Segundos, horas, dias, semanas, meses, anos se passaram dês que os dois sumiram. Consegui manter minha vida, Rony começou a me ajudar na loja e as filha de Gui e Fleur havia nascido, linda! Eu finalmente tomei coragem para perdi Angelina em casamento, eu jurava que ela iria dizer não, mas ao contrário ela disse quase pulando de alegria e me beijou. Demorou um tempinho até que tudo estivesse pronto, levantamos a tenda e arrumamos tudo. Mamãe fez cada comida melhor do que a outra, e meu padrinho de casamento? Fred.

Eu me sentia observado, mas não por um espírito por alguém real...

Angelly Dylen

Eu queria estar com ele, consolando, dizendo que tudo ficaria bem. Só que não poderia fazer isso. Eu o observava de longe, vendo todos os movimentos, tudo que ele fazia; meus irmãos, Arthie e Jess não permitiam que eu fosse até ele. Primeiro de tudo eu precisava me achar, o Ministro sabia do nosso plano então permitiu, ele nos dava várias missões secretas com os maiores foras da lei, então pegávamos.

Hoje era casamento de George, eu não podia deixar de pelo menos vê-lo vestido de noivo. Eu queria estar lá para brincar um pouco com isso, igual quando fizemos no baile do Torneio Tribruxo.  Eu estava escondida atrás de uma árvore quando ele saiu da Toca, e ficou olhando para o jardim, por um momento pensei que ele soubesse que eu estava ali, olhando para ele.

Eu segurava as lágrimas, atrás dele eu pudia ver Fred. Sorrindo com o casamento do irmão e sorrindo para mim. Os dois estavam felizes, mas do que nunca. Limpei as lágrimas que insistiram em cair, Fred acenou pra mim como se fosse um “oi” e eu fiz o mesmo.

-Não deveria ser ao contrário? Ele te observar? –ele perguntou pra mim.

-Não! –sorri. Ao lado dele apareceu Jake, foi ai que eu chorei mais. Já fazia anos que eu estava sem ele, e agora eu podia ver o espírito dele sorrindo para mim. Ainda com aquele sorriso de criança, limpei as lágrimas e acenei. Ele sorriu e os dois sumiram.

Já estava começando a escurecer e o casamento já tinha começado, não demorou muito para terminar e logo os recém-casados começarem a dançar, eles estavam lindos. Ainda bem que ele escolheu a Angelina, ela era incrível. Já tinha conversado com ela algumas vezes.

Peguei uma pequena bolinha que estava na minha bolsa, a olhei para ver se estava tudo certo, então tirei o pino que a prendia e joguei no céu. Ela começou a estourar e fogos de artifícios começaram a sair dela, um mais lindo do que o outro. Todos que estava na tenda saíram para vê-los. No final apareceu bem grande “George e Angelina” e assinatura G.A.F. Ele entenderia.

Olhei para trás por uma ultima vez e então aparatei de lá.

George Weasley

Aquela sigla eu reconheceria de longe, Angelly estava me observando esse tempo todo. Por que não foi falar comigo ou me enviou uma carta? O que será que ela teria que fazer?

Sorri e abracei Angelina, minha esposa me olhou e viu a pequena lágrima caindo dos meus olhos, ela entendeu o que eu queria dizer. Depois de tanto tempo agora eu sabia por onde eu fosse ela estaria me observando, de repente sinto como se uma mão estivesse no meu ombro, estremeço. Se aquilo realmente foi uma mão, então era a de Fred.

-Haha! –ouvia-se gargalhadas pelos corredores das masmorras. Raro, por que sempre aquele lugar era vazio sem nunca ter nada para alegrar. Eu, Fred e Angelly estávamos saindo das masmorras rindo de alguma coisa que vimos ou fizemos. Naquele tempo tudo era diferente, apesar de nós sempre perturbarmos Filch ele acabou se tornando nosso amigo, de uma forma diferente. Não tinha ninguém em Hogwarts que eu, Fred e Angelly escolhíamos para brincar.

Querendo ou não ele nos agüentava e eu acho que algumas vezes ele sorria enquanto corria atrás da gente.

-Olha lá, o Filch! –Angelly apontou para ele. –É aniversário dele hoje.

-Vai brincar com ele hoje? –perguntou Fred olhando para ela.

-Não, hoje serei boazinha. Ele merece, não? –ela sorriu.

-Eu concordo. Vamos encomendar um presente legal para ele, e entregar de noite. –dei uma idéia. Nós rimos e logo fomos procurar algo para encomendar para o Filch. Infelizmente não achamos nada, mas Angelly teve uma idéia...

Depois do jantar fomos procurar Filch, certamente ele estaria na salinha dele ou atrás da gata. Quando o achamos ele veio todo cheio de grosseria, aquilo não parecia intimidar Angelly. Ela olhou para ele com um olhar de doçura e sorriu, o mais fofo dos sorrisos que ela tinha.

-Feliz aniversário. –ela estendeu o presente para ele.

-C...Co...Como vocês sabem? –ele gaguejou sem saber o que falar.

-Temos nossas fontes. –sorriu Fred depois que falou.

-Deve ser uma bomba fedida, eu conheço vocês. –ele recusou.

-Dessa vez não! –ri.

-Filch, você é nosso amigo e estamos lhe dando um presente. Não é a melhor coisa do mundo, mas é de coração. –ele a encarou por um tempo. Ela sorriu e entregou o presente a ele. Filch pegou o presente e abriu tirando da caixa que Angelly havia dado a ele um globo de neve.

-O que é isso? –nos perguntou.

-É um globo de neve e olha o que tem dentro. –falei. Ele encarou o globo e lá tinha como se fosse uma lembrança: Filch estava rindo com a gente, Angelly estava encostada na parede olhando para o chão onde estava eu e Fred sentados todos sujos e o Filch também estava em pé rindo da nossa sujeira. Se fizesse silêncio você poderia escutar nossas risadas. Tinha uma chave, se mexesse nela flocos de verdade de neve caiam sobre a gente.

O zelador nos olhou com os olhos cheios de lágrimas e sorriu.

-Obrigado! –era a primeira vez que eu ouvia ele dizer alguma coisa boa. Angelly chegou perto dele e o abraçou.

-Nos te perturbamos e você faz o mesmo. Hogwarts não seria nada sem a gente. –ela sussurrou para ele e depois se afastou sorrindo e acenando enquanto nós três voltávamos para o nosso dormitório. Olhei para trás e jurei que vi uma lágrima escorrer pelo rosto do Filch quando nós saímos de lá.

Bons tempos...