Revista Nerd escrita por SumLee


Capítulo 12
Ylsa, uma... O que?!


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora, andei muito ocupada essas duas semanas. Mas está ai o próximo capitulo e um pouquinho maior para me desculpar kk'

Então, enjoy ;)



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 11. Ylsa, uma... O que?!

 Pelo amor de todas as bandas de rock, mais uma vez fazer alguma coisa com o Cullen? Poxa, achei que seria só algumas palavras sobre a capa e pronto, não teríamos nenhum “envolvimento”. Mas porque as coisas não aconteciam assim? Eu não queria ficar de papo com o Cullen. Não queria trabalhar com ele. Não queria conviver com ele. Só que Alice estava tornando essas coisas difíceis de acontecer com toda hora mandando nós fazermos alguma coisa juntos. Primeiro é o trabalho com a capa. Depois ele ir perguntar sobre o note sendo que ela mesma podia fazer isso. E agora nós dois temos que ir falar com a inspetora tarada.

 Uma maravilha isso! Uma grande maravilha. Da até vontade de dançar... Dançar a dança da morte, isso sim! Pra Alice, é claro. Ela adora me meter nessas coisas.

 - Ah sim! – Alice saltitou. – Vai ser bom vocês dois irem falar com Ylsa. Então, vocês a convence e nossa capa será melhor que a deles.

 - Qualquer coisa é melhor que a deles. – Jasper falou e revirou os olhos.

 - Verdade, Jazz. Verdade. – a pixel concordou.

 Iiiissoooo, os dois são uns convencidos.

 Edward e eu saímos da salinha, deixando os quatro doidos discutindo alguma coisa.

 - Aonde você acha que ela está? – perguntou.

 - Hm... Hoje tem treino dos meninos?

 - Tem. Está acontecendo agora, junto com o das lideres. – ele sorriu malicioso.

 - Então... – o cutuquei com o cotovelo para o animal voltar a terra. – Ela está perto do vestiário masculino.

 Seguimos para o lado do ginásio, os dois em silêncio. Ao chegarmos perto do vestiário, eu avistei a Ylsa, encostada na parede e mexendo em alguma coisa na blusa. Mas ela não parecia só mexer, ela parecia ansiosa. Quando ela ouviu barulho de passos, virou na nossa direção, e eu puxei o Cullen para trás do carrinho que fica as tolhas suja.

 - Mas...? – ele me encarou sem entender.

 - Só olha. – sussurrei.

 Nós dois levantamos um pouco a cabeça e olhamos para aonde Ylsa ainda estava. Ela olhou para os dois lados como se certificasse se alguém vinha e então, ela fez algo que eu nunca imaginaria a Ylsa-mal-vestida fazer. Ela tirou uma cartela de cigarro, acendeu e fumou. Sim, isso mesmo, meu povo. Ylsa, inspetora tarada, estava fumando no corredor do colégio. Aquilo, com certeza, comprovou que eu estava totalmente errada e que os boatos sobre Ylsa ser uma tarada de plantão eram verdade.

 - Nossa! – o Cullen exclamou num sussurro. – Você ta vendo? – ele bateu a mão na minha barriga e eu gemi. – Desculpa, Isabella. – pediu.

 - Não foi você. – sussurrei.

 Levantei um pouco minha blusa e vi um enorme roxo na barriga. Tinha o maldito formato da maldita bola. Aquilo parecia uma tatuagem sem noção.

 - Como você fez isso? – perguntou de olhos arregalados.

 - Uma bola de vôlei. – disse num suspiro e ele fez careta, como se entendesse. – Mas isso não importa. Eu estou muito surpresa com aquilo. – olhei para a Ylsa, voltando à atenção para ela.

 Ylsa tragou o cigarro e sorriu consigo mesma. Ela ameaçou virar a cabeça na nossa direção, e mais uma vez eu puxei o Cullen para baixo.

 - Swan e Cullen, já podem sair daí.

 Oh merda! Mas que droga! Porque ela tinha que nos vê? Caramba, eu achava que estava tendo sucesso em nos manter escondidos. Sou horrível nessa coisa, deveria saber desde pequena. Mesmo que eu não tenha brincado muito disso.

 O Cullen e eu saímos do nosso “esconderijo” que não escondia nada e fomos até Ylsa, que nos encarava com uma sobrancelha erguida. O seu jeito estava totalmente diferente do que era quando a via em horário de aula. A pose parecia ser de uma ex-presidiária. A expressão de uma garota do tráfico de drogas. O cabelo, sempre em um coque mal feito, estava solto, caindo curtinho nos ombros dela, e revelando que era beeeem repicado.

 Eu senti, naquele momento, meus olhos brilharem ao olhar para Ylsa. E por mais idiota e insano que possa parecer, eu me vi nela. Não, eu não me imaginava uma inspetora que tinha uma tara por adolescentes burros e fúteis. Mas ao vê que ela se escondia em roupas que não faziam seu estilo. Eu não fazia a menor idéia do motivo de ela fazer aquilo, talvez por causa do emprego? Ou era uma fugitiva? Cara, eu não tinha a menor idéia, mesmo. Mas sentia que éramos parecidas em alguma coisa.

