Skip Beat - a Revolta do Príncipe escrita por Mirytie


Capítulo 17
Capítulo 17 - X-Show


Notas iniciais do capítulo

Músicas de:
Demi Lovato - Until You're Mine
Marie Digby - Breathing Underwater
YUI - Good-Bye Days

As músicas são giras ^^ podem procurá-las no youtube e cantar junto.

P.S.: Não tenho direitos sobre qualquer das três músicas acima referidas.

Enjoy



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Kyoko já estava com uma ligeira dor de cabeça quando saiu da casa de Kanae em direção ao estúdio onde o X-Show era gravado ao vivo. Tinha que admitir que tinha melhorado depois de ver James com uma equipa de músicos sorridentes atrás dele.

Ao contrário de Brian, James não sabia cantar uma nota afinada mas conseguia tocar qualquer tipo de instrumento sem muita dificuldade e, por essa razão, tinha vários contactos com todo o tipo de pessoas talentosamente musicais. Fora também pelo seu maravilhoso talento e alegria que Kyoko o contratara na América, tal como tinha contratado Brian, mas James traíra-a de uma maneira cruel que a fizera entrar em depressão já que, na altura, ainda não tinha superado a brecha que Ren deixara quando partira, abandonando-a.

Não fora nada de grave (ao contrário do que Tora dizia) por isso não tinha parado a digressão nem cancelado concertos, o que lhe valera uma recaída no hospital de Boston. Quando descobrira que James era tão pobre como um gato vadio, perdoara-o imediatamente e chamara-o novamente.

E agora, ali estava ele, pronto a redimir-se à primeira oportunidade, sabendo que não o poderia fazer assim tão facilmente. Não depois de a ter ferido depois de saber que ela estava fraca física e emocionalmente.

Com a dor de cabeça a desaparecer vagarosamente, Kyoko pagou ao táxi e dirigiu-se aos músicos, fazendo uma vénia depois de parar em frente a eles.

- Peço desculpa por vos ter metido nisto. – ela endireitou-se deparando-se com homens e mulheres embaraçados – Parecem ser bons profissionais. Agradeço por virem.

Tão desconfortável quanto os restantes, James deu um passo em frente. – Devias ir, Kyoko-chan. Tora is waiting for you.

Com um sorriso na cara e a dor de cabeça a desvanecer-se lentamente, Kyoko instruiu os músicos para entrarem pelas traseiras e foi ao encontro de Tora. Achava adorável a maneira como James misturava o inglês com o japonês e o sotaque que parecia não querer desaparecer. Brian não o tinha por ter passado os verãos com Tyler.

Estava definitivamente com melhor disposição.

No entanto, ao ver Tora com o diretor do X-Show teve um mau pressentimento e a dor de cabeça ameaçou voltar.

- Bom dia. – cumprimentou Kyoko fazendo uma vénia rápida – É um prazer colaborar convosco.

Como o X-Show era um programa recente que ainda não recebia muitos espectadores, eles estavam a tentar convidar, desesperadamente, pessoas que atraíssem a plateia. Aliás, tinham-na contactado várias vezes antes, tal como a Ren e a Shotaro, mas nenhum deles tinha aceitado. Para se justificar, Kyoko tinha a digressão, gravações, etc. Ren tinha-lhe dito, na outra noite, que era um desperdício ir a um programa com o objectivo de emburrecer a juventude de hoje em dia.

Sho tinha dito, numa entrevista para uma revista que, tinha recusado os  convites porque, para além de ter que trabalhar para ganhar dinheiro, não estava interessado em conversar com pessoas que só queriam meter o nariz na sua vida pessoal.

Kyoko não sabia se era verdade mas, como já tinha aceitado o trabalho, iria fazê-lo. Em todo o caso, só ia lá para o concerto e para mais nada.

Era isso que pensava até lhe dizerem que também teria que fazer uma pequena entrevista. Para além disso, queriam que ela cantasse a canção que a tinha feito famosa como cantora (também em playback). Os dentes dela quase racharam de tanto rangerem.

