For Them - por Elas - Em Hiato escrita por Darinhaassis, josilvania


Capítulo 6
6. Baile! Confusões! Adeus? E armações!




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— E então, o que você quer nos falar? – pelo tom de voz o momento de constrangimento dos três passou rapidamente.

— Vocês devem ir embora depois do baile! – afirmou a narradora para o total espanto deles.

 

6. Baile! Confusões! Adeus? E armações! 

 

— O QUE? – falaram em uníssono, e as expressões chocadas dos três garotos/homens em frente a narradora fez com que ela se sentisse mal, porém ela repetia seu mantra interior “É para o bem maior!”, “bem maior!”, “bem maior!”.

— Meninos, não sejam dramáticos! – disse com escárnio. – são só alguns meses há mais, não vai fazer tanta diferença! – afirmou fazendo pouco caso, e evitando olhá-los.

— Claro que faz diferença! – berrou Jasper, como sempre com o raciocínio mais rápido...

— Eu não quero ir! – a voz de Emmett era quase infantil e o bico que ele fazia, era uma mistura de cômica com pesarosa.

— Nos explique a razão disso? – questionou Edward, com expressão curiosa, demonstrando o quanto havia crescido nos últimos meses. O que fez a narradora sorrir internamente, e reforçar sua idéia. Ela encarou os demais, como se pedisse uma silenciosa autorização, como nenhum apresentou qualquer objeção, começou...

— Eu acho que se vocês estiverem longe delas, elas serão obrigadas a crescer, pois não vai haver ninguém para resolver os problemas delas – a narradora os observou pela primeira vez desde que começara a falar, e percebeu um brilho de entendimento, alegrou-se e encontrou forças para prosseguir – nem vai haver quem as mime, de certo modo elas serão obrigadas a crescer, acredito que as brigas diminuirão, me atrevo a dizer que elas possam finalmente desenvolver algum relacionamento mais... saudável.

— Ela está falando serio? – questionou Jasper sarcástico.

— Acho que não! – respondeu Emmett.

— Eu concordo com ela! – disse Edward e os outros o encararam incrédulos.

A narradora sorriu para ele, e foi retribuída com o sorriso torto mais lindo que possa existir. O que fez com que a narradora tivesse a reação que toda mulher teria diante aquele sorriso, deslumbrou-se perdendo totalmente o senso de realidade. Ao longe ela ouvia zumbidos, enquanto Edward a encarava com um sorriso largo, como se estivesse se divertindo com sua reação. Aos poucos seus sentidos foram retornando... e ao fundo ouviu.

— Cara acho que ela ficou catatônica! – era a voz de Emmett, levemente risonha – Edward o que você tem nesse sorriso? – Edward o fitou zangado, o que fez o gigante gargalhar. Percebendo que ela estava retornando ao mundo real, Jasper questionou...

— Você... está... bem? – a voz dele era incerta, como se não tivesse certeza de que aquilo era o certo a falar naquele momento. Por mais que ela tentasse não conseguia fazer com que sua voz saísse.

— Agora eu estou preocupado! – sussurrou Emmett para os outros dois. A narradora teve a sensação de que a partir de agora eles a olhariam como se tivesse um atraso mental, e por isso forçava sua mente a trabalhar e sua voz a sair.

— E... eu... – tentou com a voz esganiçada. “fala alguma coisa idiota” berrava por dentro.

— Você... – Jasper tentou ajudá-la, enquanto Emmett gargalhava estrondosamente.

— Ai raxa fala alguma coisa! – a voz afeminada surgiu de algum lugar e seguiu para as costas da narradora, dando leves tapinhas lá. Os meninos o fitavam como se estivessem vendo uma aparição.

— O que é isso? – questionaram os três diante a figura bizarra do irmão da narradora, pois o mesmo estava usando uma peruca ruiva, que ia até o meio das costas e um vestido Pink gritante. E ao fita-lo a narradora saiu de seu estado momentâneo de atraso mental, e disse:

— Ta maluco? – seu irmão a olhou magoado, fez um biquinho disse...

— Mal agradecida! – os meninos fitavam a cena com estranheza, tentando descobrir o que aquela Drag Queen fazia ali. A narradora virou-se e lançou um sorrisinho de desculpa, voltando a debater o assunto anterior como se nada tivesse acontecido.

— E então? – questionou.

— Então o que? – falaram Emmett e Jasper, Edward nada disse entrando em um estado de mudismo [N/A: Amadas essa palavra não existe, rsrsrs... só que não encontrei uma palavra para definir o estado da narradora... aí quis dizer que ela ficou muda e sem palavras... hihihi] novamente.