 - E então? – perguntou. – O que vocês querem?

 - Er... – cocei a garganta. – Inspetora Ylsa...

 - Swan, não me chame de inspetora. – fez careta. – Apenas Ylsa está ótimo.

 - Ah. – fiz. – Então... Ylsa, eu, hum, queria saber se você... Quer, er... Au. – levei a mão à costela onde Edward tinha me dado uma cotovelada. – O que você tem na cabeça, idiota?!

 - Dá pra você parar de gaguejar?

 - Não. Não dá! – cruzei os braços. – Por quê? Vai tentar fazer algo?

 - Eu vou fazer você falar certinho se me desafiar.

 - Hm... – Ylsa fez, chamando nossa atenção. – Então Edward Cullen é um garoto... Selvagem? – sorriu maliciosamente.

 - Ah, sabe como é... – ele sorriu, fingindo está constrangido.

 Ah não, fala sério! Não acredito que Edward e Ylsa estavam flertando. Quero dizer, não foi ele que ontem mesmo disse que Ylsa era uma tarada e que ele fugia dela? Ok, ele não disse isso exatamente, mas disse que ela entrou atrás dele no banheiro. Então porque ele estava flertando com ela? Ah, ninguém merece. Só porque Ylsa agora parecia uma roqueira? É, ela tava lega com o cabelo solto, a maquiagem meio borrada e forte, o cigarro, o olhar de “foda-se”, e a pose de ex-presidiária. Mas ainda era a Ylsa ali!

 - Ok, vamos ao que interessa. – falei, cortando o “clima” que rolava. – Ylsa, o cabeçudo aqui e eu viemos perguntar se você quer ser nossa modelo?

 - Modelo? – ergueu uma sobrancelha.

 - É, modelo. É que nós estamos no jornal agora e Alice Cullen é meio quem manda ali e ela quer uma capa digna do seu jornal, então precisa de uma modelo para... Repaginar o guarda-roupa, tirar fotos de antes e depois. Essas coisas, entende? – expliquei e ela assentiu. – Então, nós pensamos em você. Quero dizer, não que você se vista mal, mas...

 - Swan, não precisa mentir. – ela revirou os olhos. – Eu sei que essas roupas são horríveis.

 - Yep. – balancei a cabeça lentamente, concordando. – Isso é bom, certo? Quero dizer, você não quer, sei lá, mudar? Ou você se veste assim por que... É obrigada? – ergui uma sobrancelha.

 A mulher arregalou os olhos e pegou meu braço, me puxando para longe do Cullen. Eu admito que fiquei com medo, estava de olhos arregalados pelo susto de sua reação. Até olhei para trás, para o Cullen, que apenas deu de ombros.

 - O que você sabe? – perguntou num sussurro quando parou.

 - Er... Sobre o que?

 - O que você sabe? – repetiu, mais lentamente.

 - Eu... Eu não sei nada. – disse, de olhos arregalados. – Do que você está falando?

 - Olha, Swan...

 - Bella. É melhor você me chamar de Bella. – falei.

 - Escuta, Bella. Eu não me visto assim porque quero. Sim, eu sou obrigada a me vestir assim. – respondeu, quando abri a boca para fazer uma pergunta idiota como “Você é obrigada?” – E sim, eu quero mudar, mas não posso.

 - Por quê? – perguntei.

 - Porque se eu mudar, vão me reconhecer.

 - Você é uma foragida?! – arregalei os olhos. – Oh meu deus, você é uma foragida. Por favor, não me mate! Não me mate. Eu juro que não conto a ninguém que você é...

 - Shiiiii. – ela tampou minha boca. – Eu não sou uma foragida. – sussurrou. – E para de fazer drama. – revirou os olhos e tirou a mão do meu rosto. – Eu estou aqui, pra... – olhou para os lados. – Não interessa! O importante é que eu quero muito mesmo mudar essas roupas, mas não posso. Não para algo que revele quem eu sou.

 - Ahhh... – balancei a cabeça. – Então você está assim – apontei para suas roupas de inspetora. – para não ser reconhecida. Entendi. E quer mudar, mas não para o que você era antes.

 - Isso!

 - Então, pelo que eu entendi você quer mudar para algo que não lembre quem você era, mas que também lhe deixe bonita.

 - Garota esperta, você. – ela piscou um olho.

 Eu sabia que era esperta, apesar de ter feito papel de histérica. Deveria parar com esses ataques no melhor estilo Alice & Nessie, ou então minha reputação iria pro buraco. Que reputação? Ok, eu não tinha reputação nenhuma, mas poxa, eu tinha que passar para o Cullen burro e o Cullen menor uma pose de durona, ou então todas as nossas brigas – que eu sempre ganho – iriam por água a baixo. Mas a questão não era essa. A questão era como iria mudar Ylsa para melhor, mas também para algo que ela não era? Tipo, acho que essa coisa era meio... Difícil. Não! Para uma garota de dezoito anos com muuuuuuitas revistas Seventeen não era difícil. É, isso não era difícil para Alice Cullen.

