For Them - por Elas - Em Hiato escrita por Darinhaassis, josilvania


Capítulo 5
5. Tempo vai, tempo vem...As brigas só aumentam...


Notas iniciais do capítulo

Capitulo necessário, espero que entendam... explicações... lá em baixo...



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Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

5. Tempo vai, tempo vem... As brigas só aumentam e as mudanças vêm! – parte 2

Enquanto o momento de entrar em ação não chegava, nossos amados tinham de lidar com as reviravoltas que suas vidas passavam.

Edward por exemplo, conseguira despistar Rosalie após a última reunião, porém não teria tanto sucesso com Alice...

- Maninhuuuuu! – cantarolou a baixinha entrando no quarto do irmão.

- Alice! – suspirou Edward, já exausto pelo que viria, pois além de lidar com o turbilhão de sentimentos que o atormentava, teria de lidar com as perguntas de sua irmã. Porém uma ideia para despistá-la o assaltou – Que roupa vai ao baile? – perguntou sentindo-se meio gay, mas era a única ideia que o assaltou.

Ah! – deu um gritinho e bateu palmas, entusiasmada por ele ter perguntado sobre sua roupa. – um lindo tubinho rosa! – suspirou extasiada, porém... – mas não pense que virá me despistar... – disse com um sorriso perspicaz, e quase diabólico. Edward apenas suspirou derrotado. – quero saber tudo. – sentenciou.

- Tudo o que? – perguntou tentando se fazer de desentendido.

- Você e Isabella! – por mais absurdo que pareça Alice não cuspiu no chão, ou disse apelidos “carinhosos” como sempre fazia ao falar os nomes de uma das suas rivais.

- Não há esse eu e Isabella! – exclamou Edward numa vã tentativa de explicar, porém sua voz parecia insegura, o que não passou despercebido à baixinha, que o olhava com olhos brilhantes – nós apenas concordamos! – concluiu rezando para que ela não percebesse o tremor em sua voz, característica que sempre o denunciava nas mentiras.

            Alice por sua vez, apenas observava, mas seu ar não era diabólico. Não, ela analisava atentamente seu irmão, que em nenhum momento da conversa havia desviado o olhar do teto do quarto azul, de prateleiras repletas de CD’s que iam de música clássica ao rock pesado. Por alguns segundo os irmãos permaneceram em silêncio, Alice analisando Edward, e Edward analisando todos os recantos de seu quarto.

- Edward! – chamou finalmente Alice, e a seriedade que transmitia em sua voz, fez com que ele a fitasse, ela suspirou, olhou diretamente nos olhos dele, e deu inicio a seu discurso – Eu sei que não tem sido fácil todos esses meses de investigações e brigas. Nós não somos fáceis! – sorriu ao confessar – e independente do que sinto em relação à Rosalie, cada dia tenho mais convicção de que não é ela! – ao ouvir as últimas palavras da irmã, Edward baixou a cabeça e se pôs a fitar as mãos. Contudo, Alice aproximou-se e fez com que a fitasse novamente – Edward, para mim é tão claro como o dia... Você não ama a Rosalie, e francamente, ela não te ama!

- Alice, não diga tolices. – afirmou Edward sorrindo em uma tentativa de fazer deboche frente à afirmativa da irmã – você não sabe o que fala.

- Não faça isto! – pediu ela – se você a amasse, seu olhar não brilharia tanto quando a Isabella está por perto! – finalizou a baixinha, e por cerca de cinco minutos ambos apenas fitaram-se. O olhar dela refletia compreensão, o dele angustia e agonia.

- Obrigada! – disse ele por fim, e ela saiu saltitante, deixando o irmão em meio a seu conflito interno, porém sentindo-se menos tenso por ter ouvido de outra pessoa aquilo que já sabia.

            Alice só não imaginava que as próximas ações do irmão gerariam uma reação em cadeia, que afetaria radicalmente a vida de todos.

