The Cullens escrita por Nina Guglielmelli, mulleriana


Capítulo 24
Em seu devido lugar




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(Bella’s POV.)

Abri meus olhos.
O Sol entrava pela janela e clareava num ângulo perfeito o rosto de Edward, como se procurasse iluminar somente os traços de beleza inumana presentes no quarto. Ambos estávamos deitados de lado, abraçados, mas agora um de frente para o outro. Fiquei observando enquanto ele dormia tranquilamente. Apesar de estar sentindo seus braços quentes ao meu redor, comecei a me perguntar se era possível que fosse só um sonho. Estiquei uma mão, acariciando sua bochecha o mais delicadamente possível. Uma ruga se formou entre suas sobrancelhas e ele abriu os olhos devagar. Minha mão subiu automaticamente para seu cabelo, e eu sorri.
Edward piscou algumas vezes e bocejou, levando a mão que não estava me abraçando até seu cabelo, bagunçando-o ainda mais. Olhou em volta do quarto rapidamente e então sorriu de leve para mim, sonolento.
- O que está fazendo no inferno? – Murmurou. Um choque desconfortável atravessou meu corpo ao pensar que estava chateado consigo mesmo – com nós dois – mas relaxei quando analisei melhor seu olhar tranquilo. Recebi um beijo na testa e o abracei ainda mais.
- Então, isso aqui é o inferno? – Fiz uma pausa, divertida. - É bem melhor do que eu imaginava.
Edward riu, erguendo um pouco o corpo para olhar o relógio no criado-mudo ao meu lado. Fez um caminho de beijos por meu braço até o ombro e pescoço, finalizando com um selinho. E então levantou da cama. Deslizei meu corpo para ocupar o pouco espaço livre, de bruços, esparramada embaixo do cobertor. Olhei para o lado também, verificando a hora. 7:46. Abracei o travesseiro e sorri com os olhos fechados. Tinha seu cheiro.
Ah, Deus, se for um sonho, nunca me deixe acordar.



(Edward’s POV.)

Fechei meus olhos.
A brisa do jardim entrava pela janela e invadia todo o quarto, como se quisesse pegar de volta o anjo que agora descansava em minha cama. Fiquei parado perto da cortina, aproveitando a temperatura fria em minhas bochechas. Virei o rosto para Bella, analisando-a. O cobertor só ia até metade de suas costas nuas, mas ela não parecia sentir frio. Seu cabelo escuro cobria boa parte da pele de marfim, num contraste de cores que eu adorava. Arrumei as mãos nos bolsos da calça, soltando um longo suspiro. De longe, ela parecia uma pintura, uma escultura em homenagem a alguma deusa grega. Droga, como eu a amava.
- É interessante me assistir? – Ela perguntou, virando de barriga pra cima e me olhando com um sorriso de tirar o fôlego. Eu retribuí, andando calmamente para perto da cama.
- Não faz idéia. É que você não tem a visão que tenho dali. – Mostrei a janela com a cabeça, abaixando para beijar minha namorada, que agora estava sentada.
Seus dedos se enroscaram no cabelo em minha nuca, puxando-o carinhosamente. Tentei resistir ao impulso de voltar a deitar com ela, em vão. Ela riu, me abraçando quando nos colamos novamente embaixo do cobertor. Talvez não fizéssemos nada. Talvez permanecêssemos ali o dia todo. Eu não sabia de mais nada; não me importava em saber. Bella era minha única certeza naquele momento.
E isso era bom demais, até mesmo para um sonho.



(Bella’s POV.)