 - Acho que minha amiga pode fazer algo. – falei e Ylsa sorriu. – Vou falar com ela.

 - Você é demais, garota. Para uma nerd, você é demais. – ela me deu um soquinho no braço.

 - Er... Obrigada. – sorri sem graça.

 Ela não podia falar apenas que eu era demais? Porque tinha que acrescentar o nerd? Só pra acabar com minha moral, com certeza. Mas deixa isso pra lá, afinal, se fosse pelas minhas roupas, eu sempre seria tachada de nerd.

 Nós voltamos para onde o Cullen estava, encostado na parede. Nos despedimos da Ylsa, que acendeu outro cigarro, já que tínhamos atrapalhado ela fumar na outra hora e seguimos pelo corredor.

 - O que vocês conversaram? – ele perguntou, depois de minutos de silencio.

 - Nada que seja do seu interesse. – respondi, virando o rosto para o lado e prendendo uma risada.

 - Ah, Isabella, qual é? O que custa falar?

 - Saliva.

 Ele apenas bufou e revirou os olhos. Continuamos nosso caminho de volta para a salinha.

 - HEY! ME ESPEREM! – alguém berrou.

 - Acha que é com nós? – perguntei para o Cullen.

 - Se for, finge que não é. Não quero nenhum daqueles jogadores enchendo o saco.

 - ESPEREM AI! – a pessoa gritou novamente.

 - Er... Edward? – virei meu rosto minimamente para ele. – Se for um jogador, a voz dele não deveria ser... Grossa?

 - Dever, deveria. Mas deve ser o anabolizante.

 Dei de ombros e continuamos a andar.

 - ESPEREEEEEM, SEUS DOIS IMBECIS!

 Viramos para trás ao mesmo tempo para vê uma pessoa de saia curta, blusa curta, tênis e cabelos loiros correndo na nossa direção. Quem? Rosalie Hale. Ela estava com sua roupa de líder de torcida, tinha acabado de sair do treino, com certeza. Ela chegou perto, totalmente ofegante, e se apoiou nos joelhos, de cabeça baixa.

 - Oi. – falei.

 - Oi uma merda! – ela levantou a cabeça, seus olhos azuis furioso. – Porque não me esperaram quando eu chamei a primeira vez?

 - Achamos que era um jogador de futebol. – Edward respondeu dando de ombros.

 - Por acaso eu tenho cara de jogador? – ela o pegou pela jaqueta. O bichinho estava de olhos arregalados. – Pareço um jogador? SOU IGUAL A UM HOMEM?

 - Nã-não. – ele gaguejou.

 - Bom mesmo. – ela o soltou e bufou. – O Emmett ainda está no jornal? – nós dois assentimos. – Ótimo, então vamos.

 Nós dois nos encaramos e seguimos a loira, que caminhava na direção da salinha. Ao entrar, ela foi de encontro ao namorado, que estava sentado no sofá com um caderno na mão e totalmente concentrado nele. Edward foi para a máquina de doces. E eu? Eu fui puxada brutalmente por uma anã.

 - Hey. Hey. Hey. – falei, me soltando dela. – Calma ai, oh mulher do bob esponja.

 - Do que você me chamou? – ela fez uma cara confusa.

 Na verdade, todos ali me encaravam com expressões confusas.

 - Isso mesmo. Você parece à mulher do Bob Esponja.

 - Por quê? – Edward perguntou e deu uma mordida na barra de chocolate que tinha na mão.

 - É. Por quê? – Alice ergueu uma sobrancelha.

 - Porque ela é igualzinha a ele. O cara, que deve ter uns vinte anos – comecei a explicar o porque. – gosta de coisas infantis e parece uma criança hiperativa. Alice é idêntica. Ele fez bico e brilha os olhos quando quer alguma coisa, e ela também. E ele é irritante. E Alice também!

 - Hey! – ela exclamou.

 - Se for por isso, você é o Lula Molusco. – Edward falou, de boca cheia.

 - Ouch, por quê?!

 - Você é chata, ranzinza, chata, malvada, chata, e... Chata!

 Todos ali riram, menos eu.

 - Ótimo! – revirei os olhos. – O Emmett é o Patrick Estrela!

 - O que?! Eu não sou ele! Ele é burro. Nós não parecemos nada. Porque eu sou ele?

 - Porque ele é burro?! – Jasper disse a coisa óbvia.

 Emmett bufou e fez cara feia, mas depois sorriu.

 - O Edward é o Seu Siríguejo. – nós gargalhamos. – Ele é ganancioso.

 - A Rosalie é a Pérola. – Jasper nomeou a prima, que bufou. – Mimada e chatinha.

