahh!!! Mal acredito que temos tantos clientes hoje! Será que é por causa do inverno?

Tamaki: Acho que há grandes chances de ser por isso, afinal, quem quer se manter nos pátios externos nesse frio polar?

Haruhi: Oh! É mesmo! Mal acredito que o inverno já voltou!

Keki: Bem, como é a nossa primeira vez aqui não é algo comum ver o inverno no Ouran...

Tamaki: Hahaha! Já ia me esquecendo que vocês entraram no Ouran nesse ano! Parece que já se passaram séculos!

Keki: Nos chamou de velhas? _ _#

Tamaki: N-NÃO! V-VOCÊ ENTENDEU ERRADO! O_O – Tentou se explicar o estrangeiro – Não era isso que eu pretendia dizer!

Keki: Bom mesmo!

Kuki estava muito intrigada com seus clientes masculinos para notar a conversa dos outros anfitriões à sua volta, porém seus olhos se mantinham fixados em sua irmã Kuri que não parava de transpirar e desviar os olhos de Kyoya. Não era algo comum ver Kuri dessa forma, brava sim, mas frustrada nunca.

Kuki: Tudo bem, Nee-chan? - Kuki assustou sua irmã mais velha como consequência da pergunta repentina.

Kuri: OH! C-Claro! Melhor nunca! - Suspirou – Eu só estou um pouco nervosa ao pensar que terei que fazer aquele maldito trabalho daquele maldito professor com ninguém menos que-...

Kuki: O amor da sua vida? - Interrompeu-a.

Kuri: Sim... Quer dizer... NÃO!

Kuki sorriu maliciosamente para Kuri enquanto acariciava a bochecha da irmã.

Kuki: Está quente – Sorriu de forma mais maliciosa ainda.

Kuri: M-MENTIRA! D-DEVE SER O AQUECEDOR! Está frio lá fora, não é? Pois então! Ligaram o aquecedor! É ISSO!

Kuki: Posso relatar que nunca te vi tão nervosa em toda a minha jovem vida...

Kuri: Calada!

Kuri se levantou do sofá próximo aos clientes masculinos e saiu da sala com a permissão de Tamaki para “tomar um pouco de ar” e voltar às atividades.

Kuri POV

Minha irmã não tem direito algum de me interrogar! Quem ela pensa que é? Uma advogada? Uma juíza? Ela é minha irmã e mais nada!!

Olhei o longo corredor vazio, era óbvio que eles ficariam assim até um tempo, afinal as garotas estavam quase “devorando” os hosts de tantos pedidos para eles e com minhas irmãs e eu... Hunf... É mais que óbvio que os garotos comecem à frequentar o clube com mais frequência do que antes.

Adentrando no banheiro feminino conseguia-se ouvir alguns cochichos dentro de alguma das oito portas dos banheiros. Encostei meu ouvido na sexta porta, acreditando que era aquela porta a causadora dos pequenos murmúrios.

?????: Ninguém precisa saber disso, ouviu? - Uma voz dominante e possessiva falou e conseguiu-se ouvir um gemido de medo em conjunto desta.

?????: Mas elas não nos fizeram nada! Por favor, não me faça fazer algo ruim! - Uma voz fina, quase infantil, respondeu para a autoritária com pavor óbvio refletido sobre lábios trêmulos.

?????: Eu sou sua única oportunidade para reconquistar o coração de Kaoru-kun! - Disse a voz autoritária ganhando um ar de admiração em sua fala.

?????: Mas você sabe que mal conheço ele!

?????: Como não? Você não disse que já tinha falado com ele pessoalmente? Em carne e osso? Ao vivo? - A voz autoritária perdeu sua calma de antes.

?????: Faz muito tempo! Nem éramos da mesma sala! Nem se lembram de mim mais! - A voz fina se desesperou.

?????: Não importa, faça o que for preciso, você precisa urgentemente mandar aquela Katsura para o inferno que é o lugar dela! Mate-a!