Só conseguimos sair do quarto quando o relógio se aproximava das 9 da manhã. Edward já estava impecavelmente vestido, mas eu continuava usando o pijama de Alice. Minha muda de roupa do dia anterior continuava dentro do quarto da minha cunhada. O dia seguinte não foi uma coisa sobre a qual pensamos naquela noite; nem havia como. O que devíamos fazer? Era a hora certar pra contar a todos, ou seria melhor esconder? Minha mente estava com essa exata duvida quando Edward abriu a porta para o corredor. Ela logo sumiu, porque Alice saia de seu quarto no mesmo segundo.
Ela franziu o cenho, analisando a cena por um tempo longo demais.
- Ahn... Bom dia.
- Bom dia. – Edward respondeu firme e feliz.
Alice ficou de frente para nós e fechou a porta de seu quarto, apontando em nossa direção enquanto parecia escolher as palavras certas, com os olhos cerrados. Prensei meus lábios um no outro, olhando para meu namorado pelo canto dos olhos.
- O que...
Antes que pudesse terminar, Edward pegou minha mão e me puxou para a escada com um enorme sorriso no rosto. Ouvimos um gritinho de felicidade atrás de nós e simplesmente rimos. Descemos, mas nenhum sinal de Carlisle e Esme.
- Eu cuido do café. – Meu Cullen disse, todo orgulhoso, puxando a cadeira da mesa da cozinha para que eu me sentasse. Sorri, apoiando o rosto nas mãos e observando enquanto ele andava de um lado para o outro.
De vez em quando, Edward virava pra mim e sorria. Ele estava tão contente. Suas mãos eram um pouco atrapalhadas, mas ele ficava absurdamente fofo tentando deixar a comida perfeita. Todas as discussões antes de terminarmos (ou talvez agora eu possa chamar de “darmos um tempo”) pareciam bobas aquela altura de nossas vidas. Edward fora bobo por pensar que fazer amor comigo seria errado ou perigoso para minha saúde. Eu fora boba por pensar que ele não me queria, ou que eu não era suficiente (e certa) pra ele. Não havia uma pessoa com quem eu me encaixava melhor, em todos os momentos, em todos os sentidos.
- Como quer os seus ovos? – Ele perguntou ao parar de assobiar uma música qualquer.
- Vou adorar qualquer coisa que você fizer. – Rebati com um riso baixo.
- Mexidos, então.
Mais alguns rápidos minutos e Edward se aproximou da mesa, distribuindo o conteúdo da panela em duas tigelas coloridas que eu havia pegado. Duas fatias de pão foram colocadas na torradeira, e nós começamos a devorar os ovos enquanto não ficavam prontas. Até mesmo mastigando ele parecia se mexer, como se estivesse escutando uma musica em sua cabeça. Eu ri, engolindo a comida antes de lhe dirigir a palavra.
- De onde surgiu tanta felicidade? – Perguntei, carinhosa.
- Você quer saber? – Ele ficou em pé ao ouvir as torradas ficarem prontas. – Eu passei a noite com a mulher mais maravilhosa do mundo e, quando abri os olhos, o rosto dela foi a primeira coisa que eu vi. Não deveria estar feliz?
Sorri timidamente com cada sílaba que pronunciou, terminando meus ovos. Ele substituiu a tigela por um prato com a torrada, e deixou que eu usasse a manteiga primeiro. Então, serviu suco de laranja para nós dois.
- Está aprovado? – Edward perguntou quando dei a primeira mordida. Simplesmente assenti, mastigando. – Os ovos também? – Ele riu, estufando o peito de orgulho.
Assenti novamente revirando os olhos, divertida, em razão de seu ego gigantesco.
- É bom, mesmo. – Ele continuou. – O restaurante onde trabalho tem uma chef de cozinha horrível. Estou pensando em substituí-la.
Parei com a torrada a caminho da boca, erguendo as sobrancelhas.
- O The Cullen’s? – Perguntei. Ele assentiu, divertido. – Eu já comi lá. A chef é uma negação. E você já viu o gerente daquele lugar? Já viu o cabelo ensebado do cara? Espero que ele não chegue perto da comida. Se bem que ele podia usar o óleo da cabeça pra fritar alguns bolinhos.
Edward explodiu numa gargalhada deliciosa enquanto tomava um gole de suco. Boa parte de sua camisa ficou babada, e até meu rosto se molhou um pouco. Ri junto com ele, passando as mãos nas minhas bochechas a fim de secá-las.
- Eca! – Exclamei, ainda rindo. Ele riu alto e me mandou um beijo no ar, tomando outro gole. Alice desceu já trocada, dizendo um “bom dia” animado antes de começar a fuçar dentro do armário (na ponta dos pés).
- Tem uma manchinha na sua roupa, mano. – Ela disse, colocando seu pão dentro da torradeira e mais um prato na mesa. Edward olhou pra sua camiseta cinza cheia de suco e revirou os olhos com a mesma expressão alegre no rosto.
Com uma rápida olhada para o relógio, Alice abriu a ultima porta do armário e retirou alguns frascos e embalagens de remédios. Colocou tudo a frente de Edward, que logo se pôs a tomar os diversos comprimidos. Seus olhos ficaram diferentes, talvez até menos brilhantes, como se o coquetel o fizesse voltar à realidade. Quando seu irmão acabou, Alice pegou o copo e bebeu o restinho de suco que sobrara. Fiquei levemente surpresa, uma surpresa boa, mas espero que minha expressão não tenha demonstrado nada. Ela estava dividindo o copo com ele. Quantos fariam isso sem nenhum medo ou preconceito? Eu não tinha porque duvidar que Alice não se importava em ter tal intimidade com o irmão aidético. No começo, foi difícil para mim. Se não fosse por minha cunhada, eu não teria idéia de como agir com ele, agora sabendo de sua doença. Quantas pessoas teriam receio até mesmo de chegar perto de um soro-positivo? Alice seria a última pessoa no mundo que trataria Edward de uma maneira diferente.
- É verdade o que Emmett disse? As crianças virão aqui? – Edward perguntou, observando a irmã passar manteiga em seu pão.
- As que receberam alta. E é um número grande, se quer saber. – Alice pegou o copo de Edward, onde já havia bebido, e colocou mais suco pra si mesma. – Acho que vai dar merda.
Eu e Edward rimos.
- Se acontecer qualquer coisa, não me responsabilizo. – Ele disse, divertido.
Meu namorado colocou sua cadeira perto da minha e passou o braço ao redor de meus ombros. Alice sorriu sozinha com a cena, mas não parou de comer. Ficamos em silêncio por algum tempo; eu parada junto aos braços de Edward, ele beijando meu cabelo e Alice fingindo não estar ali, mas mal se contendo de felicidade.
Emmett apareceu na porta, e nós três o olhamos com a testa franzida.
- Precisei voltar antes que Rosalie acordasse. – Ele explicou. – Não tinha nenhuma desculpa pra ir embora, e... – Ele pousou os olhos na mão de Edward, que afagava meu ombro, e ergueu as sobrancelhas. – O que...
Eu ri, deitando a cabeça próxima ao peito dele. Emmett sorriu, dando a volta na mesa para chegar perto do balcão quase aos pulos. Eu me ajeitei mais perto de Edward, deixando seu perfume já impregnado na pele invadir meu olfato, embriagando-me.
Tudo estava em seu devido lugar.




