The Cullens escrita por Nina Guglielmelli, mulleriana


Capítulo 25
Estrago


Notas iniciais do capítulo

Atenção, essa capítulo não é recomendado para quem sofre do coração '-'
AHUHAUHAUHUAHUAUHAHU, brincadeira gente, capítulo está de mais, aproveitem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/126346/chapter/25

Edward’s POV.

Tudo a minha volta desapareceu. Eu fiquei parado, deixando meu cérebro imerso nas palavras que vinham do telefone. Não podia ser verdade. Não era.

- Sei que faz muito tempo... 2 anos, não é? Uau... – Tanya suspirou, parecendo cansada.
- É... É... – Consegui murmurar.
- Como está, Edward? – Ela perguntou.
- Estou bem.
- Que bom, não sabe como fico feliz em ouvir isso. Eu... Bem, estou te ligando por um motivo meio... Hm, eu queria te ver Edward, muito. Sei que depois de tudo não deveria pedir por um absurdo desses, mas...
- Não é absurdo. Eu também gostaria de vê-la. – Assumi. – Você se lembra do The Cullen’s, não é? Lembra onde fica?

- Claro que me lembro. Como poderia esquecer? – Ela riu, enfraquecida. Eu não sabia se aquelas memórias me fariam rir ou chorar.



(Flashback)
- Com licença. – Eu parei ao lado da mesa, colocando minhas mãos para trás. A linda garota ruiva ergueu a cabeça, limpando os lábios delicadamente com um guardanapo. – Eu vim checar se está tudo certo com seu almoço.
- Pela terceira vez. – Ela ergueu uma sobrancelha, cruzando os braços em cima da mesa.
Abri meu melhor sorriso, inclinando a cabeça em sua direção.
- Minhas desculpas para falar com você já estão acabando.
Ela riu, um som doce e encantador, exibindo dentes perfeitamente brancos. A versão original de The Rose, por Janis Joplin, tocava e inundava provavelmente até a cozinha. A garota estendeu a mão direita para mim, permanecendo com um sorriso estonteante no rosto.
- Sou Tanya. Tanya Denali.
Apertei sua mão, mantendo a outra atrás de mim.
- Edward Cullen.
- Cullen? O restaurante é seu? – Ela arqueou as sobrancelhas.
- É da minha mãe. Eu a ajudo, às vezes.
- E o que faz quando não está aqui? – Tanya apoiou o rosto nas mãos, interessada.
- Eu estudo música. Sou pianista. Ou... Pretendo ser.
Ela suspirou com um breve “hm”; seu interesse passara para outro nível. Mexeu na parte de baixo de seu longo cabelo, jogando tudo para trás, e eu pude ver então a fita que usava para enfeitá-lo.
- Pelo numero de vezes que já a vi por aqui, você parece adorar a comida. – Continuei.
- Na verdade, sim. E também porque estava pensando numa maneira de falar com o gerente. Mas ele parece compartilhar desse propósito, então... Sem mais esforços.
Ah, sim, ela tinha lábia. Mas não tanto quanto eu.
- Poderia se esforçar um pouco mais, e vir jantar aqui para me ver tocar.
- Seria um prazer, Edward.
- O prazer é meu. – Fiz uma pequena pausa, sorrindo torto para ela. – Nosso.
(/Flashback)




- A que horas eu posso encontrá-lo? – Tanya atrapalhou meu devaneio.
 Pisquei algumas vezes antes de responder.
- 15 horas, amanhã. Estarei de folga. Você está na cidade?
- Estou na casa da minha irmã, Irina. Você a conhece.
- Sim. – Suspirei longamente. – Sim, conheço. Mande lembranças a ela.
- Tudo bem. Obrigada... Mesmo. Até mais, Edward.
E desligou antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa.


