Revista Nerd escrita por SumLee


Capítulo 18
Grande dia




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17. Grande dia

 - Você parece ansiosa... – Charlie falou olhando com uma careta para os meus dedos que batucavam na mesa de granito.

 - É que eu estou ansiosa. – falei, dando um sorriso nervoso. – Muito ansiosa.

 - E porque essa ansiedade toda?

 - Porque é hoje que vão colocar o nosso jornal para rodar.

 - Ah, sim. – ele assentiu. – Renée me falou sobre isso. Que você estava em um jornal e era da coluna de noticias, certo? – assenti, confirmando. – Mas... Eu sei que você é a minha filha Isabella Swan e sei que você não está na coluna de noticias, certo? – arregalei os olhos e demorei quase um minuto para balançar positivamente a cabeça, bem lentamente. – É, eu imaginava. Que você está no jornal pode ser verdade, mas que você ser da coluna de noticias...

 - Renée não ia aceitar se eu contasse que sou a Design na revista. – dei de ombros.

 Nós dois estávamos tomando café-da-manhã. Renée teve que sair cedo para resolver algo na editora da revista Womania, e assim ficamos apenas nós ali. O que era bom. Eu sentia até o clima mudar um pouco sem Renée ali, porque assim podíamos conversar coisas que ela não fazia a menor idéia. E claro, eu podia ser eu mesma sem levar uma bronca e ganhar de “brinde” um livro novo.

 - É, eu sei. – ele suspirou. – Mas e então, como é ser do jornal do colégio? – perguntou com um sorriso.

 - Ah... É... Legal. – levantei um ombro. – Mesmo que eu não goste um pouco disso, acho que vê como Alice gosta me deixa bem.

 - Então isso é pela Alice Cullen? – ele riu. – As pessoas deveriam ter e serem amigas como você, Bella.

 - Para, Charlie. – falei, envergonhada. – Não foi como se eu tivesse escolha, sabe? Alice e Renesmee têm um poder de persuasão incrível e que faz qualquer um ir na delas, até mesmo eu.

 - Não estou falando disso, Bella. Sei que foi Alice quem fez você participar.  Mas estou falando de você, mesmo não querendo, estar fazendo isso e ainda se sentir bem por Alice. Pela felicidade dela.

 - Yeah... – murmurei.

 - É bom você ter isso, filha. – Charlie pegou minha mão em cima da mesa. – Porque, os amigos, são as únicas pessoas que nós podemos contar realmente.

 - Eu sei, Charlie. – sorri, dando uma mordida numa torrada. – E faço isso porque Alice e Renesmee são especiais para mim, desde quando foram elas quem deu o primeiro passo para começarmos a nossa amizade.

 Charlie assentiu e sorriu para mim. Eu vi algo em seus olhos que eu nunca tinha visto antes em Renée, e era algo que eu sempre procurava quando fazia alguma coisa por ela. Orgulho. Vi em seus olhos que ele tinha orgulho de mim, e aquilo me aqueceu de forma gostosa, porque, pelo menos meu pai sentia orgulho de mim por uma coisa que não era eu me matando de estudar e aprendendo.

 Nós terminamos de tomar o café em silencio e logo eu entrei no meu Mini e segui para o colégio. Por alguma razão eu sentia que deveria passar na Starbucks e comprar coisas para nós. Acho que eu estava tão ou mais ansiosa com essa coisa do jornal do que a Alice, já que essa estava conversando comigo pelo celular. O aparelho estava no suporte do carro, enquanto eu conversava pelo fone.

 - Eu não agüento mais. – a pique falou. – Esse carro não vai mais rápido!

 - Alice, você não quer sofrer um acidente, quer? Então, diminua. – mandei, rindo.

- Meu Deus! Você está de bom humor hoje? Eu não acredito! Isso merece um champanhe para comemorar seu bom humor e a estréia do nosso jornal.

 - Não podemos beber no colégio, Alice. Que tal outra coisa? Estou perto da Starbucks, estava pensando em cappuccinos?

 - Boa idéia! Traga... Me deixa vê... Emmett... Rosalie... Jasper... Mais a Nessie... – ela começou a contar quantos cappuccinos era pra eu levar. – E traz mais coisas para nós comer. – completou no final.

