A Hime de Suna escrita por Tina Granger


Capítulo 5
Capítulo 5




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Gaara  ergueu a sobrancelha, fazendo que a garota o encarasse muito seria.

- Pode começar  a falar.

- Depois que voce se desculpar. – Saori falou, cruzando os braços.

- Me desculpar?

- Sim! Voce simplesmente mandou essa coisa...

- Areia.

- Que seja! Essa areia me pegar e saiu pulando como um coelho atrasado para um cha maluco!

Coelho atrasado para um chá maluco? Gaara franziu a testa. Do que ela estava falando? Sem atinar com a resposta, Gaara a fitou mais intensamente, por um tempo relativamente longo, ao mesmo tempo que ela o fitava.

- Arrgh! – Saori bateu o pé no chão. – não vale, Gaara! Voce continua muito bom nesse jogo! Eu desisto... por enquanto!

- Jogo?

Saori bufou, antes de rir.

- Bem, mas não importa! Talvez numa outra hora, eu ganhe... assim que eu tiver aprendido a fazer cara séria.

- É voce mesma, Saori?

- Claro que sou! Voce que parece que andou mudando bastante... será que criou uma boca de galinha, dentro da boca?

Saori apesar de não aproximar-se dele, abaixou-se um pouco, tentando ver dentro da boca do ruivo.

- Pode me explicar essa situação toda? – Gaara questionou, então Saori suspirou, olhando em volta. Gaara a tinha levado até uma pequena caverna, que quando crianças, eles haviam brincado, na semana que Saori  e o pai adotivo haviam estado.

- Hai. – Saori curvou a cabeça. Iria repetir, pela primeira vez, as palavras que haviam lhe falado a cerca de um mês. – Essa loucura toda, começa ainda no governo do velho lorde. Minha mãe, conforme o costume, foi para a corte, passar uma temporada. Ao chegar lá, um dos figurões da corte se interessou por ela... E a seduziu, deixando-a grávida. Quando eu nasci, esse homem decidiu que iria se casar com a minha mãe... mas, ele morreu, a alguns dias do casamento. Então, a mamãe fugiu da corte, me levando junto. Ela me deixou com o Touya Yamanami, comprou uma menina... E ambas, nem uma semana depois foram encontradas mortas, decapitadas.

Saori prendeu as lagrimas que desejava exprimir. Toda vez que lembrava-se, toda vez que essa historia era repetida, ela sentia uma dor muito grande no coração.

- Quando... – ela umedeceu os lábios, sentindo-se tremer pela primeira vez. – estivemos aqui, a doze anos, foi para firmar o contrato de noivado nosso, Gaara. Papai... Touya Yamanami e seu pai, haviam sido companheiros... não, não companheiros... Eu não lembro o termo. Mas a questão, é que seu pai, conhecia toda a historia,  ele conheceu tanto a minha mãe, quanto o meu pai... Ele achou, por alguma razão que eu desconheço, qual a vantagem que levaria, um casamento entre nós seria bom. O papai assinou um contrato, onde o seu nome está como noivo e o meu como noiva.

Gaara tinha os olhos estreitados, enquanto ela falava. Apesar das pausas de saori falar,  ela nao desviara os olhos dos seus. Haviam muitos documentos, que como kazekage, ele ainda não vira... Sendo assim a historia contada por ela era muito plausível.

Ele não entendia, por qual razão, seu pai concordaria em uma ação, aparentemente, sem lucro algum para ele.  Como kazekage, Gaara podia anular esse contrato, se existisse realmente. Mas em vista dos acontecimentos...

Saori o fitava em expectativa. Gaara deu as costas para ela.

- Eu estou com alguns problemas. – começou a falar devagar, olhando para o deserto de areia, que se estendia até a vista alcançar. – Desde a ultima guerra ninja, quando aconteceu a aliança shinobi, onde  os três últimos...

Gaara virou-se para ela, que tinha um ar muito espantado.

- Houve uma guerra? Quando? Voce se machucou? Amigos seus se...

- Saori. – ele a interrompeu, fazendo que ela abaixasse a cabeça. – houve uma guerra travada por ninjas, que aconteceu a alguns anos atrás.

- Desculpe. Não tivemos nenhuma noticia sobre isso.

- Felizmente, meus amigos não foram afetados.  – Gaara tentou não ser ríspido. – mas a questão, é que um dos kages, o tsuchikage, a cerca de uns dois anos, resolveu que eu serei um bom marido para a neta dele. E eu não tenho a mínima intenção de me casar.

- Exatamente como eu! – Saori falou, num arroubo. – Eu apenas concordei em vim lhe procurar, por um motivo muito simples.

- E qual seria?

- Aparentemente, a mesma pessoa responsável pela morte da minha mãe, descobriu que eu estou viva... E a cerca de um mês, quando estávamos fora... destruíram nossa casa... E mataram os meus cachorros, que eu tinha sido obrigada a deixar em casa. O papai... entao decidiu que era hora de virmos para cá, senão, demorariamos mais três anos para isso.

Gaara fitou Saori, como se não entendesse o que ela falava.

- Voce esta falando que realmente existe um contrato onde...