                                                                       ***


Abra os olhos, Bella. Isso vai voltar ao normal. O barulho enlouquecedor não significa nada.
Subo somente uma de minhas pálpebras. Uma almofada voa até o teto e, quando desce, acerta em cheio um vaso de flores. Subo a outra, e uma voz infantil grita para chamar um nome feminino. Olho em volta da sala. Não há um único espaço que não esteja um caos, diversas crianças correndo, gritando, e remexendo nos móveis e decorações. Puta merda!
- Divertindo-se? – Edward perguntou, dividindo o banco de seu piano comigo. Eu fiquei imóvel enquanto ele se ajeitava ao meu lado e me abraçava.
Suspirei, fechando os olhos brevemente quando algo quebrou próximo a janela.
- Não vamos fazer nada?
Ele riu.
- Vamos ver como Emmett se sai com as crianças.
O grandalhão passou correndo por nós até algumas meninas descontroladas, nos fazendo rir. Alice andou atrás dele, lixando as unhas como se o ambiente estivesse completamente dentro da normalidade. A sala foi esvaziando aos poucos conforme as crianças viam que o anel não estava ali. Alias, do jeito que as coisas iam, parecia que não havia anel em lugar algum. Uma ultima menina saiu correndo escada acima atrás de seus amigos, e sobramos só nós dois. Eu e Edward olhamos em volta, fazendo uma leve careta para toda a bagunça e a bronca que nos esperava. Senti seus braços se afastarem de mim e, quando olhei para o lado, ele estava de frente para o piano. Me virei também, franzindo a testa.
- Escolha uma. – Ele mostrou com o queixo o livro grosso apoiado em cima do instrumento. Eu o peguei. Abri numa página qualquer, identificando suas anotações próximas as notas marcadas com extremo cuidado no pentagrama. Passei folha por folha, olhando somente os nomes das musicas.
- Essa.
Deixei o livro aberto a sua frente e encarei seu rosto. Ele estava tranqüilo, ao mesmo tempo que emanava felicidade. Suas mãos saíram de seu colo e se posicionaram sob as teclas, conhecendo cada detalhe delas. Seus dedos sabiam exatamente onde deveriam ir.

( Metallica – Nothing else matters (Piano version)
http://www.youtube.com/watch?v=4sZK4Hd28VA )

Edward estava em casa. Eu via isso em seus olhos, na leveza com que os longos dedos deslizavam pelo teclado, na maneira como inspirava e expirava sem a mínima pressa – apesar da musica rápida exigir concentração e agilidade. Eu identifiquei algumas partes da letra, e cantei baixinho junto a melodia.