— Homem bonito e burro... humpf! – falou o afeminado com a voz aborrecida. A narradora lançou um olhar assassino em sua direção, e foi retribuída com um displicente, o que a fez questionar se aquele ser era realmente seu irmão.

— Vocês vão aceitar ou não ir para a Universidade antes da hora? – a questão da narradora pairou novamente no ar.

— Eu vou! – a voz de Edward era baixa, porém decidida. Emmett e Jasper o fitaram por alguns instantes perguntando “porque não?”, e assentiram inseguros, na verdade eles tomaram essa decisão baseados no de Edward. A narradora sorriu satisfeita. Quando ela estava pronta para sair Jasper perguntou o que queriam saber.

— Quem é... – e a pergunta morreu em sua garganta ao notar que o objeto de sua curiosidade não estava mais ali.

            Após a saída dos meninos a narradora mal cabia em si por seu tão mirabolante plano ter dado resultado.

— Irmããããããããã, você parecia uma mongol... – disse sorrindo, enquanto recebia um olhar mortífero da narradora.

— Você está maluco? – sua voz estava levemente tensa. – quer que eles descubram? – falou sem fita-lo, mas quando o fez sua raiva desapareceu por completo. – O que... O que... – teve uma dificuldade tremenda em falar, pois tentava a todo custo segurar o riso.

— Ai, não ri de mim... – falou com um beicinho – eu salvei sua vida, viu! – disse dramático.

— Tudo bem, mas e essa roupa? – questionou sorridente.

— Peguei na sala do teatro, num ia deixar minha irmã passar pelo mico de ser confundida com uma mongolóide... – disse mexendo as mãos de um modo que fez com a irmã gargalhasse altíssimo.

— Para que essa roupa? – a expressão dela era de quem tentava a todo o custo segurar o riso.

— Ó mulher burra! – exclamou – disfarce! – concluiu corando?! O que fez a narradora gargalhar na hora.

— AHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHA – lagrimas saiam de seus olhos e o irmão apenas bufava.

 

Véspera do dia do baile

 

            Enquanto recebia uma massagem relaxante, num SPA em Port Angeles, Alice pensava como faria para por seus planos em prática e acabar o namoro de seu irmão.

— Alice! – a voz de Charlotte a arrancou de seus devaneios.

— Sim, Lottie? – sorriu sem fitar a amiga que a acompanhava. Alice gostava de Charlotte, mesmo porque de todas as “amigas”, a única que realmente era sua amiga era ela. Tanya só era sua “amiga” para ficar perto de Edward, e Jess, bem... Jessica tinha inveja de todo mundo, então...

— Você tem certeza que isso é o certo? – como Lottie era a única que Alice confiava, ela contou seu plano a amiga.

— Tenho! – respondeu firme – Lottie, não aguento mais ver o Ed com aquela cara... preso no quarto e sofrendo. – suspirou frustrada. Alice poderia ter suas desavenças, colocar o irmão em um monte de confusão, mas ela o amava e sentia a sua dor. No fundo ela sempre soube que ele não amava a namorada.

— Você não acha que deveria deixar que ele resolva as coisas? – Lottie estava apreensiva quanto ao que Alice iria fazer.

— Meu irmão é incapaz de magoar alguém, por trás daquela carcaça arrogante, existe um coração de ouro. – disse com um sorriso terno. – Além disso, do jeito que ele está é capaz de fazer alguma besteira, ou se deixar levar por qualquer uma com um pouco de inteligência, ou um belo corpo. Aí sim a desgraça vai ser grande – a segurança com que ela falava era tanta, que Charlotte não teve mais argumentos e assentiu.

— Você já falou com ele? – questionou.

— Assim que chegar em casa! – respondeu suspirando – a única coisa que não gosto nisso é de ir sem meu grandão... mas vai ser ótimo ver a – cuspiu no chão – Loira do banheiro – cuspiu novamente, fazendo com que as massagistas questionassem sua saúde. – com raiva! – finalizou com um sorriso divertido e Lottie apenas concordou.

            Deixa-me explicar, o plano de Alice era simples, mirabolante e louco, fazer o que? É Alice Marie Brandon Cullen... Ela fez Jasper acreditar que se ele não fosse para o baile com Isabella, ela iria perceber que ele estava magoado, de modo que ela tentaria conseguir seu perdão, então ele iria com Rosálie.

            Para que Isabella, fosse com o irmão, Emmett, Alice teria de dar um jeito de ir com Edward, fazendo com que elas fossem com seus irmãos e não namorados. Assim, acreditava Alice, seria mais fácil para unir Edward com Isabella. A princípio ela não gostou muito da idéia, mas no fundo ela gostava de Isabella, claro que ela nunca iria confessar... e ela sentia que a Lois Lane de quinta era perfeita para o irmão.

