Uma História de Amor escrita por Ma Argilero


Capítulo 5
Resultado inesperado


Notas iniciais do capítulo

Alguém leu o que estava no lugar do quinto?
Resolvi reformular e acrescentar algumas coisas, tirar outras, mudar o nome do capítulo...
Está mais sensível e espero que gostem...



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POV - Hermione Granger

Dobby aceitou meu suborno e estou indo contra a minha natureza de sensatez para louca, querer proteger um comensal (claro, por que vi a marca no braço dele). Mas que coisa mais tola e imbecil de se fazer. Mas se for usar a lógica...

  Primeiro: Se descobrirem que a doninha é um comensal alguém certamente morrerá e virará uma confusão das grandes. Segundo: Ninguém quer Voldmort enraivecido. Terceiro: Não quero mais mortes (coisa inevitável, por que Malfoy tem que matar Dumbledore). Quarto: Tenho que proteger minha vida. Não duvido nada que o albino me mate. Não tem muito sentido, mas estava nervosa com essa situação.

  Estou ferrada dos pés a cabeça. Mas por que eu tinha que ter estado no banheiro da Murta-Que-Geme naquele dia? Eu podia muito bem ter ido a outro banheiro, mas preferia aquele para ficar sozinha e ler com tranquilidade. E agora aqui estou eu, encrencada e com a culpa de não fazer a coisa certa.

  Sempre tive a resposta pra tudo, mas desta vez nem os livros me ajudariam. Estava cansada de procurar a resposta e não encontrá-la. O meu problema crescia, pois Malfoy desaparecia das aulas. Com certeza ele estava tentando colocar seu plano em prática. A pior coisa de se saber é que ele está planejando a morte de Dumbledore, mas não sei como será o esquema e a vontade de contar, mas a razão entreveem e continuo na mesma.

  Passava meus dias na biblioteca, tentando descobrir o que ele tramava. Mas Malfoy parou de frequentá-la. Pelos livros que ele lia, pude deduzir que queria algo poderoso que matasse instantaneamente. Estava com pressa em descobrir seu plano, mas também queria denunciá-lo. Não quero fazer parte de seu esquema sujo.

  Passava noites em claro, procurando uma forma de entregá-lo, mas sem ele saber que era eu. Harry já tem a desconfiança, mas não contaria ao meu melhor amigo o que sei, pois ele perguntaria como sei... Minha mente estava confusa.

  O jeito foi apelar a minha sorte e torcer para que o plano do espantalho albino desse errado.

  E o desgraçado faz sua primeira vitima em Hogwarts. Eu vi Kátia Bell se debater e sabia que era por culpa de Malfoy. O procurei na biblioteca e o encontrei ao lado de uma estante. Fui em direção a ele pedir satisfação (como se eu pudesse).

  - Como ousa fazer aquilo sua doninha! – bati no rosto dele.

  Ele segurou meus pulsos.

  - Do que você está falando? – senti meus pulsos arderem. – E não bata mais em mim sua sangue-ruim. Você sabe o que posso fazer.

  Eu sabia. Ele prendeu ainda mais meus pulsos, os deixando vermelho. Vi uma parte da marca em seu braço. Malfoy percebeu e com a boca puxou a manga.

  - O que você vê não é apenas um comensal é um assassino – virei meu rosto. – Olhe para mim! – ele gritou. Virei meu rosto imediatamente. – Já que você está aqui...

  Ele fez um feitiço silenciador para que eu não pudesse dizer nada.

  - Você vai ficar quietinha e fazer tudo que eu pedir – ele disse ao meu ouvido.

  Levantei minha varinha pra lançar-lhe um feitiço não verbal, mas ele me estuporou antes que eu conseguisse. Somente vi o jato de luz vermelha.

POV – Draco Malfoy

Essa Granger só me trás problemas e agora tenho que mostrar a ela que não estou brincando. Ninguém deve saber que sou comensal e muito menos que tenho que matar Dumbledore.

  Levei a sabe-tudo para a sala precisa e deitei-a em uma cama que desejei. A deixei ali e fui trabalhar. Tinha mais o que fazer e pensaria em algum propósito em usá-la em meu benefício. Seria bom ter informações do Santo Potter, assim poderia me vingar dele.

  Mesmo não gostando do meu “querido” papai; quero vingança pelo cicatriz ter ajudado a prendê-lo. Mas sempre Potter isso, Potter aquilo. Tem o reconhecimento de todos o amor de todas. Isso me enjoa. Pra que ficar admirando tanto o cicatriz? E Voldmort agora quer que eu mate Dumbledore e depois ele mesmo matará Potter.