Saí do escritório completamente atordoado. Eu fizera a coisa certa? Eu deveria me encontrar com ela? O que Bella pensaria a respeito disso? Bella. Droga, a última coisa que eu precisava naquele momento era encontrar com ela. E era o que eu mais queria, também.
- Edward. – Mike chamou, apressado, apontando com a cabeça o mesmo homem de antes. Eu suspirei, voltando a realidade. Parei próximo a mesa, esboçando um leve sorriso.
- Está tudo bem? – Perguntei, franzindo o cenho.
Ele sorriu para mim e ficou em pé, ajeitando o terno em seu corpo e estendendo a mão, em seguida. Cumprimentei-o.
- Você é Edward. – Não era uma pergunta. Assenti. – Meu nome é Aro Volturi. Sou da Universidade de Washington... Onde você cursava musica. Correto?
- Sim. – Suspirei, nostálgico.
- E abandonou tudo.
- Eu... Sim. – Coloquei as mãos para trás, sem entender o que ele pretendia.
Aro encarou meus olhos e passou a mão pelo queixo, onde deveria haver uma barba, se não estivesse impecavelmente feita. Voltou a sorrir, e indicou a mesa. Sentamos um de frente para o outro. Ele ajeitou as mãos na mesa, pensativo, antes de voltar a falar.
- Confesso que fiquei surpreso com a ligação, mas a garota insistiu demais, e...
- Ligação? – Cortei o que dizia, erguendo uma mão. – Que... Ligação?
Ele pareceu confuso.
- Esta tarde. Uma garota... Era... Isabella. – Ele se deliciou com cada sílaba do nome. – Ela telefonou para nós, e pediu para falar comigo pessoalmente. Bem, Edward, nós conversamos, e creio que seu pedido é um pouco inusitado... Mas eu estou aqui, não é? A historia toda me surpreendeu de tal modo que...
- Eu não estou entendendo, senhor. Desculpe. – Ofeguei. – Bella ligou pra Universidade? Com que propósito ela faria isso?
Ele ergueu as sobrancelhas.
- Você não estava ciente da ligação. – Novamente, não era uma pergunta. Aro suspirou e recostou na cadeira. – A senhorita Swan nos telefonou hoje, perto da hora do almoço. Disse que era uma conhecida sua, e pediu para que checássemos o histórico de suas notas, dentro do curso e até mesmo nos últimos anos de ensino médio. Eram incríveis. Você é brilhante. – Ele franziu a testa antes de continuar. – Nos marcamos de nos falar aqui no final da tarde. E é bastante estranho que você não saiba que nos encontramos, e principalmente sobre o que falamos.
Ele esperou e eu fiquei em silêncio, sustentando seu olhar.
- Isabella me contou sobre a razão de sua desistência, sobre a doença, e sobre seu talento. Com as suas notas, principalmente nas aulas práticas, eu não duvido que você seja um ótimo músico... Bem, ela pediu que considerássemos a sua re-admissão como nosso aluno.
Minha respiração oscilou, assim como meus batimentos cardíacos. Eu não sabia o que pensar, não sabia se aquilo era bom ou ruim, não sabia se deveria ficar bravo ou agradecido à ela. Voltar para a música. Depois de tanto tempo...
- Mas sinto em informar que isso é um pouco impossível. Entretanto... – Ele continuou quando viu minha expressão desapontada. – Eu posso ajudá-lo. Conversei com alguns professores, e a maioria se lembra de você. Eles disseram que sua paixão é o piano. E que você, mesmo sem ter se formado, se apresentava para ótimos públicos.
Ele suspirou, pensando em como continuar.
- Eu estou tomando as rédeas de tudo. Não a Universidade. Eu. Tenho contatos, fiquei impressionado com a sua historia, e posso lhe oferecer oportunidades incríveis no mundo da musica.
Aro sorriu. Eu não tive como não sorrir de volta, mesmo que não estivesse tão animado quanto ele.
- O que me diz, rapaz? Quer seguir seu sonho?
Fiquei imóvel na cadeira, respirando tranquilamente enquanto minha cabeça formava várias imagens. Parecia incrível. Perguntei-me por um segundo porque havia desistido antes. Eu estava superando tudo. Junto com Bella, a Aids era o menor dos meus problemas. Eu não tinha porque fugir de um futuro maravilhoso, como sempre quis.
- Eu não sei o que dizer. Não tenho como agradecer. – Ofeguei, com um imenso sorriso.
- Não precisa. Só precisa aceitar. – Aro estendeu a mão para mim, e eu estava prestes a apertá-la. – Mas há uma condição.
Franzi a testa, recolhendo a mão. Aquilo não parecia nada bom.
- Você vai comigo, vai se apresentar, ficar famoso... Todos vão te adorar. Não vai ser só uma estrelinha do rock, como esses pirralhos sem talento, e nem um pianista cujo CD só velhos compram. – Ele dramatizou a frase, apontando para uma direção qualquer. - Você vai revolucionar a musica. Mas não vai manter sua doença em segredo.
Ergui as sobrancelhas, processando o que dissera.
- Por que eu faria isso? – Cerrei os olhos.
- Por que? – Ele apoiou o braço no encosto da cadeira. – Cullen, você pensa pequeno. A imprensa ia adorar! Iam fazer milhares de entrevistas, documentários com sua historia de superação. Imagine só! “Astro mais aclamado do mundo da música guarda um segredo.” – Ele esticou os braços, como se lesse uma manchete. – Tudo iria mudar se revelássemos isso! Pra que esconder? Iríamos esperar você ser a principal vítima dos paparazzi, e então, bam! Você não é mais Edward Cullen. Você tem uma historia, você lutou para chegar até lá. Todos iriam te admirar.
- Todos teriam nojo de mim. – Rebati.
- Ah, bobagem! Não estamos nos anos 80, por favor. – Aro balançou a cabeça com um suspiro, diminuindo toda a animação com que falava antes. – Isso te ajudaria muito. E, bem, é minha condição.
O homem ficou em pé e colocou a mão no bolso do terno, tirando um cartão. Entregou-me. Peguei, hesitando um pouco.
- Você tem todo o tempo do mundo pra pensar. Me ligue e acertaremos tudo. Você ainda tem muito sucesso pela frente, rapaz. Confie em mim.