            E para apimentar mais as coisas ela deu uma forcinha para que Edward e Isabella fossem escolhidos os reis do baile. Pois ia ter a dança, e todo o clima romântico, e talz... o resto deixava a cargo do destino, ou não...

 

Algumas horas depois na mansão dos Cullen’s

 

— Edward você me ama! – questionou Alice entrando num rompante no quarto do irmão, que a fitou como se soubesse que ela tinha ou iria aprontar alguma.

— Alice, o que aconteceu? – questionou desconfiado.

— Responde! – retrucou mandona.

— Você sabe que sim! – exclamou Edward com uma genuína preocupação.

— Me leva ao baile? – Alice atacou antes que ele dissesse alguma coisa. – por favor! – implorou com os olhinhos do gato do Shrek cheio de lágrimas.

— Primeiro me conta o que aconteceu! – pediu angustiado. Comprovando as suspeitas de Alice sobre seu coração de ouro (ou mole), herança de Dona Esme.

— Não aconteceu nada, é só que eu me dei conta que ano que vem você vai embora e eu quero aproveitar o tempo que me resta ao lado do meu irmãozão – disse a baixinha com voz chorosa, em parte era verdade. E Edward sentiu-se mal por ter adiantado a ida a faculdade, mas no fundo ele sabia que tudo ficaria bem. Além disso, seus pais concordaram. E no dia seguinte ao baile ele, Emmett e Jasper estariam embarcando em direção a Yale. Diante tudo isso, ele apenas assentiu.

— Você venceu baixinha, vou falar com a Rosálie! – disse abraçando a irmã, que abriu um imenso sorriso, retribuindo o abraço, mas tendo a sensação de que algo estava um tanto que errado. O que foi comprovado ao sentir uma lágrima pingando em seu ombro, e o abraço do irmão tornar-se mais apertado.

 

Na mansão Whitlock

 

            Jasper ligava para Isabella...

— Alô? – respondeu Isa com a voz sonolenta. – Quem é?

— Não acredito que você atendeu sem olhar o visor? – a voz um tanto irritada de Jasper a despertou totalmente, e ela constatou que ele estava magoado. Claro que tudo fazia parte do plano de Alice.

— Desculpa, mas eu estava dormindo! – é pelo visto ele despertou o gênio ruim da namorada também.

— Desculpe se a incomodo! – falou contrariado e começando a se chatear.

— Jasper não estou a fim de discutir com você, ta bom? – a voz dela era cansada, mas não era para menos, a meses eles discutiam por qualquer motivo.

— Ok! – Jasper suspirou

— Jasper! – ela o chamou após alguns segundos em silencio, onde os dois hesitavam falar.

— Sim. – sua voz era um sussurro sofrido.

— Eu vou para o baile com o Emmett! – o tom decidido da voz de Isabella pegou Jasper desprevenido, pois era exatamente isso que ele iria fazer, mas não esperava que ela tomasse tal decisão.

— Por quê? – questionou, ainda chocado.

— Bem... – suspirou – primeiro porque eu quero ficar um pouco mais com o Emm, depois porque – ela hesitou – não quero brigar com você, e acho que nós precisamos ficar um pouco distante. – embora tenha falado em um tom baixo a voz de Isa era decidida, o que fez com que Jasper a admirasse, embora tenha sentido que isso era um adeus.

— Tudo bem! – respondeu levemente emocionado, a final foram muitos anos... – dança comigo uma música? – ele perguntou inseguro.

— Claro Jasper! – respondeu Isa com lágrimas rolando pela face.

— Até lá. – Jasper falou e desligou sem esperar uma resposta.

            No fundo tanto Jasper, como Isabella sabiam que seu namoro não tinha mais futuro, o melhor a fazer era preservar a amizade. Mas isso não quer dizer que eles não iriam sofrer, foram muitos anos. Por isso, entregaram-se as lágrimas de desapego [N/A: para não ficar nenhuma dúvida, e na realidade não encontrei outra palavra que se encaixasse, então... desapego: s.m. Falta de apego; desafeição, desamor; desinteresse].

 

Enquanto isso o agente...

 

— Quem é?

— É o Riley! – respondeu o agente, fingindo nervosismo.

— O que quer? – falou a voz em tom agressivo.

— Eu soube que você tem umas paradas... e... – a voz hesitante era só fachada.

— E o que Riley? – novamente a voz questionou em um tom agressivo.

— Eu queria comprar! – disse simplesmente Riley.