 Eu comprei muffins, Cookies, pedaços de bolo e os cappuccinos, variando nos sabores. Tudo que Ylsa e eu tínhamos falado ontem lá nas mesas de piquenique. Quando estava chegando perto do colégio recebi uma mensagem de Nessie me mandando ir para salinha dos funcionários. Eu peguei a sacola com as coisas, minha mochila e segui para lá. Como não tinha tocado o sinal ainda, as pessoas estavam nos corredores. Todos olhavam para as sacolas na minha mão, com certeza sentindo o cheiro. Poxa, pareciam até um bando de mortos de fome!

 Eu entrei na salinha, fechando a porta com o pé. Todos estavam ali, e quando entrei, eles me encararam. Rosalie e Emmett estavam parados perto da janela, namorando. Jasper, Alice e Nessie estavam sentados em cima da mesa. Edward estava sentado em cima do balcão, ao lado de Ylsa, que tinha um cigarro nos lábios. Olhei para a mesa e bem ali estavam um três caixas de papelão.

 - São os jornais? – perguntei casualmente, me aproximando da mesa e colocando as sacolas lá.

 - Uhum. – Nessie fez. – Só que Alice não deixou ninguém vê.

 - Ela não deixou vocês verem. – balancei a cabeça. – Mas a mim, sim. – fui pegar uma caixa,

 - Nononono, mocinha. – Alice pulou da mesa e veio até mim, batendo em minhas mãos como se fosse uma mãe repreendendo o filho por mexer onde não devia. – Ninguém vai ver isso. Apenas Jasper e eu vimos. Vocês só iram ver quando todos forem vê.

 - Idiotice. – Edward bufou, e por isso levou um tapa da Ylsa na cabeça. – Hey!

 - Não fale assim, garoto. – ela brigou, fechando um pouco os olhos. Edward também imitou o ato, e os dois ficaram se encarando, para então caírem na gargalhada.

 - Ok, que tal comemorarmos?! – Emmett perguntou, se aproximando da mesa. – Estou com fome.

 - Você tomou café, Emmett. – Alice disse, revirando os olhos. – E bem reforçado.

 - Sou uma pessoa grande, então preciso de muita comida. E aquilo que eu comi lá em casa já fez digestão.

 - Ainda bem que eu trouxe muito. – murmurei. – Com Edward, Ylsa e Emmett aqui, não iria sobrar nada para nós se fosse pouco.

 - Errada. – Nessie negou e eu arregalei os olhos. – Você quis dizer: com Edward, Ylsa, Emmett e você aqui não iriam sobrar nada para nós – indicou os outros. – se fosse pouco.

 Deixei meu queixo cair. Eu não era do mesmo jeito que eles... Ok, talvez um pouco... Ta legal! Eu era sim, e daí? Coisas boas têm que ser aproveitadas, e eu sabia fazer isso muito bem.

 - Esquece isso e vamos comer! – Edward falou, vindo até a mesa e pegando a sacola com os muffins, e enchendo a mão.

 Ele pegou um de Café Mocha de chocolate, o mesmo que tínhamos tomado no sábado, e sorriu para mim, voltando para o balcão. Todos ali escolheram um, me deixando por ultimo. Para a minha sorte, deixaram para mim o meu cappuccino preferido, o Café Mocha. Eu peguei meu copo e um muffins.

 - Um brinde? – Alice perguntou feliz. Todos se aproximaram, até Ylsa. – Vamos brindar ao sucesso que nosso jornal irá fazer. E então será apenas ele nesse colégio, sem nenhuma concorrência. Brindaremos também ao todo nosso esforço e vontade de trabalho, que nos trouxe há esse dia. E eu quero fazer um brinde ao bom humor da Bella. – todos riram, até mesmo eu. – Alguém mais quer brindar?

 - Eu! Eu! Eu! – Nessie falou animadamente. – Eu quero fazer um brinde a nossa nova união, que seguirá por esse ano escolar todo. Brindar a todas as brigas e discussões que iram vir. A maioria causada por nossa Bellinha. E também as nossas novas amizades.

 - E um brinde também as fofocas que eu irei saber. – Emmett disse, nos fazendo rir.

 Nós batemos os copos de plástico, comemorando.

 Mesmo que eu ainda não fosse muito fã da idéia do jornal, nessa uma semana eu senti um carinho por ele, e estava mesmo feliz que finalmente iríamos colocá-lo para rodar e acabar com o Jornal FHS. Admito foram legais as poucas vezes que tivemos na salinha e até as minhas brigas com Emmett e Edward. A pequena trégua também, que eu sabia que duraria apenas um ou dois dias. Os sermões que ganhei de Ylsa e Nessie. De tudo... E eu sentia que nesse ano que nós estávamos no jornal, iriam acontecer muitas coisas. Só esperava que fossem boas...