Não muito longe da casa dos Cullen’s, Jasper travava e destravava o maxilar, tentando se acalmar.

- Isabella! – chamou estacionando o carro em frente à casa da namorada – Isabella! – como não havia tido retorno, chamou novamente agora se virando para fita-la.

- Sim – respondeu ela falsamente distraída, e demorando-se mais que o necessário para desviar a atenção da janela do carro.

- O que foi aquilo? – questionou desistindo da tentativa de se acalmar.

- Aquilo o que? – devolveu Isa confusa, mas no fundo sabia do que se tratava. Confusa era a palavra certa para definir o interior de Isabella, já que ela não encontrava uma razão logica para sentir o que estava sentindo. – você concordando com o Edward. Depois, ele li lançando um olhar encorajador. – despejou com voz baixa, Isa apenas o olhava – O problema é que vocês parecem ter uma ligação, e eu... Nunca havia percebido isso. – concluiu claramente alterado por não ter o controle de algo. Isabella, não sabia o que dizer, pois não sabia o que estava acontecendo.

- Jasper...

- Não suporto o fato de não ter o controle da situação!

- Jasper! – chamou-o – eu não sei... – tentou falar algo que o tranquilizasse, mas era como se as palavras lhe tivessem fugido – não entendo o que está acontecendo... – tentou novamente, usando o máximo de sinceridade possível, pois não queria magoar o namorado – mas não acho que você precise se preocupar – concluiu quase em um fio de voz, sabia que não estava sendo totalmente verdadeira, mas em parte sim – é apenas essa proximidade forçada, o fim das investigações, o baile e a mudança... – enquanto falava, ela remexia nos cabelos nervosamente, e ao concluir mordeu o canto direito do lábio inferior.

- Eh! Deve ser isso! – concordou Jasper, fitando os orbes chocolates da namorada.

Mas no fundo tanto ele como Isabella sabiam que não estava nada bem, não sabiam o que estava se passando, porém algo estava prestes a acontecer. Ambos preferiram responsabilizar a tensão, pelo fim das investigações e pelo plano para prenderem o traficante e o vendedor.

- Isabella é você? – berrou D. Reneé da varanda da casa.

- Bem, essa é minha deixa. – afirmou Jasper, beijando as bochechas de uma Isabella silenciosa. Que por sua vez, apenas saiu do carro, sem proferir uma palavra.

- Atrapalhei vocês? – perguntou D. René distraída e sem perceber o ar preocupado da filha.

- Não! – respondeu Isa e só então a mãe deu-se conta.

- Isabella, vocês brigaram? – perguntou D. Reneé  sorridente e logo em seguida como se percebesse o ar cansado, preocupado e confuso da filha, dizer – Isa vocês brigaram? – nesse momento Isabella que até então olhava os vasos de plantas, com uma atenção absurda, se joga nos braços da mãe e diz...

- Mãe, não sei o que está acontecendo comigo! – e suspira – pela primeira vez, sinto como se estivesse ligada a alguém! – afirmou temerosa da reação da mãe.

 - Oh, minha filha, isso é normal! – exclamou D. Reneé sorrindo aliviada, para uma Isabella confusa – Você e Jasper namoram a tanto tempo, e ele vai embora para a faculdade...

- Mãe... – Isa interrompeu a mãe preocupada com o que diria – não é do Jasper que estava falando! – a voz firme foi murchando, e o final saiu como um sussurro. D. Reneé olhou para filha com olhos arregalados e uma expressão que demonstrava todo seu espanto.

- Não?! – D. Reneé não sabia o que fazer diante a situação em que a filha se encontrava, pois Isabella sempre tivera a cabeça no lugar, mas a curiosidade era grande – E quem seria? – claro que ela queria saber quem era, Isa nunca demonstrou interesse por ninguém a não ser Jasper.

- Edward... – sussurrou Isa, com medo de quem alguém mais escutasse, para total choque da mãe. E antes que a mãe se refizesse do choque e começasse a fazer perguntas que não saberia e tão pouco gostaria de responder, Isa saiu disparada para seu quarto.