— Qual você quer?

— Cocaína! – respondeu o agente, encarando o Chefe Swan que estava a sua frente, e ouvia o passo a passo da ligação.

— Quanto? – questionou o traficante.

— 20 gramas! – respondeu o agente [N/A: galerinha, não sei como funciona essas coisas de drogas, então abstraí...]

— Huuummm... Seus amiguinhos populares sabem o que você realmente curte? – questionou em um tom bastante interessado o traficante.

— Não! – respondeu firme, não queria envolve-los mais do que já estavam envolvidos.

— Bom saber, aqueles palermas pensam que enganam quem, eim! – não foi uma pergunta, então o agente esperou, a expressão do Chefe era pesarosa e preocupada – você acredita que os panacas do jornal estavam investigando a venda de drogas dentro do colégio? – agora era uma questão.

— Nunca imaginei isso – respondeu Riley, que percebeu pelo tom de voz do traficante, que ele não gostava dos populares.

— Pois é... – falou como se estivesse refletindo – você quer para quando a parada?

— Amanhã, no baile! – respondeu firme.

— Ok! Então nos encontramos no vestiário das lideres, afinal quase ninguém aparece por lá mesmo.

— Depois da coroação! – confirmou Riley, depois de receber o aval do Chefe.

— Ok! – e ouviram o som da chamada encerrada.

— Bom trabalho garoto – falou o Chefe parabenizando-o – vamos preparar as equipes, que estarão infiltradas na Forks High School, para dar segurança a você e aos demais alunos. - Falou o Chefe com a sua voz decidida.

— Sim, Senhor! – respondeu o agente e retirou-se.

            Após meses, eles finalmente conseguiram descobrir quem era o traficante, e ele ainda não acreditava na capacidade que aqueles garotos brigões tinham de descobrir as coisas. No inicio ele foi totalmente contra usar os populares da escola para chegar ao cabeça, mas com o passar dos meses ele percebeu que eles realmente eram diferentes.

            Diferentes, pois populares, normalmente são fúteis e não tem muita coisa na cabeça, não se preocupam com os outros, além deles mesmos. Mas, os da FHS não. Eles se preocupam com cada aluno da escola, e conhecem a todos, tem a fachada de intocáveis, mas no fundo são pessoas incríveis. Claro que cada um a sua maneira.

            Sentiu o telefone vibrar e atendeu-o sem ao menos olhar o visor – sim!

— Riley? – a voz feminina era hesitante, mas ele não a reconheceu.

— Sim? – falou em um tom de questão.

— Aqui é a Leah! – Ah! Deu um estalo em sua mente.

— Tudo bem, Leah? – questionou, pois não imaginava, que justo a garota mais chateada da escola tivesse seu número, mas quanto a isso não tinha o que fazer, pois parecia que todas elas o tinham, e o pior ligavam sempre, e com a proximidade do baile então...

— Bem... – a voz dela era hesitante – vou ser direta – e parou para respirar, Riley apenas aguardou, e estranhamente seu interior estava excitado e nervoso – Já que você não tem com quem ir ao baile, e eu não quero ir ao baile com o Jack novamente, pensei que talvez... – ela deixou a pergunta no ar. Riley sentia seu interior inteiro se retorcer em ansiedade, e a resposta cair de seus lábios sem controle.

— Passo na sua casa às 8h! – respondeu e ouviu um suspiro aliviado do outro lado.

— Ok! – ela respondeu, mas Riley não sentia a menor vontade de encerrar a chamada. – Vou vestir verde. – disse nervosa.

— Ok! – e ela desligou, o agente ainda permaneceu uns segundos com o aparelho no ouvido, totalmente imóvel, sem esboçar a menor reação.

 

Dia do baile

 

            Todos estavam ansiosos, mas cada um possuía uma razão diferente. Claro, que os populares e o agente Biers, estavam ansiosos pelo mesmo motivo, e também por motivos divergentes. Esse dia culminava em milhares de desfechos diferentes.

            Além do motivo obvio, os meninos estavam muito nervosos, pois irão embora na amanhã seguinte. Mas, estão preocupados com as meninas. As meninas, sentem que algo não está muito certo, porém não sabem o que é. O agente está entusiasmado em sair com Leah, na verdade ele se sente como um adolescente em seu primeiro encontro, e o mais estranho de tudo é que ele só havia falado com ela uma vez.

E o traficante, estava exultante, pois achava que tinha encontrado um meio de ferrar os populares!

 

 

8h00 mansão Cullen

 

— Alice estou pronto! – disse Edward no topo da escada.