 Depois da pequena comemoração cada um seguiu para a sua sala. Alice não se agüentava de ansiedade para chegar logo o horário do almoço, que seria a hora que entregaríamos nosso jornal. Ela já sabia o que iríamos fazer para fazer os nerds lerem aquilo. E ficou óbvio que seria eu a sua cobaia, como sempre. Na nossa aula de Inglês Alice me explicou que falou com a secretária anônima e ficou assim de que o Jornal FHS entregaria o jornal deles no inicio das aulas – então significava que eles já tinham entregado – e que nós entregaríamos no almoço.

 - Agora entendi porque quando nós estávamos vindo para a sala eu vi pessoas com jornais. – comentei, balançando a cabeça lentamente.

 – A secretaria sem nome disse que eles entregaram primeiro porque já eram do jornal. – Alice fez careta. – O mais estranho é que as pessoas estavam lendo. Eu só estou muito curiosa para saber o que tem lá para as pessoas quererem ler...

 - Yeah... – murmurei, imaginando mil coisas.

 As aulas passaram rápido, para meu alivio, pois como disse, estava tão ou mais ansiosa que a pixel. Quando o sino para o almoço bateu, eu fui rápido para a salinha dos funcionários para encontrar Alice, que me mandou uma mensagem dizendo que já estava lá.

 - E então? – perguntei, abrindo a porta.

 Eles tinham tirado três pacotes de jornais das caixas, que agora estavam jogadas no canto da sala. Estavam ali apenas Alice e Jasper, os outros estavam no refeitório. A Ylsa também estava ali, e estava com um jornal na mão, olhando para ele com os olhos indecifráveis.

 - E então que vamos entregar apenas para a mesa dos nerds. – Alice falou.

 - O que? – perguntei, confusa.

 - Bella, raciocina comigo. A secretaria sem nome me disse que será por votação a escolha do jornal. O diretor Hell decidiu que será como um jogo, entende? Três fases. Vamos ter que isso em três meses, e no quarto, vai haver a votação, onde vão escolher o jornal que eles querem para o resto do ano.

 - O que?! – arregalei os olhos.

 - Isso mesmo. Um absurdo, eu sei. – bufou e revirou os olhos. – Então, Jasper e eu usamos a lógica de que se os nerds lerem primeiro, gostarem e usarem nossas dicas, os outros vão começar a ficar curiosos e também irão ler, entende agora? É tudo questão de pensar e usar a lógica.

 - Entendi. – balancei a cabeça. – Agora vamos logo entregar isso antes que eu tenha um treco.

 - Ah, Bella. – Alice pulou até mim e me deu vários beijos na bochecha, agarrada ao meu pescoço. – Sabia que você iria participar totalmente do nosso jornal.

 Tentava fazê-la me soltar, só que a bichinha tinha grudado literalmente no meu pescoço.

 - Ok, Alice. Eu entendi que você está feliz, mas pode me soltar? Vamos logo.

 Alice e Jasper pegaram um pacote cada um e eu peguei o terceiro, indo na direção da porta, mas parei ao ver que Ylsa olhava atentamente para a página onde eu podia ver que eram as suas fotos. Tinha uma de antes e uma de depois.

 - Alice me mandou vestir as roupas novas. – Ylsa murmurou, sem me olhar.

 - E é claro que você vai fazer, certo? – perguntei.

 - Sim. – suspirou.

 - Era o que você mais queria. Trocar essas roupas, mas tinha medo... Daquilo. Então, essa foi a sua chance. Se está preocupada com Harry, não precisa, porque eu tenho certeza que ele vai te achar linda assim. Melhor, ele já te acha linda mesmo com essas roupas.

 - Você tem tanta certeza. – ela balançou a cabeça em negação.

 - Sabe o que eu estou percebendo? – fechei a porta e andei até ela. – Pelas poucas vezes que conversamos e você me falou sobre você e seu eu antigo, eu estou percebendo que a antiga Ylsa está voltando.

 - Você acha? – riu em deboche. – Ela sempre volta. Demorei tanto a me livrar desse eu, que ele sempre acaba voltando. – me encarou. – Bella, quando eu digo pra você ser feliz, é porque eu sei o que vem depois. Então, garota, mude e lute contra o que sua mãe lhe tornou.

