A Prisioneira - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 6
5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/126068/chapter/6

5 - Tchau Tchau Bennetts – de novo

Já tinham se passado duas semanas desde que visitei Vila Olímpia, mas ainda estava meio irritada com o que Harper Jessy Harper e Leslie Brank por terem me dado uma “lição de moral” que eu nem merecia… espera… CLAIRE BENNETT NUNCA PRECISA! Sharon e Tyler estavam mais insuportáveis do que nunca. E no dia seguinte, eu iria para Grivyngood como constava na carta, e Joe viria me buscar com seu Mustang. É, eu sei, ele é demais.

Já começava a me preparar para dizer um “tchau definitivo” para minha mãe, o que era bastante difícil. Lílian e George eram meus pais. E essa condição jamais mudaria… talvez eu nunca vou sentir algo por Éphira, assim como sinto por Lílian. Mas talvez eu possa pensar sobre Apollo – ELE É TÃÃÃÃÃO BENNETT! Ainda guardava comigo – juntamente com o frasquinho de shampoo de babosa – o raio de sol que ele tinha me mandado para me dar mais… sei lá… confiança, quando mais precisei.

 - Talvez precise de protetor solar. – sugeriu minha mãe, enquanto colocava minhas roupas novas no malão.

 - Eu sei! Segurança é sexy!

 - O que acha dessas botas de camurça? São ótimas para vôos, acho eu.

 - Mãe, já estou levando três botas de camurça exatamente como essas… - retruquei – Aqui não vai caber nem minha ultima coleção das camisetas do Linkin Park!

 - Talvez se tirasse esse seu livro bobo… como você chama mesmo? Dicionário segundo Claire?

 - LIVRO BOBO? NUNCA! É O MELHOR E MAIS ÚTIL DO MUNDO!

Seria possível uma Bennett, perder os grandes conhecimentos de um livro tão sábio como o Dicionácio segundo Claire Bennett?!

 - Que seja, Claire, mas precisa terminar de arrumar seu malão entes do jantar. Amanhã você já vai embora de novo… - comentou, tentando não transparecer a tristeza – Precisa estar pronta.

E assim, saiu de meu quarto. Como poderia mamãe me fazer-me sentir tão culpada por não ser uma Bennett de sangue? E por ser uma Dot?

E enquanto eu xingava meu malão, meus olhos segaram-se e a visão de uma garota exatamente como eu, exceto pelos cabelos curtos e sujos, gritando: ABRA A PORTA, Gallatea!

E tudo voltou ao normal. Os dias estavam – em escalas Gallateanas – parcialmente normais. Não tão confusos quanto antigamente, mas ainda assim, genuinamente lindos e perfeitos.

Soquei meu celular no bolso de minha calça jeans, e abotoei minha camisa. Meus óculos de sol estavam em seu devido lugar e meus cabelos presos em um rabo de cavalo moderno.

 - Acho que deveria ir com o seu amigo e a senhorita Louis, filha. – observou meu pai, ainda preocupado com Joe e suas “mãos bobas”. Sim, meu pai ainda acha que alguém pode me bolinar sem morrer eletrocutado.

 - Prometi á ele, pai. Joe é um cara maravilhoso, você iria se apaixonar por ele se o conhecesse. – garanti.

 - Isso aconteceria se eu fosse como seu tio Marlon. – resmungou se colocando-se atrás de seu jornal novamente.

 - Em outras palavras: você não é gay, querido. – completou minha mãe, folheando alguns jornais ainda falando sobre o incidente do governo. – E não leia jornal na mesa.

 - Acho que deveria nos dar uma carona, Bennett. – ingrupiu Tyler.

 - Seria útil e agradável. – continuou Sharon.

 - Para quem? – revirei os olhos enquanto um Mustang estacionava em frente á casa.

Em poucos segundos meu pulso começou a arder.

 - AAAARG! – urrei me abaixando e apertando o pulso.

 - Bebê?

 - Eu… tô legal… - completei com a voz entrecortada. Era minha marca. A estrela de seis pontas no meu braço. Aquela que residia em igualdade no braço de minha mãe biológica: Éphira. Eu já disse o quão bizarro é ter uma marca tão definida e estranha no braço? Pois agora você sabe; a campainha tocou – Eu atendo.

Joe usava gel no cabelo e óculos escuros, enquanto girava uma chave no dedo indicador.

 - Heeey californiana, pronta?

 - Claro, cubo de gelo… só tenho que pegar meu malão…

 - Você deve ser o Joseph, não é? – indagou minha mãe ás minhas costas – Quer algumas panquecas?

 - Deve ser a Sra. Bennett. – cumprimentou ele. – Claire fala muito sobre a senhora…

… e você é um %$%#$%$# mentiroso…

 - Ah, é claro. Tenho certeza de que ela fala muito mais sobre Jimmy Choos do que de mim.

Yeep, você está certíssima, companheira.

 - Deixa pra lá, mãe… acho que vai ser uma viagem bem longa sem o café da manhã…

 - Eu insisto, bebê. Você vai embora de novo, e como vou saber quando vamos ver você mais uma vez?

 - Mãe…

 - E aí, Joe? – saudou Sharon com seu olhar-de-vaidialândia.

 - Tudo certo, Sharon. – respondeu – É um bom convite senhora Bennett, mas receio que tenho que não vamos poder aceitar… temos que chegar até o portão de Hermes antes das… - ele analisou o relógio – nove e meia.

 Minha mãe  bufou e me abraçou. Rolei os olhos e a abracei também.

 -Mãe, eu juro que eu vou tentar não morrer, entendeu?

Logo meu pai apareceu – e ao contrário da outra vez que eu saí de casa, no ano anterior – ele não me evitou, apenas me abraçou e me desejou boa sorte. George é de fato, um Bennett.

 - Heey Thompson, bem que poderia rolar uma carona… o Expresso vai estar lotado hoje. – resmungou Tyler.

  - Desculpe Tyler, é só para garotas com o sobrenome Bennett. – peguei minhas malas, acenei para meus pais e entrei no Mustang vermelho do Joe.

HAYOOOOO LOS ANGELES!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!