                                                             ***




Naquela noite, mal consegui dormir. A conversa com Aro era a menor das minhas preocupações, eu poderia avaliar isso mais tarde. Eu não conseguia parar de pensar em Tanya. A voz dela me fez reviver coisas que eu tinha custado a enterrar. Diversas lembranças passavam claras em minha mente como se eu estivesse sonhando, mas na verdade continuava muito bem acordado. O começo de nosso namoro fora conturbado; não esperamos algo sério ou ao menos um sentimento para irmos pra cama. E não nos precavemos, o que agora é até obvio dizer. Em compensação, dois meses depois estávamos no auge da paixão. Nosso relacionamento era sincero como nenhum outro que tive. Eu a amava, muito. Me encontrava toda hora formulando um futuro para nós. Tudo parecia perfeito; brigávamos raramente, o que era o exato contrário de Bella.
Mas, não. Não há como fazer comparações.
Tanya perdera a mãe quando tinha 12 anos. Nunca foi apegada as duas irmãs, e nenhuma das três era muito bem cuidada pelo pai que ainda sofria de amor. Contraiu o HIV quando foi dar o troco em uma traição de um namorado do colégio, não conhecia o cara e só o usou para se vingar. Não preciso citar as conseqüências. Sua família nunca a apoiou durante seu tratamento, ela sempre esteve sozinha. Mal tivemos tempo de conversar e nos ajudar quando soubemos que ambos estávamos doentes, porque ela logo foi embora. Bella não estava na minha casa naquela noite, e agradeci, pois seria difícil não soltar que me encontraria com minha ex-namorada. Ela não precisaria saber. Só iríamos conversar, colocar tudo em pratos limpos, e então cada um seguiria seu caminho novamente.
Levantei cedo demais e fui para o restaurante, sempre com os mesmos pensamentos batendo em minha cabeça. A manhã passou arrastada; eu esperava que Bella não notasse que eu estava estranho. Ainda não era 15:00 quando ouvi os gritos vindos da entrada do restaurante. Sai do escritório num pulo e quase corri para lá. Alice enlouquecera.
- Eu não sei o que você tá fazendo aqui! – Minha irmã gritou, com alguns fios do cabelo curto jogados no rosto. Emmett a segurava sem dificuldade. – Você não percebe o que fez? Não percebe como estragou a vida do meu irmão?
Olhei de canto para Tanya. Ela chorava.
- Pare, Alice. – Suspirei, descendo a pequena escadaria.
- Não! Essa vaca precisa ouvir! Sua desgraçada! Fica longe daqui, fica longe da minha família! A culpa é toda sua, sua vagabunda, eu deveria...
- CHEGA DISSO, ALICE! – Berrei ainda mais alto que ela, autoritário. Toquei o ombro de Tanya, carinhoso, e indiquei a rua para que me seguisse. Ela assentiu, andando com uma das mãos na boca. Lancei um olhar sério para minha irmã antes de me afastar.