— 10 minutinhos maninhuuu... – Edward suspirou, pois conhecia muito bem sua irmã e sabia que esses 10 minutos se transformariam em 20. Nesse momento seu celular toca, quando olha o nome no visor abre um imenso sorriso.

— Seth, meu camarada, o que manda? – questionou contente por ter algo para fazer enquanto esperava Alice.

— Como eu sei que a Alice demora, e meu par também... então achei que poderíamos passar o tempo conversando! – disse em tom brincalhão.

— Concordo plenamente, na verdade você me tirou do tédio eterno. – e os dois sorriram.

— Você viaja amanhã? – a questão de Seth fez com que Edward sentisse um aperto no peito.

— Sim. – foi a única resposta possível.

— E a Isabella? Como fica?

— Não fica! – disse simplesmente.

— Você sabe que ela gosta de você, não sabe?

— Sim – estava monossilábico, pois tinha medo de falar e acabar chorando.

— Acho que você deveria tentar – pelo tom de voz, Edward percebeu que ele não estava brincando – fala com ela – ele sabia que Seth tinha razão, porém tinha medo de sofrer mais ainda – eu sei, eu sei... você tem medo de ser pior – disse Seth, e Edward teve a certeza de que ele o conhecia muito bem, não pode evitar sorrir – mas arrisque a ter pelo menos uma lembrança dela...

— Vou tentar... – suspirou.

— Maninhuuuuu.... – a voz de Alice, no topo da escada o arrancou de seus devaneios.

— Você precisa ir, não é? – não era uma pergunta, e mesmo assim ele respondeu.

— Sim, nos vemos no baile.

— Quem era? – perguntou Alice quando ele estava no inicio da escada, esperando-a.

— Seth. – disse simplesmente e ela sorriu largamente, todos gostam de Seth, é quase involuntário e impossível não gostar. – Você está fabulosa – o sorriso de Alice cresceu ainda mais – vamos? – e ela assentiu.

 

Ginásio da Forks High School

 

            O ginásio da FHS estava todo decorado com papel crepom e balões coloridos, todos os alunos estavam presentes, exceto os populares. Logo na entrada um fotografo os recebia para a foto do anuário.

            O agente Riley e Leah foram os primeiros a chegar, despertando olhares admirados e raivosos por onde passavam. Ninguém compreendia como a Leah havia trazido Riley, pois quase todas as alunas tentaram ir ao baile com ele e nada... A questão central era: Como a sem sal da Leah conseguiu?

            Os burburinhos foram se acalmando até que Rosalie e Jasper chegaram, fazendo com que os comentários voltassem com força total.

— Por que ela não veio com o Edward? – comentou uma aluna do 2º ano.

— Será que ele e a Isabella terminaram? – questionou um aluno do 3º ano esperançoso.

— Nossa... Rosalie Hale solteira... Vou tentar a sorte – comentou outro aluno que assim como os demais estavam especulando o porquê de Jasper vir com a irmã, ao invés de vir com a namorada.

            E quando Alice e Edward, e por fim Isabella e Emmett chegaram, os comentários se tornaram cada vez mais altos. E provocando ainda mais especulações, Alice põem seu plano em pratica.

            Ao ver seu namorado, correu a seu encontro, no entanto seu objetivo era aproximar o irmão de (Arg) Isabella.

— Oieeeee – Emmett ao ouvir seu cumprimento sorriu grande, já Edward revirou os olhos, tentando descobrir se aquela anã poderia ser mais sem noção – Vem Emmett – então ele teve sua resposta. Antes de sair rebocando o namorado, Alice deu uma piscadinha para o irmão, confirmando suas suspeitas de que ela armará algo.

            A constatação fez Edward suspirar e encarar Isabella, que estava com a expressão estarrecida. Edward aproveitou para avalia-la, não que ele já não a conhecesse bem, mas essa noite ela estava fantástica. Usava um vestido azul marinho, sem decote na frente, porém ele suspeitava que a parte de trás tivesse um decote profundo [N/A: Eu sei, eu sei Forks é gelada, mas abstrai e acredita que o ginásio tem aquecimento...]. Essa idéia fez com que ele sentisse ansiedade e suas tremeram com a vontade de toca-la.

            Subindo o olhar, ele encontrou lábios rosados, brilhosos e entre abertos, que ele imaginou ser em expectativa. E, ao finalmente fitar seus olhos achocolatados percebeu que ela o avaliava abertamente, e que traziam um brilho de expectativa. Mas ele não soube identificar o porque. Porém em sua mente traiçoeira, passou a idéia dela sentir por ele o mesmo que ele sentia por ela, e isso fez com que seu coração desse um salto de esperança.

