The Beginning Of The End escrita por Caa Gold


Capítulo 3
The Canals Of Our City




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A nefilim permanecera ajoelhada no piso de madeira. Não esperava que aquilo acontecesse, mas também não achava que tudo seria feito na maior calmaria.

Ela percebeu que o anjo continuava ali. Não queria ficar mais nem um segundo naquele lugar. Levantou; num momento ela estava de pé na sala do Bobby, no outro estava em quarto de hotel. Chovia no lado de fora, e pela janela, ela viu raios cortando o céu. Ao virar, deparou-se com o Anjo encostado na parede lateral do quarto.

– Agora tenho um cão de guarda nos meus calcanhares? - Não iria ficar com alguém seguindo cada passo seu. Partiu em direção à porta, determinada a sair daquele lugar sem seguidores, da maneira que fosse necessária.

– Você não vai a lugar algum - Agora Castiel estava parado em sua frente, bloqueando a porta, impedindo que ela passasse.

– O que foi? Não confia em mim anjo?

– Nem um pouco.

– Eu entendo... Não deve ser fácil acreditar que está sendo enganado pelos seus irmãos no céu. E a sua aura, - Falou olhando ao redor do anjo, como se algo estivesse ali que apenas eles pudessem ver. - está emanando ódio. E ódio de mim sem dúvida. - Ela riu com escárnio. - Não é minha culpa! Tudo isso está acontecendo desde que Miguel foi preso na jaula junto com Lúcifer. Para ser mais realista, nunca ouve um fim. Então, não me culpe por trazer a verdade à tona. Um simples obrigado bastaria. - Amelia desviou dele, abrindo a porta e saindo de lá, a chuva caindo bruscamente sobre sua cabeça. - Agora, eu tenho coisas mais importantes com que me preocupar.

– Eu disse que você não vai a lugar algum. - Novamente ele apareceu, segurando-a no ombro, impedindo ela de prosseguir.

– Castiel me solte. - Falou virando para olhá-lo. Agora ela não parecia mais pacífica, pois seu semblante era pesado, sério. - Eu não quero te machucar. - Desvencilhou-se da mão dele.

– Mas eu quero.

A tempo, percebeu a ação da espada do oponente.

Em súbita agressão, o anjo atacou com toda energia e perícia, e por um momento a nefilim achou que não teria visto ele atacar, mas a sua espada subiu para bloquear a poderosa lâmina do adversário.

Ao choque das armas faíscas expeliram de ambas. A arma do anjo era comum à de todos os outros como ele; totalmente prateada, exceto que em sua lâmina jaziam escrituras vermelhas.

Já a arma da nefilim era completamente dourada, e escrituras prateadas de tão poderoso efeito quantos as do anjo estavam cravadas em sua lâmina.

– Castiel para com isso. - Rosnou a mulher.

– Só irei parar quando você estiver morta. - Rebateu o celeste. Em suprema velocidade, rolou para o lado e avançou como uma fera voraz.

Mas a nefilim era astuta e se defendeu. As lâminas se encontraram, e a Nefilim resistia, mas era clara a superioridade do Anjo, não por sua técnica em luta, mas pelo motivo de a mulher não estar querendo dar continuidade a briga.

Estava perdendo tempo ali. Tempo precioso que poderia ser usado na busca da espada do arcanjo. Mas percebeu que teria de fazer algo, caso quisesse acabar com aquilo; tentando terminar a luta, a mulher partiu para o ataque, e num só golpe desarmou o anjo, fazendo com que a arma dele fosse lançada no outro estremo do pátio, e num segundo golpe, apoiou o punho de sua espada no pescoço do anjo.

– Agora me escute. - A mulher começou a falar, visivelmente brava, repreendendo o celeste com um olhar duro. Frio. - Pare de criancisse. Eu não farei mal a você, muito menos aos Winchester. E se a minha morte é o que você anceia, fique sabendo que eu não sobreviverei ao crepúsculo dos tempos.

– Espero que seja eu a matá-la. - O anjo cuspiu aquelas palavras no rosto dela.

– Talvez de alguma maneira você o faça. Pare de me seguir. - Um farfalhar de asas anunciou que a mulher desaparecera.

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– Então Bobby, achou algo? - Sam perguntou ancioso. Fazia dois meses desde que a Nefilim sumira. Castiel tentou seguir ela, mas com o tempo ele perdera seu rastro. Desde então, nada acontecera à eles.