- Ei! – gritou Emmett, quando a irmã passou em frente a seu quarto. Como Isa não respondeu, saiu atrás dela. Emmett poderia não ser bom em muita coisa, mas em uma ele sempre era... Em cuidar de sua irmãzinha.

- Isabella você está bem? – perguntou entrando no quarto da irmã – O que o Jasper fez? – ante o silêncio da irmã, que estava jogada na cama com o travesseiro na cara – Isabella o que aquele otário fez? Eu vou destroçá-lo... – disse iniciando o retorno para a porta do quarto, e pensando na surra que daria no cunhado.

- Emm... – Isa o chamou, temendo o que aconteceria... – ele não fez nada! – afirmou, no momento em que o irmão chegou a porta.

- Então o que aconteceu? – questionou voltando-se para fita-la, e caminhando em direção a cama.

- Acho que é stress! – mentiu. E como não era uma boa mentirosa, e, tão pouco, conseguia enganá-lo por muito tempo, mudou de assunto rapidamente – Que olhar guloso era aquele para a Loira Promíscua?

            No primeiro momento, Emmett não soube o que falar, o que era raro. Mas quando lembrou a secada que deu na Deusa de seus sonhos, se pôs a sorrir como um bobo. Desde a coelhinha da capa de seu aniversario de 15 anos, que Emmett não se sentia tão atraído por uma mulher, e que mulher? Rosalie Hale.

- Emmett Antony Maccart Swan! – chamou Isabella o arrancando de suas mais belas e ousadas fantasias, que envolviam basicamente coelhinha, Rosalie, chantili e banheira.

- Oi... – falou sentindo-se levemente nas nuvens. E Isa não pode deixar de pensar na sorte que tinha de ter um irmão como Emmett.

- Emmett concentre-se – pediu Isa brincalhona.

- O que você disse? – questionou o grandalhão, voltando a prestar atenção na irmã – você deve estar imaginando coisas... – falou levantando-se da cama da irmã e se pondo a sair do quarto. Isabella jogou um travesseiro nas costas dele e disse...

- Imaginando? Eu? – com expressão incrédula e divertida quando ele se voltou para fita-la – sei. Mas se a Hobbitt da sua namorada, sonhar... Se ela apenas sonhar, Emmett, em onde andam suas cabeças, tenho pena de você! – e se colocou a gargalhar, enquanto ele saia do quarto preso em suas fantasias e sem se importar com mais nada.

            Há algumas quadras dali, uma Rosalie impaciente, andava de um lado para o outro da sala de sua casa esperando o irmão. Em sua mente passavam várias coisas, a maioria não tinha muita conexão, é verdade, mas ela se prendia a sensação de que Edward estava diferente. E uma dúvida martelava a sua mente, porém só Jasper poderia dar as respostas que ela precisava.

            Jasper, por sua vez preferiu permanecer em seu carro, tentando relaxar, e quem sabe assim fazer com que as dúvidas sumissem.

Uma hora depois...

Uma hora foi o tempo exato que Rosalie teve de esperar por Jasper. Esse também foi o tempo que Jasper precisou para se acalmar. As coisas que estão acontecendo podem não ser nada, mas por outro lado podem ser tudo.

Às vezes uma folha seca que cai da árvore em um lago, cria ondulações capazes de modificar toda uma vida. Mesmo essa ondulação sendo quase imperceptível aos olhos humanos, aos olhos de pequenos seres é como um tsunami. E por isso tanto Rosalie como Jasper, não conseguiam controlar seu interior, pois sentiam que as mudanças estavam chegando, porém não conseguiam identificar de onde ou como elas vinham.

As dúvidas os lançavam de um lado a outro, como se estivem em um pequenino barco em meio no oceano, em meio a uma tempestade. Ora decidiam fingir que estava tudo bem, ora se deixavam ver uma realidade que tanto tentavam ignorar.