 Eu assenti, sem saber o que falar. Quero dizer, toda vez que Ylsa falava de Renée e desse jeito, eu acabava ficando sem saber o que falar.

 Sai dali falando para Ylsa ir fazer o que Alice mandou. Os corredores estavam vazios, então eu não me incomodava com as pessoas me olhando. Eu nunca chamava a atenção quando entrava atrasada no refeitório, mas hoje foi diferente, porque tinha algo em minhas mãos que chamava a atenção. Eu fingi não vê os olhares e caminhei na direção da mesa que eu sentava com as meninas, onde estava apenas Nessie, Alice e Jasper. Quando me aproximei, os outros chegaram juntos.

 - Eu só preciso os fazer lerem? – perguntei.

 - Sim. – Alice assentiu.

 Peguei meu pacote e segui para a mesa onde estavam os nerds. Todos ali estavam concentrados em alguma coisa: livro, vídeo-game portátil... Quando eu coloquei os jornais em cima da mesa com um baque forte, eles se assustaram, levantando a cabeça na minha direção. Alguns me olharam surpresos, outros com desprezo, mas não me importei. Seria normal se alguém do jornal FHS estivesse ali, mas aquele pessoal tinha sua própria mesa, assim como nós.

 - O que você quer? – uma garota ruiva perguntou. – Está me atrapalhando. – levantou o livro de Álgebra.

 - Você ficaram sabendo da Convenção Jedicon que teve aqui em Port Angeles? – perguntei.

 Eles se entreolharam e depois olharam para mim. Ouvi um deles cochichar “Ela é uma de nós também”, que eu não me importei. Queria apenas faze-los se interessar pelo jornal.

 - Sim, ficamos. – um garoto respondeu. – Uma pena não termos ido.

 - Sério? – fingi surpresa. – É, uma pena mesmo. Mas...

 - O que você quer? – a garota ruiva me atrapalhou.

Se você calasse a boca iria saber, pensei ironicamente, mas segurei minha língua.

 - Como é o seu nome? – perguntei para ela.

 - Sarah.

 - Ok, Sarah. Como o carinha ali disse, foi uma pena vocês não terem ido na Convenção. Mas o que vocês achariam de saber um pouquinho o que houve lá?

 - Seria legal. – um gordinho disse sorrindo. – É isso que tem ai? – apontou para os jornais.

 - Yeah! – falei animada. – E eu pensei se vocês não querem ver algumas fotos e saber de algumas coisas?

 - Eu quero.

 O gordinho se esticou na mesa e pegou um jornal na minha mão. Depois dele vieram mais outros garotos, e logo as garotas, depois que viram as capas. Alice trouxe mais um pacote, que acabou como o meu. Nós duas nos afastamos dali e fomos para a nossa mesa, sentando com os outros.

 - Usei a Convenção para fazer eles se interessarem. – falei. – E as meninas foram por causa da capa.

 - Espero que de certo. – Nessie disse, sorrindo.

 - Agora... – Edward sorriu maleficamente. – Vamos ler o nosso!

 Cada um pegou um jornal e abriu. A capa era a foto da Ylsa com a camiseta branca, e os olhos destacados. Tinha o nome "Revista Nerd" de rosa e amarelo e o desenho da Rosalie, que estava muito fofo ali. Quando abria – era como uma revista – havia um pequeno sumário, indicando onde estava cada pagina. Começava com as coisas da Alice, que explicava sobre as roupas. As fotos da Ylsa estavam lá, chamando a atenção com os destaques. Admito que Edward tinha feito um belo trabalho, e estava de parabéns.

 As roupas com o toque clássico do intelectualismo e com o toque a mais de rebeldia. Perfeito, como ouvi Alice sussurrar ao meu lado.

 Passei aquela parte, que era umas duas paginas, e fui na matéria de Nessie, que contava nossa ida a Convenção. Parei naquela parte, pois queria saber como ela tinha narrado as coisas.

“Semana passada eu fiz uma pesquisa na internet e descobri que iria haver uma Jedicon, convenção de fãs de Guerra nas Estrelas que ocorrem anualmente em determinados estados, e dessa vez foi aqui, em Port Angeles. Claro que eu tinha que passar lá, por ser tão perto. Assumo que não tenho 1/5 do nível de conhecimento que vocês têm em relação ao universo Star Wars. Mas achei que seria uma boa pegar meu carro e ir até a outra cidade apenas para poder mostrar para os fãs aqui da Forks High School que não puderam ir. Então eu seqüestrei minha amiga “nerd”, o meu fotógrafo favorito e bonitão – pagando a minha divida, Cullen -, arrumei a mochila (carteira, chave, agenda, caneta, maquina e câmera digital, e um bolinho de chocolate – que eu vi meus amigos brigarem por ele) e rumamos na sexta para Port Angeles.