?????: Por que está me ajudando?

?????: Por que aquela miserável tem ganhado muita a atenção do meu namorado... - Um clima tenso poderia ser notado dentro do banheiro trancado – Agora ele só vai naquele clube, nem mesmo eu ia! Ele sempre reclamava que aquele clube era para jovens solteiras e depois ele me vem com essa de “vou ver a minha ídola”! Imperdoável!

Me contive para não ouvir o resto da conversa, o principal já havia sido dito e era isso o que me importava, não era incomum para mim ouvir ameaças de morte. Há muito tempo a família Katsura já havia sido sufocada por intimações de cobradores e assassinos de aluguel. Sou louca de pensar dessa forma, mas se eu não fortalecer minhas irmãs... Nada mais fortalecerá.

Conclui meus pensamentos e me afastei cuidadosamente da porta do banheiro, sai do local sem vestígios de ruído e fui indo em direção ao clube, na metade do caminho comecei à correr em busca da salvação de uma das minhas irmãs ou de minha própria.

Kuri: KUKI-CHAN! KEKI-CHAN! - Berrei ao abrir as portas do clube.

Recebi olhares curiosos e espantados de todos os clientes e anfitriões presentes no clube. Senti um leve frio no estômago e me dirigi às minhas irmãs sem me importar com o resto do mundo. Segurei as duas pelos pulsos e arrastei-as para fora do clube acompanhado de revoltas dos clientes masculinos.

Kuki: Onee-chan! Ittai! Me solte! Isso dói! - Choramingou a mais nova.

Parei de arrasta-las corredor afora e fui direto ao ponto.

Kuri: Eu ouvi a conversa de duas garotas no banheiro-...

Keki: Hahaha! Parece que nossa irmãzona esta começando à ouvir as conversas alheias! - Interrompeu-me Keki – Então diga, o que diabos elas disseram?

Kuri: Elas pretendem matar uma de nós!

As duas arregalaram fortemente os olhos e prestaram total foco na conversa.

Keki: Quem são essas desgraçadas? Eu irei pica-las em pedacinhos! - Bravejou minha irmã do meio.

Kuki: M-Matar-nos? N-Não!!! Eu quero ter filhos! Família! Preciso viver!!! YADA!!!

Segurei Kuki pela garganta já mantendo os nervos sob pressão da raiva.

Kuri: CALADA! Não sei quem foram, somente ouvi as vozes. Muito menos sei quem de nós elas pretendem matar! - Em seguida soltei a garganta de Kuki que caiu ofegante.

Keki: Isso está muito mal contado sabia? Tem certeza que não foi alguma piadinha? Não acho que existam assassinos no Ouran.

Kuki: Concordo plenamente! - Retomou o fôlego perdido pelo sufoco – Não acho que existam pessoas assim por aqui. São todos tão amáveis e gentis.

Kuri: Você é a última pessoa que deve dizer isso! Ingênua! - Kuki se encolheu amedrontada.

Keki: Ei! Pegue leve com Kuki-chan. Não temos culpa se há ou não assassinas no Ouran!

Kuri: Eu apenas estou avisando! - Gritei quase em uma briga com a minha irmã do meio – Você por algum acaso prefere morrer!?

Keki se calou apreendida pelas palavras grosseiras.

Kuki: Nee-chan? - A mais nova tentou se aproximar de Keki recebendo um tapa em sua mão que se aproximava.

Keki: Ela está certa, Kuki-nee-chan, não temos culpa se ela prefere crer em mentiras descaradas.

Keki se afastou de mim cabisbaixa, talvez eu tivesse sido grossa, mas era pelo nosso próprio bem! Ela teria que entender esse fato com coesão! Eu só queria o bem de todas nós...

Keki chamou por mim e pela irmã do meio desesperada por uma outra breve conversa de entendimento, que não ocorrera, por fim acabou seguindo Keki me deixando sozinha naquele corredor imenso.

?????: Bom trabalho.

