Revista Nerd escrita por SumLee


Capítulo 7
Medo de escuro? Na escola? Hm?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/121321/chapter/7

6. Medo de escuro? Na escola? Hm?

- Isso meio que já está resolvido. – Alice disse. – A Bella e eu vamos porque o diretor mandou.

- SÓ VOCÊS DUAS?! – Nessie berrou já deixando seu ataque... Atacar.

- Não. – falei. – Nós... Queremos a ajuda do Emmett.

- Minha? – ele pareceu surpreso.

Não é todo dia que alguém precisa dele, sabe? Principalmente esse alguém sendo a Alice ou eu.

- É, sua.

- Pra que?

- Pra me ajudar a “convencer” eles a “dividir” a Salinha do jornal com nós. – expliquei de forma mais doce possível, fazendo até as aspas com as mãos.

- Ok, eu ajudo.

- Legal. – Alice começou a saltitar no lugar e bater palmas.

- Só que, tipo... – Jasper nos olhou desconfiado. – Quando a Bella disse “convencer” quer dizer conversar?

- Claro que não! – arregalei os olhos. – Eu nunca conversaria com psicopatas assim desse jeito. Vamos fazer do jeito deles, ué.

- Eu sei que vou me arrepender de perguntar isso, mas a curiosidade é maior. – Edward falou para si mesmo, dando um ataque de loucura. – Como é... Esse jeito deles?

– Bella, vai no seu carro pegar as ferramentas de tortura. – Alice mandou ficando em pose séria.

- É pra já.

Eu só faltei saltitar de felicidade dando uma de Alice no meio do estacionamento. Por quê? Porque finalmente eu vou poder usar minhas armas de tortura. Isso mesmo, eu tendo um kit de armas para torturar. Sabe, é pra prevenir caso alguém queira mexer comigo e me faça ficar com muita raiva, então... Eu já tenho as coisas no carro.

- BELLA! – Alice gritou quando já estava um pouco longe.

- O que? – me virei pra ela.

Todos ali me encaravam confusos e só faltava a ponto de interrogação gigante na cabeça deles pra deixar com cara de desenho animado.

- Aonde você vai?

- Ué, pegar as coisas.

- Você... Você não está falando sério, está? – Jasper perguntou temeroso.

- Estou! – falei convicta.

Alice correu até mim, me pegou pelo braço e me levou de volta até onde eles estavam.

- Você tem ferramentas de torturar? – Edward perguntou.

- É claro que... – olhei para a cara de cada um.

Todos ali pareciam surpresos e com medo. Bem, acho que não foi uma boa idéia contar o meu pequeno segredinho.

- Tem? – Edward insistiu.

- É claro que não! – revirei os olhos. – Estava brincando. Mas cuidado Cullen, eu posso muito bem ir comprar um quando você mexer comigo.

- Só se for para me emprestar pra eu cortar sua cabeça.

- Haha, não se eu quebrar o seu pescoço com minhas próprias mãos.

- Se você ainda as tiver quando eu arran...

- CALA A BOCA, VOCÊS DOIS! – Alice gritou acabando com a discussão. – Que assusto mais... Serial-killer.

- Claro que é serial-killer, a Isabella está aqui. – Edward revirou os olhos.

- É BELLA, IMBECIL! É BELLA! – dei um passo pra perto dele. – Se você errar mais uma vez meu nome eu vou virar mesmo uma serial-killer e te torturar tão lentamente que você vai pedir pra morrer.

- Só de ouvir sua voz já é uma tortura.

- AH SEU FILHO DE UMA PUTA, EU VOU TE MOSTRAR A TORTURA! – avancei pra cima dele, só que o mesmo me impediu segurando meus pulsos.

- DÁ PRA VOCÊS DOIS PARAREM COM ISSO? – Nessie me puxou com brutalidade para trás novamente. – Caramba, que implicância essa de vocês.

- É esse garoto idiota que começa.

- Eu começo? Foi você que deu a louca aqui me ameaçando e...

- CALA A BOCA! – Rosalie e Alice gritaram juntas.

- Eu acho melhor nós irmos logo antes que esses dois se matem. – Emmett murmurou.

- É, vamos logo. – Alice concordou e pegou o mesmo braço que Nessie segurava. – Você vem com nós?

- NÃO! NÃO! NÃO! – Renesmee começou a dar um ataque de gritos.

- Ok, ok, não vai. – falou. – Emmett, você pode vir com nós?

- Uhum. – ele assentiu. – Rose, você vai me esperar?

- Não, eu vou com o Jazz. Mamãe precisa de mim para arrumar a festa de recepção da Tia Anny.