 O lugar estava lotado e eu admito que me senti perdida no meio de tantas pessoas fantasiadas com o que eu julgava ser os personagens da série.  Conto para vocês que fui arrastada a procura de um vampiro lá, mas não encontramos nenhum. Quando desistimos, nós seguimos os outros com espadas brilhantes e coloridas. Só que na porta, uns caras vestidos de guardas estelares nos barraram e pediu os nossos ingressos. E a nossa surpresa para eles? Não, não era nenhum jogo “irado” da ultima edição de Star Wars. A surpresa era que não tínhamos um ingresso. Tentamos convencê-lo e até prometemos uma edição especial de uma história de Star Wars, só que os caras eram osso duro de roer e não deixaram. Mas mesmo assim nós conseguimos entrar, de um jeito que não posso contar...

 Dentro, onde tinha muito mais pessoas fantasiadas do que do lado de fora, nós fomos à procura de informações para vocês. Admito que não foi fácil chegar perto dos personagens fantasiados, mas, como fizemos para entrar, demos os nosso jeito.

 Lá, as atrações incluíam exibições de novos fanfilms de Star Wars e palestras, com críticos famosos de cinema. Eu sei que vocês já sabem o que acontecem nas convenções, mas é sempre bom dá uma “grifada”. Também tinha a equipe Lightfactory de efeitos especial, explicando sobre seus trabalhos. Só que os destaques fica por conta da apresentação da batalha ao vivo entre o Luke Skywalker e o Darth Vader – que é muito lindo visto ao vivo. Claro que eles nos deram um pouco mais e fizeram o Episódio III e Clone Wars, deixando os fãs loucos. Digo a vocês que fiquei um pouco impressionada com a ação e que até me deu vontade de quando chegar em casa assistir a série e os filmes. Mas o encantamento aumentou ainda mais minutos depois de terminar as cenas, quando a banda Imperial Rebellion começou a tocar músicas dos temas da série. Eu gostei do som, claro.

 Assim que acabou essa apresentação com as pessoas fantasiadas dançando algo que eu julgava ser uma dança Star Wars Estelar, começou o Concurso de Fantasias, que foi cômico com as pessoas fazendo suas graças para nos animar mais ainda. Os vencedores de cada fantasia ganharam revistas da nova edição em quadrinhos, que está limitada, deixando muitos com inveja, inclusive eu, que queria ter essa para começar a aprender mais um pouco sobre Star Wars. Só que então, alguém avisou sobre uma Jedi Arena, e todas as pessoas correram para um lado, e lá aconteceu a batalha de Sabres de Luz. Teve também muitos sorteios ao longo do dia, que eu tive a sorte de ganhar um boneco do gatão do Mestre Yoda.

 Fora do palco tinha oficinas de ilustração, HQ, desenho livre, mangá e diversos estandes de lojas de produtos colecionáveis e fã-clubes!

 Conseguimos achar a sala de jogos, com muitos vídeos games, onde tinha muitas pessoas jogando. Eram uma eliminação para os dois melhores no final jogarem contra e o vencedor ganhar a nova edição em quadrinhos, o ultimo jogo lançado e o DVD edição especial. Ficamos torcendo por muitos, e no jogo final, minha amiga Bella fez uma amizade com um dos jogadores, tendo seu posto de braço direito ao lado dele. Ele disse que ela era seu amuleto da sorte, e parece que Bella é mesmo um amuleto de sorte, pois foi ele quem ganhou. Sua comemoração foi memorável para muitos, e muito memorável para Bella. Então, com isso, ela ficou com o DVD edição especial.

 Tiramos muitas fotos, mas algumas não pudemos colocar nessa edição, então, pensamos em colocar em outras edições, para assim vocês poderem ver como estavam os personagens originais na convenção.

 Começamos com algumas de Darth Vader, que posou com nós para uma foto. Nela está o todo poderoso no meio de mim e Bella, que está olhando para ele de olhos arregalados. O motivo? Mão boba!  Mas isso foi uma coisa relevante, que ela deixou passar por que não queria ser linchada por bater em Darth Vader.