Eu e Tanya fomos para a praça próxima ao The Cullen’s, onde eu jantara com Bella há muito tempo atrás. Sentamos num banco perto da fonte; era possível ver o restaurante dali e a picape (já consertada) estacionada. Suspirei, me virando para ela. Só então pude reparar em seu rosto. Estava mudada; não de um jeito bom. Seu rosto estava magro assim como seus braços, muito fracos. Seus olhos que antes eram de um azul lindo como o céu agora estavam apagados, quase cinzas. Seus cabelos que antes eram de um ruivo vivo e quase em sua cintura estavam em um corte pouco acima de seus ombros. Meu Deus, era quase impossível não sentir pena de uma pessoa assim. Não havíamos trocado uma só palavra durante o caminho do restaurante até a praça, então resolvi comentar qualquer coisa para quebrar o gelo.
- Seu cabelo... Você mudou. Ficou bom. – Sorri, simpático.
Ela tentou sorrir de volta.
 - Obrigada. Achei que daria um ar mais... Saudável. – Ela abaixou a cabeça, derrotada. Algumas lágrimas brotaram em seus olhos, e eu passei o braço em volta de seus ombros num gesto de consolo.
- Estou contente em vê-la, Tanya. – Disse.
- Edward! Sempre tão cavalheiro. Você não mudou nada. – Ela riu baixinho, e então suspirou. – Desculpe ter aparecido no restaurante. Devia ter te ligado e vindo direto aqui, ou... Não sei. Foi uma má idéia.
- Você não fez nada de errado. Alice que não deveria tê-la tratado assim. Isso não tem desculpa. Eu vou ter uma boa conversa com ela.
- Não é necessário. Não quero que briguem. Ela está certa.
Franzi a testa.
- Como ela pode estar certa? Dizendo aqueles absurdos? A culpa não é sua. Eu não guardo o mínimo rancor de você.
Ela sorriu um pouco, retribuindo meu abraço por um tempo. Se afastou novamente, então, olhando em meus olhos.
- Como tem passado? – Perguntou.
- Estou bem. Digo, tenho levado uma vida até que normal... Trabalho no restaurante todos os dias, ajudo minha mãe no que é possível... – Pensei em mencionar a proposta de Aro, mas fiquei quieto - Estou namorando. – Fiz uma pausa, nervoso, mas Tanya continuou sorrindo. - Bem... Me cuido. E você?
- Eu tenho vivido. – Ela respondeu, tranqüila.
- Vivido. – Repeti, franzindo a testa.
- Eu aprendi pelo que vale a pena viver, Edward. Já que sei que não tenho muito tempo.
- Não fale assim, Tanya. É claro que você tem. Ainda terá uma vida maravilhosa pela frente. – Sorri, sem saber se eu mesmo acreditava naquelas palavras. – Há recursos, tratamentos... Tudo para nos ajudar! Não pense de um jeito tão negativo.
Ela apenas sorriu, deixando escapar um riso fraco.
- Eu desisti do meu tratamento há um ano.
Não sei o que mais me chocou; ela ter desistido, ou ter falado algo do tipo tão calmamente. Eu entendia seus motivos, entendia que era difícil lutar quando se sentia sozinho. Mas, ainda assim, minha voz saiu indignada e confusa.
- O que? Por que?
- Foi uma decisão que tomei. E, pela primeira vez, sinto que estou fazendo algo certo.
Ela se ajeitou ao meu lado no banco. O vento soprou, ainda mais frio do que o normal.
- Algo certo? Desde quando suicídio é certo?
- Edward, eu adoeci por algum motivo.
- E acha que morrendo vai descobrir qual é? – Ergui as sobrancelhas.
Ela mordeu o lábio inferior e, aos poucos, voltou a chorar. Eu suspirei e a abracei, acariciando seu cabelo curto com extremo cuidado.
- Você não entende... – Ela sussurrou em prantos.
- Eu sei. – Disse, e então percebi que fora grosso demais. – Eu sei, desculpe...
Continuamos ali, abraçados. Tanya chorava e eu tentava acalmá-la. Nem mesmo eu conseguia acreditar que sofríamos do mesmo problema. Tanya estava sozinha, derrotada. Eu aparentava saúde (boa parte do tempo, pelo menos) e tinha pessoas que me apoiavam. Mesmo que as vezes explodisse com tantos cuidados e preocupações, no fundo eu entendia que minha família e Bella só sentiam amor por mim.
Um amor que Tanya nunca poderia experimentar.