- Ah, tudo bem. – Emmett assentiu. – Então até depois, amor.

- Até.

Os dois deram um selinho e Rosalie e Jasper foram para o carro dele, um Chevy Impala 67 no melhor estilo Sobrenatural. Mas, caramba, o carro era lindo. E bem cuidado. A pintura preta reluzia como um espelho. E aquele carro era a cara do Jasper. Eles deram um tchau e partiram.

- Bem legal o carro. – falei.

- Sabe o modelo? – Emmett perguntou.

- Claro. – sorri. – Chevy Impala 67.

- Sério que é um Impalla 67? – Renesmee arregalou os olhos. – É, tipo, igual ao carro do Dean Winchester?

- O My Baby? – Alice perguntou.

- Esse mesmo. – Edward respondeu.

- AH MEU DEUS, ELE TEM QUE ME DAR UMA CARONA ALGUM DIA! – as duas berraram juntas, nos assustando.

- Er... É só pedir. – Emmett falou e elas assentiram freneticamente.

- Tudo bem, meninas, chega de dar uma de fãs louca e vamos nos centrar no principal, que é invadir aquela salinha e matar todos pra ela ser nossa.

- Eu não vou. – Nessie soltou meu braço e saiu andando de costas balançando as mãos freneticamente. – Não, eu não vou. – e saiu correndo.

- Ninguém estava a mandando ir. – murmurei e os outros assentiram. – Bom, vamos esquecer isso e ir para nosso rumo.

Emmett se colocou do meu outro lado – o que a Alice não estava, apertando fortemente meu braço – e nós seguimos para dentro do colégio, novamente. Edward tinha ficado, já que hoje não precisaria levar Alice porque ela iria com o Emmett. O colégio era ainda mais horrível totalmente vazio, sem nenhuma alma perturbada estudantil caminhando por ali. Era tão assustador que Emmett colou no meu outro braço, tremendo que nem vara verde. E olha que as luzes estavam acesas. E ele não era o único, Alice também parecia uma vara verde tremendo do outro lado. Eu bufei por causa dos dois covardes que me acompanhavam.

Tive que praticamente me arrastar pelo corredor pra poder caminhar e levar os outros dois comigo. Pra chegar ao corredor onde ficava a salinha tinha que andar um pouco, e na metade da droga do caminho as malditas luzes, que deveriam ficar acesas durante o dia e a noite, simplesmente apagou.

- AHHHHHHHHH! – os dois gritaram se agarrando mais ainda em mim.

- Droga! O diretor mão de vaca esqueceu novamente de pagar a conta! – resmunguei.

Não era a primeira vez que isso acontecia. Não, ele tinha dó de dar dinheiro pra pagar a conta mensal da luz do colégio. Eu odeio aquele pão duro! Emmett agora até batia os dentes de medo, e a Alice sussurrava coisas como morrer por demônios do sobrenatural. Ela andava assistindo muito essa série. Lembrar de pedir a Esme pra proibi-la disso.

- Vocês ouviram? – Emmett perguntou parando no meio do corredor.

- Ouviu o que? – perguntei.

- Shiu. – fez e olhou pra trás. Um barulho baixo ecoou pelo corredor.  – Ouviu?

- Deve ser o Hell ou a Secretária Anônima andando pelos corredores.

- E se for o Hell? E se ele for um demônio? O nome dele significa inferno. E se ele for o diabo? Aquele que o Sam libertou e agora anda pelo mundo? OH MEU DEUS, EU NÃO QUERO SER UMA RECEPTORA! NÃO! EU NÃO QUERO MORREEEEEEER! AHHHHH.

- ALICE! – gritei a repreendendo. – Cala a boca! Não existe nenhum demônio e o Diretor Hell não é o diabo, ok? E se for o Dean e o Sam vão aparecer pra nos ajudar.

Se você está lidando com louco, entra na história dele. É a forma mais fácil de fazê-lo ficar quieto. Alice é a prova viva disso.

- Sério? Quer dizer que o gostoso do Sam vai vir nos ajudar?

- É. É. – revirei os olhos. – Agora, vocês dois, soltem o meu braço porque eu não estou sentindo o sangue circular nele.

Eles afrouxaram o aperto, mas NÃO soltaram. Eu tentei me soltar, só que eles pareciam pior que carrapato em cachorro. Então desisti e continuei andando, mesmo que as luzes tenham apagado em todo o colégio, tinha certeza que aqueles malucos do jornal estavam na sala.

- Be-Bella? – Emmett chamou gaguejando.

- O que?

- Você... Você ouviu?