- Finalmente! – gritou ao ver o irmão atravessando o hall de entrada.

- Agora não – disse seco, passando reto para as escadas, a fim de trancar-se em seu quarto e desfrutar um pouco mais da mínima tranquilidade que sentia.

- Jasper! – chamou – por favor, precisamos conversar. – implorou ao pé da escada. Jasper não queria conversar, mas Rosalie conhecia muito bem o irmão, e sabia que para estar agindo dessa forma, ele deve estar tão perturbado com tudo o que vem acontecendo quanto ela. – Jasper! – chamou-o, usando um tom apelativo. Jasper parou no ultimo degrau da escada, e mesmo sabendo que se arrependeria, virou-se e olhou diretamente nos olhos de sua irmã, suspirou e só então falou.

- Rosalie, esse não é um bom momento! – afirmou, porém ambos sabiam que estava ganho, e Rosálie sorriu internamente.

- Eu só preciso conversar. – disse inocentemente.

- Tudo bem. – aquiesceu, enquanto Rosalie subia as escadas em disparada, para entrar em seu quarto.

Rosalie entrou silenciosa e passou a observar os mínimos detalhes do quarto do irmão, como se pela primeira vez entrasse ali. Observou as prateleiras com livros sobre Jornalismo, a coleção de carrinhos em miniatura, os CD’s de rock ligth, as paredes de um azul suave e tranquilizador, a cama gigante com a colcha xadrez em tons de azul, e as fotos... diversas fotos dele com ela, os pais e a namorada, e muito embora não gostasse da Nerd, olhar as fotos dela e do irmão a acalmaram.

- Fala logo. – disse Jasper em um tom cansado, como se tivesse corrido uma maratona. E Rosalie, não pode deixar de pensar em como ele parecia gay em meio aquele quarto. Agora que estava ali, Rosalie sentia-se apreensiva e arrependida por tê-lo esperado tanto. Mas ela era Rosalie Marie Hale Whitlock, e encararia tudo com a cabeça erguida e sem arrependimentos.

- Jasper preciso ter certeza que tudo está bem? – ela a fitou intrigado, como se não entendesse o que ela queria.

- Do que exatamente? – questionou, porém imaginava vagamente o que se passava na mente da irmã.

- Você e a... a... – parecia que ela tentava encontrar a palavra certa para falar – a Nerd... – falou de uma vez como se estivesse cuspindo as palavras a força.

- Deixa ver se entendi. – Jasper parou de fita-la e se pôs a andar de um lado para o outro com expressão pensativa. – Você quer saber como está o meu namoro com a Isa. – não era uma pergunta, por isso Rosalie não respondeu, e ele pela primeira vez naquele dia divertiu-se com algo.

- Que bom que eu o divirto Jasper Antony Hale Whitlock – a voz dela tinha uma leve pitada de irritação, porém ele a conhecia bem demais para saber que era apenas charme.

- Estamos bem – respondeu divertido – se era só isso, então tchau Rosalie!

- Jasper preciso que me faça um favor – sua voz era apreensiva e Jasper percebeu o modo como ela estava assustada. Suspirando Jasper respondeu:

- O que deseja!

- Que você controle aquela mosca morta metida a jornalista! – suas palavras saíram em um tom baixo, porém Jasper não se deixou enganar, sabia que por trás desta serenidade ela escondia a muito custo seu verdadeiro estado de espírito, e isso não resultaria em nada bom.

- Por que VOCÊ não controla o seu namorado? – perguntou Jasper em tom de ira, deixando transparecer seu estado de espírito inquieto. Rosalie lançou um olhar de ódio para o irmão, o qual foi correspondido à altura. Os irmãos travavam uma luta silenciosa através do olhar, Rosalie sabia que aquilo não a levaria a nada e ela precisava ganhar aquela parada a qualquer custo.

- Ok! – fingiu dar o braço a torcer. Jasper suspirou sentindo-se estranhamente culpado.