 - E você é o Plankton. – ela retrucou. – Nunca faz nada que dar certo.

 - A Nessie é o Holandes Voador. – falei e eles riram.

 - Nada a vê. – Nessie resmungou, segurando uma risada.

 - Legal! – Alice disse quando conseguiu parar de rir. – Só falta vocês começarem a dizer as falas deles no desenho. – ela virou para o Emmett. – Patrick, ta me ouvindo?

 - Não sei, ta escuro! – ele disse e nós gargalhamos.

- Esteja aqui às oito horas em ponto. – Edward falou virado para Alice, no episódio de uma festa.

 - Mas fique sabendo: A moda é chegar atrasado. – ela falou.

 - Oito horas e um minuto... – engrossei a voz para fazer a do narrado. – Bob Esponja chega à casa do Seu Siríguejo.

 Nós rimos mais uma vez. Ok, era totalmente idiota e infantil o que estávamos fazendo, mas e daí? Estávamos nos divertindo, poxa! E quem nunca assistiu Bob Esponja? Eu assisto todo dia! Repetido ou não, eu assisto. E decorei muitas falas.

 - Cara, vocês são muito idiotas. – Alice falou.

- Não estou gostando nada do seu tom! – falei, imitando o Lula Molusco, para a mulher do Bob Esponja.

- E agora? – ela afinou a voz e mais uma vez rimos.

- Você já uniu os nossos heróis? – Emmett perguntou para Alice.

- Não, mas eu me casei...

  - Não Patrick, maionese não é um instrumento – levantei uma mão quando Emmett abriu a boca. – E rabanete também não é um instrumento!

- Bob Esponja você não se lembra do wumbo? – Emmett fez uma pergunta retórica. – Eu wumbo, tu wumbas, ela wumba, nós wumbamos; wumbando, wumbado, Wumbologia. O estudo do wumbo da primeira série, Bob Esponja!

- Pena que o Bob Esponja não está aqui para aproveitar que o Bob Esponja não está aqui! – falei.

 Posso falar que ficamos um bom tempo citando falas e mais falas do Bob Esponja? E que mesmo não tendo merda nenhuma de graça, nós riamos como se aquilo fosse à coisa mais engraçada do mundo? Bom... Se vocês acham idiota o suficiente isso, vão achar mais idiota ainda quando eu disse que SIM! Nós ficamos um bom tempo falando e falando as falas. E só paramos quando Alice começou a cantar: Estou pronto, promoção, estou pronto, promoção! E quando xingamos ela, ela cantou a outra parte: Estou pronto, depressão, estou pronto, depressão!

 Ninguém merece esses personagens da galera do Bob Esponja.

- Ok, ok. – Alice levantou as duas mãos. – Chega disso! Sabemos que todo mundo aqui gosta de Bob Esponja, mas e Ylsa?

 - Eu acho que ela não gosta. – Edward respondeu e os outros riram.

 - Você entendeu o que eu quis dizer, animal. – ela revirou os olhos. – Bella?

 - Ela aceitou. – respondi.

 - E...?

 - E que ela aceitou. – mandei um olha significativo para Alice, que assentiu. – E então? Que horas vamos embora? Porque eu preciso, infelizmente, ir pra casa.

 - Bem... Enquanto vocês dois estavam fora – Alice se sentou no braço do sofá. – combinamos como vai ser o jornal.

 - E como vai ser? – Edward fez a pergunta antes de mim.

 - Resolvemos, que vai começar já com a minha coluna. Depois, vem a da Nessie, que é sobre a convenção lá sobre Star Wars. Então, por último, vai vim, sei lá, as reportagens, que Nessie também vai fazer, e a coluna de fofocas do Emm. Já a capa, nós vamos ter a Ylsa, e o nome Revista Nerd com letras grandes e divertidas. Como essa. – ela pegou meu notebook em cima da mesa cheia de papéis e abriu, já na pagina de arquivos. – Tipo um rosa e amarelo para dar um destaque. – ela olhava para o nada, e eu fiz o mesmo, tentando imaginar o que ela imaginava. – Então, com uma foto da Ylsa beeeem fodona, nós...

 - Olha a boca. – Emmett a repreendeu e ela bufou.

 - Com a letra beeeeem fodona – ela destacou a palavra do mal. – nós vamos conseguir chamar a atenção. Mas... – ela me encarou. – Eu sinto que falta alguma coisa.

 - Falta alguma coisa? – perguntei.

 - Sim. Algo que deixe mais animado, legal. Cool seria a palavra certa. Como... – ela voltou à posição de pensativa. – Como um slogan ou uma marquinha pra nossa revista.

 - Tipo o que? – Emmett perguntou, tirando sua concentração da folha em sua frente.

 - Me pegou agora, mano. – ela falou com uma careta. – Quero dizer, não é difícil imaginar algo para colocar como nossa marca. Só pelo nome já dá pra ter uma idéia, hum?