- Ouviu o que agora, Emmett?

- Eu ouvi. – Alice sussurrou.

- Ouviu o que? – perguntei novamente já perdendo a paciência.

- Está se aproximando. – Emmett sussurrou.

- Está ficando mais perto.

- O que? O que?

- Buh!

- AHHHHHHHHHHH. – os dois loucos gritaram novamente e antes que pudessem me agarrar eu me abaixei, deixando eles se abraçarem.

Olhei pra trás, vendo a silhueta alta que eu reconheceria até no inferno. Claro, aquela era a pessoa que mais me infernizava na vida. Edward Cullen. Ele gargalhava tanto que chegava a se curvar com os braços em torno da barriga. Eu cruzei meus braços no peito e esperei o ataque de risos.

 - Jesus, Maria e José. - Alice murmurou fazendo uma cruz em frente do corpo.

- Meu Deus! – exclamou quando recuperou o fôlego. – Vocês precisavam vê a cara de vocês. – ele suspirou.

- Terminou? – perguntei.

- É, acho que sim.

- Eu vou te matar, Edward Cullen.

Eu tentei bater nele e quebrar aquela carinha perfeitinha dele. Eu juro que tentei. Por toda a minha coleção de CDS. MAS não consegui. Já que Emmett, o garoto grande que deveria estar tremendo de medo, se recuperou, infelizmente, e me segurou. Eu arranquei meu tênis do pé e taquei no Edward, só que minha mira não era umas das melhores, já que nunca ganhei um ursinho nos parques. O tênis foi pro lado contrario, então tirei o outro e levantei meu braço pra tacar.

- Ai. – Emmett soltou um braço e levou a mão à testa.

- Ah, Emmett, desculpe. – pedi com os olhos arregalados, mas logo voltei ao Edward, tacando o tênis nele, sem acertar novamente. – Merda! – resmunguei.

Já que não tinha mais tênis pra atacar, tentei no chute, só que a Alice se intrometeu e segurou minhas pernas.

- Parece que alguém aqui está paralisada. – Edward fez uma piada.

DE MUITO MAL GOSTO!

- ESPERA SÓ EU ME SOLTAR DESSES DOIS TRAIRAS QUE VOCÊ VAI VÊ, EDWARD CULLEN! EU VOU ACABAR COM VOCÊ!

- Claro, claro. – ele revirou os olhos.

Eu continuei tentando me soltar, e logo percebi que era impossível, principalmente quando não queria acertar a cara de minha melhor amiga com os pés, principalmente porque já tinha acertado o Emmett com o tênis.

- Acalmou? – Alice perguntou.

- Uhum. – murmurei.

- Ótimo. – ela soltou minhas pernas e Emmett me soltou.

- O que você está fazendo aqui, Edward? – Emm perguntou.

- Eu vim buscar o meu CD que a Isabella se esqueceu de me entregar.

Porque ele não podia esquecer o maldito CD? Porque meu deus? Eu até tentei não lembrá-lo, mas o animal tem boa memória. Agora terei que me separar do meu bebezinho.

Eu caminhei onde imaginava estarem meus tênis. Emmett e Alice me ajudaram, os achando rápido. Eu coloquei os benditos tênis que não servem nem pra acertar o imbecil, mas tudo bem.

- Vai ter que esperar, porque agora precisamos falar com a droga daquele povo. – Alice disse e me puxou com ela.

Nós quatro seguimos para a maldita salinha, que, por mais incrível que pareça, estava com luz. Com certeza fizeram alguma gambiarra maluca e agora a luz deles puxa a da escola. Esperto eles, muito esperto.

- Quem vai bater? – Emmett perguntou.

Eu bufei para o medo dele e da Alice. Qual é? Era só um bando de pessoas que não tinham o que fazer e entraram para o jornal e também que atacam garotas inocentes de cabelos cacheados. E se eles tentarem alguma coisa com a caneta de ponta fina eu uso o meu kit com uma arma pra cada um.

Antes de bater na porta eu me virei para o Emmett, que encarava a porta, temeroso.

- Primeiro de tudo, armário. – comecei. – Você veio aqui para me ajudar, e eu quero a sua ajuda pra os extorqui e os fazerem aceitarem de muito bom grado outro jornal. Entendeu? – cutuquei o peito dele. – E eu não quero ninguém com medo aqui, certo? Porque eles não vão usar a maldita caneta e se usarem eu tenho coisa pior, ok? E você vai me ajudar a dar um sustinho neles.

- Para isso você não precisa do Emmett. – Edward falou e eu o encarei com uma sobrancelha erguida. – Você só precisa aparecer.

