O Lado Escuro do Sol escrita por Taisu


Capítulo 8
Aparições


Notas iniciais do capítulo

Bem mais um capitulo e obriga novamente a todos
E outra coisa^^
Tem gente lendo na sombra ne?
Revele-se por favor
sei como e dificil deixar um reviews *passo pelo mesmo problema* mais deixe qualquer coisa ate um "Gostei" ou "Continua sua baka" ^^
Blza?



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***

         Eu adoraria poder controlar minhas lembranças, parar de lembrar coisas que só me fazem mal, que só me trazem arrependimento, mas é quase impossível.

        

         Em uma das tantas noites de conflitos entre os lobisomens acabei por conhecer o “rei” deles se é que da de chamá-lo assim afinal o cara parecia mais um cachorro com problemas para ser domesticado do que um ser da realeza.

         Mas quando ele voltou ao normal (já que quando se é um pouco mais velho os lobisomens conseguem controlar suas transformações), vi quão da realeza ele era. Sério um desperdício ele ser um lobisomem, ruivo, olhos caramelo, um deus grego aos olhos de qualquer garota, mesmo ela sendo vampira. Mas como eu disse um horrível defeito, ele é um LOBISOMEM.

         Foi uma das poucas batalhas que sofri grandes perdas, ele lutava com uma raiva, um ódio, e uma determinação que eu chegava a me perguntar como isso cabia na mesma pessoa.

         Em meio à batalha ele gritava: Onde esta o capitão de vocês?

         - Olha o respeito cão, é senhora capitã. Eu disse me aproximando com a espada cheia de sangue em mãos.

         Mesmo ai, em meio às trevas que esta vida me cercava eu levava minha espada tentando fazer justiça, mostrando minha lamina a quem quer que se oponham as falsas idéias que eu acreditava serem verdadeiras as levando até o fim.

         -Tenho que perder meu tempo com vampiros estúpidos e ainda por cima a líder deles é uma vampira anã? Ele disse caçoando enquanto mostrava aqueles dentes monstruosos de cão para mim.

         -O cérebro de vira lata vai para de me ofender quando? Dá pra andar logo com isso por que eu ainda não me alimentei. Eu disse sem animação alguma em minha voz.

         -Respeito criança, sou muito mais velho do que você e também sou o rei dos teus inimigos, mesmo que não tenhas medo de mim demonstre respeito. Ele disse ainda me encarando com aquele sorriso maligno nos lábios.

         -Você que é preconceituoso e começou me desrespeitando e campo de batalha agindo como se apenas um homem fosse capaz de vencê-lo. Eu disse com o meu orgulho ferido.

         -Desculpe minha cara, não foi minha intenção ser mal educado, só não estou acostumado a duelar com vampiras e ainda por cima donas de tal formosura quanto a sua. Meu nome é Seth, e o seu? Eu não gosto muito de duelar com quem eu não sei nada. Ele disse com um olhar sábio, o que devia ser um sinal significativo de sua idade.

         -Nyx. Agora podemos acabar com isso? Eu disse ainda sem mostrar nenhuma animação.

         -Se é assim que você quer. Ele falou investindo contra mim com toda a sua fúria canina.

Facilmente me esquivei e bati com minha espada nele reproduzindo um som oco.

-Além de bela também luta perfeitamente bem. Finalmente em tantos séculos encontrei uma guerreira a minha altura. Ele disse sorrindo.

Fiquei tentada a corrigi-lo, pois se fosse um caso de altura eu perderia muito feio, mas a respeito de técnica e precisão em meio à batalha eu me igualo facilmente a ele.

         -Tive muito tempo para treinar. Eu falei sorrindo maldosamente para ele.

         Mesmo enquanto conversava comigo sua atenção estava voltada para minha espada que a cada golpe que o errava por milímetros ele avançava mais deixando meu espaço para contra atacar muito limitado.

         -Vamos terminar logo com isso. Ele disse investindo violentamente contra mim.

Eu estava preparada então desviei facilmente mais cai em meio a outros lobisomens, que sem pestanejar me atacaram com violência, em meio à luta matando o ultimo finquei minha espada em seu coração acabando por ficar indefesa.

         -Como você é uma oponente a altura e digna de um combate a sua altura, daremos por fim a nossa batalha, mas tenha consciência de que nos encontraremos brevemente em outras batalhas e sob circunstancias muito piores. Seth disse e se foi junto com os outros lobisomens.