 - Um nerd? – Edward ergueu uma sobrancelha.

 - Yep. – ela pulou, animada. – Um nerd! Um nerd bonitinho e fofinho, que vai deixar nossa capa mais bonita ainda.

 - Alice? – chamei e ela se virou para mim com os olhos brilhando. – De onde você vai tirar esse nerd? Porque, da internet não rola. – revirei os olhos.

 - Ouch... – fez triste, se sentando novamente. – Não dá pra fazer no computador? Você não sabe fazer, Bellinha?

 - Bellinha, não. Bellinha, não. – resmunguei. – Dá pra eu fazer no computador, mas... – fiz careta. – Eu não sei como desenhar um. Tipo, eu preciso de um “modelo” para eu desenhar os traços, entende?

 - Ahh. – ela fez, suspirando triste. – E agora?

 - Se for sobre um desenho, eu sei de alguém. – Emmett se pronunciou.

 - Ah não. Outro não... – choraminguei e Alice me deu um cutucão. – Vocês têm que parar com isso. – disse, encarando Edward para dizer que incluía ele nesse “vocês”.

 - Quem, Emmett? – Jasper perguntou, saindo do momento de silencio dele.

 E olhando para o lado do loiro, eu vi uma Nessie muito pensativa e cabisbaixa. Tinha algo estranho com a ruivinha hoje, e isso dava para perceber a milhas de distancia. Principalmente para alguém que a conhecia como Alice e eu. Olhei para a baixinha, que percebendo para onde eu olhava antes, assentiu confirmando a mesma coisa: Havia algo estranho com Renesmee.

 - A Rose. – ele a indicou como se indicasse um premio.

 Ela arregalou os olhos para ele, e depois nos encarou, surpresa.

 - É verdade. – Jasper concordou. – Rosalie sabe desenhar.

 - Você sabe mesmo, Rosalie? – Alice perguntou esperançosa.

 - Sei... – ela respondeu, incerta. – Fiz uns cursos.

 - Oh meu deus. – Alice saltitou até ela. – Rosalie Hale, você pode fazer um favorzinho para a sua cunhadinha querida? – ela juntou as mãos e fez o olhar do bob esponja que eu falei.

 Viu como se faz quando quer alguma coisa? Se você quiser aulas, é só falar com a baixinha que ela te ensinara a parecer uma cunhada falsa e mesmo assim conseguir arrancar qualquer coisa de quem você quiser. Alice tinha se superado dessa vez pedindo assim, nesse modo. Se fosse comigo, eu não faria, mas como não era...

 - Claro, claro. – Rosalie revirou os olhos. – Eu só preciso de um papel e um lápis.

 Eu levantei do meu lugar e fui até a mesa, procurando uma folha sem nada e um lápis. Espalhei as folhas ali, mas parei em uma. Ela estava aberta, não tinha nada, mas não porque não tinham usado, sim porque quem escreveu nela, apagou depois. Olhando melhor ainda, eu podia jurar vê o nome de Shannon ali. Eu peguei a folha, sem chamar muita a atenção, dobrei-a e coloquei no bolso da calça. Depois peguei uma folha para Rosalie, junto com o lápis e entreguei. Sentei novamente no meu lugar e olhei para todos para vê se alguém tinha percebido. Apenas Edward me encarava, e de forma como se dissesse: “Eu vi, oh, imbecil”. Encarei-o de volta, lançando um olhar de “Não fiz nada, idiota”.

 - Você já tem alguma idéia? – Alice perguntou, fazendo eu e Edward encararmos ela e quebrar o contato visual desagradável.

 - Hm... – Rosalie mordeu a ponta do lápis, encarando a folha, pensativa. – Acho que tenho.

 - Como assim você acha? – Jasper perguntou.

 - Shiiiii. – ela fez, concentrada enquanto fazia o desenho. – Vocês querem um nerd, certo? Então, farei um.

 Rosalie riscava o papel, fazendo as mesmas coisas que Alice fez quando estava olhando meu notebook. Eram caretas, mordia o lábio, franzia as sobrancelhas e até mordia a unha do dedão esquerdo. O Emmett tentava vê, mas ela não deixava de forma alguma, dizendo que isso a atrapalharia. Eu sei, coisa de louco.

 - Pronto! – ela exclamou, feliz.

 Virou a folha, revelando o nerd. E caramba, que nerd! O cabelo meio... sei lá, mas para baixo, óculos no estilo “vovó”, uma blusa de manga curta com o desenho de um hambúrguer por cima de uma de manga longa. Calças caqui e um tênis pra lá de estranho. O bonequinho estava com os braços esticados na frente, como se ele estivesse lutando. Era o desenho de um nerd mais fofo que eu já tinha visto... Ok, ok, já vi muitos outros que eram fofos, mas esse pareceu me encantar de tal forma que eu adorei o desenho.

 - E então? – ela perguntou, com uma careta.

 - Sei não... – Alice colocou a mão no queixo, com o olhar avaliativo em cima do desenho.