 Na segunda foto, temos o Darth Vader novamente, depois de ter tomado uma pílula de polegrina, e ficado um pouco mais doido que é como descobrimos nos pequenos dez minutos que ficamos conversando com ele. Juro para vocês que tentamos arrancar alguma coisinha dele sobre alguma informação nova de Star Wars, mas assim como o segurança estelar, ele era osso duro de roer e mesmo todo tomado de pílula, não soltou nada. E assim, ficamos sem uma noticia nova dada por ele, mas claro, tem por outros, que vão aparecer nas outras fotos das outras edições.”

Olhei pelo canto de olho para Nessie, que estava atenta ao seu jornal. O jeito meio diário que ela escreveu ficou legal, mas porque ela teve que me chamar de nerd e chamar o Cullen de “meu fotógrafo favorito e bonitão”? Eu sempre ficava na pior com isso. Sempre!

 Decidi não enrolar ali e fui logo para a coluna principal. Aquela que eu estou a uma semana me matando de curiosidade para sabe. Aquela coluna que me fez até se passar por um fantasma para meu nome não sair ali... Ah coluna de fofocas do MISTER EMMETT?!

 Bem... Eu não queria falar isso, mas era o que estava escrita no topo. “A coluna de fofocas do Mister Emmett”. Mas que porra...? Esse garoto era maluco, isso sim. Não duvido nada que isso foi até editado, porque com certeza deveria está “A coluna de fofocas do Mister Urso”. Eu imaginava isso porque já tinha lido esse Mister Urso em uma blusa dele, que era de frio, branca, e um urso na frente. Eu precisava perguntar isso para Alice, para saber qual foi a que Emmett imaginou para colocar.

Relevei essa coisa toda de Mister e fui logo para as fofocas. A primeira era algo interessante...

Mike Newton, um dos melhores jogadores de futebol-americano nesse final de semana “pegou” Shannon Vanguer em uma festa. A garota que anda com seu ratinho na bolsa estava lá e ele decidiu ter diversões novas. Mas para isso, Mike teve que ir mais longe e assim fez promessas para Shannon. Promessas essas que não foram cumpridas. E que fez o coraçãozinho de Shannon abalar as estruturas. Então, será que Shannon se vingará? Façam suas apostas! Eu já fiz a minha e acredito na maldade das garotas.”

 A palavra “vingar” me lembrou que eu ainda tinha algo interminável e que eu nem tinha começado a planejar. Devia isso a Shannon, e sabia que logo,logo ela iria vir cobrar. Precisava ser rápida. Mas claro, não agora. Porque, se as pessoas estavam lendo o jornal, estão pensando que Shannon irá se vingar por causa do jornal. Então, eu só iria fazer aquilo quando a poeira abaixasse.

 Deixei aquela fofoca de lado e fui para a outra. Eu nem comecei a ler, porque meus olhos foram logo para o nome de Edward. Eu não podia acreditar. Torcia fielmente que aquela fosse outra fofoca, ou então eu esganaria Emmett.

 “Edward Cullen foi pego saindo da sala de biologia por um nerd. O garoto disse que ele saiu com uma garota, e que o próprio Cullen disse que precisava de um lugar reservado. A garota ficou furiosa com ele. Quer alguém que lhe surpreenda? Isabella Swan, uma das garotas inteligentes do colégio. Agora, fica a questão pendente: Será que eles estão namorando? Sei não...”

 Senti meu sangue ferver e meu pescoço ficar quente, assim como o rosto. Minha mente ia a mil, e eu me vi pulando por cima da mesa e esganando o Emmett, que pedia por socorro. Só que eu estava tão louca e cega de raiva que nem me importei com seus pedidos. Eu só queria matá-lo!

 Infelizmente, para meu desagrado, aquilo era apenas uma idéia maluca – mas agradável. Emmett continuava lendo o jornal dele e eu continuava sentada no meu lugar. Só que estava meio impossível respirar, e minha visão estava turvo. Minhas mãos coçavam pra socar algo ou talvez para pegar todos os jornais que nós tínhamos distribuídos e esconder todos.

 Olhei para Edward, que me encarava também. Com certeza ele já tinha lido aquilo, e queria a mesma coisa que eu. Via em seus olhos o brilho maléfico. O Emmett estava ferrado em minha mão, ele podia ter a certeza.

 - Vocês estão? – Nessie virou para mim, tocando meu braço.