         Lobisomens são realmente estranhos. Dizem por ai, segundo alguns vampiros que já conviveram com eles antes da guerra, que eles são grossos, sem capacidade de pensar, e sem saber diferenciar seus amigos de seus inimigos, mas depois desta demonstração de educação e sensibilidade acabo achando que eu sou a mal educada da história.

         Foi realmente um choque a declaração do rei deles, primeiro ele é monstruosamente lindo, e ele realmente luta muito bem, mas eu não entendo porque ele não acabou comigo ali, ele tinha tudo para ter minha cabeça, mas ele me deixou em meio a um monte de cadáveres sem entender nada, e viva, se é que da de se dizer que eu realmente estou viva.

         Voltei para a Vamcorp sozinha, pois todos os outros vampiros que comigo lutavam foram mortos, mas mesmo sabendo que eu não fui poupada por misericórdia porque eu sabia que eu tinha muita capacidade de tê-los matado fiquei ansiosa para a próxima luta com o Seth onde eu tinha certeza de que eu seria a vencedora.

***

         Mesmo em meio ao andar apressado da nossa fuga na expectativa de não chamar a atenção eu consigo relembrar coisas realmente sem valor algum para o que eu ando enfrentando.

         Essas lembranças acabam por ficar cada vez mais reais, e assim me trazem cada vez mais arrependimento por tudo o que eu fiz por motivos que nem existia realmente, como eu pude ser tão ingênua? Como pude acreditar em cada mentira contada por ele? Como eu pude recusar a única mão amiga que me foi estendida? Fui uma imbecil de ter brigado com o Vinicius por uma coisa que eu mesma já fiz inúmeras, quebrando minha promessa.

         -Acalme-se Vitor, não precisa se ficar tão impaciente você já vai se alimentar. Eu falei com um tom estranho para ele perceber que agora teríamos de ter mais cuidado do que nunca para não chamarmos a atenção já que estaríamos lá fora outra vez.

         Quando estávamos saindo um guarda veio atrás de nós e nos parou.

         -Onde vocês estão indo? Ele falou com tom de que deveria ser temido e obedecido.

         -Ele precisa se alimentar senhor. Eu disse tentando engolir todo o meu orgulho para poder ter RESPEITO para aquele misero guarda.

         -Mas porque ele não se alimenta no refeitório? O sangue de lá é ótimo, conseguimos varias bolsas essa noite. Ele disse com a de quem adoraria ir comer.

         -Ele não gosta de contar senhor, mas ele tem um problema que atinge pouquíssimos de nós… Eu disse em tom de confidencia para fazer sua curiosidade crescer.

         -Mas o que ele tem afinal de contas? O guarda me perguntou morrendo de curiosidade.

         -Uma espécie de alergia, só consegue se alimentar se for sangue fresco, por isso precisamos ir logo antes que os sintomas da alergia comecem a aparecer.  Eu falei com um tom de preocupação, mas mês segurando para não rir internamente.

         -Certo vocês podem ir, mas andem logo, pois já ira amanhecer. Ele falou e voltou para a sua cabine de vigia.

         -Obrigado senhor. Eu disse e comecei a andar apressadamente para fora dali.

         Fomos andando o mais rápido que conseguíamos sem ter de correr para assim apenas REPRESENTARMOS os vampiros que não podiam beber sangue que não fosse fresco, e a respeito da mentira que eu contei, existe realmente vampiros que são alérgicos a sangue que não é fresco, muitos deles descobrem isso tarde e acabam não tendo de tempo de encontrar um recipiente vivo para poder se alimentar.

         Chegamos rapidamente na rua do vilarejo deixando para trás aquela sinistra floresta e os monstros que a habitam.

         -Você é realmente maluca. Como conseguiu mentir tão facilmente para aquele… E como você conseguiu uma desculpa tão rápido?  Ele falou soando surpreso.

         -Improviso, vamos andar logo que eu realmente quero comer alguma coisa. Eu falei sentindo o cheiro do humano mais próximo.

         -Eu tenho algumas bolsas de sangue que eu trouxe na geladeira e… Ele começou mais eu o interrompi sem muita paciência.

