Uma História de Amor escrita por Ma Argilero


Capítulo 4
Virando do avesso


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews. Estou super feliz...
The Only excepction (cantando)... Adoro vocês. Que emoção!



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POV - Hermione Granger

O maldito malfoy deixou meus braços vermelho. Tive que usar um feitiço e retirar aquelas marcas. Sorte que ele não estava em minha frente, por que se não eu o estupofaria.

  Olhei-me no espelho e constarei que não havia mais marcas em meu braço. Como ele ousa me machucar daquele jeito? Mesmo ele sendo ele, não tinha esse dever. Mas o jacaré albino me paga.

  Peguei alguns livros e comecei a procurar um bom feitiço para castigá-lo. Mas ele não perde nada por esperar. Entrei no salão principal e olhei para a doninha quicante, conversando com seus amigos tapados, Crabbe e Goyle. Como alguém pode ser tão idiota e ainda assim passar de ano.

  Sentei-me na mesa ao lado de Gina. Olhei para meus amigos, que estavam com umas caras. Continuavam com a suspeita sobre Malfoy, mas como sempre faço o que prometo, não entregaria Malfoy.

  Harry pegou a torrada e a enfiou toda na boca, mastigava ferozmente, olhando para Cho Chang. Estava com ciúmes. E Gina observava Harry, com ciúmes, mas sem demonstrar. E Rony comia e tentava falar ao mesmo tempo.

  Acenei para Carmela Dantório, lufana, que conheci na biblioteca. Ela se aproximou e eu sussurrei em seu ouvido:

  - Quero te ver na biblioteca hoje a noite. Tenho que perguntar uma coisa.

  Ela saiu sorrindo e meus amigos me olharam desconfiados. Apenas terminei meu café e segui para as aulas. Planejava uma maneira de mostrar ao palmito que sou de confiaça, ao contrário dele, que não confio. Sei do plano todo dele, mas não pediria para parar, por que não tinha escolhas e eu com certeza seria azarada ou pior.

  Suspirei e entrei na biblioteca, encontrei Carmela lendo. Perguntei  como ela fez para se livrar das brincadeiras do Malfoy. A única resposta foi de que deveria me impor e ser mais confiante comigo mesma e não me magoar com nada que ele me dissesse.

  Ouvi ruídos de alguém xingando em murmúrio. Retirei um livro e vi Malfoy folheando um livro. Ele devia estar colocando seu plano em prática. Fui para o corredor em que ele estava e parei em frente ao seu corpo curvado em cima de um livro.

  - O que faz aqui doninha? - perguntei da mesma maneira que ele faria comigo.

  - Não te interessa sangue-ruim.

  - Acabou o estoque de xingamentos? Porquê esse já é antigo.

  Estava brincando com fogo e sabia disso. Enconstei-me em uma prateleira, quando ele se levantou. Parou sua boca ao lado de meu ouvido.

  - Tenho coisas mais importantes do que fazer novos apelidos a você sua sabe-tudo-Granger.

  Saiu levando o livro. Garoto mais chato e grosso. Peguei alguns livros dali e os folheei. Tudo sobre concertos de artefatos mágicos. Queria saber o que fazia para ter de concertar algo.

  Entrei na torre e encontrei Gina triste. Era tarde da noite e não havia ninguém. A abracei e ela confidenciou a mim que não aguenta mais ver Harry lhe ingorar. Levantei-me e dei o maior sermão, dizendo que ninguém deveria chorar por garoto algum. Ela rapidamente se recuperou, enxugando as lágrimas.

  Estava cada vez mais complicado me desvencilhar das ameaças de Malfoy. Quase todo santo dia, quando me encontrava sozinha, me ameaça. As ameaças não surtiam mais efeito. Não tinha mais medo do espantalho pálido e sim pena.

  Sai da sala de DCAT e ele puxou meu braço, quando todos ainda saiam.

  - Me solta Malfoy - puxei meu braço, que ele imediatamente soltou.

  Observei seu olhar. Uma incógnita para qualquer um, mas eu entendi o que ele quis dizer.

  - Tá tudo na mesma espantalho pálido - sorri pelo canto da boca e deixei ele sozinho.

  Gina correu até mim, quando me avistou no corredor. Queria terminar o namoro com Dino, mas não sabia como. Eu não sabia o que fazer nessas circunstâncias. Uma das poucas coisas que não sei, é sobre os sentimentos das pessoas.

  Por que ela namorava alguém que não ama? Nunca entendi Gina. Ela sempre amou Harry. Talvez todos esses anos, fizera ciúmes a ele, mas não surtia efeito algum. Pobre da minha amiga.

  Deitei no chão da sala comunal, tarde da noite e me postei a pensar. Estaria fazendo a coisa certa em não denuncoá-lo ao Dumbledore ou a errada. Eu seria cumplice? Virei meu rosto e vi as chamas da lareira se clepitarem com estalos. Joguei uma bola de pergaminho amssado ali dentro e me levantei.

  Começava muito mal meu dia. A primeira pessoa que via, quando entrava no salão principal, era Malfoy, sozinho e lendo um livro. Sentei e me servi. Senti algo bater em meu ombro. Era um passarinho de pergaminho. Abri e vi a caligrafia da doninha albina. Amassei e o incinerei.