- Já está tudo preparado por isso não tem que se preocupar com nada a não ser seguir as canções. – disse o diretor com um grande sorriso de vitória – Como houve muita gente a comprar a entrada para a ver, especialmente, tivemos que adicionar a entrevista e construir um pequeno palco.

Kyoko olhou para onde o diretor estava a apontar. Um palco demasiado vistoso, pensou ela, para disfarçar o playback, talvez.

Ironicamente, a canção que a tinha feito uma cantora tinha sido escrita por Ren para ela. Era uma canção importante que ela guardava bem perto do coração e não queria estraga-la com playback.

Com isso em mente, começou a gostar cada vez mais do seu plano com James.

- Irá cantar as duas músicas e depois pode ir para o camarim para se recompor e mudar de roupa antes da entrevista. – informou o diretor dando ideias de fuga a Kyoko – O concerto começa daqui a meia hora. Entretanto, pode afinar a voz e preparar-se.

Depois dele deixa-los sozinhos, Kyoko olhou furiosamente para Tora.

- O que é que se passa aqui? – perguntou Kyoko sem um pingo de misericórdia – Sabes que aquela canção é importante para mim.

- Não pude fazer nada. – queixou-se Tora – O presidente disse para acatares com tudo o que te pedissem.

Um teste?, pensou Kyoko. Podia bem ser. Por outro lado, se não fosse, estaria em maus lençóis. Ponderou por alguns segundos e decidiu que não ia manchar a sua reputação com playback. Quase preferia ser despedida.

- Vamos a isto, então. – Kyoko olhou para as horas – Ainda tenho que trocar de roupa e beber uma caneca de chocolate quente.

Tora sorriu mas achou que era estranho ela ter aceitado tão bem.

Depois de mudar de roupa e beber o chocolate quente e ainda sobrarem dez minutos para ela entrar, Kyoko ficou de guarda enquanto James ligava o microfone dela e os instrumentos elétricos da banda.

Desejou boa sorte aos músicos, entregou as pautas da música nova recebendo expressões de surpresa e sorrisos e dirigiu-se à entrada que ia dar ao palco, entusiasmada e nervosa.

Quando um dos gerentes disse que estava na hora, Kyoko entrou e rezou para que estivesse tudo pronto e que ninguém voltasse a desligar tudo.

Tora estava na plateia, a sorrir, com uma garrafa de água na mão, preparada para quando Kyoko saísse.

- Bom dia! – gritou Kyoko sem usar o microfone – Estão prontos para se divertirem!

A multidão gritou, aplaudiu e assobiou como se ela fosse mais do que ela era. Inspirada pelos seus fãs, Kyoko decidiu avançar com aquilo. Posicionou o microfone e deu sinal à banda para começarem a tocar.

Conseguiu ouvir murmúrios de pessoas confusas nos bastidores e passos apressados de um lado para o outro mas percebeu que ninguém ia fazer nada para estragar o concerto. Com a letra na cabeça e os sentimentos no coração, Kyoko começou a tocar a música que Ren tinha escrito antes de ela se aperceber o quanto ele estava apaixonado por ela:

My state of mind

Has finally got the best of me

I need you next to me

I’ll try to find

A way that I can get to you

Just wanna get to you

The world I see is perfect now

You’re all around

With you, I can breathe

Until you’re mine, I have to find

A way to fill this hole inside

I’ve got to fight

Without you here by my side

Until you’re mine, not gonna be

Even close to complete

I won’t rest until you’re mine

Mine…

Alone inside

I can only hear your voice

Ringing through the noise

I can’t find my mind

Keeps on coming back to you

Always back to you

Wanted something out of reach

It’s killing me, you’re all I see

Until you’re mine, I have to find

A way to fill this hole inside

I’ve got to fight

Without here by my side

Until you’re mine, not gonna be

Even close to complete

I won’t rest until you’re mine

Mine

Yes, I’m wondering

If we were meant to be

Forget about waiting

Just hold me

I’m ready to begin

The waiting has to end

Right now, today

I’ve got to find a way

Mine! Until you’re mine!