- Olha aqui, garoto, é melhor voc...

- Da pra parar? – Alice me cortou. – O plano é o seguinte: Nós vamos entrar nessa sala, tentar conversar com eles civilizadamente. SE não der certo, nós vamos para o jeito da Bella.

- Tortura. – Emmett falou pra se certificar. – Ok, tortura.

- E não se esqueçam de falar que o que acontecer dentro daquela sala não pode sair dali. – avisei.

Me virei para a porta novamente e bati uma vez, não deu em nada. Bati mais uma vez, e mais outra, e mais outra até minhas batidas virarem socos.

- Bella! – Alice me repreendeu. – Eles não vão gostar disso.

- E daí? Dane-se eles. Parecem que tem ouvido no... Olha, me deixa ficar quieta que é bem melhor. – cruzei os braços depois de socar mais uma vez a porta.

- Tem que ter calma.

Ficamos esperando alguém abrir, só que nada. Eu estou falando que eles tem o ouvido naquele lugar.

- Quer saber? Não tem que ter calma merda nenhuma. – Edward entrou na minha frente e socou a porta. – Tem algum idiota ai?

Ouvimos passos e logo a porta abriu. Eu não sabia dizer quem tinha aberto, porque o infeliz do Cullen Menor estava NA MINHA FRENTE! Atrapalhando minha visão.

- E-e-edwa-rd Cu-Cullen? – alguma menina gaguejou.

Me inclinei um pouco e tirei o braço do Edward da frente, pra vê Ângela Webber com a maior cara de idiota olhando pra cara de idiota numero um – Edward – que sorria convencidamente. Alice olhou pra garota por um tempo, vendo que essa estava em um transe, pigarreou. Adiantou? É claro que não. Ela pigarreou de novo, e novamente nada. Então Alice pigarreou novamente, me deixando irritada pra aquela cena patética.

- Você vai se engasgar com seus pigarros quando ela acordar. – falei saindo de trás do Cullen e o empurrando pra trás. – Hey, Ang. – levantei a mão.

- Hã? – ela olhou desnorteada pra mim. – Ah, oi Bella.

Ângela Webber era a garota mais legal do jornal – se não a única. Ela não era louca psicopata igual aos amigos de trabalho, apesar de também ter corrido atrás de Nessie com uma caneta de ponta fina. O jeito da Ângela grita NERD, mas ela é uma nerd que se veste legal. Ou um pouco legal. Ok, apenas as camisetas dela é legal, porque o resto é igual à da garota que Alice ficou besta de vê. Além de ser pálida, ela era desengonçada. Acho que mais que eu... Ta legal, não vou mentir ninguém é mais desengonçada que eu, mas vamos relevar isso, afinal, é um problema meu.

- Oi, Ângela. – Alice apareceu do meu lado. – Como vai?

- Er... Bem. – Ângela olhou desconfiada para nós.

Porque não olharia? Ali estavam Alice Cullen e Isabella Swan, sendo super simpáticas – o que Alice era sempre, e eu? Esquece. Junto com Edward Cullen, o garoto que me odeia e que eu odeio. O que todo o colégio sabe. E também Emmett Cullen, o capitão do time de futebol-americano. Os quatros, juntos, e sorrindo amigavelmente. Essa não é algo que se presencia nos dias normais, sabe?

- Vocês estão tendo muito trabalho ai no jornal? – Alice se esticou na ponta dos pés para poder vê.

- Não muito. – Ângela a encarava, confusa. – Eu, er... Po-posso fazer algo... Por você?

Um dos problemas da Ângela é que ela gagueja em frases longas. Bem... Não toooodas as vezes que ela fala, só quando é alguém que a intimida, tipo nós.

- Sim. – Alice abriu um sorriso. – Nós precisamos conversar com vocês.

- Com nós? – Ângela ergueu uma sobrancelha. – O-o que vo-vo-vocês iriam querer com... Com nós?

- É algo... – Alice olhou para mim e eu assenti. - Que nós já conversamos com o diretor.

- Pa-parece sério já que o di-diretor sabe.

Caramba, aquela droga de ficar gaguejando já estava me irritando. E isso parecia estar bem na cara, porque Edward, que estava atrás de mim, me puxou para o lado dele e me segurou pelo ombro, dando um sorriso forçado para Ângela, que me olhava com medo. Eu bati não mão dele, a tirando dali.

- É, Ang. É sério. – Alice suspirou.

- En-então, er... – Ângela pigarreou. – Pode falar. – disse sem gaguejar.

- Nós viemos comunicar a vocês sobre o novo jornal.

- É O QUE?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!