  Ele que vá sonhando que conseguirá matar o garoto. Tem muitas pessoas que o protegem e é infiltrável a linha de proteção dele. Mas bem, que aqui em Hogwarts eu poderia... Mas o ofídico me mataria se eu fizesse isso e sem escolhas tenho que fazer o que ele me pediu.

  Trabalhava sem descanso, mal comia ou dormia, treinava quadribol, e ainda vem à maldita cobra pedir que eu faça mais rápido meu plano. Já estou quase virando um morto vivo e ele quer que eu seja mais rápido do que estou sendo?

  Levantei-me e fui ver a Granger. Já estava na hora de acordá-la e pedir alguns favores em troca. Apontei a varinha pra ela e pronunciei Enervate. Imediatamente ela abriu os olhos e examinou o recinto. Afastei-me e continuei apontando a varinha pra ela.

  - Granger, não tente nada – ela estava procurando a varinha. – Procurando isto? – retirei a varinha dela de meu bolso. – Achou que seria estúpido de deixar você com uma varinha?

  Ela se sentou e ficou me observando.

  - Dará toda e qualquer informação do que Potter anda fazendo para mim.

  - Não vou dizer nada do Harry a você doninha.

  Fiquei com raiva e subi em cima da cama, ficando de joelhos em frente a ela. Coloquei a varinha em sua jugular e fui ao seu ouvido.

  - Vai sim Granger se não quiser morrer – olhei-a. – Ava...

  - Está bem – ela disse e abaixei a varinha para o peito dela. – Eu lhe dou as informações.

  Olhei para baixo e vi seu tórax subir e descer. Estava com medo e isso me satisfazia. Sorri e aproximei-me mais dela. Ela como não tinha lugar para ir, foi se afastando, por que eu segurava suas pernas. Granger apoiou as mãos no colchão, tentando se afastar de mim. Curvei-me mais pra cima dela e seus braços cederam. Fiquei por cima dela e adorei vê-la apavorada.

  Coloquei minhas mãos ao lado de sua cabeça. Ela respirava intensamente. Eu podia ouvir e sentir o ar saindo de sua boca. Seus olhos tinham medo de mim. Seu corpo estava arrepiado ao sentir minha pele. Sorri e mordi meu lábio.

  Levantei-me rapidamente e mandei-a embora. Quem sabe assim ela pudesse trazer alguma coisa rapidamente. Com as ameaças que eu fazia a ela, perdi boa parte de meu tempo e agora tenho que recuperar.

  Granger sumiu da sala precisa e voltei a trabalhar no armário e em alguma forma de matar o velho, já que o colar não havia dado certo. Mais uma noite em branco, tentando a todo custo fazer com que o meu tempo seja suficiente.

POV – Hermione Granger

Pela primeira vez senti realmente medo dele. Tão próximo de mim e com aquele olhar assassino. Agora estou perdida. Estou enrascada e preciso de uma solução. Não poderia contar tudo que Harry faz. Muitas coisas são confidenciais.

  Voltei para a torre e meus amigos perguntaram onde eu estava. Menti, dizendo que estava na biblioteca, lendo. Eu adorava a biblioteca e era um dos lugares que eu mais frequentava, então não havia problema em usar essa mentira. Não haveria se Gina não tivesse ido me procurar lá e não ter me encontrado.

  Tive que dizer que estava lendo no banheiro para não ser incomodada. Sei muito bem que ela não acreditou, mas minha amiga não faria nada que eu não quisesse.

  E as mentiras só aumentavam, por que Malfoy me pedia para ir a sala precisa e lhe dar informações e sempre ficava mais do que eu queria. Acabava contando desculpas esfarrapadas para a Gina, que desconfiava. Rony nem se importava comigo, preferia mais ficar se agarrando com Lilá Brown do que saber onde eu estava e Harry... Bem, ele vivia mais preocupado em decifrar aquelas letras minúsculas, que estão nas margens de seu livro de poções.

  Cada vez aumentava em um tamanho razoável a chance de Gina descobrir a verdade. Quando chegou às férias de inverno eu agradeci. Dias sem dar satisfação a ela e isso era ótimo e ficaria livre da doninha, pois não fui pr’A Toca junto de meus amigos, preferi investigar mais sobre o Príncipe Mestiço.

  Meu chão caiu, quando entrei na biblioteca e encontrei o jacaré albino; sentado e lendo. Não queria que ele me perguntasse mais nada, então sai rapidamente dali, com alguns exemplares e fui correndo para a torre da Grifinória. Ao chegar, joguei os livros sobre a mesa e comecei a lê-los.