- Rosalie, não se preocupe que a Isabella não vai está interessada no seu namorado. – afirmou, porém Rosalie era mulher e conhecia muito bem as outras mulheres. Mesmo assim, sorriu docemente.

- Desculpe. – pediu e saiu do quarto em direção ao seu. Jasper suspirou e saiu.

            Jasper foi para a única lanchonete de Forks, ele queria parar de pensar, e talvez em um lugar movimentado e com barulho ele conseguisse isso. Se bem que... barulho em Forks era quase milagre. Dirigiu-se então para a última mesa do lado direito. Pediu um café preto sem açúcar, e só.

O café chegou e ele entreteu-se observando a garoa fina que caia pela janela. Estava tão concentrado em não permitir que sua mente pensasse que nem percebeu a pessoa que sentou-se a sua frente.

- Oi! – ao ouvir a voz risonha, seu coração se pôs a bater descompassadamente.

- Oi! – respondeu com a voz um tanto fraco. Alice o observava daquela forma que fazia com que seu coração quase saltasse pela boca, ela não sabia que provocava essa reação nele, contudo era inevitável não sentir-se assim por alguém como ela.

- Você está legal? – perguntou docemente. Jasper derretia-se por ela, então qualquer coisa que saísse da boca dela deixá-lo-ia nas nuvens. Porém, naquele momento Alice só estava preocupada com Edward.

- Sim... – respondeu automaticamente, o que fez a garota a sua frente sorrir divertida.

- Jazz preciso te perguntar uma coisa... – a voz dela trazia uma insegurança que não sentia.

- Po... po... pode... falar. – ele gaguejou, fazendo com que Alice vibrasse interiormente. Essa seria fácil, como tirar doce de criança, pensou satisfeita.

- O quanto você gosta da... – cuspiu – Isabella? – cuspiu novamente. Jasper a fitava abobalhado, e se perguntou o porquê de todo mundo estar questionando sobre seu relacionamento.

- Porque a pergunta? – sua voz era firme, e um pouco desconfiada. Os olhos de Alice não demonstravam nada além de curiosidade, mas no fundo ele sabia que havia muito mais naquela história.

- Curiosidade. – ela falou simplesmente, e Jasper por um segundo não conseguiu acreditar nela, porém no segundo seguinte baixou a guarda, se questionando em como poderia não acreditar em alguém como Alice.

- Muito... – respondeu, mas sua voz não saiu tão firme quanto deveria, e Alice, perspicaz como era sorriu percebendo que ele mentia.

- Você está mentindo! – afirmou. Alice poderia não ser muita coisa, mas algo que a pequena tinha e muito, era uma percepção aguçada, o que a fazia um perigo. E Jasper estava literalmente ferrado, pois havia caído na armadilha da pequena ardilosa.

- Por que você acha isso? – perguntou levemente envergonhado.

- Você está nervoso – respondeu naturalmente, como se ele houvesse perguntado sobre o tempo.

- Não estou... – nem ele acreditou no que disse, o que fez Alice gargalhar das frágeis tentativas dele.

- Qual é Jasper, não abuse da minha inteligência, nem você acredita no que está dizendo. – as palavras dela o magoaram, mas ele sabia que era a verdade, só não queria admitir. – Admita que você não ama Isabella. – incrédulo, era como ele sentia-se naquele momento. E perguntava-se como alguém que se parecia uma fada de historia infantil, havia se transformado em seu pior pesadelo.

- Essa conversa está encerrada. – disse, levantando-se.

- Covarde! – Alice sibilou baixinho.

- Humpf! – e deu as costas a ela.

- O Emmett tem razão. – Sussurrou ela, mas ele ouviu.

- O que você esta falando! – rosnou por entre os dentes.

- Nada. – ela sorria, enquanto ele trincava os dentes de raiva – vai logo Jazz, quando você resolver crescer e encarar a vida, me procure! – falou em tom de zombaria, levantando-se e saindo como se nada houvesse acontecido.