 - O que você acha? – perguntei, ironicamente.

 - Que... – pensou.

 - Cuidado com o que vai responder, Renesmee Carlie... – rosnei.

 - Que não, Bellinha! Que não! – ela se afastou rapidamente, com medo.

 Olhei para Edward, que fez um sinal com a mão indicando para fora do refeitório. Assenti, indicando que tinha entendido, e ele assentiu também, levantando do seu lugar.

 - Vai aonde, Edward? – Alice perguntou.

 - Vou... – Edward olhou para os lados. – Vou... – Burro..., cantarolei mentalmente. – Eu vou... Não te interessa! – respondeu por fim e saiu na direção da saída do refeitório.

 Esperei uns cinco minutos para tacar o jornal com força na mesa, assustando todos.

 - Preciso respirar. Tem coisas que mexem comigo. – falei e sai também na direção da saída do refeitório.

 Ainda pude ouvir um “Está ficando mais louca” do Emmett, que não me importei. Quando passei por um corredor que tinha ali, mãos me puxaram para outro corredor, onde não tinha ninguém. Por reflexo minha mão até se fechou, mas eu me lembrei que eu estava ali para encontrar Edward, então fiquei calma.

 - VOCÊ NÃO TINHA FEITO TUDO AQUILO PARA ELE NÃO COLOCAR ISSO?! – o animal berrou.

 Encarei-o seriamente, vendo sua expressão de que poderia me matar só com o olhar. Eu lá tinha culpa disso? De que o irmão cabeça de vento dele não era tão assombrado assim. O único culpado ali era o próprio Edward Cullen, que tinha inventado essa historinha de que éramos “namorados”. Então, esse cabeçudo não tinha toda essa pose para gritar comigo daquele jeito.

 A pequena trégua parecia estar acabada. Por mim, ela estava acabada.

 - Escuta aqui, Cullen... – falei, olhando por baixo dos cílios. Coloquei um dedo no peito dele. – Em primeiro, não grita comigo assim. Ouviu? E em segundo, não me culpe por essa merda toda, porque o seu irmão e você são os culpados aqui. Eu tentei concertar uma idiotice que você fez. Não tenho culpa que não deu certo. Agora... CONCERTA ESSA MERDA PORQUE EU NÃO SOU SUA NAMORADA!

 O Edward me encarou de olhos arregalados, e também olhou para o meu dedo em seu peito. Ele abaixou minha mão e se aproximou de mim.

 - Nós vamos concertar isso. – falou.

 - Nada disso! Eu já tentei impedir esse desastre e não deu certo. Agora é a sua vez. – bufei. – E espero que de certo antes que esse colégio inteiro saiba, ou então... Agora estão apenas aqueles nerds sabendo, quero vê quando alguma patricinha pegar... – estalei a língua. – Eu te mato, Cullen!

 Sai dali pisando firme, voltando para o refeitório. A única coisa que passava na minha cabeça era: Se ele não resolver, vou cometer assassinato e suicídio. Claro, pensamentos deprimentes, eu sei. E também dramáticos, mas poxa? Namorar o Cullen? Puf! Ninguém merece. Sentei no meu lugar e peguei o mesmo jornal que estava segurando antes.

 - EU-VOU-TE-MATAAAAAAAAAR!

 Tudo ali aconteceu muito rápido, foi algo que se eu não tivesse visto, não acreditaria se alguém me contasse. O colégio, eu não sei por que, talvez por alguma precaução, dava faca e garfo de plástico para os alunos. Aquilo cortava apenas comida, e talvez, quem sabe, arranhasse a pele, se alguém usasse como arma. Bem... Acho que Shannon estava tão desesperada que nem pensou no que aquela faquinha fazia, ela só queria a mesma coisa que Edward – creio – e eu. Matar Emmett Cullen! Ou melhor, deixar a raça de Emmett’s extintas para nunca mais ter pessoas como ele.

 Shannon apareceu do nada com uma faquinha branca daquelas apontada pra frente, como em Pânico. Seus olhos estavam... Aterrorizantes. E mirados em Emmett, que só faltava se urinar nas calças. Ela foi rápida. Só apareceu, gritou e pulou em cima dele. Por sorte – ou azar, se preferir – Edward apareceu naquele momento e segurou Shannon pela cintura, evitando o suposto assassinato do irmão doente mental.

