Winter Days escrita por BlueSupGirl


Capítulo 3
Blood on snow


Notas iniciais do capítulo

Aeae, capitulo quentinho do forno, acompanhado de biscoitos -qqq
Não ligue pra autora retardada falando merda.



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Ray revirou os olhos com a brincadeira de Frank, parecia o chamar de idiota, mas simplesmente não estava. Conhecia Ray, aquele revirar de olhos significava que ele não precisava de inscrição no nosso "clube" nem nada, Ray já tinha ido com a cara de Frank. Me senti feliz que agora tinhamos mais uma pessoa no nosso pequeno grupo escolar, que na verdade estava começando a se destruir. Sempre fui amigo do Ray e sempre vou ser, mas ele estava começando a ficar cada vez mais ausente depois que começou a namorar, nada contra isso, mas a garota está o fazendo se afastar de nós. Ele fica horas com ela, na verdade faziam três dias que não nos viamos, sendo que sempre que tinha o primeiro dia de neve saímos nós três juntos, ele disse que não iria pois ia com ela no shopping. Me levantei e subi em direção pro meu quarto, simplesmente ignorando Ray, Mikey e, por mais que fosse dificil, Frank. Entrei no meu quarto que estava numa bagunça gigantesca, minha ba.gunça, passei por tudo abri a janela e voltei a fazer o que fazia ontem, olhar o horizonte. Escutei Ray perguntar por mim e perguntar sobre o que estava acontecendo, Mikey respondeu que não sabia. Levantei e tranquei a porta, não queria que ninguem me incomodasse, e logo depois de sentar na cama eu pedi para que Frank não contasse nada que havia lhe falado horas mais cedo. Queria que esquecessem que eu estava aqui em casa. Olhei para minha escrivaninha e avistei uma pequena tesoura com a ponta bem afiada, eu a peguei. Fui em direção ao banheiro e contei alguns dedos antes do pulso, não queria morrer, não naquele momento... Comecei a me cortar, aquela dor era de certa forma boa me fazia me sentir bem. Contei todos os cortes, no total dez. Como consegui fazer aquilo? Limpei o sangue no meu braço e sai do banheiro, escutei a porta bater e a ignorei, agora eu meperguntava por que havoa feito aquilo, estava tão bem antes do Ray chegar, talvez tenha sido a dor de achar que vai perder um amigo... Novamente alguem bateu na porta.

    -Quem é? - Perguntei meio rispido, não queria ser incomodado.

    -Sou eu, Frank. Me deixa entrar Gerard - Ele disse, parecia estra preocupado. Levantei e abri a porta.

    -Ai meu Deus Gerard, o que você fez no seu braço!?

    -Fala mais baixo - Tampei a boca dele rapidamente - Não quero que Ray e Mikey saiba, não agora.

    -Eles estão preocupados, vou falar com eles.

    -Não vai! - Eu tranquei a porta o mais rapido que pude. - Por favor Frank, depois eu falo com o Michael, eu prometo. Ray não precisa ficar sabendo disso.

    -Tá, mas me deixe ver o estrago...

    O estrago, era como ele estava chamando os cortes no meu braço, pra mim aquilo não era um estrago era somente uma maneira de me aliviar. Ele me sentou na cama e começou a olha meu braço, seu toque era leve e preocupado, ele olhava cada machucado cuidadosamente, o sangue insistia em sair por cada corte, me deixando preocupado em ter errado as medidas e cortado um lugar errado que poderia e causar uma hemorragia muito grande e me mataria em algumas horas se não fosse estancado. Ele levantou e procurou algo.

    -Procurando o que pintor de rodapé? - Eu perguntei rindo, tentando descontrair aquele clima estranhamente pesado.

    -Haha ok? Sou baixinho mas sou feliz. Procurando o objeto do seu quase suicidio e algo pra estancar o sangue.

    - A tesoura está no banheiro e tem algumas faixas por lá também.

    Ele entrou no banheiro e escutei ele mexendo nas coisas. Senti algo pesado no meu coração, por mais que aquilo tivesse me aliviado parecia ter machucado Frank, foi como se elguem pegasse uma faca e enfiasse no meu peito, logo depois a retirasse e me deixasse ali, morrendo com a perda constante de sangue. Ele saiu com a tesoura limpa na mão, devia ter limpado no banheiro, e estava com algumas faixas na mão. Ele estancou meu sangue apertando a faixa logo em cima do primeiro corte, logo depois ele enfaixou toda aquela parte do meu braço. Ele olhou pra mim com uma certa tristeza no olhar.

    -Não faça isso nunca mais ok? Você quase me matou de susto!

    -Me desculpe, era só pra pra mim me aliviar. Estou passando por momentos dificeis...

    -O que aconteceu?

    -Nada que você possa ajudar, Frank.

    -Posso te ajudar escutando seu relato, te dando meu ombro pra chorar e até mesmo te aconselhando. Vamos me conte!

    -Tá eu conto...

    Comecei a falar tudo, o começo daquilo, a quase sempre ausência dos meus pais, a quase perda do meu amigo de infância, falei tudo. Tudo que eu falava ele escutava e parecia compreender, algumas vezes me interrompia para fazer perguntas ou somente para limpar minhas lagrimas. Pela primeira vez desde o começo daquilo tudo me senti leve, mas tão leve que poderia deitar numa nuvem e dormir nela. No final de tudo Frank me abraçou e ficamos ali, naquele momento só nosso onde eu chorava e ele me apoiava. Virei minha cabeça pra janela e me espantei, já era noite. Me separei de Frank no mesmo momento.

    -Está de noite, seus pais devem estar preocupados.

    -Não, eles não estão. Pedi pro Mikey ligar pra eles pra pedir pra mim dormir aqui. Eles deixaram, e falaram pra mim pegar um pijama emprestado pois iam viajar. Já deve ter ido...

    -Pegue um dos meus, não vão ficar tão grandes em você, anão de jardim.

    -Obrigada pela parte que me toca. - Ele bufou, estava começando a me divertir de novo

    -De nada, carcereiro de gaiola.

    -Aonde você aprendeu tantos apelidos assim?

    -Lugar nenhum pouca sombra.

    -Para com isso.

    -E se eu não quiser, fotografo de bola rasteira?

    -Eu te faço ficar quieto

    No mesmo momento ele se jogou em cima de mim, estavamos rindo feito idiotas, parecendo duas crianças. Até que alguem bateu na porta. Droga, acabou com nosso momento...

    -Quem é? - Eu disse estressado, odiava ser atrapalhado.

    -Sou eu, o Ray já foi embora e vocês dois ainda estão neste quarto. Quem está sendo a puta?

    -O Frank, ele é uma ótima puta! - Escutei uma risada abafada do Frank atrás de mim - Quer se juntar a nós?

    -Eca! Nada contra gays, mas é nojento isso

    -Claro, claro - Abri a porta e Mikey que estava escorado nela caiu

    -PORRA!

    Rimos todos juntos, pareciamos crianças agora. Daqui a pouco minha mãe chegaria e veria a gente acordado. Decidi mandar Mikey dormir e dormir também, o sono estava quase me matando. Me deitei e senti Frank passando o braço por mim, talvez aquela noite fosse um pouco perfeita...


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Notas finais do capítulo

Eu achei que foi o capitulo mais dramatico que escrevi, quem também acho levanta a mão.Mereço Reviews??



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