Bella’s POV.

- Onde está Edward? – Perguntei a Emmett, que se balançava no balcão ao som de The Doors, uma musica que não reconheci.
O grandalhão parou, pensando por tempo demais em uma resposta. Cerrei os olhos.
- Saiu. Não sei. – Ele deu os ombros, virando para o computador.
- Sabe, sim. Onde ele está?
- Não sei. Mesmo. Liga pra ele.
Respirei fundo, voltando para a cozinha enquanto discava. Coloquei o aparelho na orelha e me apoiei no balcão. Caixa postal. Droga. O que os olhos não vêem, o coração imagina três vezes pior.
Andei quase marchando de volta para Emmett, colocando as mãos na cintura.
- É sério. Cadê seu irmão?
- Eu não sei!
- Ele foi fumar? Diga a verdade.
- Sabe que ele não fuma mais. – O Cullen franziu a testa.
- Mas você sabe onde ele tá! – Apontei um dedo para seu rosto. Ele deu os ombros outra vez.
Bufei e girei o corpo, olhando a rua através da janela. Reconheci o cabelo desgrenhado que eu mais adorava bem ao longe, na praça. Ignorei algo que Emmett disse e fui na direção da porta. Era Edward. Eu o reconheceria a kilometros de distância. Meus olhos precisaram se acostumar com a cena por alguns segundos antes de identificar o que estava acontecendo. Ele não estava sozinho. Uma garota estava com ele, abraçada a ele, apoiando o rosto em seu ombro. Franzi o cenho, bastante confusa. Ela virou um pouco a cabeça e olhou nos olhos dele. Reconheci o cabelo ruivo. Ela virou mais um pouco, e eu pude ver o azul de seus olhos. Aquele rosto. Era Tanya.
Eu respirei fundo. Uma, duas, três vezes. Como poderia esquecer o rosto da foto? Era ela, um pouco diferente, mas continuava sendo a mesma pessoa. E estava com ele. Entrei no restaurante vendo tudo vermelho. Arranquei a touca e o avental, jogando em cima do balcão da cozinha, e comecei a gritar por Lauren. Ela veio sem a mínima pressa.
- Assuma aqui. – Ordenei, saindo antes que ela retrucasse e eu descontasse a raiva nela.
Meu sangue fervia. Droga, como eu queria ir embora daquele lugar. Eu precisava esfriar a cabeça, mas era impossível. Nem lembrei da minha bolsa quando fui na direção da picape, que felizmente consegui fazer com que pegasse. Abri o carro e subi. Eu tentava pensar em alguma coisa, qualquer coisa, mas a mesma imagem de Edward e sua ex-namorada abraçados martelava na minha cabeça. Acelerei pela rua, respirando de maneira pesada. O que ela estava fazendo aqui? Ela não fora embora, dois anos atrás? Por que resolveu voltar? Por que sempre acontecia alguma coisa, para estragar tudo?
- Bella! – Uma voz conhecida chamou, mas não tive tempo de responder.


Edward’s POV.

Vi quando a picape acelerou pela rua. Vi a motorista parecendo cega de raiva, segurando o volante com força nas mãos (agora não tão) delicadas. Vi quando o carro da minha namorada bateu na lateral de outro, que dobrava a esquina.
Eu gritei o nome dela, mas não adiantou. Me soltei de Tanya e fiquei em pé, mas já era tarde demais. A cabine da picape estava toda amassada, quase dentro do outro carro. Eu não conseguia ver Bella. Eu não conseguia ver nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então a Bella morre e a fic acaba....UAHHUAHUAHUAAHUAHUHUHUA, claro que não, não quero ser morta por vocês xD
Ai gente...eu avisei la em cima que essa capítulo seria de tirar o fôlego. Como vocês podem ver a Tanya ainda vai ser um personagem muito importante na história, por favor não a odeiem....ela é legal, eu em particular gosto dela, pelo menos na minha fic UHAUHAHUAHUAHUAHU.
Muito obrigada mesmo pelos comentários e eu fiquei feliz por conseguir responder alguns *-*, eu amei todos mesmo e obrigada cada vez mais pelo apoio, que bom que estão gostando. Beijos a todos e até o próximo capítulo ^^