– Nada. Tudo está na perfeita paz. - Bobby falou, fechando um dos vários livros que examinava. - Aquela charlatã enganou à todos. Estava inventando tudo.

– Mas por que ela mentiria?

– Ela não mentiu.

Ambos olharam para o lado e viram Castiel parado à sua frente. Seu terno e sobretudo estavam ensanguentados, além dos cortes marcando seu rosto; o anjo não conseguia ficar em pé, e tombou pra frente, mas Sam conseguiu ampará-lo antes que tocasse o chão.

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Dean estava saindo de uma lanchonete com um pacote de sanduíche e salada, além de estar comendo um dos sanduíches presos à sua mão. Pegou a chave do Impala, e ao entrar no carro colocou a chave na ignição prestes a dar a partida, quando do nada tudo à sua volta sumiu, e ele estava parado em um campo aberto, um cemitério.

Já estivera ali antes, à 1 ano atrás pra ser mais preciso, quando aprisionou os arcanjos na jaula.

Mas como fora parar ali? No mesmo instante, Sam apareceu ao seu lado.

– Sammy. - Dean foi ao encalço do irmão. - O que está acontecendo cara?

– Eu sei lá Dean. Estava amparando o Cass, quando vim parar aqui. Ele deve ter batido a cara no chão.

– Mas que inferno.

– Ora, ora, ora, o que temos aqui? - Uma voz desconhecida surgiu atrás deles. Um rapaz de cabelos negros estava parado de braços cruzados, contemplando a imagem; parecia ter uns 25 anos. - Agora a festa vai começar.

Dean cerrou os olhos tentando reconhecer quem era aquele homem.

– Ah qual é Dean! Você não está me reconhecendo? Tudo bem que eu deixei de ser um garotinho, quis envelhecer um pouco sabe, mas eu não mudei tanto assim.

– Jesse!

– Bingo! Muito bom Dean. E Sam, como você está? Pelo visto conseguiu dominar a grande muralha de Sam ai na sua cabecinha, ãh! Sem dúvida está muito melhor que meu pai, que está junto com o irmãozinho dentro de uma jaula... Mas não por muito tempo, certo?

– Seu filho da...

– O anticristo estendeu a mão e fez a voz de Dean sumir antes que ele pronunciasse a última palavra.

– Vamos esclarecer uma coisa antes, ok?

– Não precisa seu imbecil - Sam partiu pra cima de Jesse, mas antes que pudesse alcançar o oponente, ficou preso no chão, sem conseguir se mover.

– Olhe Sam, nada disso teria acontecido se vocês não tivessem aparecido em minha casa. Não tivessem dito que eu era anormal...

– Você não é anormal Jesse...

– Não me interrompa. - Com outro aceno, Sam ficou sem voz também. - Minha mãe se matou rapazes, não foi como a de vocês que virou carvão e foi morta por alguém. E meu pai enloqueceu... Preferia que ele estivesse morto...

"Mas agora o meu verdadeiro pai vai retornar, e vocês estarão mortos finalmente."

– Só se for por cima do nosso cadáver que ele vai voltar. - Dean falou recuperando a voz.

– Pois se isso te consola Dean, sem dúvida ele vai passar por cima dos seus cadáveres.

O anticristo se aproximou de Dean e com uma faca fez um corte no rosto dele. O sangue escorria pela lâmina da faca. A criatura levou a faca até o centro do campo e começou a fazer um ritual, deixando pingar várias gotas do sangue no chão.

– Droga Sam, a gente ta ferrado. Pensa em algo!

– No que Dean? Estamos presos!

Conforme o rapaz falava o encantamento, o sangue no chão formava o desenho de um círculo.

– Em breve meu pai estara aqui e vocês terão o prazer de lhe dar as boas vindas.

– Acho que não Jesse.

O rapaz virou para trás e viu que uma mulher loira, estava parada do lado oposto do campo.

– Isso só pode ser brincadeira. - Ele falou, não entendendo o que um humano repugnante estava fazendo ali. - Lugar errado, hora errada mocinha. - Com um gesto, o homem estalou os dedos, visando fazer algo contra ela, mas nada aconteceu.

– Bela tentativa, mas não funcionará em mim. - Num piscar de olhos, asas brancas gigantescas brotaram das costas da mulher.

O anticristo arregalou os olhos ao ver aquilo, mas um sorriso ironico começou a surgir no canto dos lábios dele.