Until you’re mine, I have to find

A way to fill this hole inside

I’ve got to fight

Without you here by my side

Until you’re mine, not gonna be

Even close to complete

I won’t rest until you’re mine

My state of mind

Has finally got the best of me

I need you next to me…

Cansada, divertida e preocupada com o olhar desaprovador de Tora, Kyoko decidiu falar um bocado com o público.

- Então, Tokio! Como estão? – perguntou Kyoko sorrindo quando eles gritaram sem responder à pergunta – Ok, a seguir, vou cantar pela primeira vez, uma música nova. Querem ouvir?

Ela não sabia muito bem como ia cantá-la mas preferia errar algumas notas do que fazer o raio do playback. Deu sinal a James e começou:

There’s a light in the dark

Where the sky splits apart

Where the stars find a way

To shine through all the spaces in between

Here we are, face to face

All alone, in this place

And the night is finally coming down to you and me

Tell me where you’ve been hiding?

I want to know

You’re my silver lining covered in gold

Tell me what am I feeling?

Well, it’s hard to explain

Like underwater breathing

Swimming in rain

All I really wanna do, do

Is fall a little deeper with you, you

And never come up, breathing, breathing underwater

Weightless with every little kiss you steal, boy

You’re making me feel, feel

Like I’m breathing, breathing, breathing underwater

I wanna fly through the blue

Lay on the bottom with you

Get lost in the waves,

Let the world slip away

When nobody can find us,

I don’t wanna be saved

Leave it all behind us,

Make an escape

Tell me, what am I feeling?

Oh, it’s hard to explain

Like underwater breathing,

Swimming in rain

All I really wanna do, do

Is fall a little deeper with you, you

And never come up, breathing, breathing underwater

Weightless with every little kiss you steal, boy

You’re making me feel, feel

Like I’m breathing, breathing, breathing underwater

Wanna go to the edge

Wanna dive again

Here we are, face to face

All alone in this place

And it’s finally coming down to you and me

All I really wanna do, do

Is fall a little deeper with you, you

And never come up, breathing, breathing underwater

Weightless with every little kiss you steal, boy

You’re making me feel, feel

Like I’m breathing, breathing, breathing underwater

All I really wanna do, do

Is fall a little deeper with you, you

And never come up, breathing, breathing underwater

Weightless with every little kiss you steal, boy

You’re making me feel, feel

Like I’m breathing, breathing, breathing underwater

Breathing under…

Breathing underwater

Breathing underwater

Kyoko suspirou.

Não podia parar agora! Se ia ser despedida ia sê-lo de uma maneira memorável até porque nunca tinha cantado uma música como a que estava prestes a cantar.

Aliás, estava-se a queixar de não ter tido tempo para ensaiar a anterior? Tinha escrito a que ia cantar na noite anterior. Olhou para James que estava a dirigir-se para ela com um banco, uma guitarra e um sorriso repleto de orgulho.

Kyoko sentou-se, pegou na guitarra. Sabia que aquela música também era extremamente difícil para a equipa de profissionais que constituíam a sua banda improvisada. Quando um grupo de violinistas entraram e se juntaram ao resto os fãs começaram a murmurar.

-Eu escrevi esta música a noite passada especialmente para esta ocasião para provar algumas coisas. – disse Kyoko enquanto começava a tocar. Fez sinal para a banda se aproximar e estes posicionaram-se mesmo atrás dela – Quero também agradecer aos músicos que me acompanharam hoje e pedir desculpa por ter escrito uma canção tão exigente. Vamos, lá, pessoal!

Dakara ima ai ni yuku

So kimetanda

Poketto no kono kyoku wo

Kimi ni kikasetai

Sotto boryu-mu wo agete

Tashikamete mitayo

Oh Good-bye Days

Ima, kawaru ki ga suru

Kinou made ni So Long

Kakko yokunai

Yasashisa ga soba ni aru kara

L a la la la love with you

Katahou no earphone wo

Kimi ni watasu

Yukkuri to nagare komu

Kono shunkan

Umaku aisete imasu ka?