         -Não, é melhor guardarmos as bolsas não sabemos quando será melhor atacar e por quanto tempo iremos ter de nos esconder, acho melhor racionarmos as bolsas e bebermos de pessoas. O que você acha? Eu perguntei para ele seriamente.

         -Concordo com você apenas fico surpreso de ouvir as palavras BEBER DE PESSOAS virem de você. Ele disse rindo.

         -Eu te disse Vinicius que eu tive de fazer coisas que eu não me orgulho, acho que você não acreditou certo?

         -Admito realmente achei que você estava fazendo cena ou algo assim. Mas você acha que o recente aparecimento de cadáveres ou de pessoas com marcas no pescoço não irá chamar a atenção de ninguém? Ele me perguntou tentando me encurralar.

         -É só escondermos o cadáver. Eu disse soando cruel.

         -Você realmente mudou muito. Ele disse em constrangimento.

        

         Preferi não responder, pois certamente a resposta que me veio à mente o ofenderia, e eu não estou a fim de perder o único aliado que eu tenho. Então comecei a me concentrar no cheiro da presa mais próxima, eu procurava alguém que estivesse perambulando sem rumo e que ninguém fosse o procurar depois, caso eu não encontrasse ninguém com essas qualidades eu teria de pedir gentilmente explorando todo o nosso charme vampiresco para que alguém deixasse entrar em sua casa para que eu possa beber o seu sangue, nada de mais.

         Voltei a farejar, mas infelizmente não havia ninguém que eu pudesse beber ali perto.

         -Não encontrei ninguém pelas ruas, terei de me arriscar. Eu falei o comunicando.

         -Você não vai…? Ele começou a perguntar com uma cara estranha e eu tive de conter o riso.

         -Não me diga que você nunca hipnotizou um humano? Não que seja preciso, pois geralmente é só pedir para entrar afinal os vampiros são assim para beneficio próprio. Agora sou eu quem está surpresa, vamos vá logo achar uma presa pra você que eu vou arrumar um lanchinho para mim. Eu disse mostrando os dentes para ele.

         -Nos encontramos no hotel… Ele disse e começou a correr na direção oposta a minha.

         Com certeza ele vai se alimentar de algum animal, bem mais sangue humano para mim. Comecei escalar um sobrado um pouco antigo de uma madeira apodrecida, comecei a espiar as janelas para ver se encontrava alguém acordado.

         Dei sorte, na verdade muita sorte, pois em uma das janelas se mexendo em sua cama havia um jovem de cabelos negros e com uma pele realmente branca, ele deveria ter uns vinte e cinco anos uma ótima safra de sangue me aguardava do outro lado da janela e para isso ele só precisava me convidar.

         Dei uma leve batida na janela e em poucos instantes ele estava em pé, procurando o que, havia o acordado de uma noite cheia de pesadelos eu presumo.

         -Aqui! Eu disse batendo novamente na janela.

         -Que… Quem está ai? Ele disse se aproximando com cautela.

         -Convide-me para entrar. Eu disse sorrindo amigavelmente para ele.

         -E-entre… Ele disse ainda desconfiado.

         Pode ter medo, isso se assuste, afinal o porquê uma garota estaria à meia noite do lado de fora da sua janela pedindo para você a deixar entrar? Todo o sexto sentido de um humano fala isso, mas mesmo assim ele nunca ouve, ele sempre acredita na mentira da nossa fachada de bonzinhos, por isso eles sempre acabam… mortos.

         -Obrigado. Eu disse entrando e fechando novamente a janela.

         -Quem é você? Eu nunca te vi por aqui antes… Ele começou, mas eu simplesmente o olhei e ele parou ainda com os lábios abertos.

         -Sou a Nyx, e você é…? Eu perguntei encostando-me na janela.

         É melhor eu esperar um pouco antes de beber seu sangue afinal sangue de uma pessoa assustada não tem o mesmo sabor que um sangue tirado com consentimento.

         - Zack. O que você quer de mim?  Ele perguntou depois de pensar um pouco.

         -Nada de mais só algo que eu preciso, fique tranqüilo. Eu disse indo com uma rapidez nada humana para trás dele.

         -Mas… Ele começou, mas eu o interrompi novamente com a mesma calma.

         -Relaxe. Eu disse e mordi o seu pescoço.

        


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Notas finais do capítulo

Reviews?