Temari sorriu, meio de campo, ao identificar o seu preguiçoso de Konoha. ficou a observa-lo por alguns instantes, até ela perceber que ele estava acompanhado do seu sensei, de um homem, que ela não conseguiu identificar quem era e de duas mulheres.

Isso se os vestidos, embaixo das enormes capas, realmente estivessem vestindo duas mulheres.

- Temari sensei, uma comitiva de Konoha esta...

- Eu já percebi, Sanosuke. – ela retrucou, estreitando os olhos, quando uma das capas meio disformes, agarrou o braço de Shikamaru e eles andaram lado a lado, aparentemente muito entretidos em uma conversa.

Sem pensar duas vezes, ela agarrou o leque e saiu com passos firmes até o grupo.

- Ohayo,, bebê chorão. – temari falou.

- Yo, temari. – Shikamaru falou sem muita animação. Temari imediatamente conseguiu ver o rosto da jovem que o acompanhava. Era bonita, mas não tinha algo que a tornasse um espetáculo... Sem contar com as roupas, mais apropriadas a uma anciã.

Sentindo-se observada, a garota a encarou com um meio sorriso nos lábios.

- Temari... pelo visto, continua sendo muito curiosa.

- Eu te conheço? – Temari franziu o cenho, ao ver a garota a sua frente.

- Não está me reconhecendo? – Saori começou a rir. – Shikamaru, voce me deve uma barra de chocolate! E das grandes!

Shikamaru suspirou. Ele não ia se meter na discussão que os olhos de Temari prometiam.

- Saori, vamos. – Touya chamou, segurando o braço da mulher.

- Hai, hai, hai... – Saori revirou os olhos. – não podemos deixar o kazekage esperando não é?

- Vieram para falar com o kazekage? – temari estava um tanto confusa. Quando a garota sorriu triunfante, para o moreno, Temari começou a ficar irritada.

- Me deve duas barras. 

- Saori, está incomodando Shikamaru? – Touya

- Eu? Desde quando? – Saori fez uma expressão de inocência. – Estou tentando convencer o Shikamaru a me levar naquela loja de doces papai.

- Esqueça a loja de doces. Voce pode ir depois com o seu noivo La.

- E quem disse que o meu noivo não vai querer ficar fazendo outro tipo de coisas? Comigo?

Touya virou o pescoço tão rápido, que Shikamaru achou que ele quebraria o pescoço.

 - SAORI!

Shikamaru suspirou. A próxima vez que Asuma lhe pedisse um favor, ele diria não. Ah, se não diria!

A hime de suna

Gaara colocou mais um documento na pilha de papeis, pegando outro em seguida. Se Naruto não estivesse em viagem, as idéias que o ruivo tinha para colocar em ação, com a ajuda do loiro seriam...

Seu rumo de pensamentos parou, quando sem qualquer tipo de anunciação, um homem invadiu a sala. Os cabelos branqueados pelo tempo, as roupas sujas pela viagem, não davam indícios de quem era.

Ao vê-lo, porem, o homem revirou os olhos.

- Maldição, kenji, voce não tem vergonha na cara? Alem de pintar o cabelo como uma moça, ainda pinta de vermelho!

- Desculpe, eu não entendi bem. Do que foi que o senhor me chamou?

- Kenji no Sabaku, devo dizer que voce... – ele estreitou os olhos. – Desde quando que voce tem olhos claros?

- Desde nasci. E o senhor está enganado a respeito de eu ser Kenji.

- O amiguinho caladão de Saori... voce é a cara do seu pai, mas enfim, onde ele está?

- Meu pai? – Gaara levantou-se, fazendo Touya começar a ter duvidas, se seria inteligente, deixar a sua hime ali.  Touya nunca fora um homem paciente. Praticamente deixara Temari e o resto do grupo no seu encalço, enquanto ele invadia o palcio kazekage. Lembrava-se perfeitamente de onde ficava o escritório de Kenji.

O kazekage de Suna olhou, erguendo uma sobrancelha quando o homem a sua frente bufou.
- Não escutou, moleque? Eu quero falar com o seu pai. O QUARTO KAZEKAGE!
- Se o senhor tivesse parado para escutar, saberia que ele está morto. – Baki falou da porta. Aquele homem havia praticamente invadido o escritório de Gaara como se fosse um rojão.

- Infernos! Quer dizer que aquele infeliz resolveu bater as botas antes de fazer valer o que me prometeu?

Temari e Baki abriram a boca, dispostos a fazer que o homem demonstrasse um mínimo de respeito ao QUINTO Kazekage, quando a jovem, que estava atrás de Shikamaru avançou. Curvando-se até o chão, ela ficou ali por alguns instantes antes de levantar, ainda sem fitar o ruivo.

- Por favor, perdoem meu pai. Ele está muito...
- Saori, levante-se desse maldito chão agora! Maldita hora que eu pensei que aquele bunda mole do Kenji pudesse fazer algo realmente direito nessa vida!
- Senhor... - Shikamaru tentou acalma-lo, mas o homem bufou.
- Querem saber? Saori, pegue sua mochila, vamos voltar para Konoha. Asuma e eu vamos decidir se é melhor você casar com o gorducho guloso ou com esse paspalho preguiçoso!

- mas de jeito nenhum! – Saori, Temari e Shikamaru falaram ao mesmo tempo.

- silencio. – Gaara falou em tom baixo, mas que fez que todos o olhassem. – Agora, alguém poderia me explicar o que aconteceu? Por que razão o senhor invadiu o meu escritório?

Toyua, Asuma e Saori desataram a falar ao mesmo tempo. Gaara ficou vários instantes observando aquela confusão, até que ergueu a mao direita, fazendo que todos se calassem.

- Com exceção de Saori...

- Eu? – Saori apontou para o seu peito.

- Quero que todos saiam da sala.

- Mas de jeito nenhum! – Touya alterou a voz.  – a minha filhinha não vai...

Saori. Assim que a vira, a reconhecera. O mesmo rosto de boneca... os cabelos castanhos, que caiam pelas costas, os lábios que não conseguiam parar de se mexer... os olhos de chocolate derretido. Ela pelo visto, continuava a mesma tagarela. Gaara olhou para ela. O atrevimento da menina, pelo visto,  continuara na jovem a sua frente.

- Gaara, o que...

- O senhor realmente não vai sair daqui?

- NÃO!

Gaara, sem dizer uma palavra, pegou sua cabaça, colocando-a nas costas.

Temari, Baki, Shikamaru, por favor garantam que ninguém saia dessa sala. – sem dizer uma palavra, a areia saiu da cabaça de Gaara, pegando saori pela cintura, erguendo-a do chão, com um gritinho.

Gaara, sem a menor cerimônia, pulou pela janela, levando a moça junto. E escutando os impropérios de Touya.