A Hime de Suna escrita por Tina Granger
Gaara abriu a porta para que Saori entrasse, coisa que a jovem fez, depois de olha-lo fixamente. Quando o kage adentrou pela porta de seu escritório, abriu levemente a boca, espantado. Touya Yamanami estava amordaçado, amarrado a uma cadeira. Quando viu Saori, o homem começou a pular, os olhos arregalados.
- Papai... o que o senhor fez? – ante a pergunta de Saori, todos os presentes a olharam.
- O que ele fez? – Temari vociferou. – Vou lhe dizer o que essa criatura fez! Esse homem... Temari parou, quando percebeu que Saori havia se postado diante da mae, que estava olhando a paisagem. Em questão de segundos, elas agitavam-se as mãos, uma para a outra.
- O que elas estão fazendo? – Shikamaru questionou, vendo que Saori apontava para Gaara, para si própria e rodeava o dedo anelar da mao esquerda.
- Estão conversando. – Asuma sorriu. – Voce não percebeu, Shikamaru, que Mieko é muda?
- Muda mas não surda. – Saori falou para eles, voltando a fazer sinais rápidos com a mao. A mulher mais velha olhou para Gaara, examinou-o de cima a baixo, antes de voltar a examina-lo no rosto. O kage encarou-a, muito sério, antes da mulher dar um sorriso malicioso, virando-se para a jovem que educara como filha. Fez alguns gestos, que fez Saori ficar vermelha, antes de bufar. – Mãe! Isso é coisa que se diga? Mieko beijou a palma da mão esquerda, antes de abraçar Saori.
Então, depois de largar a filha, foi até o marido e fazendo uma cara brava, gesticulou. Saori acompanhou a mãe, rindo quando o pai rosnou mesmo amordaçado. Saori aproximou-se de Asuma, ainda rindo.
- Tio Asuma, o senhor vai levar o papai e a mamãe até o lugar?
- Esse é o combinado, Saori. Por que?
- Não deixe de me dar noticias, por favor.
- - -- /
Um gemido escapou dos lábios de Saori, enquanto ela jogava o par de botas longe. Estava no quarto que Temari lhe instalara, sob as ordens de Gaara. Os ferimentos nos pés estavam um pouco melhores, mas ainda feios. Ela ergueu o torso, assim que viu a porta do quarto abrir-se, Gaara entrando. Ela havia erguido o vestido até as coxas, para examinar os ferimentos.
- O que aconteceu? - ele questionou, olhando para os pés dela.
- Andei demais, com botas, sendo que elas eram novas. – Saori fez uma careta. – os meus calcados só ficam bons de usar, quando estão próximos de serem jogados no lixo. – ela o olhou, curiosa. – Demorou por que? - Temari.
– ao escutar o nome da outra, Saori começou a rir.
– Se voce atravessar o corredor, é o quarto dela.
- Ela já me informou, assim como o fato que se eu puser a mao na maquiagem dela de novo, ela vai me fazer voar até Konoha. – Saori suspirou. – Ate parece que eu vou querer mexer nas coisas dela... Já basta a vez que pintei as bonecas do Kanky com a maquiagem dela... E levei a surra do ano, quando a mamãe descobriu. Gaara assentiu, Saori então arregalou os olhos. - Gaara! – quando o ruivo a olhou, Saori cobriu as pernas com o vestido. – pode se sentar. – ela afastou-se um pouco da enorme cama de casal, dando espaço para ele. – prometo que só vou te morder, se voce me beliscar.
- Eu não vou lhe beliscar. – Gaara aproximou-se, sentando-se. – Eu vim para conversarmos mais um pouco.
- Que bom. – Saori sorriu-lhe. – Voce quer saber mais alguma coisa, ou... Me informar de mais alguma coisa, para... o nosso plano maligno dar certo? – Saori fez uma expressão, que fez Gaara suspirar.
- Pelo jeito, voce continua tão elétrica quanto antes.
- Está enganado, Gaara. Eu tenho os meus momentos, que sou muito calma... mas são bem raros. – Saori fitou o teto. Gaara continuava quase tão calado quanto antes... Mas o que mais a angustiava, eram os olhos dele. Continuavam tão tristes, se não mais, do que quando haviam se conhecido. – Quanto tempo voce acha que vai ser necessário eu ficar aqui?
- Tem planos de ir a outro lugar? – Gaara devolveu a pergunta dela, que deu de ombros.
- Mais ou menos... Eu quero voltar a Konoha, para realmente conhecer a vila, sabe? Eu adoraria voltar para a minha casa, se tivesse os meus cachorros... mas já que eles não vão estar lá, não vejo sentido nisso.
- Daqui a algum tempo, posso pedir a alguém que lhe leve a konoha. Sinto pela sua casa. - Uma hora tinha de acontecer deles... – Saori puxou o ar, antes de solta-lo lentamente. – Espero que o Pimpo tenha lhe feito companhia.
- O seu urso de pelúcia.
- Voce não sabe o quanto eu chorei, depois que eu cheguei em casa, de saudades dele. - Voce devia te-lo levado.
- Eu tinha que deixar alguma coisa aqui em Suna para voltar para buscar, lembra?
- Desculpe, mas...
- Voce deve te-lo jogado no lixo, afinal, ninjas não brincam de ursos, não é? Tudo bem. – Saori bateu amistosamente no braço do ruivo, olhou ostensivamente o local. – Eu não fico triste por isso. Eu só fico preocupada, com o fato dos meus pais...
- Eles vão ficar bem, Saori.
- Eu sei. – Saori falou corajosa, mesmo sentindo as lagrimas querendo correr. -\ ///
Gaara abriu a porta do quarto que descansava, trancando-a em seguida. De maneira lenta, foi até a porta do armário, abriu-a e puxou um baú, deixando-o no meio do quarto. Pegou algumas roupas limpas e então, olhou para o baú, novamente. Ficou fitando-o por vários momentos, antes de sair, indo ao banheiro, tomar um banho.
Quando voltou, abriu o baú, como se tivesse medo do que sairia dali. Afastou alguns livros, tirou o álbum de fotografias de sua mãe. Bem no fundo, finalmente achou o que procurava, a primeira das inúmeras coisas que colocara ali dentro.
O urso que ganhara de Saori, pouco antes dela ir embora. O ruivo ficou a olhar para o brinquedo em suas mãos. Saori adoraria ter o urso em suas mãos novamente. Mas ele não estava disposto, a entrega-lo a ela... Ainda não.
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