  Não queria em hipótese alguma encontrar com o fuinha, mas foi em vão. No banquete de natal, não houve maneira: ele me viu. Mas por sorte estávamos em lugar publico, então não se atreveria a falar comigo.

  Mas fui pega de surpresa, quando passava no corredor do sétimo andar em direção a sala comunal da Grifinória. Malfoy surgiu atrás de mim e tapou minha boca e me levou para dentro da sala precisa.

  Vi duas poltronas, uma próxima a outra; e vários objetos espalhados pela sala. Ele me sentou na poltrona e retirou sua mão de minha boca. Queria gritar, mas sabia se fizesse isso, teria algo me esperando e não seria nada agradável.

  Malfoy se sentou na outra poltrona e ficou me observando. Parecia maluco, com aquele brilho nos olhos. Não tirava os olhos de cima de mim. Eu estava paralisada e ele nem dizia nada. Meu medo era visível, pois ele abriu um sorriso de escárnio e se levantou, vindo até mim.

  - Sangue-ruim – o modo como ele disse aquelas palavras, deixou-me arrepiada.

  Coloquei minha mão em meu bolso, mas ele a apertou contra meu corpo.

  - Não tenho mais nada.

  Estava desesperada. Senti o suor descendo pela minha têmpora direita e foi ali, que fora depositado sua varinha. Senti-a ser pressionada contra meu crânio.

  - Sei que não tem mais nenhuma, apenas quero conversar com você – retirou a varinha e se afastou de mim.

  Fiquei aliviada, mas suspeitava que viesse mais coisa pela frente.

  Malfoy sentou-se em uma poltrona diante a minha. Seus joelhos roçavam ao meu e sentia seus olhos cinzas me examinarem. Fechei meus olhos e senti uma fragrância que eu nunca percebera. Agucei meu olfato e o aroma de hortelã era estonteante. Abri meus olhos e assustei-me ao ver a fuinha a centímetros de mim.

  Olhava-me, perdido em seus próprios pensamentos.

POV – Draco Malfoy

Aquele cheiro que ela exalava, que eu já sentira uma vez, deixava-me doido. Como a sangue-ruim poderia ser tão atraente para mim? Como ela conseguiu fazer isso comigo?

  Aproximava-me mais dela. Seus olhos estavam com medo e mordia meu lábio, sentindo desejo por ela. Certamente eu queria conversar com ela, mas também queria ela pra mim. Fui até sua orelha e desci meus lábios até seu pescoço; depositei um beijo, que a fez se arrepiar. Sorri de satisfação e passei minha mão por sua cintura. Beijava seu pescoço e ela fechou seus olhos.

  Depositei vários beijos em sua pele perfumada e gostosa. Segurei seu rosto com minhas duas mãos e beijei seu queixo demoradamente, queria sentir seu gosto ainda mais em minha boca. A sensação de tê-la em meus braços era imensa de desejo e novidade.

  Se os outros soubessem o que eu estava fazendo me matariam. Um Malfoy junto de uma sangue-ruim? Lucio me esfolaria vivo, mas ele não me importava agora.

  Colei seu corpo ao meu e beijei mais seu pescoço, ainda não era a hora para beijar sua boca.  Senti meus cabelos sendo puxados e fiquei com mais desejo de beijá-la nos lábios, mas me contive. Ela teria meus beijos, porém teria que saber se ela também quer. Não quero ter de vê-la com o Weasley.

  Tinha a suspeita de que ela está gostando do pobretão. Granger agia estranhamente, quando estava na presença dele. Não queria me apaixonar por ela, mas talvez já fosse tarde de mais para isso...

  Granger me empurrou, com força e parei no chão, sentado. Olhei para ela se sentando e procurando sua varinha. Fui mais rápido e pulei em cima dela, ficando defronte e muito próximo. Nossos lábios estavam a centímetros; ela soltou sua varinha, que caiu no chão, fazendo um barulho agudo no chão de pedra. Senti meu corpo chamá-la, mas eu tinha que me controlar...

  Senti seus dedos examinarem minha marca negra. Afastei-me dela. Já era o suficiente.

  - Pode ir Granger. Nossa conversa acabou.

  Ela passou por mim, deixando sua essência no ambiente. Após sair da sala, sentei-me na poltrona e senti seu cheiro, impregnado naquele tecido.


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Notas finais do capítulo

Cadê os reviews? Ainda não desisti da fic, mas se quiserem ler a fic até o fim, mereço pelo menos um review por capítulo. Também seria legal uma recomendação.Não tenho medo das críticas.Se tá ótimo,horrível, bom, mais ou menos, sem sentido... reviews.



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