— Bella! – ele sussurrou e ela sorriu, pois só ele a chamava assim.

— Belo – ela disse e ele deu o sorriso torto e perfeito, capaz de derreter o maior iceberg do Ártico. E ficaram se encarando.

            Edward queria gravar em sua mente ela e aquele momento, para quando fosse embora. E Isabella não sabia definir qual força a fazia ficar presa e paralisada perante Edward.

— Edward! Bella! – falaram Seth e Jacob os trazendo de volta a realidade.

— Sim – falaram juntos e Isabella corou e Edward sorriu torto.

— Vocês poderiam ser mais discretos – disse Jacob, com sua voz afeminada, enquanto abraçava Isabella de forma a tentar desviar os olhares curiosos.

— Do q... do que... que... – gaguejou Isabella, mas estava presa ao olhar hipnótico de Edward – cê tá... falando? – a muito custo concluiu com um fio de voz.

— Isabella vocês são muito transparentes – disse Seth sorrindo – agora vamos, depois vocês se veem – concluiu levando Edward para longe dela, enquanto Jacob a conduzia para outro lugar que ela não conseguia prestar atenção onde seria, e ficou a distraí-la pelo resto da noite.

             O baile seguia animado, mas havia uma tensão no ar. Os alunos se questionavam o porquê dos casais populares não estarem juntos.

            E os nossos queridos “detetives” estavam tensos devido ao fim das investigações. E eles tinham razão em estar assim, já que em algum lugar o traficante e seus comparsas os observava. A situação estava perigosa, pois o traficante estava disposto a tudo para ferrar com a vida deles.

            Mas havia agentes da policia espalhados por todo ginásio da escola, o que passava uma sensação de segurança, contudo quando se lida com bandidos, não se pode relaxar, nem dá vacilo.

— O momento mais esperado por todos! – chamou o apresentador – A coroação do Rei e da Rainha deste ano! – e foram ouvidos gritos, assovios e palmas – para me ajudar convoco ao palco os reis do ano passado... Emmett Swan e Alice Cullen! – e novamente foram ouvidos milhares de palmas, assovios e gritos, enquanto os dois subiam ao palco.

— Boa noite Forks High School! – disse Emmett agitando a platéia – boa noite minha rainha! – falou olhando diretamente nos olhos de Alice e dando em seguida o beijo dos reis, uma tradição.

— Uau! – exclamou o apresentador para tirá-los da bolha, enquanto a galera explodia e certo alguém bufava, inconscientemente.

— Boa noite FHS! – a voz animada de Alice, provocou mais uma onde de gritaria da platéia. – bem, vamos ao momento mais esperado da noite... – fez uma pausa – o anuncio e a coroação do Rei e da Rainha desse ano. – e o som de tambores foi ouvido, Alice então passou o microfone a Emmett, para que ele anuncia-se o nome do Rei escolhido. Alice já sabia os nomes, pois ela com a ajuda de Charlotte tinham dado um “jeitinho” na votação.

— E o Rei desse ano é... – Emmett fez suspense, o que provocou mais uma onde de manifestações pela platéia, alguns riam, outros vaiavam, e começou um coro de “Fala, fala, fala”. – O presidente do Conselho Estudantil... Edward Anthony Brandon Cullen! – e aí sim, a galera em peso começou a britar e batucar, enquanto Edward sorria de forma arrogante e seguia em direção ao palco.

Sua postura arrogante nesse momento se devia a duas razões, a primeira era que ele acreditava que Rosálie seria a Rainha, e a segunda... bem... ele deveria manter as aparências. No fundo ele estava frustrado, contudo ao fitar sua irmã Alice, não pode deixar de sorrir, e ao prestar um pouco mais de atenção a sua expressão percebeu que ela havia aprontado alguma. Mas o que ele ainda não sabia.

Subiu ao palco, como se aquilo fosse sua rotina, com uma expressão absurdamente entediada. Foi coroado por Emmett, ainda com um sorriso debochado nos lábios, e virou-se para a platéia aguardando a coroação da sua “namorada”.

Rosálie que estava aborrecida por toda a noite, agora exibia um sorrisinho satisfeito, pois acreditava que aquela seria a oportunidade perfeita para conversar com Edward. Que por sua vez a tinha evitado por toda a noite.

— Passo a palavra a Minha Rainha – disse Emmett sorridente. A tradição da coroação dos reis do baile da FHS, dizia que após a coroação o casal faria seu discurso, dançaria e dariam o beijo dos Reis. Alice sabia perfeitamente de todos esses aspectos, pois desde que se tornaram populares, eles vem revezado, por incrível que pareça cada ano um casal ganha. Mas esse ano ela passaria a faixa e a coroa satisfeita...