Trust I seek and I find in you
(Confiança eu procure e acho em você)
Every day for us something new
(Todo dia para nós, algo novo)
Open mind for a different view
(Mente aberta para outra visão)
And nothing else matters
(E nada mais importa)

Ele sorriu ao ouvir minha voz. Não ousei cantar mais; o som tímido e desafinado que saia de minha garganta não se comparava ao de Edward e, mesmo que ele não estivesse cantando, eu ficava envergonhada só de lembrar. Fiquei encarando seu rosto durante o resto da musica. Ele ousava olhar para mim de vez em quando, e então sorria, sem nunca se desconcentrar da partitura e do ritmo incessante de suas mãos. Ele poderia ficar ali o resto da vida – ele queria ficar. Não havia lugar onde estivesse mais completo. E eu finalmente entendera, naquele dia, que as coisas só ficavam corretas para ele quando estávamos juntos.
Edward tocou a ultima nota e moveu os olhos até os meus. Suas mãos afastaram-se do piano até meu rosto, e eu não sabia onde elas se encaixavam melhor. Nos beijamos. Sem pressa, mas com desejo de sobra. Acariciei seu peito, deixando nossos lábios aproveitarem uns aos outros até que nossos pulmões imploraram por ar.
- Eu amo você. – Ele sussurrou. Segurei com firmeza o suéter que usava, aproximando nossos corpos.
- Hm... – Consegui murmurar de volta, antes que minha boca ficasse ocupada outra vez.
Um pigarro veio do nosso lado algum tempo depois. Paramos o beijo, mas só eu virei o rosto. Emmett estava parado com Alice ao seu lado. Os dois tinham uma expressão estranha no rosto.
- Temos noticias. – Meu cunhado falou.
- Achamos a aliança. – Alice deu os ombros.
- Estava no armário da minha mãe. – Emmett completou.
- Mas não foi a única coisa que encontramos... – Alice suspirou, e socou de leve o ombro do irmão. – Você lê.
O grandalhão deu um passo a frente, e Alice colocou as mãos para trás. Eu e Edward ficamos rígidos, esperando pelo pior. Até que Emmett leu.

   Meu xuxuzinho
Minha amada
Meu pudim de marmelada

   Com você quero viver
Pelo resto da vida
Quero que você seja minha
Juntos vamos fugir

Não sei viver sem seu amor
Sem o seu cheiro
E o seu amor

Quero que você seja minha
Minha Esme
Meu xuxuzinho



O poema deixou um silêncio constrangedor no ar quando Emmett acabou. Nós ficamos parados, olhando para o papel nas mãos dele com repulsa.
- É bem... Ruim. – O mesmo Cullen que leu quebrou o silêncio.
- É horrível. Isso... Dói. – Alice murmurou. – Lá no fundo.
Edward foi o único que gargalhou.
- Carlisle nunca nos disse nada sobre sua habilidade como poeta. – Ele tentou quebrar o clima tenso, em vão. Levei uma mão a boca, reprimindo o riso.
- Acham que ele escreveu mais? – Emmett arregalou os olhos.
- Ele não pode! – Alice disse, olhando para o papel em sua mão. – Meu Deus... Por que a mamãe guardou essa merda?
- Foi uma declaração. – Eu dei os ombros. – Ela só queria mostrar que gostou, para não magoá-lo...
- Ela não tem como ter gostado! – Emmett exclamou, rindo de nervoso.
- Não, mas é bem a cara de Esme fazer isso. – Sorri um pouco, carinhosa.
- Fazer o que? – A própria perguntou, abrindo distraída a porta da frente com várias sacolas em uma mão e o celular na outra, teclando.
Nós quatro nos entreolhamos, em choque. Emmett guardou o papel no bolso, Alice correu para o andar de cima e Edward se apressou em distrair sua mãe por todo o caminho até a cozinha, falando sobre um assunto qualquer. Ofeguei, virando desesperada para o grandalhão, que parecia tranqüilo demais.
- Ufa... Ainda bem que ela não ouviu...
- UFA? – Exclamei. – O que é “ufa”? Tem 30 crianças no andar de cima, e a sala está destruída!
Ele pareceu voltar à realidade, arregalando os olhos quando os passou por todo o ambiente. Edward saiu da cozinha e fechou a porta. Tirou a chave e me entregou.
- Eu e Emmett vamos arrumar isso aqui. Você vigia. Se ela estiver se aproximando, você entra e a distrai. Se insistir, tranque por fora. Depois diz que foi sem querer, não sei. Ela só não pode ver isso aqui... – Ele gemeu baixinho, olhando tudo. Ambos começaram a trabalhar com extrema agilidade, mudando os moveis de lugar e empurrando os enfeites quebrados para um canto isolado. Eu parei na frente da fechadura, colocando as mãos nos joelhos para abaixar e poder olhar através dela. Esme estava ocupada com o telefone, falando enquanto guardava as compras sem pressa alguma.
- Ela não vai sair tão cedo.
Me virei por alguns segundos, o suficiente para encontrar Edward e Emmett imóveis, encarando onde antes estava minha bunda sem a mínima discrição. Meu namorado acordou, dando um tapa no ombro do irmão com a testa franzida em reprovação.
Alice desceu as escadas, pedindo silêncio várias vezes enquanto uma fila de crianças a seguia. Ela saiu pela porta da frente, e eu me abaixei para a fechadura, prestando atenção em Esme e em seus filhos ao mesmo tempo. Eles voltaram ao trabalho, deixando a sala aos poucos impecável como antes (isso se Esme não desse por falta de nenhum objeto quebrado). Demoraram, mas conseguiram. Minha sogra continuava a falar no telefone, calma como sempre. Alice voltou sozinha e, com um suspiro de alívio, colocou uma caixinha preta nas mãos de Emmett. Edward sorriu, arrumando a ultima peça que faltava em cima da mesinha de centro.