Tama ni mayou kedo

Oh, Good-bye Days

Ima, kawari hajimeta

Mune no oku

All Right

Kakko yokunai

Yasashisa ga soba ni aru kara

La la la la love with you

Dekireba kanashii

Omoi nante shitaku nai

Demo yattekuru deshou, oh

Sono toki egao de

“Yeah, Hello My Friend” nante sa

Ieta nara ii noni

Onaji uta wo

Kuchizusamu toki

Soba ni ite I Wish

Kakko yokunai

Yasashisa ni aeta yokatta yo

La la la la good-bye days

Os músicos sorriram e pararam, proporcionando a Kyoko um solo de guitarra. Quando parou, olhou para o público que permanecia em silêncio, não por não terem gostado mas por estarem repletos de emoções.

Começaram a bater palmas. Só palmas. Nada de assobios ou gritos, só palmas calorosas e com mais significado para Kyoko do que qualquer outra coisa que os seus fãs pudessem dizer sobre aquela música. Sim, aquelas simples palmas bastavam. Quando ela se levantou e se dirigiu à banda para fazerem uma vénia em grupo, as palmas aumentaram.

Havia gente com grandes sorrisos na cara, outro até a chorar. A música não era assim tão triste mas era a primeira vez que Kyoko tinha cantado em japonês por isso significava tanto para ela como significava para os seus fãs.

Fizeram uma última vénia, pegaram nos instrumentos de fácil mobilidade e dirigiram-se para a saída. Kyoko virou-se uma última vez para o público. – Obrigado, queridos! Adorei cantar para vocês!

Ao sair, Kyoko ficou surpreendida por ver alguns membros da equipa televisiva emocionados. Com um sorriso doce, viu uma rapariga – provavelmente estagiária – com a mão em frente à boca e as lágrimas a escorrer pela cara.

O diretor tentou dirigir-se a ela para falar mas ela esquivou-se para o camarim e trancou a porta. Que queixas poderia ele ter? Ela não dera um show ainda melhor do que ele esperava? E não tinha usado a porcaria do playback!

Se Ren estivesse a ver, com certeza aprovaria! Por outro lado…

Kyoko conseguia ouvi-lo a dizer que ela devia ter sido uma profissional e fazer o que lhe tinham dito.

Uma veia salientou-se na sua testa. Tirou um bonequinho do Ren da sua mala e começou a falar com ele.

- Bem, quem és tu para falar? – perguntou, zangada – Não foi o Ren Tsuruga que recusou ter um duplo e arriscou a própria vida?

- Faz o que eu te digo e não o que eu faço. – disse ela numa voz mais grave – Afinal, eu ainda sou o teu Senpai.

- Tch! Cala-te e vai para onde vieste! – exclamou Kyoko atirando-o para a bolsa, assustando-se quando bateram à porta. Levantou-se num salto. – Eu não estava a fazer nada!

- Tens cinco minutos! – resmungou Tora do outro lado da porta dando a perceber que estava chateado – Ou estás lá ou a entrevista começa sem ti!

Kyoko suspirou.

Nem sequer tinha bebido a sua usual garrafa de água, o que significava que estava terrivelmente rouca. Ainda mais por ter esforçado a voz na última música. Pensou que Tora podia ser verdadeiramente cruel quando queria.

Trocou de roupa em dois minutos e saiu, tropeçando nalguma coisa. Irritada, olhou para baixo e viu uma garrafa de água no chão.

Apanhou-a e sorriu ao ler o “Bebe-a!” escrito no papel que estava colado à garrafa. Agora contente, bebeu três tragos de água com um sorriso, sentindo o alivio na garganta.

- Vamos lá a isto. – murmurou Kyoko e encaminhou-se para a entrevista.


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Notas finais do capítulo

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