Ao perceber que era uma voz de um homem minha mente automaticamente fez o meu braço esquerdo juntar os dedos em um punho fechado e mirar com os olhos dilatados em quem quer que fosse.

Como em uma câmera lenta, o homem conseguiu desviar apenas movendo o ombro um milimetro para a direita, este homem era Kyoya.

Kyoya: Bons reflexos – Pronunciou sério enquanto abaixava meu punho na altura de seu estômago – Pena que são tão lerdos.

Kuri: K-Kyoya?!?

Kyoya: Até onde eu sei, não me lembro ter mudado de nome.

Kuri: O que faz aqui?!

Kyoya: Ouvindo sussurros de pequenos camundongos.

Kuri: V-Você estava ouvindo!?

Kyoya: Apenas escutando.

Kuri: Até que ponto?

Kyoya: O importante.

Congelei todos os meus membros do corpo e meu coração acelerou-se como um tambor de um festival. Meus olhos fitavam Kyoya com um horror claro.

Kyoya: Que horas pretende ir em minha residência?

Kuri: Hum? - Retomei aos poucos os reflexos perdidos pelo espanto.

Kyoya: Esqueceu-se que teremos que fazer um trabalho juntos?

Kuri: Nós? Trabalho? - Minha mente latejava em branco.

Kyoya: Acorde! - Ele bateu em minha cabeça do mesmo jeito que se bate em uma porta de visitas, que insuportável... - Tem alguma coisa aqui dentro? O TRABALHO QUE O PROFESSOR PEDIU! Você irá ir em minha residência que horas?

Kuri: Ah! É-É um trabalho para esta semana???

Kyoya parecia ter perdido todas as gotas da sua curta paciência que podia-se resumir em “pavio-curto”.

Kyoya: Só me diga que horas...

Pensei um pouco até conseguir lembrar do que estávamos falando, ele havia mudado de assunto propositalmente, não tinha culpa de ter ficado sem reações em sua frente... Q-Quer dizer... Não no sentido de se sentir envergonhada... Isso nunca!

Kuri: Depois do clube.

Kyoya: Oh? Você não precisa ficar de tarde? Você tem uma permissão para permanecer na escola após os horários das atividades por qual motivo então?

Eu havia realmente enviado a permissão dos meus avós, somente havia contado para o meu avô sobre isso, pois minha avó iria nos proibir com toda certeza, ela pensava que de tarde até às seis da noite ficávamos estudando para as matérias. Era uma mentira justificada de fato para trabalhar de meio período em uma cafeteria.

Kuri: Primeiro de tudo, como sabe disso?

Kyoya: Existe alguma coisa nessa escola que eu não saiba?

Kuri: … - Pensei em responder mas hesitei – Não mais.

Kyoya respondeu com um sorriso maroto nos lábios, um sorriso odioso de orgulho e quilos de puro ego inflado pela vitória das palavras.

Kyoya: Vai responder minha pergunta?

Kuri: E-Eu... Estudo as matérias dadas no conselho – Não tinha mentira melhor não cérebro?

Kyoya: Hm... - Refletiu Kyoya – Então te vejo em breve.

E aquela figura provocante saiu de minha visão deixando minha mente ainda presa naqueles olhos profundos como uma noite escura empoeirada pela neblina... De alguma forma isso me causa alguma sensação boa. Kyoya sempre foi uma pessoa que se importou comigo... DROGA! Não devo pensar nesses tormentos!

Kuri POV off

A mais velha Katsura voltou para o seu posto de anfitriã ainda sendo “rejeitada” por Keki que não se atrevia à olhar para ela sequer, Hikaru foi um dos primeiros à notar isso ficando grudado na irmã do meio com certo grau de atrevimento excessivo.

Hikaru: Está bem? - Disse o gêmeo “surgindo” atrás do sofá.