– Quem diria! Uma Nefilim! - Ele deu uma risada maligna. - Se não é minha irmã Amelia. Veio presenciar o retorno de meu pai?

– Não dessa vez, desculpe desapontá-lo, mas tenho repugnância à este tipo de praga.

– Mas seu pai também irá voltar, junto com Lúcifer, não?

– Miguel não é meu pai. Nunca foi e nunca será.

– Exatamente! - O homem começou a andar em volta da nefilim. - É perfeito!

– Perfeito?

– Pense Amelia, pense! - Ele olhou para o rosto dela e percebeu que a dúvida permanecia ali. - Você odeia Miguel. Nós odiamos Miguel. Agora, imagine nós lutando juntos contra o anjo. Afinal é tudo culpa dele. Veja, ele aboliu o anjo que matou sua mãe Amelia... Junte as partes, no fim sempre chegamos à Miguel. - O rapaz parou próximo ao ombro dela, e começou a sussurrar em seu ouvido. - É isso que você quer, não? Vingança. E agora nem o seu tio quer você, porque você é uma aberração. Sua mãe não te quis e te abandonou na sargeta. E o anho que você supôs que ficaria do seu lado, quer te matar. E agora você quer vingança!

Os olhos da anja ficaram vermelhos e o chão ao seus pés começou a tremer.

– Droga, droga, droga - Dean começou a tentar achar um modo de se mover, mas nada adiantava. - Amelia, não de ouvidos pra ele!

Por uma fração de segundos a mente da Nefilim voltou ao normal; tempo suficiente para que brandisse sua espada contra o Anticristo. No entando sua lâmina cortou o ar; ela olhou ao redor procurando pelo homem, mas ele sumira.

O sangue no chão completou o desenho, Dean e Sam acreditaram estar tendo um déjà vu, idêntico ao do convento abandonado, há 1 ano atrás.

Tudo ao redor deles começou a tremer vorazmente, e do centro do círculo uma luz branca começou a surgir além de um zunido irritante, que chegava a doer.

A nefilim correu até os irmãos, e começou a pronunciar algum tipo de encantamente em latim; o feitiço que prendia os irmãos se desfez, libertando-os.

– Onde está o Anticristo? - Sam perguntou.

– Acho que temos um peixe maior com que se preocupar agora Sammy.

– Encontro vocês na casa do Bobby - E falando isso, a mulher tocou os irmãos na testa fazendo eles sumirem. Virou então, para olhar a jaula no chão que tornava-se à abrir. Amelia começou a pronunciar várias palavras em latim, tentando fazer com que a jaula se fechasse, mas nada adiantava. A luz branca chegou até a borda do círculo de sangue, e englobou tudo ao seu redor.

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– Rapazes!

Dean e Sam abriram os olhos ao mesmo tempo, vendo que estavam na sala da casa de Bobby.

– Vocês estão bem? O que acontec...

Antes que ele pudesse terminar a frase, um tremor abalou as estruturas da casa e todos puderam ouvir um barulho distante, algo que lembrava uma explosão.

– Eles voltaram... - A voz de Amelia anunciou a má notícia. O rosto da mulher sangrava, um corte estava aberto em sua testa.

– Meu Deus Amelia, você está sangrando! - Bobby fez menção de levantar mas foi impedido pela mulher.

– Eu estou bem... Mas não posso dizer o mesmo dele. - A mulher foi até onde Castiel estava deitado; ele estava desacordado por causa dos ferimentos. Por mais que Bobby tivesse tentado estancar o sangue, o fluído escorria pelo rosto do anjo.

Já o ferimento no rosto dela já tinha parado de sangrar e sobre o corte uma nova pele já aparecia. Em segundos não havia sinal de corte algum ai.

Enquanto isto, ela pegou do bolso um emaranhado de ervas. Com um graveto amassou a planta dentro de uma cuia de barro, que pedira para Bobby, e em outro pote acendeu fogo embaixo dele. Ao mesmo tempo, dispôs a seu lado, quatro largas tiras de couro, para cada corte.

Com a ajuda de um dos irmãos, ela tirou a camisa do anjo, e vários cortes profundos marcavam o peitoral dele.

Quando o fogo irrompeu, queimou as ervas dentro do recipiente.

– O que é isso?