  Passei na mesa da Sonserina, ainda com poucos alunos. Éramos um dos poucos que acordaram antes das sete em pleno sábado. Parei atrás do grosso e coloquei as mãos em minha cintura. Ele se virou, levantando-se da mesa e me encarando.

  - Estou farta da suas ameaças espantalho albino - apontei meu dedo em seu peito.

  Ele segurou meus pulsos.

  - Não confio em você Granger, por isso te ameaço - Soltei uma bufada.

  - Sinceramente Malfoy, nunhum de nós dois confia no outro. Mas não contei e nunca vou contar o que sei.

  - Como posso saber se isso é verdade?

  Soltei-me dele e saí. Alguns passos dados, olhei para trás e voltei a andar novamente.

  Adentrei a sala comunal e subi com a raiva aflorando em mim. Molhei meu rosto e ao me olhar no espelho, vi outra pessoa. Não era mais eu, aquela garotinha que ajudava seus amigos, era a Hermione Jane Granger, que tinha dois dilemas para resolver.

  Já havia dito ao Harry que o livro de poções do Príncipe Mestiço não era boa coisa, mas ele não me ouvia... E agora tenho que aturar Malfoy me rondando. Teria que usar um feitiço contra quem chegasse perto de mim. Usaria o Avis. Foi a melhor coisa que consegui pensar. Não usaria em público.

  Joguei minha mochila em cima da mesa do salão principal. Rony e Harry levaram um susto e tiraram algumas peças de xadrez bruxo do lugar. Retirei um pergaminho, mostrando mais uma prova de que Harry tinha que parar de usar aquele livro.

  O idiota do Malfoy me mandou outro passarinho de pergaminho. O incinerei ainda no ar e saí em disparada para a mesa fa Sonserina  - Estava com raiva e perdi completamente a cabeça.

  - Estupefaça - gritei, mas Malfoy saiu correndo da minha mira.

  - Protejo - ele disse. Não adiantava tentar ultrapassar o escudo. Abaixei minha varinha e me aproximei daquele idiota.

  - Se fazer isso de novo eu te mato Malfoy. Pare de me infernizar, caramba! Já estou farta e você não vai querer me ver furiosa.

  - Que isso sangue-ruim? - lancei uma azaração nele e ele caiu no chão.

  Aproxemei-me e me abaixei ao seu lado.

  - Lembra do que disse se quiser ter filhos futuramente? É bom não continuar se não nunca terá um herdeiro - Levantei-me e com meu pé lhe empurrei. - Sabe Malfoy, você é um bom objeto para descarga de raiva.

  Saí, vendo os olhares incrédulos de todos. Bati com toda a força que pude, a maldita porta da torre do relógio. Sentei-me no parapeito e olhei a paisagem.

  Não devia ter usado aqueles feitiços contra um aluno, mesmo que esse aluno tenha sido a doninha. Abracei meus joelhos e conjurei os passarinhos, através do Avis. Eles me reconfortavam, mas não era a mesma coisa que meus amigos.

  As horas se passaram e já era noite. Nem havia percebido que ficara tanto tempo sem me alimentar. Desci e fui para a cozinha pedir algo pra me reabastecer. Encontrei Dobby e Wink limpando a cozinha.

  - Dobby? - chamei. Ele veio imediatamente até mim.

  - O que Dobby pode fazer pela senhora?

  - Algo para comer e beber seria ótimo.

  Sentei-me em um banco. Eu e meus amigos tinhámos sido expulsos dois anos atrás, mas eles me aceitaram de volta. Terminei meu lanche e observei Dobby, ele continuava usando as peças de tricô que eu fizera no ano anterior.

  Conversei com ele sobre muitas coisas e uma delas foi Malfoy, mas não lhe pedi para me contar nada, por que sabia o que ele faria se tentasse falar de sua antiga família. Deixei meu copo sobre a mesa e me levantei.

  - Obrigada Dobby - estendi um lenço para ele. Dobby amava ganhar peças de roupa.

  - Um lenço para Dobby? Um lenço de seda para Dobby? - ajudei a colocar o lenço na gola de sua camisa. Ele pareci uma aristocráta. Ele abraçou minha cintura e começou a chorar. - Dobby é muito feliz pela senhora, pelo senhor Weasley e pelo senhor Potter.

  - Só me faça uma coisinha Dobby - abaixei-me. - Poderia não fazer o que Harry lhe pediu?

  - Dobby não pode negar um pedido do senhor Potter.

  - Por favor Dobby. Se Malfoy for pego coisas horríveis podem acontecer em Hogwarts. E quero todos bem, até o albino. Dê informações, mas não todas.

  - Dobby não pode... Potter ser amigo de Dobby.

  - Eu sei, mas também sou sua amiga e estou pedindo somente um favor.

  Dobby acabou aceitando, quando lhe subornei com três cachecóis e duas meias amarelas com bolinhas pretas. Estava fazendo uma coisa errada, mas era necessária. Não ferraria com a vida dele, mesmo que estivesse morrendo de vontade de fazer isso.

  Por durante dois meses convive com o inútil da doninha em meus calcanhares e agora eu estava livre. Poderia ficar tranquila, sem ter de pensar no segredo dele.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram mandem reviews. Gosto de saber que estam gostando da minha fic. Beijos.



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