 - Nada disso. – cortei o barato da baixinha. – Esse desenho está perfeito. Ele tem tudo para ser uma marquinha de nerd. A camiseta, o cabelo, os óculos... Tudo! – sorri encantada.

 - Não sei, Bells... – Alice murmurou.

 - Não é por nada – Nessie pronunciou. –, afinal, eu também me visto assim. – apontou para as próprias roupas. – Mas quem está falando isso é uma... Desculpa, Bella... Uma nerd. Acho que Bella sabe o que está falando, e sabe o que está certo. Eu concordo com ela, a camiseta, o cabelo, os óculos. Essas coisas lembram mesmo um nerd. Mas um nerd legal.

 - É isso! – exclamei. – Nessie explicou o que eu queria falar.

 - Concordo com elas duas. – Jasper falou. – Se reparar bem nos nerds do colégio, vai ver que eles usam camisetas com estampas... Diferentes. Óculos com armações... Antigas. E cabelos com cortes... Fora da moda. – ele deu de ombros.

 Encarei-o com uma sobrancelha erguida, arrumando a frase dele. Como ela ficava na minha cabeça? “Se reparar bem nos nerds do colégio, vai ver que eles usam camisetas com estampas... Esquisitas. Óculos com armações... Esquisitas. E cabelos com cortes... Esquisitos.” Sim, para mim era assim que a frase ficava. Afinal, é assim que todos esses populares pensam dos pobres nerds. Tudo bem que eu pense igual – mesmo me vestindo igualmente a eles, os nerds – mas poxa, isso é um saco! Quero dizer, qual é a coisa contra as camisetas com desenhos? Não tinha nada! Acho que essa era a única parte que eu gostava nessa coisa toda que Renée me colocava. As camisetas com estampas eram bem legais e eu amava. Tudo bem que não eram com estampas com nome de bandas de rock como The Ramones ou AC\DC, mas dava para relevar.

 Agora a questão com os óculos... Essa já era um enorme problema. Ok, eu entendia que tinha que usar óculos – não porque era cega, mas por minha vista ficar embaçada e para não piorar. Só que tinha lentes para isso. Aliás, tinha lentes para pessoas que precisavam usar óculos com grau acima de cem. Exagerei, eu sei. Mas Renée não aceitava isso, e eu tinha que me conformar. E o corte de cabelo... Meu cabelo não tinha um corte cheio de coisas como o repicado de Alice, e não tinha as ondas perfeitas dos de Rosalie. Ele era com um corte reto e liso. Algo muuuito normal e chato. Renée também adorava me controlar nisso, falando as mesmas palavras dos óculos: “Se tiver um corte clássico, vai parecer mais intelectual.” Então, para minha tradução: “Sem repicado, sem cortes curtos e que chamem a atenção.”

 - Alice, deixa a frescura para o lado e aceita que o desenho está ótimo. – Emmett “pediu”, abraçando Rosalie pelos ombros. – Afinal, foi minha namorada quem desenhou com suas mãos de anjo.

 - Emmett. – Rosalie rosnou. – E então, Alice? Se quiser, eu posso pensar em outro...

 - Não. – Alice a interrompeu. – Não precisar fazer outro. Porque, reparando bem... O pessoal tem razão. Tudo nele grita “Nerd”, e um tipo de nerd engraçadinho. – riu sozinha. – Vai ser esse! Espera... – virou para Edward, que estava em silencio. – E então, Eddie? Gostou?

 - Está perguntando se eu gostei? – ele ergueu uma sobrancelha.

 - Sim! Eu quero a opinião de todos. Inclusive a de Rosalie. – ela se virou agora para a loira.

 - Minha? – Rosalie encarou-a confusa.

 - Sua. Rosalie, você é o que nós precisamos. Uma desenhista para deixar o jornal mais cool possível, entende? E acho que ter mais um integrante no grupo vai ser muito legal. – a baixinha me encarou.

 - A Rosalie está ok. – levantei as duas mãos. – Ela não é desconhecida. Não é chata. E é firmeza. – fiz um ok com a mão e a loira piscou para mim.

 - Então eu to dentro. – falou por fim. – Vai ser legal fazer parte do grupo.

 - Ótimo. – Alice saltitou no lugar para nos mostrar sua felicidade, depois virou novamente para o irmão, que tinha uma expressão de tédio. – E então?

 - Eu gostei. Ficou muito legal o nerd. Parabéns, Rose. – sorriu para ela.

 - Então parece que todos nós concordamos. Isso é bom. Agora só falta a Bella fazer ele no computador e incluir na capa. – Alice olhou para mim.

 - Agora sim. – assenti.

 - Ok. – ela sorriu para todos. – Acho que é só por hoje.

 Emmett, Jasper e Rosalie foram os primeiros a irem embora. Jasper porque não tinha nada mais para fazer. Emmett e Rosalie porque ele que iria levar ela. Sobrando somente Alice, Nessie, Edward e eu. O idiota também não tinha mais nada para fazer ali, a não ser esperar Alice, que iria embora com ele. Uma tragédia, claro, mas...