– É um tratamento conhecido como moxibustão. É bastante eficaz no combate a várias enfermidades e ajuda na cicatrização. Os anjos que o atacaram eram muito fortes e usaram algum tipo de arma que não apenas o feriu fisicamente mais atingiu sua aura também... Eu nunca vi nenhum anjo tão ligado ao seu avatar como este... Isto vai doer um pouco. - Ela tentou avisar ao anjo, mesmo ele estando desacordado. Sobre um dos cortes no tórax dele, ela pos as cinzas flamejantes, que provocaram queimaduras superficiais na pele.

A reação foi imediata. Um grito agonizante saiu da boca do anjo. Ele segurou a mão da mulher impedindo ela de prosseguir.

– Calma Castiel, fique quieto. - Ela tocou o rosto dele, tentando fazer ele se acalmar. - Deixe-me continuar.

Fixou a tira sobre o ferimento, apertando forte as ervas ferventes. Repetiu o mesmo processo sucessivamente em cada corte, arrancando gritos de dor do homem em cada um deles.

– Agora feche os olhos e tente descançar. - Falou, após terminar o procedimento.

O anjo fez o que foi pedido, adormecendo no mesmo instante.

– Pensei que anjos não dormissem.

– Não dormem Dean. A não ser quando ele for extremamente ferido. - Ela pegou as vasilhas, levando até a pia. - Agora, eu já protegi a casa contra visitas indesejadas Robert. - Dirigiu-se à Bobby, no outro cômodo da casa. -Mesmo Lúcifer e Miguel não tendo seus recipientes, eles tentarão nos achar, mandando demônios e anjos.

– Vai começar tudo novamente. Ter que pegar os anéis... Abrir a jaula...

– Ãhm... Dean, isso não vai acontecer. Eu tentei impedir dos arcanjos saírem da jaula, mas não consegui, e ao saírem, Lúcifer destruiu a prisão.

– Destruiu? Merda!! O que faremos agora?

– Lutar?! - Sam olhou para Amelia, esperando que ela tivesse outra resposta.

– Sim... Lembra quando eu falei sobre espadas? Então, eu fiquei sabendo que a espada de Miguel foi perdida, mas eu acredito ter achado ela... E Sam vai usar a espada de Gabriel.

– Espere, Zacharias disse que eu era a espada de Miguel.

– Zacharias estava mentindo Dean. Você era apenas o recipiente de Miguel. Eles perderam a Chama da Morte.

– E onde ela está?

– No mesmo lugar de sempre. Em um castelo... Em uma colina feita de 42 cães.

– Depósito Castelo, Colina Rover, 42.

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Seattle

O vento uivava naquela noite, e fazia com que as folhas nas árvores dançassem e uma por uma caíssem no chão. Os telejornais anunciavam a vinda de uma tempestade, provavelmente a pior dos últimos 20 anos.

Peter dormia no andar de cima de uma casa central. Morava sozinha, pois era odiado por todos, por causa do seu sucesso. Sucesso, claro, que ganhava por meio de subornos e trapaças.

Um galho batendo em sua janela o fez acordar.

Maldita árvore!

Virou ara o lado, para ver se conseguia dormir novamente, mas onde estava vazia a cama agora um homem a ocupava; ele tinha todo o rosto machucado por escoriações.

– Você foi escolhido.

– Uou! Quem é você? Como entrou na minha casa? - Peter pulou da cama, pegando um taco de beisebol perto da parede.

– Calma meu amigo. Você foi o escolhido, você não tem motivo para temer.

– Escolhido? Escolhido pra quê?

– Você irá ceder o seu corpo para mim, Lúcifer.

– Saia da minha casa, seu demente!

– Calma Peter, eu posso lhe propor um acordo. Eu juro devolver o seu corpo, assim que eu terminar de usá-lo, e além disso, farei você ter mais prestígio e sucesso do que jamais imaginou!

– Sucesso? - Os olhos do rapaz brilharam. - Ta digamos que eu ache que isso seja um sonho, e eu aceitar, você promete me dar sucesso.

– Já falei uma vez! Só basta você dizer sim.

– Sim!

O estranho sorriu com a burrice do rapaz, e no mesmo instante uma luz branca inundou o quarto e depois tudo ficou escuro. O corpo do estranho despencou, vazio, no chão.

Peter passou por cima do sujeito, como se aquilo fosse um bicho, indo se olhar no espelho.

– Muito fácil. - O arcanjo sorriu. Agora aquele corpo pertencia à ele. Ao Arcanjo Negro.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoal! Espero que gostem do capítulo, aqueles que não leram a fic! Só lembrando, é a mesma fic, só que separada em mais capítulos! Ok?Comentem please! Beijos



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