– Vou direto ao ponto – falou e a galera vibrou satisfeita – A Rainha deste ano é – e olhava diretamente para Rosálie com um sorriso debochado, quase idêntico ao de Edward – Isabella Marie Swan Maccart! – e seu sorriso ampliou-se mais ainda ao ver a expressão chocada de Rosálie.

            Edward como toda escola encontrava-se igualmente chocado. Mas refez-se logo da surpresa procurando por ela. Isabella que estava no bar, conversando com Ângela só prestou atenção ai que acontecia quando Bree a abraçou felicitando por ter ganhado. Atônita virou-se para o palco e percebeu que ele a procurava.

Quando seus olhares se encontraram, ela sentiu um magnetismo gigantesco a puxando para o palco, e saiu em direção a ele sem se importar com mais ninguém. Jasper ao vê-la tão ligada a Edward, suspirou e seguiu para tomar um ar, pois sabia que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer.

Edward a olhava, devorava e adorava, ela estava simplesmente divina. E ele sabia que depois que a beijasse e sentisse seu corpo colado ao seu, não poderia mais ter uma vida normal, ou uma vida sem ela.

Mais rápido do que eles imaginavam, Isabella já estava no palco recebendo a coroa e em seguida a faixa de Alice, que ao passar a faixa sobre sua cabeça sussurrou.

— Aproveite! – o que assustou Isabella, mas não houve tempo para pensar, pois no segundo seguinte o apresentador segurava sua mão para uni-la a Edward, que ainda a encarava analisando cada gesto, cada expressão, cada respirar.

            Quando suas mãos se tocaram uma corrente elétrica os atravessou, fazendo com que Isabella corasse e Edward sorrisse torto. E novamente, mais rápido do que queriam tiveram de interromper o contato visual, para virarem-se a platéia eufórica, pois finalmente uma novidade.

— Inusitado, não? – questionou o apresentador e todos gargalharam.

— Eles combinam! – alguém gritou.

— São lindos juntos! – foi possível ouvir, para o desespero de Rosálie, que mesmo louca para sair dali, ou armar um barraco se mantinha imóvel só esperando o que aconteceria. Ela não acreditava que Edward seria capaz de beijar a repórter de quinta, mas não tinha certeza de mais nada.

            Alice por sua vez, saiu a procura de Jasper. Ao avistá-lo encarando o céu escuro de Forks sorriu vitoriosa, pois a expressão dele, nem era aborrecida, nem era ciumenta. Ele apenas estava... Tranqüilo? Ela se questionou como isso era possível, visto que o gênio dele não era dos mais dóceis.

— Você estava certa! – ele disse sem a encará-la, e ela ficou se perguntando como era possível ele saber que ela estava ali. Mas mesmo assim, ela sorriu.

— Eu sei que estava! – falou simplesmente e se pôs a seu lado para observarem o céu juntos.

            Enquanto isso Edward disse algumas palavras de agradecimento, mas sua expressão não era mais arrogante. E Isabella apenas disse obrigada! O apresentador tomou o microfone, e empurrou-os para o centro da pista para a dança. Isabella estava nervosa e apavorada com tudo isso. Já Edward sorria de orelha a orelha, a fitando intensamente, como se quisesse dizer algo através do olhar.

            Quando ele pôs a mão em sua cintura aproximando seus corpos, as mãos de Isabella foram sem seu comando para os ombros dele, mas sem desviar seus olhos dos dele nem por um segundo, notou sem entender o porque de perceber que as luzes foram apagadas, e apenas uma fraca iluminação estava sobre eles, dando a impressão de um momento romântico. O coração de Isabella falhou uma batida, quando Edward sorriu torto, e o de Edward batia violentamente rápido em seu peito.

Os primeiros acordes de Learn You Inside Out do Lifehouse foram ouvidos, e Edward começou a guiar Isabella pelo salão, sem nunca quebrar o contato de seus olhos.   Learn You Inside OutTe Aprender de Dentro Para Fora – Lifehouse (vídeo) < http://www.youtube.com/watch?v=lpgf2UvQG-k >  

Eu vejo os meus pés no chão

Mas parece que o mundo está afundado na gravidade

Quando estou com você eu estou no alto

 

Ao invés de esconder meu rosto

Minha memória está em seus olhos

O seu amor pode me envolver

Como eu sou?

 

            Tanto Edward, como Isabella pensavam no quão perfeita a música era, para eles e para aquele momento. Eles já não estavam mais na FHS, não eles haviam sido transportados para um mundo só deles. Já não havia mais ninguém ao seu redor. E todos parecem ter percebido a importância do que estava acontecendo, pois em todo o ginásio, o único som era da música.

