- Bill.

Passaram-se TRÊS semanas, eram três semanas sem ver e até mesmo falar com Samantha e Josef, eu e Tom estávamos muito ocupados com aquela droga de prédio, e quando chegava mais cedo em casa tinha que dar atenção pra Alice e Raymond, a saudade da Samantha já estava me sufocando e eu não agüentava mais, inventei qualquer mentira pra Alice e contei com a ajuda de Tom, disse que eu e ele viajaríamos pra outra cidade porque tínhamos uma reunião com outros engenheiros e arquitetos, ela acreditou sem nenhum questionamento o que era até estranho... mas... Enfim, sai de casa de tardezinha, por volta das 18:30 e fui direto pra casa de Samantha e toquei a campainha diversas vezes seguidas.

--------------------------- Samantha.

Algum doente tocava a campainha desesperadamente e justamente pra irritá-lo mais, fui dando passos lentos até a porta. A abri pensando em belos xingamentos pra dizer pro infeliz que apertava tanto a campainha, mas simplesmente fiquei parada quando abri a porta, era Bill, finalmente, era Bill. Ele me beijou e me abraçou forte, e eu não sei por que, mas ao fazer isso meus olhos encheram de lagrimas, e espontaneamente eu sorri.

- Eu senti tanto sua falta Sam... tanto, tanto!

- Eu também, por que não veio antes? – questionei.

- Trabalho, problemas... enfim, desculpe.

- Tudo bem, mas porque não entrou logo? Você tem a chave.

- Por que ai seria sem graça! Eeer, cadê Josef?

-  Está na casa de Louise, ela deve trazê-lo daqui a pouco.

- Deixou meu filho com aquela louca? – risos.

- Ela é a madrinha dele, tem direito!

- Somos mais loucos que ela por deixá-la ser madrinha.

- Talvez. – Disse rindo.

- Bom, vamos esquecê-los um pouco, eu estava morrendo de saudades. – Ele me puxou pela cintura e ficou dando beijos no meu pescoço – Saudades do seu cheiro, da sua pele...

- Bill... Eles podem chegar. – Eu falei tentando resistir a ele, mas eu sabia que quase nunca minha tentativa dava certo.

- Não tem problema nenhum.

Ele continuou com os beijos no meu pescoço, e às vezes me dava selinhos, enquanto passava as mãos pela minha cintura. Fomos até o quarto e ele se deitou sobre mim, tirou a camisa, e depois minha blusa, me beijava com vontade enquanto suas mãos deslizavam sobre meu corpo, os beijos no pescoço desciam até meus seios me fazendo arrepiar, e ao mesmo tempo apertar os lençóis, tiramos as ultimas peças de roupa restantes e nos beijamos de novo, era ótimo sentir Bill dentro de mim, não só por prazer, mas por saber que ele estava ali comigo, e que talvez no fundo, fosse ali que ele quisesse estar. Chegamos ao clímax com alguns gemidos abafados e uma fina camada de suor, e por um momento ficamos apenas olhando um ao outro como se estivéssemos matando toda aquela saudade que poucos minutos antes estava a nos torturar, continuamos nos olhando até Bill sorrir e me dar um selinho.

- Senti tanto sua falta Sam, falta de sentir seu cheiro, tocar sua pele, te olhar nos olhos, de estar aqui contigo, de tudo, tudo mesmo! – Eu apenas sorri e ficamos em silencio por alguns minutos.

- Bom, vamos levantar antes que Louise chegue e... enfim, você entendeu.

- Quero ficar aqui, com você.

- Bill... – Ele colocou um dedo sobre meus lábios me impedindo de continuar a falar. – Vai dizer que não sente saudades, de apenas ficar aqui... quietinha comigo?

- Sinto sim, muita.

- Então pronto, vamos ficar aqui.  – Ele me puxou, e eu deitei sobre o peito dele.

- Bill, eu... te amo...

- Eu sei. – Eu o olhei com um olhar tipo “como assim “eu sei” querido?” – Como é que é senhor Bill Kaulitz?

- Eu também te amo Sam...

- Acho bom.

Nós rimos e depois disso, dormimos. Acordei com o celular de Bill vibrando e obviamente era Alice, notei que Bill não acordou e então, desliguei na cara dela, ela tinha o roubado de mim há três semanas agora ele era meu! Assustei quando vi no visor “20:42” como assim? Oito horas e quarenta e dois minutos da noite e eu ainda estava lá, na cama com Bill, mas cadê Louise com meu filho Deus do céu? Levantei tentando fazer o mínimo de barulho possível e coloquei apenas um roupão, fui até a sala e peguei o telefone, chamou diversas vezes até Louise finalmente atender.

- LOUISE!

- Sam?

- Claro cadê você com o Josef?

- Ah, meu bem, você estava na cama, dormindo como uma pedra do lado do Bill, queria que eu o deixasse ai pra ver os pais depravados?

- Ah, então passou aqui? Por que não o deixou?

- Samantha, você estava a semanas longe do Bill, como o deixaria ai? Vocês só tem um dia e algumas horas, e isso é só de vocês, Josef está aqui comigo, e bom, como sou uma boa madrinha, pedimos pizza!

- Pare de entupir meu filho de porcarias Louise!

- Deixa o menino ser feliz, vamos comer muita pizza e chocolate enquanto Bill estiver ai, bom, amanhã eu levo ele ai sabe como é né? Eu e Josef formamos uma dupla poderosa. - Ela riu e notei que Josef estava perto, por que pude ouvir a risada dele também.

- Não sei, pode trazer ele pra cá hoje mesmo!

- Samantha, eu não vou matá-lo, sou madrinha dele porra.

- Não é isso, é que... ele nunca dormiu longe de mim, e ...

- E ele está ótimo sem você, agora cale-se e volte pra cama com Bill, aproveite meu espírito de ajudar hein...

- Ok, mas traga-o amanhã!

- Não vou roubá-lo de você Sam, pode ficar tranqüila, AGORA VOLTE JÁ PRA CAMA.

- Tchau, diga que a mãe dele sente saudades e que... e que amanhã estare... – Louise desligou na minha cara, ótimo, apertei o botão e segurei o telefone junto ao peito, parada como uma múmia moderna de roupão e telefone no meio da sala. Senti os braços de Bill envolvendo minha cintura, ele me virou e me deu um selinho.

- Não precisava praticamente gritar com Louise, é louca, mas não seqüestradora e assassina Sam...

- Te acordei? Desculpe. Awn, eu quero meu filho...

- Não tem problema. É só uma noite, deixa de ser boba.

- Tem razão, estou fazendo drama...

- Sim, é só minha, vem... Vamos tomar banho e depois preparar algo pra comer.

Nós tomamos banho e ele preparou algo pra nós comermos, e ficamos juntinhos vendo TV, trocávamos apenas alguns carinhos e beijos mas eu estava com algo em mente e precisava dizer mesmo que talvez pudesse estragar todo aquele momento.