            Jasper estava estarrecido com a petulância dela, mas mesmo assim sorriu ao observar o corpo feminino caminhar graciosamente. Alice por sua vez sorria, pensando no quanto seria fácil o que tinha para fazer.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ó.ò ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

            No dia seguinte, mais uma manhã chuvosa em Forks, e o clima parecia combinar com a emoção de cada um deles, Aliás, dizer que estavam de mau humor é pouco... Edward e Isa estavam mais silenciosos que o normal, Jasper quase quebrava os dentes, tanta força que os trincava, Alice e Emmett estavam avoados, e Rosalie parecia um autômato.

- Rosalie! – a voz de Victoria parecia preocupada.

- Sim – respondeu a Loira distraidamente.

- Aconteceu alguma coisa? – a voz de Victoria demonstrava a veracidade da pergunta, porém Rosálie sabia que não poderia confiar em ninguém naquele momento.

- Nada – respondeu esforçando-se para convencer a outra – já escolheu seu vestido? – perguntou mudando de assunto.

- Claro querida, e você pronta para ser eleita a rainha do baile? – Rosalie sorriu, satisfeita por ter atingido seu objetivo.

Algumas salas dali Isa conversava com a única pessoa que confiava, Jake.

- Amigaaaaa você está tão abatidinha... – a voz afeminada de Jake a despertou dos pensamentos conflituosos que a invadiam. – alguma coisa te preocupa? Jake pode resolver qualquer coisa... ou melhor quase. – disse dando um sorrisinho sapeca no fim.

- Oh Jake, não sei o que está acontecendo comigo... – Isa desabafou encostando a cabeça no ombro do amigo.

- Se abre, fala tudo querida. – disse acariciando os cabelos chocolates da amiga.

- Eu sinto como se estivesse fazendo a coisa errada ! – sussurrou

- Como assim, querida? Você é a pessoa mais equilibrada que conheço!

- Jake, você já duvidou que o que sentia por alguém não era o que deveria sentir! – falou confusa.

- Acho que entendi o que você falou... – disse Jake compreensivo – É o Edward, né! – não era uma pergunta, por isso Isabella limitou-se a balançar a cabeça – Acho perfeitamente normal. – ela o fitou com aqueles olhos cor chocolate, que pareciam ainda mais derretidos devido as duvidas.

- Como pode ser normal? – questionou, mas não deu chances para ele responder – Eu namoro o Jasper e ele também tem namorada, não acho que seja certo.

- Isabella você fala como se fosse crime, ou uma traição sem procedentes se interessar por outra pessoa, além de que vocês namoram a muito tempo, essas coisas as vezes acontece. – Jake sorria como se falasse com uma criancinha. – Dê tempo ao tempo, e lembre-se que o ano está acabando, próximo ano os meninos estarão na Universidade e você poderá ter mais tempo para pensar.

- Você tem razão. – a voz dela era tremula, mas um pouco mais firme.

- Sempre tenho. – disse se achando.

Enquanto isso... Edward conversava com Seth...

- Cara o que está acontecendo com você? – a voz de Seth estava carregada de preocupação pelo estado do amigo.

- Não sei Seth! – respondeu sincero Edward. – não agüento mais nada disso! – exclamou referindo-se não apenas a escola e namora, mas também as investigações.

- Calma se não você enfarta – Seth até tentou descontrair o ambiente, mas Edward não estava no clima. – E se você terminasse com a Rose?

- Não posso... se eu terminar com ela... ela será desmoralizada frente ao colégio, e então... como ela irá assumir o conselho? – a voz de Edward transparecia toda sua desolação com o assunto.

- E você só não termina com ela por isso? – Seth perguntou contrariado, pois não gostava de ver o amigo naquele estado. Edward baixou a cabeça como se o que fosse dizer a seguir lhe doesse.

- Ela... já tem namorado...