 - Isso está sendo tão demais! – Alice exclamou animada, dando pulinhos junto da Nessie, que parecia tão ou mais animada que a pique.

 - Nem me fale. – Nessie disse. – Eu não vejo a hora de fazer logo minha primeira noticia. E eu vou começar com uma bombástica: a convenção dos esquisitos.

 - Iiiissoooo. – fiz, alongando a palavra. – Escreva isso ai bem na capa pra você vê, Renesmee.

 - Ouch. – fez, com um bico. – Eu nunca colocaria isso. Não quero que os nerds me odeiem.

 - Então não fale assim. – ergui uma sobrancelha.

 - Ok, Bella. – ela abaixou a cabeça.

 - Ihhh, Renesmee, liga não. – Edward, que até então estava calado, falou. – Ela só está se doendo pelos “amiguinhos” dela.

 - Só Nessie, Edward. – ela murmurou e ele assentiu.

 - Ah, não enche, imbecil. – cruzei os braços e bufei. – Eu não estou me doendo por ninguém. Cada um com seu cada qual. Só acho que ela não deveria falar assim, porque se ela ainda não percebeu, ela se veste igual a eles. – indiquei suas roupas nerds.

 - Hey! Não precisa falar de mim assim.

 - Aham. – o Cullen deu o “aham” falso. – Bela resposta, Isabella. Se fosse alguém mais ingênuo e burro, teria acreditado que é isso mesmo.

 - Errado, Edward. Você deveria falar “Se fosse alguém – engrossei a voz para imitar a dele – com uma mentalidade maior que a minha, teria aceitado a resposta para não se ferrar”. – revirei os olhos.

 Alice e Renesmee riam baixinho no canto, se divertindo com a briga mais idiota que eu o Cullen já tivemos. Ok, não é a mais idiota, porque não tem a mais, já que todas, sem exceção, são idiotas. Claro, porque eu sempre as venço e porque o Cullen está no meio.

 - Você está criativa hoje, Isabella. – ele sorriu cínico.

 - Sempre sou, garotão. – pisquei um olho.

 - Ok, ok, chega. – Alice levantou as duas mãos, vindo até nós. – Vamos parar com isso, porque já deu por hoje.

 - Verdade! – Nessie apoiou.

 - Então, vamos? – Alice se virou para o irmão.

 - Vamos. – ele seguiu para a porta. – Tchau, Nessie.

 - Tchau, Edward. – ela acenou, com um sorriso.

 - Tchau, Isabella. – ele virou um pouco a cabeça para me encarar, com um sorrisinho maldito nos lábios.

 - É, Bella, idiota. BELLA! – gritei, mas ele já tinha saído. – Porque é tão difícil para esse idiota falar Bella ao invés de Isabella?! Deus, é só falar Bel-la! O da Renesmee ele fala, já o meu? Nãoooo. Ele não pode falar! É um imbecil mesmo. Depois que morre não sabe por quê. Eu deveria usar o meu kit com ele, assim esse cabeçudo vai aprender a falar meu nome... – e eu continuei falando e falando.

 Não! Falando não. Expressando a minha opinião sobre o idiota irmão da minha amiga anã.

 - Acha que precisamos fazer isso? – ouvi Nessie perguntar num sussurro.

 - Sei não... – Alice murmurou, com a voz pensativa.

 - Fazer o que?! – parei de me expressar e me virei para elas.

 - Não. Não precisamos. – Alice completou, sorrindo.

 - Nada. – Nessie respondeu minha pergunta. – Vamos?

 - Vamos sim. – eu disse.

 Peguei meu notebook e nós três saímos da salinha, que Alice trancou, e seguimos pelo corredor. Quando estávamos no pátio central, onde tinha a escada para o segundo andar e para a diretoria, Alice me parou e mostrou a pequena chave.

 - Bella, você poderia entregar para a secretária para mim? É que Edward já foi e ele é muito impaciente, sabe. Então...

 - Ok. – respondi num suspiro. – Tchau, meninas.

 - Tchau. – as duas responderam juntas.

 Subi as escadas e fui até a secretaria, parando em frente ao balcão. A secretária anônima estava lá, novamente, em frente ao computador, com toda certeza jogando The Sims. Como não sabia o nome da coitada, e não podia fazer “psiu”, eu bati a mão na madeira, chamando a atenção dela. A secretaria levantou da cadeira e venho até mim, parando na minha frente com a mão estendida.

 - Está dando tudo certo? – perguntou, claro, apenas para ser educada.

 - Está sim. – respondi. – Tchau.

 - Tchau.