Keki: K-KYAH!!! De onde você surgiu? Do inferno?! o_o”

Hikaru: Baka – O gêmeo disse isso batendo de leve e com carinho na cabeça da Katsura – Eu não sou assim tão assustador.

Keki: S-Sim, não é bem esse o caso...

Hikaru: Brigou com Kuri-san?

Keki não respondeu, continuava virada para ele e seus olhos desviaram-se para o piso de azulejos reluzentes. O Hitachiin não deu mais sinais de persistência, mas antes chegou bastante próximo dos ouvidos da garota sussurrando: - Está me deixando enciumado sentando-se com esses mediocres – De forma sedutora, quase provocante. A Katsura em resposta soltou um gemido de espanto e vergonha e cobriu seu rosto vermelho ficando cabisbaixa, submetida.

Um estrondo preencheu a sala dos hosts e um motor de alta-potência começou à surgir do próprio piso de maneira bastante sobrenatural e medonha, em cima deste motor podia-se encontrar Renge.

Renge: HOHOHO! - Sua mão estava no canto de sua boca com um gesto de vitória – Parece que ouve um desentendimento com as irmãs Katsuras! E agora? Senhor e agora? Será que esse trio magnífico e imbatível será destruído por palavras grosseiras de violência imatura? Ou o amor fraternal vencerá? Vejam isso aqui! - Renge apontou para Kaoru e Hikaru em seguida de forma acusadora – Aqui estão a prova viva dos namorados delas!

Todo o público feminino (desmaiou) se surpreendeu e olhou (mortalmente) fixamente para os gêmeos de forma dramática e melosa como se os próprios olhos dissessem chorões “É verdade?”.

Kaoru: Devemos comunicar uma breve confusão. Isso o que Renge-san disse é mentira, okay?

O público feminino suspirou de alívio e se virou para continuar o cotidiano no clube.

Renge: O quê? N-Não acreditem nele! Sejam fortes garotas! - Hikaru deu uma voadora no motor de alta-potência fazendo ele voltar lentamente para o solo – O poder do amor vence-...! - A última palavra saiu cortada, sendo Renge levada pelas profundezas obscuras do piso.

Todos os anfitriões ficaram com gotas gigantes estranhando todo o ocorrido bizarro.

Tamaki: H-HARUHI!

Haruhi: Sim?

Tamaki: TEM UMA PEQUENA FLOR PRESA EM SEUS CABELOS!!!

Uma pequena flor de cerejeira estava presa sobre os cabelos curtos de Haruhi. Antes que Haruhi pudesse pensar em retirá-los o loiro foi mais rápido e puxou a flor delicadamente com os dentes aproveitando para roçar seus lábios na testa da jovem.

Haruhi ficou congelada e se virou em direção à porta de saída roboticamente.

Tamaki: Onde vai Haruhi-kun???

Ela não respondeu e foi ainda congelada e azul para os corredores.

Do outro lado ela fechou a porta do clube cabisbaixa e depois cobriu sua própria boca ganhando um tom fortemente rubro no que antes era um azul bizarro.

Haruhi: K-K-Ki-Ki-Kissu - Pronunciou Fujioka ainda em choque e corada – R-Rico maldito.

-x-

O clube já havia encerrado suas atividades, agora todos se despediram e Kuri, dessa vez, foi indo na mesma direção de Kyoya quase grudados como um casal.

Kyoya: Não chegue tão perto serva.

Kuri: S-SERVA?!? - Falou a Katsura em fúria plena – SERVA A TUA MÃE!

Kyoya: Prefere mula?

Kuri: Não prefiro nada! Cale a boca! Maldito! - A bolsa de Kuri de maneira nada misteriosa parou na cara do jovem de óculos.


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Notas finais do capítulo

YAY! O que acharam meus lindos leitores? *O*
SHUAHSUAHSUAH Ignorem a excessiva perversidade de Tamaki, eu sempre quis imaginar um francês bad boy que nem ele x'D
Então? Mereço reviews? Não vai cair a mão de ninguém escrevê-los... Ç_Ç