- Sim. – Saori estreitou os olhos. –  Se não acredita em mim, porque demônios então praticamente me seqüestrou e está me olhando desse jeito?

- Estou analisando as circunstancias... E acho que tanto voce como eu poderemos nos ajudar.

- Ahn... pode explicar? – Saori franziu a testa. – Eu não estou entendendo nada!

- Voce  veio me reclamar como marido não foi?

- Claro que não! – Saori foi enfática. – Meus pais... quer dizer, Toyua e a mulher, conseguiram um esconderijo, mas temem que o filho da... – Saori limpou a garganta. – quer dizer que o desgraçado que está nos perseguindo, continuem a fazer isso, dado a minha. Se acaso chegarem aqui, conforme o planejado com seu pai, eu teria perdido o sobrenome que ostento agora e, sendo nora... conforme os planos do kazekage, ninguém  ousaria tentar me matar. E se tentassem, com certeza, meu... – Saori abaixou a cabeça, mas Gaara percebeu as bochechas vermelhas – meu marido não iria permitir.

- Voce disse que não veio para cumprir o contrato.

- Não! Eu apenas vim ate aqui, para acompanhar eles, já que eles não iriam permitir que eu fizesse essa viagem sozinha, para eles em seguida irem em segurança até o esconderijo. Mas em momento algum eu pensei em realmente me casar com  voce, Gaara, nem com ninguém! O dia que eu me casar, vai ser por que amo o meu noivo! – Saori ergueu a cabeça, com muita determinação.

Gaara a fitava, sem externar nenhuma emoção. No entanto, dentro de seu peito, a historia era diferente. Sentia uma grande confusão, uma vontade de pegar Saori nos braços, garantindo que ninguém a machucasse,  que a explosão de sentimentos que era a garota...

Subitamente, uma lembrança o invadiu. Saori e ele estavam comendo, a garota tagarelando sobre o fato de Kankurou não ter deixado ela brincar com as “bonecas” dele - como se algum dia kankurou fosse permitir alguém mexer nas suas marionetes – quando Saori do nada calou-se. Imediatamente ele a encarara, vendo que ela olhava para outro lado. Seguindo o olhar dela, Gaara sentiu uma coisa estranha, ao ver o olhar do pai sobre eles.

 Saori tinha uma das mãos sobre o braço de Gaara, apertou-a e então virou-se pra ele.

0 Voce já terminou de comer? A gente pode sair? – ela pediu em um sussurro.

- A gente não pode. O pai não deu a ordem. -  ele respondeu no mesmo tom. – por que?

- Eu não gosto do jeito que o seu pai olha para a gente. Não gosto mesmo.

- Por que?

Ela dera de ombros, mas franzira a  testa.

- Eu não gosto desse jeito. Não gosto mesmo.

Então, alguns minutos depois, a refeição acabara e Gaara tinha treino... que Saori fora assistir, pela ultima vez, antes de ir embora.

Gaara respirou fundo, afastando as lembranças. Saori havia cruzado os braços, olhando-o intrigada.

- Voce esta bem?

- Como eu dizia antes... – Gaara retomou a palavra. – Eu estou sendo pressionado pelo tsuchikage a me casar com a neta dele. Já que existe esse compromisso entre nós...

- Eu não vou me casar sem estar apaixonada! – Saori rebateu, quase que imediatamente.

Gaara ergueu uma sobrancelha.

- Seus responsáveis não vão sair, sem que voce esteja devidamente...

- Eu sei! – ela bufou. – Se eles não acreditarem que eu estou “protegida” – Saori fez aspas com as mãos, quando falou protegida – eles não vão se esconder nem...

- Saori.  – Gaara se aproximou dela. – Se todos acreditarem que voce e eu realmente vamos nos casar, ninguém vai continuar a nos pressionar.

- Gaara. Eu não vou me casar com voce, dá para entender?

- Vamos apenas fingir. – ele parou a alguns passos dela, que franziu o nariz, por vários momentos.

- Por quanto tempo?

- Pelo tempo necessário. – ele respondeu, simplesmente. Saori o encarou, com duvidas.

- O que a sua irmã vai dizer disso?

- Temari não vai dizer nada.

Saori  o olhou por alguns momentos, antes de cair numa gargalhada.

- Gaara, voce é um anjo se realmente acredita nisso.  – Saori bateu de leve no ombro dele, que olhou o movimento. Nenhuma reação da areia. Nada contra Saori. Ela ergueu-se na ponta dos pés, abraçando-o, encostando a cabeça no ombro dele. – obrigada. Prometo que eu vou  fazer o meu melhor para que ninguém desconfie que estamos fazendo uma armação para salvar as nossas peles.

- Só não chegue muito perto do Kankurou. – o aviso inesperado fez que ela o largasse, encarando-o surpresa. – Ele ainda não esqueceu que voce fez aquelas pinturas naquelas marionetes. Jurou que lhe pintaria o rosto com uma tinta que não sairia do seu rosto jamais.

- Eu só enfeitei um pouco aquelas bonecas horrorosas dele! – Saori ficou indignada. – E depois, se ele não queria que eu pintasse as bonecas dele, não devia ter deixado as bonecas onde voce conseguisse pegar elas!


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