 Sai da secretaria e segui para o estacionamento. No meio do caminho, meu celular tocou. Peguei-o no bolso, trazendo com ele a folha de papel que eu tinha escondido na salinha. Tive que parar em um banco que tinha ali no estacionamento porque estava com a mão ocupada com o notebook. Coloquei-o no colo para poder vê a folhinha, ao mesmo tempo que abria o celular e colocava-o no ouvido.

 - Pode falar. – atendi.

 - Bellinha. – Alice cantarolou do outro lado da linha.

 - O que é, pique? – revirei os olhos.

- Ahhh, nada. Só queria saber o que deu lá com a Ylsa?

 Olhei para a folhinha aberta na minha mão, esforçando ainda mais meus olhos para enxergar o que tinha ali.

 - Se prepara para colocar em prática seus anos de estudo de moda. – falei. – Você não sabe o que seu irmão cabeçudo e eu, er... Vamos se dizer que descobrimos.

 - O que?

 - Que Ylsa não é aquela mulher feia e mal amada. Pelo menos eu acho que não... – murmurei a ultima parte.

 - Como assim, Bella?

 - Hm... Ylsa hoje estava no corredor dos vestiários fumando e com uma pose de ex-presidiária. O cabelo sempre preso estava totalmente solto e repicado. E ela estava com uma maquiagem forte. Ela descobriu nós, que estávamos escondidos, e quando fomos falar com ela, Ylsa me pediu que a ajudasse a mudar de estilo, mas sem ser o “roqueira” que ela tava.

 - O que?

 - É isso mesmo.

 - Não acredito! A Ylsa que se veste mal e que parece que depois que sair daqui vai para um convento? Só pode ser brincadeira comigo. Quero dizer, porque ela se veste assim, e...

 Trouxe a folhinha para mais perto da minha vista, comprovando o que eu tinha achado ter visto lá na sala. Sim! Tinha o nome da Shannon ali, além do dela tinha também o do Mike. E melhor! Dava para entender algumas coisas, apesar de fracas. Tinha palavras como “Mike, um dos melhores... americano... pegou... garota... Shannon..."

 - E como eu vou poder ajud... Bella?

 - Mas que porra? – forcei ainda mais minha vista para a folha.

 - Bella, está me ouvindo?

 - O que será que significa “pegou” e “Shannon”? É o que eu to pensando?

 - Bella? BELLA? – Alice berrou do outro lado, me tirando dos devaneios.

 - O QUE?! – berrei também, com o susto.

 - Está prestando atenção no que eu to falando?

 - Estou. – menti, com a voz fina e alta.

 - Humpf. Bom mesmo. O que eu estava dizendo...? AH, sim! Como vamos poder ajudá-la?

 - Bem... Isso é com você. Só sei que não pode ser algo que mostre o lado rock dela.

 - Hm... Então eu acho que tenho uma idéia... – ela murmurou pensativa. – O que você acha de saias mais...

 Virei à folha e ao passar meu olho de relance, eu vi Edward ali. Aquilo me fez trazer mais ainda a folha para perto dos olhos, arregalando ao consegui vê um pouco do que tinha ali.

“Edward Cullen foi pego... biologia... por um... com uma... reservado... ficou furiosa... era... Bella Swan... Namorando?”

- O que? – sussurrei.

Li aquilo mais duas vezes até tentar encaixar a frase com as poucas palavras e fazê-la ter um sentindo. Hm... A parte de Edward ser pego e Biologia só pode ser... Ele ser pego dormindo? Nãããã. Edward não dorme na aula de Biologia. Então ser pego na sala de biologia? Hmmmm... É ISSO! Ele foi pego na sala de Biologia. Claro! Hoje mesmo. Dãa. Por um... Com uma... Isso era o que menos fazia sentido. Por um o que? Será que é o nerd? Ele foi pego hoje pelo nerd. Então só pode ser: Edward Cullen foi pego na sala de Biologia por um nerd com uma. Aham, to quase chegando lá. Com uma... Com uma...

 - Bella, ta me ouvindo? – Alice chamou.

 - Claro. Claro. – respondi automaticamente.

 - Como eu ia dizendo...

 Com uma... Com uma... COMIGO! Isso! Só pode ter sido pego com uma garota, que sou eu. Já que meu nomezinho ta ali. Então a frase fica: Edward Cullen foi pego na sala de Biologia por um nerd com uma garota. Reservado? Reservado...? Hm... Edward e eu falamos que precisávamos de privacidade, então... Lugar reservado. Yeah. É isso. Ficou furiosa é porque eu fiquei furiosa. Isso é obvio. Meu nome deve ser porque ele fez um pequeno suspense pra falar, não é? Agora o namorando é que está me confundindo. O que Edward Cullen e Bella Swan no mesmo artigo tem haver com namorando?

 “- Garoto, você me entendeu... Privacidade para... Namor... – Edward deixou a frase morrer ali, sem terminar a palavra.”

 - Então, poderíamos levá-la na Ban...

 - Eu-não-ACREDITO! – pulei do banco ao gritar. Não, berrar, para o mundo inteiro ouvir o quanto eu tava... Furiosa.


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