 - ME SOLTA, CULLEN IDIOTA! ME SOLTA QUE EU VOU MATÁ-LO! VOCÊ VAI MORRER! – ela apontou pro Emmett, que se escondeu atrás de Rose. – EU JURO QUE VOU TE MATAR!

 O refeitório inteiro tinha parado para vê o que acontecia ali. Tinha até aluno filmando, pensando se teriam a sorte de filmar um assassinato ao vivo e logo mandar para o Youtube e ter muitos acessos. Tenho certeza que pessoas gostam de ver assassinatos assim como o de Emmett.

 Eu me rachava de rir no meu lugar, pois vê a cara assassina de Shannon e o covarde de Emmett atrás de Rosalie era hilário.

 - Mas eu não fiz nada! – Emm falou. – Você está louca.

Se ferrou, grandão, pensei, com pesar.

A secretária da saúde dos Emmett’s mentais adverte: Nunca chame uma garota nervosa de histérica ou louca. Isso pode causa sua morte prematura.

 - AHHHHHHHH! EU NÃO SOU LOUCA! EU VOU É FICAR LOUCA!

  A garota esperneava nos braços de Edward, que não sabia se ria ou se segurava a assassina do seu irmão. Mas estava começando a achar que ele estava escolhendo rir.

 - Espera! Espera ai! – Alice apareceu, atrapalhando tudo. Uma pena, claro. – O que está acontecendo aqui?

 - Você quer mesmo saber? – Shannon perguntou.

 - Dãa, é claro. – Nessie revirou os olhos. – Se ela perguntou, é porque ela quer saber.

 Coloquei a mão na boca para segurar a risada, mas estava ficando inevitável. Deus, de onde esse povo tinha saído? Eu sei que não foi do mesmo lugar bom e saudável que eu.

 - Eu vou contar o que está acontecendo. ME SOLTA! – berrou para Edward, que soltou ela e veio ficar ao lado de Jasper, que estava ao meu lado, já que nós éramos os únicos que não participavam daquelas loucura toda. – Seu irmão, Alice, colocou na maldita coluna de fofocas que eu estou apaixonada pelo imbecil do Mike Newton e que meu pobre coração “abalou as estruturas” – fez uma voz engraçada e careta. – E pior, ele expôs minha vida para essas pessoas! ARGH!

 Ela tentou avançar novamente em Emmett, que se encolheu atrás de Rosalie. Por sorte, tinha um garoto moreno atrás de Shannon, que a segurou.

 - Eu só contei a verdade. – Emmett falou, enfurecendo mais ainda a garota.

 - SEU CULLEN IDIOTA! EU TE ODEIO! ODEIO, OUVIU? – ela parou e respirou fundo. – Você está ferrado na minha mão. – murmurou, e ele tremeu na base. Ela se virou para ir embora, mas então voltou, com o dedo apontado para... Mim? – E você, nós conversamos daqui a um mês.

Eu assenti lentamente, mesmo sem saber o que era. Mas tinha uma vaga idéia...

 Todos voltaram para o seu lugar, menos Nessie. A ruiva encarava o nada, sem picar. Segui seu olhar e vi que ela olhava para o garoto moreno, que também a encarava e parecia não piscar.

 - Bella... – Alice parou do meu lado, com uma mão no meu ombro. – Você sabe...?

 A respiração de Nessie começou a ficar rápida, e então a garota saiu correndo para fora do refeitório, quase caindo no trajeto. Olhei novamente para o garoto e depois para Alice.

 - Sim, eu sei. – assenti.

 Alice balançou a cabeça e mordeu o lábio inferior.

 - Jacob Black. – ela sussurrou o nome do garoto ao mesmo tempo em que ele se apresentava para Emmett. – Jacob Black está nesse colégio.


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Notas finais do capítulo

Oii Girls! E então, o que acharam da publicação do jornal? Deu muitas confusões, ein? KK. Pobre Emmett... Eu queria pedir mil desculpas por ter demorado tudo isso, mas foi que passei por umas coisas e minha rotina mudou completamente, não me dando tempo para escrever. E também tive uns bloqueios de criatividade que estavam me frustrando. Mas ainda bem que isso já passou, e eu estou aqui. Obrigada pela paciência de vocês e pelos reviews *---* Estão aumentando tanto que eu me senti culpada por não postar logo e matar a curiosidade de vocês - KKK Bem... É isso. Espero que tenham se divertido e que o capitulo tenha ficado legal. Bem vindas as novas leitoras ;) Beijos;SumLee