(Edward’s POV.)

O The Cullen’s abriu para o jantar naquele domingo. Em parte porque poucas pessoas almoçavam fora nesse dia, em parte porque eu ficara ocupado demais com a chef em minha casa, e resumidamente porque gastamos algum tempo levando uma bela bronca de Esme. Parece que minha mãe gostava mesmo de cada vaso que tínhamos.
Não seríamos Edward e Bella se não tivéssemos brigado ao menos uma vez naquela noite, e não seriamos nós, também, se não tivéssemos nos reconciliado como se nada tivesse acontecido. Eu inventava qualquer desculpa para ir até a cozinha e lhe dar um beijo, nem que fosse na bochecha, ou bater discretamente em sua bunda. Lauren não estava, então o máximo de brigas que existiriam seriam nossas discussões sem fundamento. Tudo estava indo pelo caminho certo, direto para um desfecho tranqüilo, e eu não podia esperar nada menos para o final daquele dia do que dormir em minha cama quente e aconchegante, com minha namorada acariciando meu cabelo. Andei pelo restaurante com um sorriso enorme no rosto. Há quanto tempo eu não o fazia... Há quanto tempo não me sentia tão bem...
Mike acenou para mim, dizendo que o homem na mesa próxima a janela queria falar comigo. Pedi educadamente que esperasse um segundo, pois meu celular tocara naquele instante. Entrei no escritório de Esme, agora vazio. As paredes abafaram o barulho de conversas, musica e talheres. Estava lotado, e eu não tinha como reclamar. Tirei o aparelho do bolso, ficando em pé próximo a mesa. Não identifiquei o numero no visor mas, mesmo assim, atendi.
- Alô... Edward? – A voz conhecida hesitou do outro lado da linha. Gelei. – Sou eu. Tanya.


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Notas finais do capítulo

Ta aí mais um capítulo muito lindo feito com muito amor pra vocês que nos animam cada vez mais a escrever ^^
Pois é minha gente...agora a coisa ficou complicada, o que será que a Tanya quer? Um consolo que o próximo capítulo já está quase acabado e entre amanhã e quinta provavelmente já iremos postar.
Eu quero deixar aqui o meu INFINITO MUITO OBRIGADA a todos vocês, pelos comentários lindos que eu mal consegui acompanhar e como eles, na maioria das vezes foram só de surtos (huahuauhahuauhahu) vou agradece-los todos aqui. Sério gente...eu nem sabia que iam gostar tanto do capítulo, espero que tenham gostado desse também, agradeço o carinho das novas leitoras, em especial a Mariza que meu Deus, não é só leitora nova como deixou um comentário em cada capítulo que leu, dos antigos, menina...valeu mesmo, fiquei de cara no chão.
Bom gente, por hoje é só, estou feliz por estar de férias e provavelmente ficarei mais por aqui, pretendo responder os comentários dessa capítulo, sem mais desculpas. Hahuuahhuahuahuauaha. Beijos a todos e valeu pelo carinho, até o próximo capítulo.