 

Em silêncio você encara o mundo

Seus olhos estão gritando para serem ouvidos

Eu quero te aprender de dentro para fora

 

O tempo não estão do nosso lado

Tudo o que nós temos é o agora

Para o resto das nossas vidas

Vamos ficar acordados a noite toda

 

            O tempo realmente não estava ao lado deles, pois logo a música acabaria, e na manhã seguinte Edward iria embora. Mas isso, os porquês e quaisquer dúvidas ou empecilhos que poderiam atrapalhar aquele momento único foram deixados de lado. No momento só o que importava era eles estarem um nos braços do outro.

 

No silêncio você encara o mundo

Seus olhos estão gritando para serem ouvidos

Eu quero te aprender de dentro para fora

 

Tudo o que muda é o tempo

Não consegue te manter dentro de mim

Você está fora da minha mente

Meus sentimentos por você são claros

No silêncio você encara o mundo

Seus olhos estão gritando para serem ouvidos

Eu quero te conhecer de dentro para fora

 

            Isabella fitava Edward como se pudesse ler sua mente, e sua alma, e ele fazia o mesmo com ela. A mão direita dela deixou o ombro dele, e acariciou a nuca, em uma caricia tão singela, que fez com que o coração de Edward transbordasse de amor. E as mãos dele se puseram a acariciar ternamente sua cintura.

 

Eu vejo tudo o que você quer ser

Olho dentro da sua alma

Olhando de volta pra mim

Eu quero te aprender de dentro para fora

 

            A conexão e o sentimento entre eles eram quase palpáveis, e por isso, foi natural que quando as ultimas batidas da música soaram os lábios de Edward encontraram-se com os de Isabella pela primeira vez.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

N/A:
Darinha - Seguranças a postos?
Josi Flor checado!
Darinha - Colete a provas de bala?
Josi Flor Checado!
Darinha - Capacete?
Josi Flor Checado!
Darinha tanque do exercito?
Josi Flor Checado! Peraé Darinha, para que o tanque?
Darinha Humpf! Preciso de proteção total, se não serei morta!
Josi Flor Se você morrer quem escreve a fic?
Darinha você oras!
Josi Flor OMG, OMG, OMG... Cla... Cla... faz cara de pensativa Claro que não você sabe que escrever não é comigo!
Darinha obrigada Florzinha... você salvou minha vida... suspira e sorri = )
Ok, ok! Não me matem, vocês viram se eu morrer não tem quem escreva a fic, eu não quero ir para o céu... ouvi dizer que lá não tem PC (palavra da Paulinha, autora perva que adoooorooo)... Se eu pedir desculpas vocês me perdoam? Eu sei, eu sei demorei, mas é que tava travado... mas agora saiu e espero que não demore tanto para o próximo vir, aliás já estou escrevendo...
Bem vamos ao que interessa... Capítulo ficou gigante... estou tentando conseguir o perdão de vocês... hehehe...
Espero que tenham gostado da música, porque eu amo, a música e o Lifehouse...
Tive de dividi-lo em duas partes, e esse baile ainda promete muitas emoções... Quem quer ver uma briga levanta a mão e grita eu... o/o/o/o/o/o/ eu, eu, eu...
Sei que não estou com moral para chantagens, mas se tiver coments posto logo, logo o próximo (hehehe... oh, risadinha sem graça... é a vida!) então, amores da minha vida, comentem que eu peço ao Ed para dar um sorrisinho torto para vocês! Mas vê se não se deslumbram e esquecem da história...
Nossa como escrevi, eim??? Alguém chegou até aqui??? Então... um spoiler do próximo cap...
[...]Quando suas línguas se encontraram ambos gemeram.
Os dois iniciaram uma dança lenta e sensual, onde tentavam descobrir a boca do outro, o sabor e a textura. Como se possível, seus corpos colaram-se ainda mais, mas não foi algo vulgar, foi... Natural. Parecia que eles faziam aquilo o tempo todo, tamanha era a intimidade e entrosamento que eles passavam.
...
Mas, como tudo o que é bom dura pouco [...]
- Quem você está chamando de Loira de Farmácia! a voz de Rosálie era enfurecida, [...], Alice trocou um olhar cúmplice com Jasper.
- Você! Loira Promíscua! berrou Alice sorrindo de maneira irônica. E não deu outro... em meio minuto as duas já estavam nas tapas, enquanto Jasper suspirava as observando.
Robeijos, preparem os coraçõezinhos e até o próximo!