- E? – Seth insistiu, pois acreditava que sua amiga Isa estava sentindo-se da mesma forma.

- Eu tenho medo que ela me rejeite. – concluiu Edward em um fio de voz

- Cara, você não tenta por causo de orgulho? – Seth colocou em palavras aquilo que já desconfiava.

- Veja por um outro lado – disse Edward sem encarar o amigo – próximo ano eu estarei a quilômetros de Forks... – Seth apenas levantou uma sobrancelha como se dissesse “E aí?” – quem vai ter que aturar tudo são elas... e eu conheço a Rosalie... sem mim ou Jasper para controlá-la... – concluiu e Seth entendeu o que ele queria dizer.

- Você está com medo que ela se vingue na Isa, não é? – o amigo apenas afirmou – ou então é mais grave que imaginei... – começou Seth sorrindo – você está APAIXONADO! – berrou a ultima palavra fazendo com que Edward se sobressaltasse e o encarasse.

- Não chega a... – mas o amigo não deixou que concluísse

- Sim, chega a tanto! – exclamou Seth sem deixar brechas para discussões – é tudo muito claro, e talvez até mais grave... – agora Edward olhava-o atônito, pois ele pensar era uma coisa, mas ouvir era outra totalmente diferente. Ouvir aquilo era como se estivesse sendo concretizado.

- Grave? – a voz dele era pesada, pois imaginava perfeitamente o que o amigo iria falar, e antes que ele abrisse a boca, pediu – por favor, não fale! – Seth o lançou um olhar compreensivo, por saber o quanto o cabeça dirá do amigo era responsável e certinho, mas como dizem...

- Edward, só não se esqueça que no amor e na guerra... – deixou a frase no ar.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ó.ò ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

- irmããããããããããã... – disse o loiro afeminado.

- O que? – a voz dela era aborrecida.

- Você está bem? – perguntou receoso.

- Não muito... – suspirou – mas pode falar! – pediu e seu tom de voz era exausto.

- O que está acontecendo? – ele questionou ainda receoso

- Estou com medo – sua voz estava carregada de nervosismo

- De que?

- Do que pode acontecer. – sua resposta foi sincera.

- Não sei o que vai acontecer... – começou incerto... – mas você sabe que pode contar comigo, não é? – ela assentiu.

- Não posso permitir que elas se destruam ou destruam a eles, entende? – a voz dela estava carregada de dor, o que fez o irmão abraça-la e acariciar seus longos cabelos platinados.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ó.ò ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Algum tempo depois...

- Oi! – cumprimentou-os tristemente, porém eles não foram capazes de detectar a tristeza em sua voz.

- Porque você nos chamou aqui? – questionou Edward com seu jeito arrogante.

- Não tenho tempo para perder. – disse Jasper aborrecido.

- E eu tenho que escolher o novo Capitão da Equipe! – afirmou Emmett olhando para o relógio.

- Quanta babaquice! – disse Edward sarcástico.

- Pode ser para você, mas isso é importante! – a voz de Emmett trazia um tanto de irritação.

- Já chega! Vocês eim... Às vezes conseguem ser piores que elas! – os três calaram-se ao ouvi-la.

- E então, o que você quer nos falar? – pelo tom de voz o momento de constrangimento dos três passou rapidamente.

- Vocês devem ir embora depois do baile! – afirmou a narradora para o total espanto deles.


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Notas finais do capítulo

Feliz Natal... (atrasado)
Por favor, não me matem... perdoem-me a demora... o.o... imperdoável, eu sei...
Bem... capítulo meio morno, não tem briga, nem muita discussão e eles não estão todos juntos... na verdade ele é só para mostrar as mudanças que eles estão passando individualmente e como estão as encarando...
Eu sei que a história passou rapidinha, mas é necessário... agora é que o negócio vai começar de verdade... hihihi...
Próximo cap. Tem baile, brigas, confusões, muitas risadas e um pouquinho de tristeza...
Espero que tenham gostado deste!
Fui
;-)